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Capítulo 6- Um drink?

Esse capítulo tem 3930 palavras.

• Dabke é uma dança árabe.
• Shedeh é um vinho do antigo Egito, sua origem é incerta, era mais que uma bebida, era parte da cultura, religião e vida dos egípcios.

Boa leitura 🩷

O clima de Suna realmente era algo de outro mundo, durante a noite fizera um frio ao ponto de me deixar enrolada nas cobertas, como se fosse inverno, mas o dia logo chegou com um intenso calor que quase me matou pela manhã.

A roupa usual que vestia para o dia no hospital consistia em uma calça curta branca e um qipão vermelho, além do jaleco obviamente, mas ali em frente ao espelho, notava o suor escorrendo continuamente, me torturando pela escolha.

O sol ali decidia queimar todos logo ao despertar?!

Já não bastava a luta que tive para dormir, pois além do frio, as cenas do jantar não saiam da minha mente, me castigando com as lembranças.

Gaara me beijaria?!

Não, claro que não!

Foi eu quem virou o rosto em direção ao dele, um ato insensato, apesar de não ser proposital.

Mas queria...

E como queria que nossos lábios se encostassem, para poder sentir qual seria seu gosto!

Ambos fugimos como bons covardes, eu corri para meu quarto, assim como notei ele fazer o mesmo, pois sua porta estremeceu com a batida.

Mas por que ele agiu assim?

Eu agi por medo, aqueles sentimentos intensos que ele despertava em mim era algo que jamais senti e isso me deixou apavorada.

Como não deixaria?!

Com Sasuke nunca foi assim, apesar de todo drama nos envolvendo, com ele era mais fácil vislumbrar o que sentia, mas não conseguia fazer o mesmo quanto ao que estava sentindo somente com a presença de Gaara.

Ele era intenso, presente e estava despertando bem mais que um desejo e isso me assustava demais.

Uma leve batida me fez pular, olho rapidamente para o relógio notando que era o horário que combinamos ontem, mas seria ele ali?

Abri rapidamente a porta, deixando-o um pouco sem jeito pela minha atitude abrupta, o que ocasionou em um leve rubor em minhas bochechas.

— Bom dia, dormiu bem? — Gaara murmura constrangido — Está pronta?

Então apesar de sua confiança, ele ainda tinha um pouco da essência de menino?

Era fofo vê-lo assim, todo vermelho com a voz incerta, sinto vontade de apertar suas bochechas!

Gosto dos nuances que via nele, desde o homem decidido ao menino tímido.

— Sim, estou pronta!

Ele apenas emanou com a cabeça para segui-lo para o desjejum, apesar da falta de conversa e também dos sentimentos controversos que nos preenchiam, não conseguia me sentir tensa em sua presença, pelo contrário. Gaara iluminava o caminho, como se fosse o próprio sol, deixando apenas um rastro de vida por onde passava e isso me encantava a cada instante.

Como nunca percebi o quão especial ele é?!

Comemos em silêncio, apesar de vez ou outra ele tirar alguma dúvida sobre o hospital, mesmo possuindo uma grande potência, Suna ainda pecava na área da saúde e isso estava tirando o sono do Kage em minha frente, então restava apenas fazer meu trabalho para deixá-lo mais tranquilo.

— O hospital está um verdadeiro caos, o número de doentes cresceu nas últimas semanas, estamos investigando os motivos, mas não recebi nenhum parecer — Gaara inicia levantando-se da mesa.

Fiz o mesmo, seguindo-o para a frente da casa.

— Não se preocupe, cuidarei de tudo — respondo serena.

Um disco de areia formou-se em seus pés, ele sorriu antes de erguer a mão em minha direção, em um convite mudo que não demoro a responder.

— Não estou preocupado, confio em você — ele responde segurando-me mais contra seu corpo.

Sentir os braços fortes ao redor de minha cintura, estava enviando correntes elétricas por todo meu corpo, sentia como se estivesse correndo, pois meu coração palpitava tanto. Em resposta coloco minhas mãos sob o peitoral másculo, sentindo não apenas os músculos evidentes sob minha palma, mas também o quão afetado ele ficou. O coração batia fortemente contra minhas palmas, a respiração acelerada e misturada com a minha.

