Capítulo 26 - Estaca zero
Contém 3850 palavras.
Boa leitura 🩷
A culpa é um corrosivo que se instala lentamente, destruindo tudo, mesmo tentando usar a lógica, ainda não consigo deixar de senti-la.
Como pude ser tão idiota em não perceber que algo está errado com Temari?!
Ela está mais magra para uma grávida, mesmo que seja no início, ainda sim ela deveria estar mais viçosa, mas não, gradualmente a palidez está se instalando em seu corpo, o constante cansaço, falta de apetite e as febres que muitas noites a fizeram ficar desconfortável, ela dizia que era da gravidez e que já estava planejando se consultar com Sakura, pois não confia nos médicos e também os conselheiros não sabem.
Deveria ter sido mais firme!
Se algo ocorrer com ela, a culpa é minha também!
O suor escorria por minha testa, misturando-se com a areia e o vento, a medida que corro desesperado até a casa de Gaara, o peso de Temari é tão mínimo que mal consegue me cansar, mesmo assim parece demorar uma eternidade cada passo.
— Tema, meu amor, estamos chegando! — murmuro apreensivo ao vê-la mais pálida.
Não posso perder nem ela ou nosso bebê, só de pensar nessa possibilidade, meu coração aperta, mas não posso deixar o pânico me dominar, não agora.
Finalmente a casa de Gaara apareceu à vista, forcei minhas pernas a correrem mais rápido, ignorando a dor que começou a se espalhar por meus músculos. Ao chegar à porta, abri num chute, quase tropeçando ao entrar, assustando Tsunade e Ino, ambas num aparente momento de descanso, apesar dos pergaminhos em mãos.
— Tsunade-sama! Ela precisa de ajuda — grito apavorado.
Tsunade franziu o cenho e começou a caminhar rapidamente para o quarto mais próximo, apontando para cama.
— Coloque-a aqui.
Cuidadosamente deito Temari, apesar de estar aliviado pela presença de Tsunade, ainda não consigo sentir tranquilidade, a mão de Ino segurou firme a minha, me puxando para dar espaço para que Temari fosse avaliada, ela estava num estado letárgico, mal conseguindo manter os olhos abertos.
— Ela vai ficar bem?! — pergunto com a voz trêmula.
Tsunade não respondeu, apenas se concentrou em Temari.
— Shika, se acalme ou vai ser dois doentes! — Ino sussurrou sem soltar minha mão — Confie em Tsunade-sama!
Suspiro resignado, assistindo Tsunade examinar Temari com uma precisão clínica, verificando seus sinais vitais, usando técnicas de diagnóstico médico-ninja, usando até seu chakra. Cada exame terminado com o semblante confuso, aumentando minha aflição, os minutos se arrastando e nenhuma palavra além da crescente preocupação na feição de Tsunade.
— Não consigo encontrar nada — Tsunade resmunga frustrada, limpando o suor de sua testa, se afastou de Temari — Ela visivelmente está fraca, mas não há sinais de doença, é estranho.
—O que isso significa? — senti um frio na espinha, minha voz saiu estridente demais.
— Shika... nosso... bebê — Temari murmurou cansada.
— Tudo bem amor, vai tudo ficar bem — me aproximo rapidamente dela, tomando suas mãos geladas nas minhas.
— Vou investigar mais a fundo, procurar ver melhor a origem disso e o motivo de não conseguir detectar nada — Tsunade prometeu determinada.
Como?!
Me afasto, sentindo a queimação no estômago, a frustração e a raiva começaram a borbulhar no meu interior, cerrei os punho, sentindo a fúria crescer.
— Meu bebê...
Vê-la assim apenas aumentou minha raiva.
— Temari, vamos fazer o impossível, mas fique calma — Ino se aproximou dela, segurando suas mãos trêmulas — Não vou deixar nada acontecer com minha sobrinha, não é Tsunade-sama?
— Claro! — Tsunade concorda, apesar do rosto sério.
Temari sorriu fraca.
— Ino, não sabe... se é menina — Temari resmunga com dificuldade.
— Ora! Precisamos de mais meninas, e o Shika precisa pagar seus pecados! — Ino sorriu acariciando as bochechas dela.
Tsunade me puxou para mais longe, aproveitando Ino tagarelando para distrair Temari.
