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Capítulo 33 - Felicidade plena

Contém 3600 palavras.

Boa leitura 🩷

A alegria por encontrá-la viva e bem, apesar de exausta, fez meu coração transbordar numa pura alegria. Sakura seguiu alinhada em meus braços, sorrindo fracamente, enquanto vez ou outra conseguia falar por completo desde que pisou dentro da caverna, mas a alegria que senti por ela estar salva, contrastou com preocupação com meu irmão e Ino, pois Sakura não sabia como ambos estavam, pois somente pensou em tirá-los dali rapidamente e serei eternamente grato por ela fazer isso.

Ao chegarmos em casa, os primeiros chakras que consigo sentir são deles, embora um pouco instáveis, mas é normal dado ao fato de que ambos foram envenenados.

— Não acredito que ela teve a coragem de fazer isso! — Sakura resmunga brava pulando dos meus braços, mas não foi muito longe, pois uma tontura a fez cambalear.

— O que está sentindo? — seguro firme sua cintura, olhando aflito em sua direção — Você usou muito mais chakra na guerra e não ficou assim.

Sakura franziu o cenho, olhando para si mesma em confusão.

— Deixe que Tsuna avalie você, seu chakra está instável — Tobirama conclui sério.

Ela revira os olhos, mas concorda, deitando a cabeça contra meu peitoral.

— Vamos vê-los — a seguro novamente em meus braços, fazendo-a sorrir leve.

Adentramos na casa, vendo o ambiente calmo, um ótimo sinal dado aos últimos acontecimentos, sigo pelo corredor, rumo aos quartos dos meus irmãos. O quarto de Temari com a porta entreaberta, onde ela estava deitada com uma carranca, enquanto Shikamaru parecia estar lhe dando uma bronca por sair da cama repentinamente, ele terá um problema enorme para conseguir controlá-la, ao menos até ela estar totalmente bem.

— Tudo bem por aqui? — Tobirama pergunta.

Shikamaru pulou e Temari corou levemente, concordando, até ambos perceberem quem era.

— Kami! Vocês estão bem? Como foi? Acabou tudo? Sakura está ferida? — Temari tagarelou apressada.

Suspiro, sorrindo leve para ela.

— Ela está apenas cansada, sim, acabou tudo, depois explicamos melhor, mas vocês aqui estão bem? — retruco.

— Sim, não sinto mais nada além dos enjoos normais da gravidez, está tudo bem — ela declara animada.

— Ino e Kankuro também estão melhor, ambos em seus quartos — Shikamaru completa e então olha ansioso para Sakura — Seu tio está no hospital, teve atendimento e Tsunade o curou, mesmo contrariada, mas como ela reconheceu a invocação de Gaara, presumiu que Yuto não tinha nada com a história.

— Sim, ele é inocente, nunca fez nada para mim — Sakura responde num sussurro.

— Bem, ele está instável, embora o veneno tenha sido bem letal nele, além da sua desidratação, vai ficar uns dias no hospital — Shikamaru declara.

— Outro dia, vou vê-lo... hoje não tenho energia... — Sakura sussurra.

Sei que, apesar de ele não ser culpado, ainda sim disse muitas coisas que a machucou demais, isso não é algo que dá para esquecer rapidamente.

— Vamos deixá-los, cuide de Temari, ou seja, repouso absoluto pelo menos pelos três dias que Tsunade e Orochimaru declararam! — aviso para o Nara, que assente sorrindo malicioso para minha irmã, que apenas revirou os olhos.

Ao final do corredor, o quarto de Kankuro e ao lado de Ino, a loira seguia dormindo tranquila, seu rosto mais pálido que o normal, mas estável. Já Kankuro estava acordado, resmungando com Tsunade, ou melhor, ela estava resmungando com ele, sobre sua irresponsabilidade, enquanto Orochimaru seguiu olhando animado para a cena.

— O que estava pensando ao encontrar com ela, SOZINHO? — Tsunade colocou as mãos na cintura, olhando irritada para ele — Não colocando apenas você em perigo, mas Ino, Sakura e seu irmão!