— Seu coração está acelerado — aponto fazendo-o suspirar.

— A culpa é sua — ele respondeu pendendo a cabeça próxima de meu pescoço — Sua presença me deixa assim.

Foi impossível conter o suspiro em puro deleite, pois Gaara tirava todo meu raciocínio!

Os olhos dele brilhavam como as estrelas nos céus, emitindo tantas emoções, das quais não sabia nem a metade, mas queria mergulhar em cada uma delas.

O que era aqueles sentimentos que nos cercavam?

Ao seu lado me sentia segura, pois sabia que nada poderia me atingir, mesmo que tivesse força suficiente para me defender sozinha, me sentia desejada, pois cada instante que seus olhos miravam os meus, transbordavam em desejo, fazendo-me sentir a mulher mais bela do mundo.

Como isso era possível em vinte e quatro horas?

Como ele poderia ocasionar tantas emoções em pouco tempo?

Lentamente a percepção que estávamos perto do hospital chegou, me afastando dele, para seu visível desgosto. Foi impossível conter minha careta também, pois não queria sair de perto dele tão cedo, mas entendia que aquele não era o momento, teríamos tempo para tudo.

Gaara desceu do disco, com as mãos firmes em minha cintura, mantendo-me firmemente contra ele.

Gostava da maneira que ele agia comigo, com uma intimidade que não tínhamos, mas que estava se criando rapidamente que mal conseguia raciocinar.

A fachada do hospital era similar à Konoha, apesar da construção ser de argila, em suma era igual, assim como o interior.

Segui silenciosamente Gaara pelo corredor extenso, pois ele pretendia me apresentar ao diretor, antes de retomar sua rotina.

Chegamos a uma sala dirigida ao Diretor Haiki, Gaara bateu suavemente, logo ouvindo uma resposta positiva do outro lado.

A sala era inteira em tons frios, mesmo que possuísse alguns quadros, similares aos que Gaara continha em sua residência. Ao centro estava um homem de meia idade, com cabelo castanho alguns fios brancos, rosto sério, apesar dos olhos amenos.

— Kazekage-sama, entre, entre por favor! — Haiki logo ficou em pé, cumprimentando alegremente Gaara.

O Kazekage adentrou o recinto, com as mãos em minhas costas, enquanto olhava ameno para o homem.

— Haiki, bom dia, vejo que esta bem animado — Gaara o cumprimentou e então olhou para mim — Essa é Sakura Haruno, a kunoichi médica de Konoha que lhe falei.

Os olhos castanhos do homem se iluminaram ao me olhar.

— Ah! Prazer doutora Haruno, sou Tesuya Haiki — o diretor ergueu a mão em um cumprimento — Estou honrado em conhecê-la.

— Prazer é meu doutor Haiki — respondo o cumprimentando.

— Estará sob responsabilidade de Haiki, tudo que precisar basta lhe pedir — Gaara indicou e então baixou o tom de voz para que apenas eu escutasse — Confie nele em questões do hospital, qualquer outra coisa me chame.

Assenti sem respondê-lo, entendia o que ele falava, não estava a fim de que aquela história se espalhasse, fora que não era hora nem momento para isso.

— Até a noite — ele se despede.

Sorri amorosa em resposta, não queria ficar longe, mas precisava focar, assim como ele, pois sabia que ele tinha se desviado do trabalho apenas para me acompanhar.

Gaara me olhou por alguns segundos, como se quisesse falar algo, mas desistiu, se despedindo do médico e saindo logo após.

O diretor evitava nos olhar, apenas assumi uma postura séria, para evitar chamar atenção.

— Vou lhe mostrar as dependências do hospital.

Haiki iniciou me chamando para segui-lo.

O interior era igual a Konoha, assim como funcionamento, apesar dos médicos serem um tanto mais frios, assim como os pacientes, mas não demorei a pegar o jeito.

Suna era extrema em temperatura, seja fria ou quente, assim como percebo que algumas pessoas dali eram assim também, com os sentimentos extremos tanto frio como um calor amigável.

Precisei apenas me adequar, em um primeiro momento deu certo.

O foco no trabalho estava extremamente zerado, assim como foi durante a noite, não conseguia me concentrar, pois tudo que minha mente emitia era ela.