— Estou com amostras do sangue de Temari, vou até o hospital, não faça nada que a deixe mais nervosa! — Tsunade ordena séria, apenas balanço a cabeça em concordância.
Vejo Tsunade sair, enquanto Ino seguia falando do futuro, apenas me deixando mais ansioso.
Não faz sentido!
Uma doença que ninguém consegue detectar!
Ninguém...
Merda! O pai de Sakura, o biológico morreu sem ninguém nunca descobrir os motivos e se tiver alguma ligação?
Sakura foi ameaçada em Konoha, tanto que os pais adotivos foram mortos, e se os casos tiverem ligação com Temari, é óbvio quem está por trás disso, afinal Yuto não faz questão de esconder o quanto quer fazer Sakura sofrer, matar sua cunhada e amiga é uma ótima maneira.
Me aproximo de Temari, beijando suavemente sua testa, sob seus olhos confusos e então me volto pata Ino.
— Cuide dela, vou resolver isso.
— Shika... não!
Suspiro tocando suas bochechas pálidas, não consigo ficar parado aqui, não com a possibilidade daquele cretino estar envolvido, mas não posso assustá-la.
— Não pode se estressar, não se preocupe comigo, apenas vou falar com seu irmão — minto.
Antes que ela ou Ino pudessem responder, sai correndo da casa, minha mente focada em matar Yuto.
O sol começou a se pôr, lançando sombras longas e douradas sobre a vila, criando um belo cenário a medida que caminhávamos lado a lado. A satisfação do progresso de Sakura com apenas um treinamento aqueceu meu coração, ao final sei que ela será ainda mais incrível do que já é.
Será que estou sendo muito coruja?
Não consigo evitar, sorrio a cada palavra dela, e ela não parou de tagarelar durante o caminho de volta, contando toda sua vida, as partes que não pude participar, e cada instante o sentimento de orgulho cresce mais e mais.
Saber que ela tem um talento natural escondido, mas que desde o início lutou o para alcançar tudo que conquistou, apenas me enche de orgulho, pois ela se tornou uma mulher valorosa e uma kunoichi extraordinária.
Harumi ia amá-la tanto!
Sorrio ao escutar sobre o teste para entrar na equipe sete, a maneira tão alegre dela somente me encanta mais, igualzinha a avó, provavelmente a sua mãe também, ambas mães, pois para ela ter se tornado esse ser humano incrível, os Harunos tiveram um grande impacto.
Próximos a casa de Gaara, senti a agitação incomum no chakra da amiga de Sakura.
— Vamos!
Corri, sendo seguido por uma Sakura confusa, mas não quis alertá-la, embora não fosse preciso, logo que se concentrou, ela notou algo errado.
Ino estava no batente da porta, os olhos ansiosos vagando por todo lugar, até nós encontrar, o alívio preenchendo seu semblante, ela adentrou na casa, sabendo que estávamos logo atrás.
— O que aconteceu? — Sakura pergunta preocupada, seu olhar vagando de Ino para Temari deitada no sofá, com o rosto pálido e os olhos refletindo preocupação.
—Temari!
Sakura correu para a cunhada, as mãos verdes a procura de algo errado.
— Tsunade-sama já a avaliou, não conseguem encontrar o que ela tem, é uma doença misteriosa — Ino responde rapidamente e abaixa a voz para Sakura — Igual ao seu pai biológico, mas com Temari é gradual, já Hiroki morreu instantaneamente.
Sakura arregalou os olhos apavorada.
— E o Shikamaru?
Ino cruzou os braços, num semblante irritadiço.
— Adivinha! Aquele idiota não costuma ser irresponsável, mas agiu de cabeça quente! — Ino resmunga irritada.
— Ino fique com Temari — ordeno e olho para Sakura — Você vem comigo.
Entendo que o Nara está pensando na mulher e no filho, mas agir sem conhecer o adversário é suicídio.
『 ♡ 』
A medida que nos aproximamos da casa de Yuto, as vozes alteradas aumentavam, a movimentação do clã Tadashi já é visível, a vista que Shikamaru entrou sem permissão ali.