— Não foi assim que aconteceu, mas você não me deixou explicar! — ele resmunga, contrariado.

Uma veia saltou na testa de Tsunade, o olhar dela em sua direção foi de pura raiva, me deixando alerta, pois sinto que ela vai bater em Kankuro e no momento ele não está bem para apanhar, mesmo que eu queira fazer o mesmo que ela, ao menos após me certificar que esse idiota está totalmente bem.

— O que aconteceu? — pergunto, adentrando o comodo, chamando a atenção de ambos.

Os três olharam assustados para a gente, em seguida seus semblantes assumiram um brilho de felicidade genuína. A primeira a agir foi Tsunade, que pulou me puxando para deitar Sakura sob a cama de Kankuro, com as mãos brilhando com seu chakra, a procura de alguma coisa errada.

— Estou bem, shishou, apenas exausta, mas primeiro quero saber sobre Kankuro, depois pode me examinar à vontade — Sakura segurou suas mãos, sorrindo meigamente, sentando-se na cama, mais longe de Kankuro para lhe dar conforto, embora o mesmo a puxasse para se acomodar melhor.

Tsunade suspirou exasperada, mas concordou, voltando o olhar irritado na direção de Kankuro.

— Então, desembucha, menino! — ela rosnou.

Kankuro assentiu, sentando-se com dificuldade na cama.

— Quando estávamos desfazendo os selos, cada um tinha um efeito colateral ao desfazê-lo, como uma precaução para quem quisesse quebrá-lo, mas para fins escusos, mas o selo do clã Yeon foi o único que não representou nada, a princípio eu estranhei, mesmo assim permiti que Ino desse sequencia, ela conseguiu quebrar o selo com perfeição, mas antes disso comecei a notar que algo estava errado, agi rapidamente a puxando para mim e nos envolvendo dentro da minha marionete, evitando que morrêssemos pela intoxicação com o veneno.

— O local estava tomado pelo veneno quando encontramos, com os restos mortais dos ninjas e os pergaminhos, mas nenhum rastro de vocês — olho preocupado em sua direção.

— Falei para Ino avisá-lo sobre o ocorrido, enquanto eu procuraria Shio, não queria perder seu rastro de vista, mas assim que a nuvem toxica diminuiu e saímos da marionete, o local estava cheio de serpentes, não sei como, talvez elas estivessem dentro do ninja — ele suspira cansado, fechando brevemente os olhos — Não lembro muita coisa após isso, apenas que acordei ao lado de Ino numa caverna, escura, tinha muitas serpentes a nossa volta, Shio... ela parecia uma, foi horrível, ela tentou torturar Ino, mas a loira conseguiu controlá-la por alguns instantes, tempo suficiente para diminuir o veneno do ambiente, mas após isso está em branco em minha mente, acho que meu chakra estava baixo.

— Ambos estavam com chakra baixo quando Katsusyu os trouxe, mas o veneno estava parado em seus sistemas, foi isso que os salvou — Tsunade informa, impressionada.

Kankuro sorriu leve.

— Ino... ela instruiu a manter o sangue circulando o mais devagar com a ajuda do chakra, acho que por isso ficamos quase sem, mas evitou que morrêssemos pelo veneno — ele declara orgulhoso.

— Ino é incrível! Sua capacidade de análise rápida é um dom! — Sakura elogia, orgulhosa da amiga.

— Obviamente! Ela é minha pupila também! — Tsunade declara orgulhosa.

Kankuro riu ao concordar e voltou seu olhar para mim.

— Quanto a vocês? O que aconteceu? — ele pergunta, preocupado.

Suspiro fundo, começando a narrar desde o momento em que encontramos Yuto, como descobrimos a verdade sobre o que ocorreu com os pais de Sakura, a maneira que vimos as cavernas e como ela foi sugada para numa, enquanto arrumávamos uma maneira de adentrar, tivemos que lutar, enquanto ela lutou sozinha contra Shio.

— Nossa, cunhadinha, você é foda! — Kankuro riu animado.

