Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 32 - A Serpente

Contém 4164 palavras.

Boa leitura 🩷

Em meio às dunas do deserto, diversas cavernas emergiam, robustas e surpreendentemente lindas. Ao nos aproximar, percebo as construções de pedra e argila entre cada caverna, destacando-se contra o céu azul. Casas simples, mas robustas, construídas com os próprios materiais ao redor, numa grande estrutura circular, onde a maior destaca-se ao centro, provavelmente a casa da líder ou dos anciãos.

Tobirama parou a uma distância considerável, observando atentamente o ambiente, então levantou a mão, sinalizando para que parássemos.

— Não sinto os chakras, mas estamos sendo observados — ele murmura baixo, mas firme, ao olha para as cavernas — Fiquem atentos.

Gaara assentiu sério.

Senti um arrepio percorrer minha espinha, uma estranha sensação de que estamos sendo aguardados e isso não me deixa mais aliviada. Sei que nossa presença não passaria despercebida, qualquer movimento em falso pode desencadear um conflito, espero ao menos conseguir salvar meus amigos antes disso.

Abaixo, com as mãos no solo, fechando os olhos, para tentar buscá-los.

— Três chakras... dois fracos... Ino e Kankuro... — murmuro aflita.

— Vamos, mas mantenham a atenção — Tobirama declara sério.

Avançamos rumo às cavernas, cada vez mais perto para observá-las melhor, quando o chão tremeu violentamente, como se fosse um terremoto, emergindo das areias uma enorme caverna, mais para um labirinto de passagens esculpidas ao longo dos milênios. A entrada é uma fenda estreita entre duas enormes formações rochosas, provavelmente formada pelas frequentes tempestades de areia.

— Vamos analisar melhor, acho que é peri...

Meu corpo é puxado para dentro da caverna antes mesmo que Gaara pudesse terminar a frase, e vejo a fenda se fechar, com eles sumindo da minha visão.

— Gaara! Tobirama!

Minha voz ecoou pelo local, mas nada de responderem, aumentando a minha ansiedade.

Concentro chakra em ambas as mãos, sentindo-a pesada e então soco a rocha, mas ela sequer se moveu.

— Ótimo!

Eles não podem entrar e nem eu sair, a única maneira é tentar outras abordagens, para isso preciso estudar melhor o lugar em minha volta, mesmo que para isso tenha que embrenhar num ambiente totalmente hostil.

Me viro para adentrar mais na caverna, ao menos sinto melhor o chakra de Kankuro e Ino, posso salvá-los!

A temperatura caiu drasticamente aqui dentro, proporcionando um certo alívio por conta do calor do deserto. Analiso ao redor, observando criteriosamente as paredes feitas de um arenito avermelhado, com vários minerais brilhantes que deixavam o ambiente mais claro, como se fossem a iluminação dali, criando uma atmosfera misteriosa, mas intimidadora.

O caminho que segui se dividiu em várias passagens menores, cada uma delas tão estreitas que somente uma pessoa poderia passar por vez.

— O chakra deles vem de todas essas passagens! — resmungo irritada.

Escolho a câmara do centro, caminhando pelo lugar estreito por vários minutos, um pouco ansiosa por ver um teto alto, com estalactites pendendo com dentes afiados prontos para esmagar qualquer um, que pode facilmente me matar, deixando uma cena bem macabra de recordação. O chão de uma fina camada de areia fofa, provavelmente trazida pelo vento ao longo dos anos, mas que, por mais que fosse inofensivo, me lembrou do deserto, onde as criaturas venenosas se escondem para dar o bote, aumentando cada vez mais minha aflição. Ao final da câmara, há um grande círculo de pedras, provavelmente utilizado pelo clã para reuniões, dada as paredes adornadas com pinturas representando várias cobras, o que parecia uma tradição do clã Yeon.