Em frente a casa principal, Shikamaru encarava Yuto, ambos com semblante irado, a tensão palpável no ar, o restante do clã envolta como escudo para proteger seu líder, ato comum, mas não deixa de me irritar, pois tem mais de cinquenta shinobis e Shikamaru é apenas um.
— A CULPA É SUA! VOCÊ FEZ TANTO MAL A SAKURA, QUER QUE ELA SOFRA E AGORA QUER MATAR TEMARI!
As mãos de Shikamaru tremiam com os punhos cerrados, tamanha sua raiva e desespero.
— Menino, nem sei do que fala! — Yuto respondeu irritado, apontando de Shikamaru para o clã — Pare de acusações infundadas ou vou mandar meus homens prendê-lo, aqui não é Konoha!
Os demais se armaram, prontos para atacar no menor sinal de seu líder.
— Você é um maldito bastardo! Graças a Kami, Sakura não tem nada de você, pois é um ser humano tão podre que me enoja estar em sua presença! — Shikamaru vociferou irado.
O rosto do tal Yuto ficou rubro, os olhos brilhando numa raiva cega, os demais do clã apenas arfaram incrédulos pela maneira que seu líder estava sendo tratado. Yuto vibrou, enviando uma lança d'água em Shikamaru, os outros seguiram o exemplo, mirando no Nara.
Movo a mão formando uma um cúpula de água, bloqueando os ataques e protegendo Shikamaru.
— Um clã inteiro contra um único homem não é justo, parem agora ou haverá uma chacina — minha voz ressoou com autoridade, paralisando todos — Não me oponho de matá-los, apenas me seguro pois sei que isso dará dor de cabeça para o Kazekage.
Yuto recuou furioso, seus olhos tão verdes quanto os de Sakura miraram os meus, primeiramente com espanto, depois horror absoluto.
Sorrio malicioso ao vê-lo com medo.
Desfaço a cúpula, puxando Shikamaru para junto de Sakura, e me aproximo do maldito, com as mãos nos bolsos, sentindo não somente ele, mas todos de seu clã tremer.
— Yuto Tadashi, o miserável que está causando problemas com minha neta, não sabe se controlar? — pergunto debochado.
— C-como... como está vivo?! — Yuto arregala os olhos em horror.
— O que foi? Imaginou que fosse mexer com meus descendentes e ficaria por isso mesmo? — pergunto me aproximando mais, no reflexo ele deu dois passos para trás, sorri usando hiraishin, parando em suas costas — Que covarde, vai fugir?
Yuto pulou para longe de mim, olhando para o chão, achando a kunai sob o chão onde ele estava antes.
— Esse idiota está me acusando sem provas! — a voz de Yuto tremeu.
— Por isso o atacou? — pergunto olhando dele para o clã — Pensei que estavam em paz.
— Estamos! Mas ele invadiu a propriedade! — Yuto resmunga indignado
— Se atacar qualquer membro de Konoha, posso muito bem iniciar uma guerra como retaliação — giro uma kunai entre minhas mãos e atiro em direção ao Yuto, raspando em seu ombro e indo direto contra a parede de concreto ladeando as casas do clã — Sou Nidaime Hokage, não esqueça disso!
Os sussurros apavorados ecoaram como num coro estridente, senti Shikamaru e Sakura se preparando para lutar, por mais que sinta vontade de matar todos eles, tempos de paz é preciso manter a cabeça fria, fora que o único culpado disso esta na minha frente.
— O que fez com a Temari? — pergunto entredentes.
— Já disse que nada! É uma acusação absurda, jamais faria algo contra a família do Kazekage! — Yuto balançou a cabeça vigorosamente.
Cruzo os braços, analisando cuidadosamente cada um dos presentes. Por mais habilidosos que sejam, não podem criar algo que um médico ninja não consegue detectar, então eles certamente não tem culpa, não totalmente.
— E sua esposa? — pergunto para Yuto, fazendo-o franzir o cenho — Ela é do clã Yeon, não?
— Minha esposa não fez nada! — Yuto rugiu furioso.
— Não disse que ela fez algo, só perguntei o clã dela.
Yuto retrasou levemente o corpo, ficando cada instante mais tenso, sorri malicioso ao ver o medo transbordando nele.
— Onde ela está?
— Se vão interrogá-la, faça um pedido formal! — Yuto resmunga indignado — Você nem é daqui!