— Sim, mas não teria conseguido sozinha — ela olhou amorosamente para mim e Tobirama — Eles estavam ao meu lado, fora que, se não fosse Gaara me protegendo com sua areia, teria sido esmagada.

Olho confuso em sua direção, ela não tinha contado essa parte para mim.

Minha areia?

— Hime, faço tudo para protegê-la, mas não ajudei na sua luta contra Shio, encontrei você depois — declaro confuso.

Ela me olhou incrédula.

— Gaara, eu não tenho controle sobre a areia. Shio formou uma enorme esfera de agulhas em minha direção, não tive tempo de reagir, mas a areia não somente me puxou dali, como seguiu me protegendo — Sakura explica séria.

— Como isso é possível? — balbucio.

Sakura revirou os olhos, estendendo a mão para ninguém em particular. Orochimaru colocou uma kunai sobre ela, que mirou rapidamente sobre si mesma, mas antes que a kunai a atingisse, a areia a protegeu.

O quê?

Será que minha areia está agindo por conta própria para protegê-la?

— Aí! MEU KAMI! NÃO ACREDITO NISSO! — Kankuro berrou, rindo ao mesmo tempo.

Olho confuso para ele e para uma Sakura atônita.

— Quando a mamãe estava grávida de você, a areia costumava fazer isso também! — Kankuro declarou animado.

Grávida?

Sakura está grávida?

Tsunade afastou todos de perto, examinando Sakura com extremo cuidado. Ao terminar, sorriu levemente, os olhos emocionados para a pupila.

Kami!

Vou ser pai...

Um filho ou filha é a demonstração física da minha união com ela.

Me ajoelho ao lado da cama, onde ela seguiu sentada, elevando a mão até seu ventre ainda plano, sem conseguir conter o sorriso no rosto. Nosso bebê está ali, ainda em formação, mas foi forte o suficiente para proteger sua mãe, lhe dando um lindo futuro.

— Gaara, está feliz? — Sakura pergunta incerta, secando minhas lágrimas.

Sorrio encostando a testa na sua.

— Não tem noção do quanto meu coração está transbordando nesse momento, não estou feliz, estou em completo êxtase! — beijo suavemente seus lábios, enquanto minha mão seguiu em seu ventre, pequenos grãos de areia seguindo meus movimentos — Parece que teremos alguém que conseguirá dominar a areia também.

Ela riu em meio às lágrimas.

— Uma menina ou um menino... nosso bebê!

— Não importa o que seja, será amado demais! — concluo apaixonado.

Uma mão pesou em meu ombro, nem precisei olhar para saber que é Tobirama, a felicidade irradiando nele, assim como sei que seus olhos estão orgulhosos para Sakura.

— Esse bebê será sim muito amado, já é um ser extraordinário e tenho orgulho de vocês por isso, não por ele já apresentar um chakra grande ao ponto de proteger a si e sua mãe, mas porque ambos lutaram muito para conseguir a felicidade, e agora podem finalmente desfrutá-la — Tobirama declara orgulhoso.

Sorrio olhando para Sakura, incapaz de responder, mas sentindo a mesma certeza de Tobirama.

A falta que imaginei sentir do hospital nem chegou próximo à realidade assim que coloquei meus pés ali. Apenas o sentimento de que parecia outra vida, e de fato meio que parece, já que aquela Sakura não existe mais, hoje com mais traumas, admito, mas também mais forte, pois tudo que aconteceu me fortaleceu, para que conseguisse me manter em pé.

Além dos meus sentimentos de saudade, preciso lidar com a ansiedade por vê-lo. Gaara foi bem categórico em dizer que é cedo, mas quando disse que veria um ginecologista para ver nosso bebê, ele concordou. Decidi ir à frente, pois ele tinha que organizar algumas coisas na torre, mas isso me dá tempo suficiente para falar com Yuto, embora não seja tranquilizador.

Os corredores em tons terrosos e a iluminação suave deveriam ser acolhedores, mas somente aumentou meu receio e ansiedade, fazendo meu coração ficar inquieto.