Volto todo o caminho, escolhendo a câmara da direita agora, fazendo o mesmo esquema, apenas para acabar numa área reservada para o cultivo de plantas e ervas venenosas, com uma pequena fonte de água subterrânea que mantinha o ambiente úmido o suficiente para que elas crescessem, apesar das condições do deserto.

Irritada, vou procurando em cada câmara, levando o que poderiam ser horas desperdiçadas, até finalmente adentrar na mais profunda das passagens. O som do vento ecoando aqui é mais parecido com sussurro de serpentes, como se eu estivesse cercada delas, embora não conseguisse sentir nada.

— Finalmente! Demorou um século, estava tão entediada que quase matei esses idiotas.

Sentada numa espécie de trono rochoso, estava ela, Shio, mas totalmente diferente da última vez que a vi. A pele antes dourada agora está mais branca com escamas, os lindos cabelos cor de areia estavam desgrenhados e os olhos na cor ametista com as pupilas verticais, como se ela estivesse se transformando numa cobra, desvio o olhar rapidamente, procurando ansiosa por eles, finalmente os encontrando, ao fundo do trono noto Kankuro e Ino, imoveis no chão, ambos com o chakra baixo e instável.

— Você matou eles? — pergunto ansiosa.

— Não, ainda... — Shio sibila sorrindo.

— Sua maldita! O que queria machucando meus amigos?! — rosno sem tirar os olhos deles.

— Fazê-la sofrer, obviamente.

Sinto um arrepio horrível ao olhar em sua direção, seus olhos de serpente voltados completamente para mim.

— Eu sei, não estou bonita — Shio murmura desgostosa, elevando a mão na altura dos olhos, suas unhas com longas garras — Tudo tem um preço, e usei demais o meu kekkei genkai.

— Então foi você! — rosno, fechando minhas mãos em punho.

Ela sorri maliciosa, apoiando a mão no queixo.

— Achei que meu querido marido já tinha feito a fofoca — Shio murmura em descaso.

Ela está sozinha aqui, apenas na companhia de Ino e Kankuro, se eu conseguir distraí-la o suficiente para tirá-los daqui, mas talvez conversar seja uma péssima ideia, afinal eles parecem estar envenenados, se isso é verdade, precisam de atendimento rápido.

— Por que fez isso? Você se casaria com Yuto, seria a matriarca do clã! — pergunto, tentando analisar ao redor, sem que ela percebesse.

Shio revira os olhos, entediada.

— Vou lhe contar uma história, então seja uma boa menina e escute tudo.

Posso tirá-los daqui com uma invocação, talvez?

Olho para eles, tentando analisar o estado de ambos, mas tudo que percebo de longe é o quão branco ambos estão, respirando, mas o que parece com dificuldade.

Não tenho tempo, preciso agir rápido!

— Não quero ouv...

Shio mira a mão na direção de Ino e Kankuro, fazendo-os se contorcer pela dor, ofegando com dificuldade de respirar.

— Tudo bem! Estou ouvindo!

Ela sorri maliciosa, apontando para uma cadeira, relutante sento sob seu olhar atento.

— Era uma vez uma menina promissora num clã importante e temido, ela era muito amada pelos pais, até o dia que infelizmente eles a proibiram de sair dessas cavernas, isso a deixou furiosa, como toda a criança contrariada, mas sem querer sua kekkei genkai explodiu, matando as duas pessoas mais importantes de sua vida.

— Você matou seus pais... — sussurro, fazendo-a sorrir assentindo.

— Sim, e ninguém do clã confiou em mim novamente, eu era descrita como instável, fiquei isolada de todos, pois todos tinham medo de chegar perto de mim.

Shio sorriu maravilhada, ocasionando um arrepio pela minha espinha.

— Como foi que você entrou no acordo de casamento da vila? — pergunto curiosa.