Não consegui pregar os olhos, pois cada instante me lembrava do jantar, se como ficamos próximos e a maneira que ela me olhava.

Por que fugi?

Senti um desespero tremendo ao vê-la sair correndo, que meu corpo agiu automaticamente fazendo o mesmo, mas não tinha motivos para agir como um garoto, pois já era um homem feito.

Mas ao lado dela me sentia um adolescente com os hormônios em ebulição.

O que era aqueles sentimentos que ela despertava em mim?

Meu coração acelerava a cada instante, as mãos soavam, cada parte minha chamava por ela, o desejo crescente que sentia em sua presença, fosse apenas provocado por sua voz ou simplesmente seu perfume.

Me sentia a ponto de atacá-la a qualquer momento, pois um sentimento desesperador tomava conta de todo meu ser e a cada instante estava mais difícil controlar.

Simplesmente não conseguia tirá-la da mente!

Seu rosto delicado, pintado à mão pelos anjos, olhos verdes como as densas florestas de Konoha, brilhando igualmente à uma esmeralda, boca carnuda e chamativa, da qual quase me perdi.

Iria beijá-la, sabia disso, pois no momento em que estávamos próximos, senti meu coração preenchido de algo que não soube identificar, mas queria me perder naqueles lábios, sentir seu gosto e principalmente, que ela fosse inteiramente minha.

Mas era muito cedo para isso, não era?!

Nos conhecíamos desde os doze, onde no fatídico exame chunnin Suna tentou atacar Konoha, mas não poderia dizer que tinham algum envolvimento, pois jamais trocará mais que uma duzia de palavras com ela e sempre era em respeito à vila ou ao Naruto.

Então, por que naquele instante todo meu ser reagia por ela, se nunca tivemos tanto contato?

Era impensável que aquela intensidade toda fosse coisa momentânea, pois jamais senti isso por ninguém.

Mas a real pergunta era, o que estava sentindo?

Atração?

Seria possível uma atração conter tantos sentimentos irreconheciveis?

— GAARA! — Temari bate na mesa, ocacionado um estrondo que ecoou pelo escritório.

Pisco algumas vezes, olhando em direção aos meus irmãos e Shikamaru, todos com semblante confuso em minha direção.

Estávamos em reunião importante, enquanto todos estavam focados, meus pensamentos estavam nela.

Sakura iria me enlouquecer!

— Desculpe, me distrai.

O olhar de Kankuro mudou automaticamente para um sacana, fazendo-me fechar o semblante, para seu divertimento.

Certamente como um bom cretino, ele tentou falar comigo após o jantar, tanto para entender o que teria acontecido, como para me encher a paciência, mas o evitei ao máximo.

Como poderia falar algo se nem eu sabia o que acontecia?

— Sei bem o tipo de distração que está... talvez pensando em uma bela kunoichi de cabelos rosados? — Kankuro cantarola, ocasionando em uma onda de risos nos presentes, para seu desespero.

Estava tão visível assim?!

— Parece que o jantar de ontem foi o aquecimento — Temari retruca animada.

Todos gargalharam, aumentando meu semblante irritado.

— Ou não, nosso irmãozinho é lerdo — Kankuro replica.

— Não diria isso, já que ele levou ela nos braços para o hospital — Shikamaru murmura preguiçoso, fazendo-me arregalar os olhos.

— Sim! Vemos isso pela manhã, estavam bem agarradinhos no disco de areia dele! — Temari concorda animada.

Os olhos de Kankuro ascenderam em alegria.

— Meio caminho andado! Então é questão de tempo! — Kankuro cantarola animadamente.

Bato a mão contra a mesa, chamando a atenção dos três que pareciam animados demais para meu gosto.

— Vamos voltar com a reunião! O exame chunnin é importante e será sediado em Suna, não podemos perder tempo com besteira!

— Irmão, é você quem está distraído! — Temari acusa debochada — Se não pensasse tanto nela, já teríamos terminado essa reunião!

O calor em minhas bochechas espalhou-se pelo meu corpo, deixando-me parecido com uma pimenta, para o divertimento dos presentes.

Sakura, o que está fazendo comigo?!

Minhas costas estavam tão tensas, pelo trabalho árduo e sem descanso, do qual estava desde que cheguei ao hospital, pois Gaara não brincou quando falou dos problemas.