Como conseguir ficar calma?

Após tudo que passamos, a maneira como ele me tratou, mesmo que ele acreditasse fielmente nisso, ainda sim ele não me deu nenhuma chance, mesmo que eu mesma não tenha feito isso com ele.

Mas essa animosidade começou com ele!

Paro em frente a porta, onde dois ninjas do clã jazem parados, ambos com o semblante sério, nenhum se movendo, embora saiba que me reconheceram.

— Podem dar licença? — pergunto irritada ao vê-los fechar mais a entrada.

Nenhum respondeu, apenas mantiveram a postura impassível.

Preciso manter a calma, ou vou fazê-los voar com um simples soco!

— Sou Sakura Senju, exijo que permitam minha entrada! — rosno irritada.

— Disse bem, Senju! — um dos ninjas respondeu com frieza, evitando meus olhos — Renegou o clã Tadashi várias vezes, somente membros do clã podem entrar.

Senti uma veia saltar minha testa, a vontade de bater nesses dois cresceu!

— Ele é meu tio! Saiam da minha frente!

— Não podemos, são normas do clã, somente quem é parente ou alguém importante no clã pode entrar — o outro ninja vocifera rapidamente.

Olho incrédula para ambos.

É sério que isso está acontecendo?!

Será que não está óbvio que me manter fora é inútil, visto que sou da família?

— Sou a herdeira de Yuto Tadashi, ele é meu tio! — balbucio irritada — Vocês são burros ou o quê?!

Ambos ninjas pularam ao mesmo tempo, abaixando a cabeça em submissão, murmurando desculpas, mas foram orientados a agirem assim.

— Apenas saiam da frente! — murmuro irritada.

Ambos assentem, abrindo caminho.

Abro a porta lentamente, sentindo uma enxurrada de sentimentos. A primeira coisa que noto são as mesmas paredes em tons terrosos, o mesmo em todo local, mas que no hospital existem materiais para manter o interior fresco. Ao fundo, pequenas janelas, permitindo a luz natural, com fortes travas para evitar a entrada das famosas tempestades de areia. Ao centro, uma cama de metal, onde Yuto descansava tranquilamente, como se nada estivesse ocorrendo ao lado de fora.

Me aproximo levemente, sentando na cadeira simples ao lado de sua cama.

Uma dor atingiu meu coração ao vê-lo pálido e frágil, como nunca o vi antes, pois desde que nos conhecemos o vi forte e voraz. Agora ele está aqui, deitado na cama totalmente imóvel, conectado aos equipamentos que monitoram seus sinais vitais.

Minha mão se movimenta sozinha, segurando levemente a dele, mesmo com o receio em meu coração.

— Yuto...

Uma leve brisa adentrou pela janela, trazendo consigo o aroma do deserto, proporcionando um pouco de alívio devido ao ambiente quente.

— Você parece melhor — desvio o olhar para seu prontuário, sem conter a curiosidade ao vê-lo — Continuando assim, logo vai para casa.

É estranho estar ao seu lado, suas acusações ainda pesam muito em meu coração, e não é a primeira vez que ele faz isso, já que o mesmo ocorreu com minha mãe.

Vou ser capaz de tratá-lo como meu tio?

Ele é minha última família de sangue, não que isso importe, mas sou tudo que ele tem, mesmo que custe admitir isso.

Mas como vou esquecer tudo que se passou?

Yuto apertou levemente minha mão, me fazendo olhá-lo de canto, seus olhos tremularam antes dele abrir, tentando sorrir, mas saiu uma careta.

— Sakura... você está bem... — sua voz saiu fraca, ele desviou o olhar, evitando meu rosto — Sinto muito... sinto muito por tudo... não deveria... tê-la tratado tão mal!

Olho surpresa em sua direção, pois não esperava que ele fosse tão direto.

— Como está se sentindo? — mudo repentinamente de assunto.

— Sakura... perdão... perdão!

— Não fique nervoso, não é bom para você — seguro mais firme sua mão.

Ele balançou a cabeça, as lágrimas escorrendo continuamente.