— A grande serpente branca, ela escolhe quem será a prometida e qual o clã da vila será o felizardo, para o horror dos anciões, eu fui a escolhida, com o herdeiro dos Tadashi — Shio suspira, olhando para longe — Tinha doze e ele dezessete anos quando ocorreu o arranjo, desde então passei a vagar do meu clã até Suna, para que Hiroki e eu nos acostumássemos com nossa realidade, obviamente os anciões do meu clã fizeram um selamento dos meus poderes, para evitar que eu fizesse com ele o mesmo que fiz com meus pais, mas isso apenas serviu para aperfeiçoar meu kekkei genkai, fazendo com que nem a líder conseguisse detectar o quanto eu usei.

— E você o matou! — retruco ácida.

Shio revirou os olhos.

— Nosso casamento estava marcado para quando eu completasse vinte anos, mas seu pai nunca me tratou diferente, eu era apenas a obrigação que ele tinha que cumprir, não importava o quão doce eu demonstrava ser, ainda não era o suficiente para ele. Então um belo o dia, Yuto que nunca levou os treinamentos a sério, ficou mais responsável, querendo assumir todas as suas responsabilidades, e ainda dando indícios que gostaria de se casar, ficou assim durante quase um ano, até decair repentinamente numa tristeza absurda, vivendo numa casca de quem era, e foi a vez de Hiroki mudar, ele que sempre levava os deveres a sério, passou a ser desleixado, mais relaxado e sorrindo o tempo inteiro como um idiota, não foi difícil descobrir que ele tinha se apaixonado, mas fiquei surpresa por ser pela namorada do irmão.

— Então eles namoraram mesmo... — sussurro exausta.

— Sim, Yuto quando descobriu ficou puto, tentou diversas formas para que eles ficassem longe, alegando que Akemi estava enganando seu irmão, pois ele acreditava que ela era uma meretriz — Shio sorriu debochada, olhando para o horizonte como se tivesse lembrando — Eu não levei a sério o romance, acreditei que era apenas um encantamento, então ele desmanchou o nosso noivado.

— E para se vingar, você o matou!

Os olhos dela miraram os meus numa fúria contida.

— Não! Seu avô descobriu que Hiroki pretendia fugir com Akemi, pediu para mim matá-la, eu aceitei, fui até onde eles se encontravam, mas ele descobriu e a defendeu, se colocando na frente dela, seu pai caiu por conta do meu veneno e Akemi fugiu como uma covarde — ela murmura irritada, apertando os punhos — Tive que levá-lo até o clã, para fingir que ele morreu dormindo.

Arregalo meus olhos em completo choque.

Ela pretendia matar minha mãe?

— Meu pai... você... meu avô não descobriu? — balbucio nervosa.

— Não, pois levei um idiota até a casa dos Tadashi, o mesmo que Akemi dizia que a abusava, para dizer que ela era uma prostituta e que eles brigaram por isso, sem dar tempo que eu fizesse nada, seu avô obviamente acreditou em mim, além que o próprio Yuto reconheceu o homem, assumindo que desmanchou seu romance com Akemi por conta dele. Seu avô acreditou que Hiroki estava apenas esgotado, mas quando não respondia aos estímulos, parecendo que morreu dormindo, trouxe os melhores médicos do país do Vento, mas meu veneno não é detectável, ao contrário dos outros do meu clã, então a culpa caiu sobre Akemi.

Franzo o cenho em confusão.

— "Parecendo que morreu dormindo"?

Shio sorriu maliciosa.

— Não cheguei na melhor parte!

— Melhor parte? — sussurro com medo.

— Houve uma grande comoção no clã, foi muito lindo ver Yuto chorando desesperado pela morte do irmão, ele sofreu demais, se amaldiçoando por conhecer Akemi — Shio sorriu maravilhada — Seu avô definhou durante as honras ao Hiroki, a culpa o consumindo, ele morreu dias depois, aliás é o corpo dele que está enterrado no lugar do seu pai.

O riso dela ecoou pelo recinto, me deixando mais irada.