Me viro para ele, caminhando lentamente em sua direção, fazendo-o andar para trás num semblante apavorado.
— Está bem nervoso para quem é inocente — observo.
— Ele está com medo de você — Sakura conclui numa voz baixa.
Sorrio malicioso.
— E deve ter, a única coisa que mantém a cabeça dele sob o pescoço, é que não quero prejudicar a paz criada, mas se ele fizer um único movimento para você, ele vai morrer da pior forma.
Yuto ficou totalmente lívido.
— Eu... eu disse... q-que não sei de nada! — ele balbucia nervoso, movendo as mãos como um louco — Ninguém sabe, então vão embora!
— Querido, tudo bem — Shio apareceu nas costas de Yuto, tocando levemente seu ombro e então olhou em nossa direção — Posso responder qualquer pergunta.
Passos suaves, carregando uma presença marcante chamou a atenção de todos, olho de canto, observando pela primeira vez a postura de Gaara ser totalmente diferente, seu chakra mais visível e intenso, emanando uma aura de poder e determinação, seu semblante numa fúria contida, totalmente o oposto que já vi.
— Por que Temari está exatamente como Hiroki, se o dito culpado era Akemi? — Gaara pergunta diretamente par Yuto.
Yuto arregalou os olhos, totalmente confuso.
— Não sabemos de nada!
Gaara analisou Yuto por alguns instantes, antes de fazer um leve sinal de mão, alguns ambus adentraram o local, segurando Yuto e a esposa.
— Estão detidos para investigações! — Gaara declarou sem tirar os olhos de Yuto — O que deveria ter feito a muito tempo, mas agora felizmente o conselho concorda que devemos nos aprofundar mais na sua família, saber o que ocorre para que tenha tanto medo de Sakura.
— Não pode fazer isso! — Yuto gritou desesperado.
— Posso! — Gaara retirou um papel do bolso e mostrou para Yuto — A tinta usada na escrita desse bilhete é a mesma que seu clã usa, uma especial com uma grande concentração d'água, que por sinal é fabricada somente no clã Tadashi.
Senti Sakura vacilar ao meu lado, meu corpo agiu automaticamente ao vê-la desfalecer pela exaustão mental, pegando-a no meu colo.
— Que bilhete é esse? — pergunto entredentes.
— Foi o que deixaram com os corpos dos pais adotivos dela — Shikamaru responde irritado.
Olho irado para Yuto, seu semblante confuso me irritou mais.
— Yuto, melhor começar a cooperar, pois se algo acontecer a minha irmã e ao bebê que ela espera, tenho pena de você! — Gaara rosnou irritado.
Com passos firmes ele venho na minha direção, pegando Sakura delicadamente e saiu de lá sem olhar para trás.
O semblante sereno dela quase me fez sorrir, já tinha passado um pouco mais de uma hora, infelizmente a exaustão dos treinamentos em conjunto com a confirmação das descobertas do culpado pela morte dos seus pais, fizeram Sakura apagar totalmente, Tsunade achou melhor deixá-la descansar, mas não tive coragem de sair de perto, salvo os instantes em que fui saber como Temari está.
Tsunade não parou nenhum instante, tentando descobrir, ou ao menos neutralizar o que Temari está sentindo, para evitar o pior.
Isso que me deixa mais puto! Como somos incapazes de descobrir como curá-la?!
Não posso perder minha irmã, assim como não posso deixá-la perder a família que está criando!
A leve batida na porta me fez suspirar, murmurando baixo para que entrasse, por mais que já soubesse que é Kankuro, fico agradecido por ele ter ao menos um pouco de decoro hoje, não que fique envergonhado de chorar na frente dos outros, mas porque sei que ele também precisa de apoio.
— Gaara, a líder do clã Yeon, Akari Yeon, está aqui para vê-lo — Kankuro anuncia assim que abriu a porta.
Aceno levantando para segui-lo, para a própria líder sair da caverna para me ver, provavelmente deve ter algum envolvimento com Yuto e Shio.
『 ♡ 』
A mulher tem a aparência mais jovem do que esperava, considerando seus quase oitenta anos e mantém a fisionomia de uma mulher de trinta. Seus longos cabelos prateados brilhando contra as luzes e sua pele mais clara devido ao tempo que passa dentro das cavernas onde vive, mas foi seu olhar que me surpreendeu, olhos serpentinos num tom totalmente escuro.