— Me arrependo tanto! Tudo foi minha culpa!

— Yuto...

— Se não tivesse... desconfiado de Akemi, ela não teria... se apaixonado pelo Hiroki, ambos estariam... vivos! — ele balbucia nervoso.

— Não tem como saber o que teria acontecido, mesmo que meus pais não se apaixonassem, ele ainda estaria noivo daquela maluca — retruco tentando manter a compostura.

Ele sorriu em meio as lágrimas, elevando a mão até meu rosto.

— Eu amei muito a sua mãe, mas infelizmente fui imaturo, passei todos esses anos em arrependimento — ele responde choroso.

Pisco tentando conter as lágrimas.

— Ela era uma mulher incrível, bondosa e extremamente talentosa — Yuto sorriu ao lembrar — Tinha um excelente controle de chakra, mesmo não sendo uma ninja, também dominava o suiton.

— Ela era parecida comigo? — balbucio emocionada.

Yuto sorriu, acariciando minha bochecha.

— Não somente na aparência, mas no temperamento — ele balbucia ofegante.

Sorrio emocionada.

— Outro dia falamos disso, você precisa descansar — murmuro chorosa.

— Não vai ainda, não quero ficar longe — ele balbucia, nervoso.

— Não vou, somos uma família, apesar de tudo, sei que vamos conseguir superar isso — seguro firme sua mão, mantendo os olhos nele — Vou cuidar de você.

Yuto sorriu chorando, fazendo minhas próprias lágrimas caírem sem esforço.

Por mais difícil que seja, sei que podemos superar isso e viver sem nenhuma amargura do passado, não apenas por conta dele, mas minha também, ressentimentos fazem mal para quem os guarda e minha vida vai mudar com esse bebê, quero apenas paz.

『 ♡ 』

A ansiedade cobriu meu coração, à medida que os segundos passavam na sala de espera, até finalmente a cabeleira dele emergir ao longe, voando com o vento, seus passos rápidos e precisos em minha direção.

— Desculpe a demora — Gaara beija suavemente meus lábios, sentando-se ao meu lado — Preciso dizer que está tudo um caos com a aniquilação do clã Yeon.

— Os anciões não estão nos culpando? — olho preocupada em sua direção.

Ele sorri, segurando minha mão.

— Não, eles sabem do ocorrido, o próprio Yuto mandou seu testemunho — Gaara murmura pensativo — Embora, um clã inteiro ser extinto é motivo para especulações.

— O que vamos fazer?

Gaara eleva minha mão até seus lábios, beijando suavemente a palma.

— Nada, a serpente branca apareceu, notificando que foi melhor assim, que o clã não merecia mais a sua graça e cavou sua própria sepultura — ele explica.

— A serpente... quando diz isso, fala de uma serpente mesmo? — pergunto curiosa.

Gaara ri levemente.

— Sim, ela é como uma invocação, uma serpente albina que tem poderes com seu veneno. Ela foi atacada nos primórdios, e com isso concedeu a graça de seu veneno para o salvador e seus descendentes.

A porta do consultório abriu, barrando minha pergunta.

— Depois posso falar tudo que quiser, agora precisamos ver nosso bebê — Gaara me puxa, sorrindo malicioso.

A médica sorriu ao nos ver, posso jurar que viu um brilho de orgulho em seus olhos.

— Kazekage-sama, primeira dama — a médica curvou-se levemente — Sou Riko, responsável pela ala obstétrica do hospital de Suna e serei sua médica particular.

— Temari disse que é maravilhosa, ela consultou com você mais cedo — afirmo animada.

— Fico feliz em saber, mesmo que a princesa de Suna deverá ir embora para Konoha, mas sei que lá tem bons médicos — Riko responde animada.

— Konoha é excelente na área da medicina — confirmo orgulhosa.

Ela sorriu, concordando, então olha para nós dois.

— É apenas uma suspeita, ou já confirmou?