— Deixei que o enterrassem vivo, após isso dopei Yuto para me ajudar a tirá-lo do caixão, colocando seu avô ali.

Arregalo os olhos em completo choque, seus olhos brilharam ao ver meu semblante.

— O que fez com ele? — pergunto irada.

O sorriso de Shio aumentou, como se ela estivesse maravilhada.

— Meu veneno penetrou suas vias aéreas, paralisando seus sentidos e o deixando aparentemente morto, mas seu coração ainda bombeava sangue, tão lento que nenhum aparelho detectou. Por dias o torturei, explodindo cada parte sua microscopicamente, o curando e repetindo até me cansar e explodir de vez seus neurônios, aliás, foi uma morte bem nojenta, ele parecia uma bomba.

Levanto num salto, apertando tanto minhas mãos em punho que senti a unha perfurando minha palma, ocasionando uma leve dor, mas nada aplacou a ira que percorreu meu sangue, como uma lava, devastando tudo e restando apenas a sede pela vingança.

— Não me olhe assim, querida, ele merecia, me desprezou por conta de uma maldita! Eu poderia tê-lo feito feliz e eu faria, mas ele preferiu outra, uma que ainda amava o próprio irmão! — Shio gritou com os olhos brilhando num ametista profundo, como dois pontos luminosos.

— VOCÊ É UMA MALUCA!

Shio levantou, apontando o dedo em riste para mim.

— Não sou! Akemi conquistou Yuto e Hiroki, mesmo após a morte deles. Yuto nunca olhou para mim como olhava para ela, mesmo com raiva. Nenhuma vez nesses anos ele deixou de amá-la.

— Por não ser amada, você decidiu acabar com a vida deles?! — pergunto incrédula.

Shio começou a caminhar de um lado para outro, com as mãos sob os cabelos, murmurando em desespero.

— Por que ela merecia ser amada? Por que Hiroki preferiu se jogar na frente dela ao invés de ficar vivo ao meu lado? Por que Yuto viveu vinte e três anos chorando pelos dois e se recusando a realmente me ver?

Ela não é digna nem de pena, é apenas um ser com a alma corrompida que no final vai acabar sozinha, pois não sabe amar.

— Porque você é um ser podre! Isso não tem nada a ver com minha mãe, eles jamais olhariam para você, não importa se ela existisse ou não!

Os olhos dela se voltaram para mim, a fúria em seu rosto me lembrou bem uma serpente prestes a atacar, mas ela não está diante de uma presa, não vou permitir que ela saia impune após tudo que fez!

O maldito labirinto de passagens com uma força invisível puxou Sakura para dentro, fechando-se imediatamente atrás dela, por mais que tentássemos quebrá-la, ou mesmo Tobirama usar o hiraishin, não conseguíamos, a entrada estava selada por uma barreira poderosa, restando apenas a gente dar a volta, procurando uma abertura.

— Precisamos encontrar uma entrada — Tobirama colocou uma das mãos sob a rocha, enquanto fechou os olhos — Sakura está em perigo!

Droga!

Como isso poderia ter acontecido?!

Não vou me perdoar se algo ocorrer com ela, é minha responsabilidade mantê-la em segurança, coisa que não tenho feito.

— Vamos dar a volta por cima, a visão é mais ampliada — formo um disco de areia sob nossos pés — Embora essa entrada seja selada, é impossível não ter alguma abertura.

Antes que o disco se movesse, a barreira mais uma vez vibrou, emergindo dela alguns membros do clã Yeon, mas ao contrário da última vez que os vi, seus rostos estavam tomados pela transformação de humano para serpente, mas não pareciam estar sob controle de seus movimentos, mas sendo controlados.

Droga! Nunca tivemos problemas com esse clã, mas é notavelmente o melhor em combate!

— Eles não são mais humanos, provavelmente Shio os controla — estreito os olhos, ao vê-los nos cercar — Estamos em pequeno número, precisamos ter cuidado com o veneno deles.