— Kazekage-sama, não tomarei muito de seu tempo, apenas vim lhe informar que Shio Tadashi está limpa — Akari declara com um leve manear de cabeça.
Olho confuso para ela.
— Limpa?
— Sabe que quanto mais usarmos nossa Kekkei Genkai, mais perdemos a humanidade, é impossível de esconder e deixa uma marca, além que cada veneno é único, Shio não tem nenhuma marca e seu veneno nunca foi usado, então não existem motivos para prendê-la — Akari responde.
— Quer que a solte?! — pergunto entredentes.
— Kazekage-sama, sinto muito, mas não tem provas para mantê-los presos. Testei nosso veneno, para saber se sua irmã foi infectada com ele, a médica ninja de sua confiança estava o tempo inteiro nas análises e nenhuma reação foi encontrada — Akari responde simplista.
— Felizmente consegui com a ajuda de Akari, neutralizar os sintomas de Temari — Tsunade responde olhando para a mulher — Suas habilidades com venenos criou um ramo específico, ela consegue visualizar o sangue melhor que as máquinas ou chakra.
— O lado ruim que nem mesmo isso ajudou a curar sua irmã, mas ao menos dará tempo para descobrir algo — Akeri concluiu.
Olho para Tsunade que concordou num aceno.
— Estamos a sua disposição, mas pelas leis de Suna, eles não podem ficar presos — Akari conclui.
— Não totalmente, o conselho de Suna está averiguando o caso da morte de Hiroki, então Yuto continua detido para mais investigações, quando a Shio, não tenho mais motivos para prendê-la.
— Esse caso foi encerrado há anos! — Akari retruca atordoada.
— Dado o fato da minha irmã apresentar os mesmos sintomas de Hiroki, embora os dele tenham sido apenas por alguns instantes antes dele morrer dormindo, o conselho achou que seria melhor investigar.
— Fora que a pessoa que o clã Tadashi sempre culpou, está morta, então eles querem investigar a fundo — Kankuro conclui.
— Entendo, nesse caso apenas Yuto ficará preso? — Akeri pergunta curiosa.
— Sim, a não ser que as investigações apontem para Shio novamente, mas se ela é inocente com a Temari, certamente também é com Hiroki — retruco.
— Quanto a tinta usada para escrever aquele bilhete? — Shikamaru lembra Akari.
— É uma marca registrada do clã, pode ser de qualquer um deles, fora que ela foi analisada e não possuí amostras de DNA de nenhum dos dois, menos ainda a letra — Akari responde.
Voltamos a estaca zero!
Ao menos o maldito ficará preso e impossibilitado de fazer algo contra Sakura, fora que também dará a oportunidade da verdade se revelar.
Sinto ela a um palmo, no alcance das minhas mãos, mas não consigo sequer vê-la!
『 ♡ 』
A tensão cobrindo meus ombros é tão grande que sinto como se estivesse segurando o mundo em minhas costas, a sensação é horrível. O medo intenso somente com o pensamento de perder quem amo, a vontade de proteger mas não sabemos como.
Sou a porra do Kazekage e nem mesmo meu título me ajuda!
Não acredito nisso!
— Gaara!
O pequeno corpo pulou sobre o meu, fazendo meus soluços aumentarem sem nenhum controle, em resposta Sakura me abraçou mais forte, deixando que meus sentimentos transformassem.
— Desculpa! Estou sendo fraco... eu... desculpa.
Suas mãos afagaram meus cabelos num gesto amoroso.
— Está sendo humano, e quem deveria pedir desculpas sou eu.
Me afasto dela, totalmente incrédulo.
— Sakura! Você não tem culpa pelo que está acontecendo! — retruco indignado.
Ela desvia o olhar, mordendo os lábios de forma nervosa.
— Hime, não pense besteira, eles quem são culpados por tudo isso, não você — tomo seu rosto entre minhas mãos, olhando nos seus olhos — Você não tem culpa!
— Mas se não fosse eu, ninguém estaria ferido — ela sussurra chorosa.
Suspiro puxando-a para meus braços, sentindo-a tremer e se aconchegar mais contra meu cacalor.
— Nada disso e sua culpa! Você ilumina o lugar onde está, tudo fica melhor em sua presença, pois você é a própria luz.
— Gaara...
— Você é minha fortaleza, meu chão e iluminou minha vida de uma forma tão poderosa que me sinto forte para enfrentar um exército por você se necessário — beijo seus cabelos, sentindo-a suspirar — Estou sim arrasado, mas é porque amo demais vocês e sinto que não estou nos protegendo, mas isso não é nada com você.
— Eu te amo tanto!
Sorrio puxando seu rosto de encontro ao meu, nossos lábios se tocando com intensidade tão pura que foi impossível conter novamente as lágrimas, meu peito transbordando o amor por essa mulher.
— Faria qualquer coisa pela sua felicidade — sussurro encostando a testa na sua.
— A única coisa que quero é ser feliz com você, sem que ninguém tente nos atingir.
— É tudo que quero também.
Sakura me olha intensamente, seus olhos brilhando como as estrelas, quase me fazendo suspirar em deleite.
— Gaara?
— Hum?
— É uma boa ideia nosso casamento ocorrer nesse final da semana? — Sakura pergunta mordendo os lábios, num semblante preocupado.
Seguro suas madeixas suaves, enrolando os dedos sob os fios e puxo levemente sua cabeça na minha direção.
— Conseguiram neutralizar os sintomas da Temari, ainda está tudo um caos, confesso que estou sendo egoísta, mas nada nesse mundo vai me impedir de casar com você — beijo suavemente seus lábios, antes de me afastar sorrindo — E Temari disse que vai usar uma tesoura enferrujada em mim, se eu der ela como desculpa para não casarmos.
Sakura caiu na gargalhada, seus olhos dançando em animação, me fazendo rir também.
— Não posso deixar ela cumprir a ameaça — Sakura murmura divertida, passando a mão sob meu peitoral, rumo ao sul.
— Dessa forma vou pensar que sou apenas um pedaço de carne!
— Um pedaço de carne bem gostoso! — ela retruca rasgando minha camisa.
Sorrio puxando seu corpo, tomando impulso e a derrubando sob a cama, tirando o restante da roupa enquanto a observei retirar a leve camisola, ficando somente com a calcinha minúscula, Sakura riu animada, me puxando para um beijo. Este que começou suave, como uma carícia, fazendo meu corpo esquentar a medida que a carícia se intensificou, o corpo delgado dela envolveu-se contra o meu, fazendo ambos suspirarmos pelo prazer, me afasto sem conseguir desviar os olhos dela. Duas lindas jades me olhando com tanto amor que foi impossível não me sentir o homem mais sortudo do universo.
Sakura sorriu lindamente, levando as mãos até meus cabelos e puxando-me novamente em sua direção, obediente segui beijando cada centímetro de sua pele, vagando pelo seu pescoço, deixando um rastro de beijos a medida que rumo para seus lindos seios, os suspiros altos dela ecoando pelo quarto somente faziam meu próprio corpo esquentar de forma que foi impossível conter o gemido.
As pernas dela rodearam minha cintura, num movimento rápido ela se colocou sob mim, nos unindo. Nossos gemidos se entrelaçaram, enquanto ela começou a movimentar o corpo contra o meu, a visão dela totalmente entregue no estado profundo de êxtase é algo que gostaria de guardar por toda a eternidade.
Seguro suas coxas auxiliando nos movimentos, sentindo-me aprofundar em seu inferior, tão profundo que meu corpo parecia em chamas.
— Gaara!
Sakura inclinou-se totalmente sob mim, suas mãos em meu peitoral, arranhando sem parar de movimentar os quadris, sendo impossível controlar o gemido alto, minhas mãos seguraram forte sua bunda, aumentando a fricção, enquanto sentia o prazer crescer de forma absurda, até explodir com nossos gemidos ecoando pelo quarto.
Seu corpo caiu sob o meu, seus lindos olhos miraram os meus, entrelaçando carinhosamente nossas mãos, antes de deitar a cabeça em meu peitoral. Tantas coisas que preciso falar para ela, mas preferi aproveitar a calmaria seu calor me envolvendo, nosso amor transbordando e principalmente, nossa conexão, pois no momento é tudo que ambos precisamos.
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