A maioria eram infecções um pouco complicadas, pois as ervas certas não pertenciam ao terreno árido de Suna, seria preciso exportar das outras vilas e isso demoraria, mas fiz o que estava no alcance, para estabilizar a maioria dos pacientes, além de atender outros que não estavam internados.

O hospital ficou um pouco cheio, me transbordando de trabalho que mal tive tempo de comer, como se não bastasse o calor estava insuportável.

Durante a tarde ele parecia mais intenso e infernal, me deixando arrependida pela vestimenta que estava, pois era evidente que não eram adequadas par a região, já que em Konoha, o clima não era intenso como ali.

Um perfume forte e amadeirado preencheu o ambiente, fazendo-me sorrir leve ao virar em direção a ele.

Gaara estava parado no batente da porta, de onde seria meu escritório durante a estadia em Suna, me olhando tão intensamente que minhas pernas tremeram.

Como ele conseguia ser assim?

Principalmente, como ele poderia me deixar assim?

Tudo sumia em sua presença, restando apenas nos dois.

O perfume dele preenchia gradualmente o local, me embriagando, senti vontade de afundar o rosto em seu pescoço, para sentir como seria o aroma de perto, estar em seus braços novamente, como naquela manhã.

Como seria beijá-lo?

— Escutei muitos elogios sobre a flor de Konoha — Gaara pontua orgulhoso.

A voz rouca e intensa era tão sensual, deixando-me hipnotizada diante sua presença, pois ele me desarmava por completo.

Minhas pernas tremiam, o corpo inteiro parecia eletrocutado, pois um leve formigamento o percorria, em uma carícia, apenas pela presença dele, mas foi meu coração batendo loucamente que me deixou perdida.

— Estou orgulhoso de você, sabia que seria assim — ele continua animado — Um verdadeiro tesouro que nos leva para luz.

Sorrio ao vê-lo adentrar o recinto, sem tirar os olhos dos meus.

Estava envergonhada pelas suas palavras, mas também me sentia feliz, por ele me reconhecer, mas em principal, por acreditar em mim.

— O que diriam se soubessem a verdade sobre mim? — mordo os lábios nervosamente.

Era uma dúvida e medo, eles gostavam de mim pelo meu trabalho, seria igual se soubessem que também soube dali?

Seria simplesmente bajulado por fazer parte daquele cenário sem nem considerar meu talento arduamente moldado?

Gaara sorri abertamente, iluminando todo o recinto com sua presença estonteante.

Os olhos claros iluminados, o sorriso formava pequenas covinhas em suas bochechas rosadas, um contraste lindo com a face máscula do homem em minha frente.

Ofego diante visão.

Gaara é uma pintura!

— Ficariam bem arrogantes, pois todos sabem sua trajetória árdua e teriam orgulho em saber o quanto lutou para chegar onde está, mas confesso que a arrogância seria um pouco maior em saber que a melhor ninja médica da atualidade, nos pertence — a voz saiu mais intensa na última parte, fazendo-me tremer.

— Pertenço? — sorrio maliciosa.

— Somos um povo territorial — ele responde aproximando-se mais — Você é de Suna, pertence ao nosso povo, assim como nosso povo pertence à você.

— Todo povo? — sussurro rendida.

Um sorriso malicioso cobriu a face de Gaara e seus olhos ascenderam em uma chama tão intensa, que meu ventre se contraiu.

Desejo.

Minha intimidade pulsava em puro desejo, pois o que via nos olhos dele, valia mais que muitas palavras, ele me queria!

— Sim... de todo povo, apesar do líder ser egoísta — ele murmura desviando o olhar para meus lábios.

Mordi em resposta, apenas uma força sobrenatural me mantinha longe dele.

O calor que ele emanava, assim como o perfume intenso, era tão gostoso, que me embriagava a cada instante, deixando-me alucinada.

Era um teste para sabe o quanto aguentaria?

Pois se ele se aproximasse mais, pularia sobre ele!

Como resposta ao meu dilema mental, o corpo dele moldou-se ao meu, as mãos másculas em minha cintura, segurando-me com firmeza contra ele, o sentia por completo, o calor quente dele era intenso, sentia meu ser derreter apenas com o toque inocente, assim como todo meu corpo vibrava em encantamento pelo dele.