— Então que morram todos! — Tobirama vociferou, irritado.

Os membros do clã vieram numa velocidade impressionante em nossa direção, suas mãos envolvidas com o veneno, mas não parecia ser um ataque que pudesse nos prejudicar a distância, visto que a todo custo tentavam nos tocar.

— Tobirama, o veneno está diretamente na pele deles, se mantivermos distância, não teremos problemas — anuncio para Tobirama, mantendo os inimigos longe, os atacando continuamente com minha areia.

Pela visão periférica, vejo Tobirama formando rapidamente os selos de mão, e seu dragão d'água emergiu, rugindo em direção a eles, colidindo com os inimigos, mas a água não os afetou como deveria, a sua agilidade parecia triplicada, e eles seguiram desviando dos ataques.

Como serpentes... eles não serão prejudicados pela água...

Sabaku Kyū — envolvo dois dos inimigos no caixão de areia, os matando rapidamente.

Os demais seguiram me atacando continuamente, mas a barreira de areia bloqueou todos os ataques, e os membros continuaram furiosos, emergindo da entrada da caverna. Uma esfera de raio voou em direção ao Tobirama, que rapidamente usou o hiraishin para se teleportar para um lugar seguro, e reapareceu atrás do atacante, transferindo um golpe rápido e mortal.

— Gaara, precisamos correr para Sakura, não podemos perder tempo aqui e nem deixar nenhum dos ataques nos encostar, o veneno está sendo transferido para cada jutsu! — Tobirama rosna irritado.

Sei que ele está certo, apesar de formarmos uma boa dupla, estamos em desvantagem numérica, ainda mais contra um clã desse, os ataques, se nos tocarem, podem nos deixar envenenados.

— Tenho um plano!

Tobirama assente, se aproximando para me marcar e então tomando conta da minha retaguarda.

Invoco a areia sob o solo, criando uma tempestade, cegando temporariamente os inimigos, enquanto o chakra sob minhas mãos aumentou, até transferi-lo para a areia. Uma enorme onda de areia varreu os inimigos, enquanto os jutsus voaram em nossa direção, Tobirama formou uma barreira em nossa volta, nos protegendo enquanto eles seguiram submergidos na areia, então usando a liberação de Katon, o Senju esquentou a areia que manipulei num nível absurdo, matando-os de uma vez.

— Vamos! — subo no disco, seguido de Tobirama.

A ampla visão do local apenas me deixou mais desesperado, pois era visualmente enorme e Sakura poderia estar em qualquer lugar, pois nem o seu chakra ou de qualquer um é sentido.

Coloco esse lugar a baixo, mas encontro a minha esposa!

— Como Sakura conseguiu detectar o chakra deles e você não? — pergunto ansioso.

— Provavelmente aquela maluca deixou aberto para Sakura — Tobirama responde ansioso.

— Não consegue se teleportar para ela? — olho de canto, vendo-o fazer uma careta negando com a cabeça.

Droga!

Vamos ter que usar os instintos, achá-la por conta e torcer para nada acontecer com ela.

Os olhos vidrados e o sorriso no rosto dessa maluca apenas me deixou mais profundamente irritada, de uma maneira que jamais fiquei em toda minha vida. Ela matou meu pai, o torturou e fez minha mãe fugir com medo, transformou a vida de Yuto num inferno, tudo por conta de um sentimento idiota de inferioridade, sem contar no fato de matar meus pais tão friamente, apenas para me atingir.

— Não quer saber como seus amados pais morreram? Os Harunos? — o sorriso cruel cresceu, enquanto seus olhos brilharam em pura malícia.

Senti uma onda de raiva crescer, mas mantenho a postura defensiva, à espera de seu ataque.