— Tsunade-sama confirmou ontem, também já o fiz — murmuro envergonhada, segurando a mão de Gaara — Mas estive em luta mortal contra um membro do clã Yeon, apesar do veneno não me prejudicar, fiquei com medo.

— A areia agiu para protegê-la, acredito que, se foi o caso, o bebê se sentiu ameaçado — Gaara completa.

A médica assente séria, começando a montar minha ficha.

— Sentiu algo estranho? — Riko pergunta séria.

— Não, para falar a verdade, nem ao menos desconfiei até a areia me proteger durante a luta — admito.

— Vamos fazer o exame, pode se trocar naquela sala — Riko aponta para sua direita.

Vou rapidamente, trocando minha roupa pela bata do hospital.

A mão de Gaara segurou firme a minha, me ajudando a deitar sob a cama do consultório, senti meu coração acelerado, tanto pela expectativa, como pelo medo de ter algo errado com meu bebê. Gaara se manteve ao meu lado, segurando firme minha mão, mantendo os olhos no monitor, compartilhando os mesmos sentimentos que eu.

O ambiente silencioso, exceto pelo suave barulho do ultrassom, enquanto a médica seguiu olhando cada detalhe com atenção.

— Parece que está de seis semanas, peso ótimo e tamanho ideal para a semana de gestação... não ocorreu nada com esse pequeno aqui... espere...

A imagem ficou mais nítida e a médica sorriu leve, apontando para dois pequenos pontos.

— Meu Kami! — balbucio já chorosa.

Gaara me olhou incerto e voltou o olhar para a tela.

— Parabéns, papais, estão esperando gêmeos!

Uma onda de emoção tomou conta do meu corpo, não consegui conter as lágrimas de alegria, apertando mais forte a mão de Gaara, que se manteve paralisado, olhando para a tela como se não acreditasse.

— Gêmeos! Gaara, vamos ter dois bebês!

Olho ansiosa para Gaara, vendo-o abrir um largo sorriso, enquanto as lágrimas caiam livremente, seu olhar apaixonado voltou-se para mim, num brilho igual às estrelas nos céus. Ele se inclinou, beijando suavemente minha testa, sem parar de sorrir.

— Dois pequenos milagres! Nossos bebês — ele murmura emocionado.

— Eles estão bem? — olho ansiosa para a médica.

Ela sorriu acolhedora, ajustando a imagem na tela do ultrassom para dar uma visão mais clara dos bebês, ambos tão pequenos, mas que já tinham uma importância tão grande em nossas vidas.

— Eles estão se desenvolvendo perfeitamente, a luta não afetou em nada os dois, embora eu recomende que evite atividades assim pelo restante da gravidez — a médica sorri marota e aponta para ambos bebês — O chakra deles está ligado ao seu até o terceiro mês, conseguindo manifestar controle sobre a areia, embora seja possível manter isso até o final da gravidez.

— Os dois têm controle sobre a areia? — Gaara pergunta incrédulo.

— É impossível saber agora, é muito cedo, normalmente só sabemos quando a criança cresce, mas existem alguns com dons raros que se manifestam quando pequenos — Riko explica calmamente, olhando serena para Gaara — Foi o seu caso, você manifestou cedo o controle sobre a areia.

Gaara assentiu sério, provavelmente se lembrando de eventos tristes do seu passado.

— Querem escutar o coração? — Riko pergunta animada.

Seguro firme a mão de Gaara, acenando positivamente.

O som acelerado preencheu o ambiente, como se fossem asas, uma onda de felicidade e gratidão preencheu meu coração, como uma sensação de completude.

— Gaara! Escute, eles estão bem!

Gaara sorriu, olhando emocionado para a tela.

— Claro que estão, a mãe deles é forte, logicamente eles serão também — ele murmura, desviando o olhar para mim.

Se houvesse alguma forma de congelar esse momento, gostaria de ter essa imagem pela eternidade, seus belos olhos claros nos meus, com tanto amor que foi impossível caber neles e em mim, sendo transportado para os seres crescendo em meu ventre.

Minha família completa, meu amor para a vida inteira, me sinto bem, finalmente em casa.


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