Gaara queria me deixar completamente maluca?!

— Sakura, quer tomar-

— Já chamou ela?! — Temari adentrou o recinto, interrompendo-o.

Gaara afastou-se a contra gosto, olhando irritado para a irmã, que somente sorriu amarelo, notando que atrapalhou algo.

Nunca senti tanta raiva da Temari em toda minha vida!

Custava ela nos deixar sozinhos?!

Por que tinham que atrapalhar, estava tão bom estar apenas na presença dele!

Kankuro e Shikamaru adentraram o recinto, ambos sorrindo leve, diante a face raivosa do Kazekage, confessava que a minha não estava diferente.

Estava frustrada, queria saber o que ele queria, em principal queria que aquela distância acabasse e pudesse me perder naqueles lábios!

— Falei para esperar, mas é teimosa! — Kankuro resmunga.

— Desculpa, estava animada que esqueci! — Temari murmura envergonhada.

Gaara suspirou, virando-se em minha direção.

— Estamos indo tomar um drink, quer ir? — os olhos claros estavam pedintes em minha direção.

Estava exausta, não tive sequer um momento para descansar, também não teria tempo de ir me arrumar, não queria ir suja.

Mas como poderia recusar passar um tempo em sua presença?

— Adoraria, mas estou toda suada e passei o dia com essa roupa — anuncio envergonhada.

— Sem problemas, trouxe uma muda de roupa para você! — Temari comenta animada.

Sorrio em sua direção, concordando com a saída, ao menos tinha um banheiro no escritório, poderia tomar uma ducha rápida.

『 ♡ 』

O qipão verde com delicadas rosas douradas desenhava meu corpo com delicadeza e suavidade, me dando mais liberdade em movimentos.

Somente passo um leve gloss rosado, pois infelizmente não tinha nenhuma maquiagem e nem Temari lembrou desse detalhe, mas não importava.

Olho novamente para o espelho, me sentindo linda!

Sorrio ao sair do escritório e encontrar todos a minha espera.

Meu olhar encontrou-se com Gaara, ficando deslumbrada ao vê-lo me olhar tão encantado, como se eu fosse o ser mais belo que ele já viu em sua vida.

Os olhos claros como uma piscina, miravam meu corpo inteiro, em uma contemplação absoluta e então ele sorriu lindamente em minha direção.

— Está muito linda — ele sussurra rouco.

Pela visão periférica percebi os demais começarem a andar, nos deixando com mais privacidade.

— Apenas me arrumei rapidamente.

Gaara sorri estendendo o braço para que eu pegasse, em uma atitude totalmente cavalheira, entrelaça com gosto, sentindo o calor emanando dele e então começamos à seguir os demais.

— Você já é linda Sakura, não precisa de muito para ficar deslumbrante — Gaara retruca olhando-me apaixonadamente.

Kami! Acho que meu coração parou!

『 ♡ 』

O barzinho era similar aos de Konoha, apesar de não os frequentar, somente quando shishou treinava comigo e precisava buscá-la.

O ambiente era espaçoso e elegante, o interior em tons quentes, dando um ar mais aconchegante e mítico ao local, a decoração ricas em detalhes, com grandes pilastras com desenhos esculpidos a mão, assim como mosaicos antigos.

Tudo remetia ao antigo, mas com um contraste interessante com a modernidade.

Algumas mesas estavam espalhadas harmonicamente no interior, ao centro uma pista, onde jazia uma apresentação de dança. Um grupo de homens e mulheres formavam uma linha, sapateado e saltando, em uma energética dança, a animação dos movimentos era intensa e alegre.

— Dabke, uma dança típica de Suna — Gaara murmura ao meu lado.

Sorrio animada com a cena, era incrível como existia um contraste com Konoha, pois não via nada disso. Existia danças sim, mas nada era tão mítico e diferente quanto ao que via em minha frente.

— Vamos — Gaara coloca suavemente suas mãos na base das minhas costas, me guiando para a parte de cima do bar.

Em contraste absurdo, a parte de cima era mais tranquila e aconchegante, contendo alguns sofás, permitindo conforto para conversas ou mesmo para vislumbrar as apresentações.

Sentaram-se em um canto afastado, onde poderiam conversar, ver as apresentações e escutar a música, sem que o barulho atrapalhasse.

Uma garçonete animada foi ao nosso encontro, seu rosto jovial brilhava em alegria, mas toda era direcionada para o Kage ao meu lado.

Percebia que Gaara chamava atenção por onde passava, mas não sabia que era tanta.

Uma pontada em meu peito me fez torcer levemente o rosto, evitando olhar a cena da mulher se derretendo para ele.

— Nos traga o especial do dia e um Shedeh — Gaara pede sério e então vira o rosto suavemente em minha direção, baixando o tom de voz — Temos que comemorar.

Virei para ele, observando o brilho intenso em seu olhar, que não desviava do meu rosto, não notando nada ao redor, nem mesmo a garçonete descontente.

A mulher saiu pisando duro, me fazendo rir levemente, não conseguia conter a alegria de me sentir desejada.

— Qual a graça? — Gaara eleva a sobrancelha confuso.

— Acredito que quebrou um coração — respondo brincalhona.

A mão máscula vai em direção a mecha que estava em frente aos meus olhos, colocando-a atrás de minha orelha, sem tirar o sorriso do rosto.

— Não vejo ninguém, além de você — ele sussurra a última parte.

Meu coração saltou em desespero sob meu peito.

Outra moça trouxe o pedido, Gaara tomou a frente, experimentando a bebida extremamente vermelha, somente dei-me conta que era vinho, logo após me servindo.

O gosto era leve com notas furtadas, o sabor ficava mais intenso com a degustação, se misturando e encorpando, dando um toque especial e único para aquela combinação.

— Que diferente! — murmuro deliciada.

Jamais provei algo tão doce e intenso.

— Esse vinho é uma tradição mítica, usado para grandes comemorações — Gaara comenta.

— O que estamos comemorando? — olho confusa em sua direção.

Os demais apenas sorriam maliciosos, mas elevaram a taça assim que Gaara também o fez.

— A melhor ninja médica da atualidade, a joia de Konoha — Gaara declara animado.

Minhas bochechas coraram para o prazer dele.

Uma voz grave e melodiosa ecoou chamando minha atenção, era uma música grave e envolvente que preencheu o ambiente, uma melodia tão profunda e antiga que simplesmente encantava todos presentes.

— Dança comigo? — Gaara sussurra ao meu lado.

Dançar?

Mas não sabia dançar aquilo!

O meu rosto desesperado o fez rir levemente, enquanto se levantava curvando-se como um perfeito cavalheiro.

— Gaara, não sei dançar isso! — balbucio nervosa.

— Tudo depende do seu par — ele segura minha mão com uma delicadeza sem igual — Deixa que conduzo você.

O ambiente na parte superior onde estávamos era meia luz, aumentando a atmosfera romântica, meus olhos não saiam dos seus claros como uma piscina cristalina, não estava repleta de joias como as dançarinas ou as mulheres de Suna e nem mesmo minha roupa tinha detalhes tão adornados, mesmo assim Gaara me olhava com tamanha paixão que me tirava o fôlego.

A firmeza que ele segurava minha cintura, contrastava com a delicadeza do seu toque, o sentia em minha pele apesar das camadas de roupas. A confiança exalada dele comprovou o que suspeitava, ele era um excelente dançarino, nossos corpos passaram a se movimentar com perfeita harmonia, cada movimento carregado de sentimentos, transbordando o desejo ardente que queimava entre nos

Sem que percebesse, estava dançado!

Nossos corpos se aproximavam e afastavam em um jogo sedutor criando uma tensão palpável no ar, nossas mãos seguiam o mesmo ritmo, se tocando a cada instante, cada toque carregado de promessas.

O olhar de Gaara tornou-se escuro, nunca o vi tão feroz e belo como naquele instante, a medida que a música alcançava o clímax, nossos movimentos tornaram-se mais apaixonados, não existia ninguém além dele, apesar de notar que chamavamos a atenção.

Naquele instante o céu invejava o brilho dos olhos dele, pois ofuscava todas as estrelas. Cada instante me perdia mais naquele olhar, sem ter vontade nenhuma de parar o que sentia.

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