— Usei meu veneno para explodir cada partezinha deles, comecei com sua mãezinha, ela gritou demais, foi lindo de escutar! — o riso dela frio e sem alegria ecoou ao ver meu semblante horrorizado — Seu pai como um bom marido tentou defendê-la, infelizmente ele morreu vendo a amada dele ser torturada, em seus rostos fico marcado o horror delicioso de sua morte.

— Maldita!

— Ah! Sakura! O sangue deles espirrou para todos os lados, deixando o local como uma pintura, pena que não pode ver.

Sinto meu corpo inteiro tremer pela raiva, punhos ficando pesados pelo chakra.

— Eles morreram como vermes que eram, deixando um buraco no seu coraçãozinho que jamais vai se curar, o mesmo que Akemi deixou em mim — Shio murmurou com um brilho sádico no olhar.

A raiva ferveu meu sangue de uma maneira tão intensa que senti meu corpo inteiro quente, o selo do byakugou brilhou numa intensidade insana, a marca se espalhou rapidamente por todo meu corpo, no instante em que meu chakra explodiu numa aura poderosa, fazendo o local tremer.

— Vai pagar com sua vida! Shannaro!

Avanço furiosa, socando o chão com toda a força, o impacto devastador criou uma cratera profunda, enviando ondas de choque que racharam as paredes ao redor. Corro rapidamente para Kankuro e Ino, marcando ambos com o hiraishin, então invocando Katsusyu.

— Katsusyu-sama! Tire-os daqui!

— Hai!

Katsusyu rapidamente deslocou-se para ambos, absorvendo e então saindo dali.

— Impressionante! Mas acredita mesmo que isso vai me derrotar? — Shio pergunta maliciosa.

Preferi não respondê-la, o ar carregou pela tensão, onde somente ecoou o som de nossa respiração e do vento. Senti a raiva pulsando em minhas veias ao vê-la sorrir cruelmente, deslizando pelo local como uma serpente pronta para atacar ao menor sinal, me circulando como se eu fosse uma mera presa.

Suiton: Suiryūdan no Jutsu! — o dragão emergiu em direção a Shio, que numa velocidade impressionante desviou.

Futon: Kazekiri no jutsu! — Shio contra-atacou, lançando um poderoso vento cortante na minha direção.

Uso o hiraishin, desaparecendo num flash e surgindo atrás dela, com movimento rápido, movo a mão em punhos em sua direção, mas Shio se esquivou, movendo-se com agilidade, sorrindo maliciosa ao desviar de cada golpe. A onda de choque ocasionada pelos meus socos provocou um tremor que ecoou por toda a caverna, estremecendo por completo as paredes do local.

— Até que sabe lutar, pena que seus pais não estão vivos para ver. Hiroki ficaria tão orgulhoso da filhinha dele! — Shio debocha, lançando uma bomba de fogo em minha direção, forçando-me a usar novamente o hiraishin.

Com as mãos em punho, avanço em direção a ela, transferindo um golpe atrás do outro, do qual ela continuou a se esquivar, sem tirar o sorriso do rosto, criando uma dança mortal entre nós. Me teletransporto novamente, aparecendo ao lado de Shio, então desfiro um poderoso soco, amplificado pelo byakugou. O impacto devastador lançou Shio contra a parede da caverna, rachando ainda mais as pedras.

— Vadiazinha! Você não deveria estar viva, é apenas a prova daquela união estúpida que me fez sofrer por anos! — Shio rosnou furiosa.

Seu corpo ficou envolta de uma nuvem verde, provavelmente o veneno dela está exalando pelo local, sigo transferindo socos em sua direção, intercalando com o suiton, fazendo-a ficar na defensiva por longos minutos, antes de parar abruptamente, explodindo uma nuvem em minha direção, paro absorvendo o veneno e parto para cima dela, socando seu estômago.

— Como? — Shio pergunta em choque com as mãos na barriga.

Olho enojada em sua direção.

— Acredita que eu seria burra ao ponto de lutar contra você sem usar um antídoto? — pergunto irônica.

Shio me olhou irritada.

— Sim, Orochimaru descobriu um antídoto contra seu veneno, surpreendentemente em mim não ocasionou nenhum efeito colateral, talvez pelo fato de que você usou em frente a minha mãe quando ela estava grávida, um erro bem idiota, minhas células com o antídoto me deixaram totalmente imune e sem sequelas.

Ela se levantou, com os olhos brilhando numa raiva pura, seu corpo se envolveu por completo no futon, como uma aura de tempestade com o vento serpenteando a sua volta, isso ocasionou num aumento da velocidade e com isso ela partiu em minha direção, as mãos em punho me forçando a ficar na defensiva, desvio de cada golpe com maestria, deixando-a cada vez mais irritada. Seu chakra se deslocou em seu corpo, até envolver suas mãos, formando pequenas agulhas entre os dedos em punho com o elemento vento. Aumento minha defesa, não deixando que ela conseguisse me acertar, ou ao menos minimizasse o contato, pois os socos acertados ocasionaram uma profunda dor. Quanto mais os segundos passavam, mais meus músculos eram acertados.

— Você vai sofrer! Vai morrer por causa da vadia da sua mãe!

Uma enorme esfera de agulhas se formou em suas mãos, voando em minha direção. Mal tive tempo de reagir, antes de sentir meu corpo ser puxado pela areia, em seguida formei rapidamente uma barreira de água para me proteger, enquanto sinto a areia me circular. Olho ao redor, à procura de Gaara, mas estou sozinha com a Shio, mas esse poder é claramente dele.

— Sua... vadia! — Shio berrou, descontente.

Me movo rapidamente, vendo a areia me seguir, como uma proteção.

— Não pense que isso vai protegê-la! — Shio resmunga irritada.

Pisco atordoada vendo a areia se movendo rapidamente a cada golpe, barrando todos os jutsus dela, mas não sou capaz de controlar a areia dessa maneira.

Então, como?

Será que Gaara está perto, mas não consegue estar aqui e mesmo assim conseguiu ajudar?

Se for isso, vou apenas aproveitar para acabar com isso de uma vez!

Libero todo poder do byakugou, sentindo uma onda de energia percorrer meu corpo, e me teletransporto novamente, surgindo acima de Shio. Com minha mão em punho, desfiro um poderoso soco, ela tentou desviar, mas minha velocidade superou a dela. O impacto devastador terminou por rachar tudo ao redor, fazendo a caverna tremer e desabar. A areia envolveu meu corpo, me protegendo do desabamento.

O barulho da respiração fraca de Shio ecoou, me aproximo rapidamente, vendo seu corpo parcialmente coberto pelos escombros, o sangue à sua volta formando uma poça no chão, provavelmente todos os seus órgãos foram esmagados.

— Você não tem mais que alguns segundos de vida, mas não vou deixar você sofrer — envolvo meu punho em chakra, deixando-o totalmente pesado — Isso é pelos meus pais, minha família!

Meu punho voou para sua cabeça, a esmagando por completo. Embora fosse desnecessário, senti um alívio ao ver a maldita exterminada de vez.

Acabou... realmente acabou, agora estou livre para ser feliz.

Sinto meu corpo cambalear, antes de cair, as mãos fortes dele foram para minha cintura, me fazendo sorrir sinceramente, o olhar apaixonado e totalmente preocupado aqueceu meu coração.

— Sakura! Está bem? — Gaara me segurou em seus braços, ao ver meu corpo totalmente cansado, suas mãos me elevaram.

— Estou bem... exausta apenas.

Suspiro contente em seu colo, me sentindo em casa.

— Parece que você não precisou da gente — Tobirama riu, olhando ao redor.

Olho alegre para ele, seu semblante brilhou em puro orgulho.

— Claro que não, sou a neta do Nidaime Hokage, jamais perderia para qualquer uma — respondo animada.

— Não esperava menos de você! — Tobirama sorriu orgulhoso.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro