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Capítulo 21 - Emoções tensas part 1

Contém 3710 palavras.

Boa leitura 🩷

A viagem até Kumogakure foi longa e desafiadora, pelas paisagens absurdamente diferentes, desde as densas florestas, até as planícies vastas. Foi uma longa e demorada jornada até finalmente chegar as montanhas que cercam Kumogakure, felizmente sem preocupações, com o acréscimo do silêncio e concentração absurda de Ino, sendo visível seus olhos em chamas, pois para ela é uma missão pessoal: deixar Sakura segura.

As montanhas que cercam o país do Relâmpago são imponentes e cobertas por densas nuvens, o caminho um pouco sinuoso, exigindo habilidade e resistência. Akamaru liderou o caminho, procurando pela rota mais segura e rápida até a entrada da vila.

— Que montanhas traiçoeiras! — Kiba resmunga ao resvalar — Precisamos estar atentos a cada passo, um pouco irritante andar aqui.

Akamaru latiu em concordância e Ino suspirou ansiosa.

— Estamos quase lá, para de resmungar! — Ino retruca irritada.

É a primeira vez que a vejo totalmente concentrada, não que em missões ela seja desfocada, mas sempre reclama e foi a primeira que missão não reclamou de nada, nem das nossas curtas paradas para descanso, coisa que ela sempre faz quando as paradas são escassas.

— Vamos ajudar Sakura, não precisa ficar mal-humorada! — Kiba resmunga — Só reclamei do terreno, poderia ter uma rota menos bruta.

Ino se vira para ele com os olhos em chamas.

— Você é um shinobi, não tem que escolher rota! — Ino replica irritada.

— Ino sei que está irritada, mas não desconte em mim! Relaxa um pouco!  — Kiba resmunga contrariado.

— RELAXAR? SAKURA ESTÁ SENDO AMEAÇADA E SEUS PAIS FORAM MORTOS, COMO QUER QUE EU RELAXE? — Ino berra furiosamente, fazendo tanto Akamaru como Kiba pular pelo susto —  SÓ VOU RELAXAR QUANDO AQUELE FILHO DA PUTA FOR MORTO, ENTÃO SE NÃO QUER SOFRER EM SEU LUGAR, FIQUE QUIETO!

— Mas que saco! Calem a boca, é uma missão especial em nome não somente do nosso Hokage, mas também do Kazekage, ela não confia em ninguém além dos irmãos e não podia disponibilizá-los para essa missão, então mantenham a concentração e sem discussões inúteis — resmungo cansado antes que Kiba retrucasse.

Ino revirou os olhos, continuando a caminhar focada como antes, Kiba ainda resmungou baixo, o que decidi ignorar para meu próprio bem.

Preciso estar focado, afinal se não conseguir o mapa por boa vontade, teremos que trair a confiança do Raikage, isso vai contra a aliança ninja e infelizmente ocasionará num caos ainda maior.

Raikage dificilmente vai aceitar, mesmo sob os pedidos de dois Kages, pois o monte dos deuses é um local protegido por Kumogakure, onde nem mesmo os habitantes tem autorização para adentrar, a localização é dada apenas ao líder da vila, isso pode ser o principal ponto que o Raikage vai bater.

Não conheço muito os dragões, mas alguns mitos é contado sobre o de fogo, que eles são poderosos, mas temíveis, associados a destruição e são pouco sociaveis com humanos, protegendo o monte com toda força, tanto que nenhum humano é permitido entrada, os poucos que tem contratos são permitidos se aproximarem no máximo, mas nunca adentrando o monte.

Apenas dois dragões nunca fazem contratos com humanos, obviamente os dragões de fogo e os d'água, sabendo que esse último é o mais raro de nascer, dado seus poderes associados a sabedoria e cura.

Os portões de Kumogakure finalmente apareceram, após horas de caminhada sob a montanha, diversos shinobis dispersos ao longo do perímetro, obviamente eles já notaram nossa presença há algum tempo. A vila é literalmente escondida entre as nuvens, com uma atmosfera eletrizante e intensa.

Antes mesmo de nos aproximar, um dos shinobi parou em nossa frente, analisando cuidadosamente a mim e meus companheiros, assim como os outros shinobi.

É normal que aja uma certa desconfiança, mesmo com a aliança, não estamos acostumados a vagar entre as aldeias sem prévio aviso e infelizmente não tivemos tempo, em principal por querer tratar do assunto pessoalmente, mas também por não dar oportunidade do Raikage barrar nosso plano B.

— Estamos aqui em nome do Hokage e do Kazekage — mostro o pergaminho com selo de Konoha — Precisamos falar com Raikage imediatamente.

O guarda assentiu, maneando a cabeça para segui-lo, reconhecendo a importância e urgência da missão.

Adentrando os portões da vila, escoltados pela guarda, noto Ino e Kiba analisando tudo sob um falso olhar admirado, provavelmente calculando as possíveis rotas ao longo do parâmetro, afinal precisamos de uma fuga em caso negativo e o Raikage pense que vamos tentar investigar para saber da localização.

Kumogakure é uma vila única, situada no alto das montanhas e cercada por nuvens, com construções robustas e feitas de pedra, bem a imagem da força e a resiliência dos habitantes, conhecida por sua afinidade com raiton, a vila agora conta com os avanço mais modernos e alta tecnologia em eletricidade.

— É impressionante como a vila é integrada a natureza ao redor — Ino chama a atenção do guarda, sorrindo doce.

— Sim, nos orgulhamos muito da nossa vila! — ele sorriu de volta.

— Fiquei bem impressionada durante o caminho, por conta de onde é situada, o que é bom contra ataques, uma visibilidade menor aumenta a segurança — Ino continuou, fazendo o guarda sorrir arrogante.

— Melhor que uma vila ao redor de florestas? — ele pergunta malicioso.

— Oh? Não vejo assim, não é apenas a localização o importante, mas os shinobis que protegem o lugar, temos um exemplo de shinobis extraordinários como Naruto... Sasuke... — Ino insinua sorrindo.

O guarda engole seco, fechando o semblante.

— Podemos não ter shinobis de tanto destaque, mas nosso Raikage é o suficiente, fora que Bee está sempre aqui!

Entendido, apenas o círculo do Raikage, será complicado apenas nós três, se algo der errado...

O guarda para em frente a uma enorme torre de estrutura azul imponente, construída na montanha mais alta, o interior quase igual a todas as torres de Kages que já vi, salvo pelos elementos cruciais de cada vila, diferenciado e dando toque especial.

Esperamos ao lado de fora o anúncio de nossa chegada, a voz estridente do Raikage preencheu o ambiente, mesmo sob as paredes grossas.

A porta abriu, revelando Raikage sentado atrás da mesa ao centro da sala sob um semblante curioso, ao seu lado Darui, que nos analisou cuidadosamente.

Esperei até o guarda sair, nos deixando na presença do seu líder, respeitosamente abaixo a cabeça perante a ele, assim como Ino e Kiba.

— Não estava esperando uma visita de Konoha, ainda mais também em nome de Suna — a voz do Raikage ecoa grossa e penetrante, com aquele semblante sério de sempre — O que querem?

— Raikage-sama, estamos aqui em nome do Hokage e do Kazekage, precisamos da localização do Monte dos Deuses, onde está situado o Santuário dos Dragões — dou um passo à frente e lhe entrego o pergaminho — É um pedido atípico, mas de suma importância para Konoha e Suna.

Raikage franze a testa lendo atentamente, ponderando a solicitação, seu semblante tranquilo e inalterável, por vários segundos ficou nem silêncio, até soltar o pergaminho e olhar atento para Darui que devolveu com um olhar preocupado.

— Entendo... a situação é realmente grave, infelizmente não posso cooperar, é responsabilidade de Kumogakure proteger a localização do monte dos deuses, ele é escondido por uma razão: os dragões em sua maioria não são sociaveis — Raikage murmura sereno e me olha atentamente — Não tomo uma decisão dessa levianamente, é preciso também a autorização do sábio dragão de fogo, ele não gosta de humanos.

Ele é lógico, não se deixará levar pelas emoções, mas não significa que não posso ser sincero quanto aos motivos para irmos até lá.

— Entendo suas preocupações Raikage-sama, mas como explicado aqui de forma detalhada e honesta, é um pedido de vida ou morte — num gesto calmo aponto para o pergaminho em sua mesa — O Hokage e o Kazekage não pediriam se não fosse urgente.

— Uma situação grave envolvendo clãs importantes, mas isso não é da nossa responsabilidade, infelizmente não posso cooperar — Raikage responde sereno, apesar da sombra de dúvida em seu olhar — Quem são esses clãs? E quem querem proteger?

Para convencê-lo é preciso contar sobre a herança de Sakura, sua ligação com Tobirama e a importância dela para a vila de Konoha e Suna, pois não é apenas para o bem-estar de uma kunoichi, é a continuação de um clã importante de Konoha e também o nível pessoal, já que ela é oficialmente noiva do Kazekage e será a primeira dama, a prioridade por sua vida é maior agora.

— Raikage-sama, compreendo sua hesitação, já que o monte é um lugar sagrado, no entanto nosso assunto é sim urgente, pode não afetar diretamente sua vila, mas afetará duas vilas importantes da aliança — olho determinado em sua direção — Sakura Haruno a pupila da Godaime Hokage é a herdeira de Tobirama Senju e Hiroki Tadashi, o Segundo Hokage deixou uma filha que cresceu em Suna e se relacionou com o herdeiro do clã Tadashi.

— O clã Tadashi de Suna? Especialista em suiton? — Darui murmura surpreso.

— Tobirama Senju teve filhos? — Raikage pergunta surpreso ao mesmo tempo.

— Hiroki Tadashi se envolveu com a filha de Tobirama antes de morrer, isso resultou em Sakura, ela é quem precisa entrar no monte para ficar mais forte, não apenas para perpetuar o clã Senju, mas para sua proteção, pois está sendo ameaçada de morte dentro do clã Tadashi e agora ela é noiva do Kazekage — declaro aumentando a surpresa visível de ambos — É por isso que ambos Kages contam com sua colaboração, não é apenas um assunto interno de nossas vilas.

— Ainda não é da nossa responsabilidade, mas sim de Konoha e Suna — Darui conclui simplista.

— A aliança ninja foi feita baseada na confiança e cooperação, ambos Kages acreditam fielmente que essa missão será benéfica e não prejudicará ninguém. Não costumamos mais lembrar o passado, todos os rancores foram desfeitos na guerra, mas é preciso lembrar questões internas de clãs já foram motivos de guerra com outras vilas, não esqueceremos o que ocorreu com os Hyuuga, quando a herdeira foi atacada e quase levada, o pai a vingou, mas Kumogakure exigiu o corpo dele como retribuição, mesmo estando errados na questão, pois tudo que queriam era obter o byakugan.

O semblante do Raikage se ascende com raiva, mas não altero o meu calmo.

— E Konohagakure não nos deu o homem certo para morrer — Darui conclui sério.

— Ainda sim tiveram sua vingança, lavada em sangue de um inocente que apenas queria proteger a família da busca de poder — Ino se intromete ácida.

Raikage suspirou irritado, quase me fazendo sorrir por ver que pegamos num ponto fraco.

— A mesma busca de poder quase acabou com a gente, o que queremos agora é segurança e cooperação. Se não confiarmos uns nos outros em momentos que precisamos, estaremos enfraquecendo a própria base de nossa aliança.

Raikage olhou atentamente em nossa direção, mesmo sem olhar, percebo meus companheiros tensos, a medida que ele leva para considerar a questão, até que finalmente se vira para Darui, ele parte por longos instantes, antes de voltar com o pergaminho com a localização do monte.

— Quem fará parte dessa missão? — Raikage pergunta ainda segurando o pergaminho.

Aqui outra parte complicada, K é uma arma potente para vila, já que ele surpreendentemente está cooperando com Konoha, mas as demais vilas não veem da mesma forma.

— Godaime, Naruto e Sasuke acompanharão Sakura, para a proteção dela, infelizmente o Kazekage não poderá se ausentar da vila por muito tempo, então ele não vai — inicio totalmente neutro e olho determinado em sua direção — Orochimaru também irá, será ele quem ajudará Sakura com os dragões.

Raikage bateu contra a mesa, a partindo ao meio.

— Konoha confia demais em seus shinobi! — ele rosna irritado — Orochimaru pode ter sido absolvido por Konoha após seus crimes, mas ainda é um perigo nas demais vilas!

— Não concordamos com esse arranjo, mas também não devemos esquecer que ele foi crucial para a gente no passado, sem ele, os Hokages não teriam ajudado na guerra — Kiba murmura calmamente antes de sorrir — Fora que duvido que ele faria algo perto de Naruto e Sasuke, principalmente da Godaime.

Raikage suspira descontente mas assente em concordância.

— Darui vai com vocês, é minha exigência para que Orochimaru não faça nada.

Concordo sereno.

Não é uma grande exigência, aliás além de perfeitamente aceitável, somente ajudará.


Minhas mãos ainda pulsam onde ela tocou, senti uma intensa concentração de chakra que emanando dela, embora sem demonstrar nada, pois seu semblante estava tranquilo, não somente isso, Shio anda sem nem mesmo fazer barulho, sua voz embora meiga, é extremamente fria, quando ela colocou as mãos nas minhas, senti um frio inigualável, uma sensação estranha e ameaçadora. Suas mãos são frias e lisas, a pele é similar a uma serpente, tocá-la me deu essa sensação, que arrepiou toda minha espinha, meu coração acelerou e o medo se instalou, e mesmo após largá-la desconforto permaneceu.

Nunca senti algo assim, talvez seja pelo choque.

Sei que existem pessoas diferentes, Naruto e Gaara tem a pele extremamente quente, talvez tenha algo ligado ao suas bijuus, mesmo que Gaara não tenha mais a dele, ainda ficou com ela um bom tempo, antes mesmo de nascer.

Talvez seja isso, alguma habilidade de Shio...

Um sorriso surgiu em minha face ao sentir os braços fortes dele ao meu redor, puxando meu corpo de encontro ao dele, o perfume forte me cercou, acalmando todo o nervosismo que sentia.

— O que foi? — Gaara pergunta beijando suavemente minha bochecha, mantendo o rosto em meu ombro.

Olho de relance, vendo seus olhos preocupados nos meus, desde que chegamos não paro de pensar no que aconteceu.

Ver Yuto foi uma prova maior que esperava, a raiva pulsou incontrolável, por alguns instantes quis ceder a ela, e quase o fiz, quando meu chakra oscilou, mesmo sendo uma mestra no controle, o pensamento dele livre enquanto meus pais estão mortos foi o suficiente para me deixar louca.

Ainda bem que Gaara estava ao meu lado, nem quero imaginar na dor que sentiria ao ferir alguém somente para me vingar de Yuto.

Gaara é mais que um companheiro e minha metade, ele é minha luz.

Seu nariz cutuca minha bochecha, exigindo atenção, sorrio ao perceber que me perdi em pensamentos.

— Além dos nossos problemas usuais? — brinco fazendo-o rir.

— Sim, além disso.

Não quero preocupá-lo, principalmente antes desse jantar, mas aquela mulher não sai da minha mente.

— O que sabe sobre a esposa de Yuto? — pergunto tensa.

Gaara se afasta, me olhando curioso.

— Ela pertence ao clã Yeon, foi prometida ao seu pai desde o nascimento, na verdade o clã dela não mora exatamente na vila, seu território é um pouco mais profundo no deserto, eles tem um acordo com Suna, em troca de seus serviços, nós os protegemos, isso foi acertado com casamento desde o início, os clãs mais importantes sorteiam seus herdeiros para saber quem se casará com a herdeira do clã Yeon — ele responde sereno, me fazendo-o suspirar ansiosa.

Então é mais que uma união entre os clãs, e mais um acordo de paz...

— Que clã é esse? — pergunto curiosa.

Gaara franze o cenho, me olhando estranho.

— Quer saber a história? — Gaara pergunta incerto.

Balanço a cabeça em concordância.

— É um clã bem antigo do país do Vento, um alquimista descobriu um segredo oculto nas profundezas do deserto e desenvolveu um Kekkei Genkai chamado suspiro da serpente, é uma habilidade bem peculiar e perigosa, os membros do clã exalam veneno invisível que é impossível de detectar, mesmo sendo especialista em controle de chakra — ele responde curioso.

Então esse é o motivo de Shio ter a pele fria, semelhante a uma serpente.

Mas se um especialista em controle de chakra não consegue detectar o veneno, como senti o chakra dela se elevar?

— O que esse suspiro da Serpente faz?

— Penetra as vias aéreas e paralisa o corpo — ele responde sem conter os olhos curiosos.

Um arrepio faz meu corpo tremer ao escutá-lo.

Isso é muito... intrigante, já ouvi falar disso, mas onde?

— E não tem antídoto? — pergunto ansiosa.

— Sim, apenas os membros do clã sabem dele — Gaara responde e me olha atentamente — Está estranha, o que foi?

— A reação desse veneno no corpo é imediata? — olho aflita para ele.

— Sakura, o que foi?

— Responde, por favor!

— Os sintomas surgem de forma gradual, mas a pessoa infectada morre no mesmo dia, depende da quantidade de veneno, mas em geral ele paralisa os sentidos, parando as células de forma gradual, o avanço não demonstra nada por fora, mas no interior a vítima sofre demais, até o coração parar de bater e o cérebro sofre com pulsações microscópicas, pois os neurônios explodem.

Olho em choque para ele, sem conter o medo crescente.

— Sakura está me assustando! O que foi?! — Gaara segura meus ombros com firmeza, mantendo meu olhar no dele.

— Quando Shio tocou na minha pele, parecia que eu tocava numa serpente, foi estranho e perturbador, senti o chakra venenoso dela— admito ansiosa, mordendo os lábios — Ela pode ter me envenenado?

Gaara sorri gentil e me puxa para seus braços, me aperto no seu calor, sentindo meu corpo tremer.

— Não se preocupe, eles não usam esse veneno em ninguém a não ser que seja permitido, é proibido no clã e na vila — ele beija suavemente minha testa, sorrindo ao sentir o abraço intensificar.

— E se ela me infectou? — pergunto ansiosa.

— Hime, ninguém realmente toca neles, até porque eles não gostam, sabem que sua pele é diferente e ocasionando nessa reação — ele beija suavemente minha bochecha — Fora que ela fez isso em público, qualquer coisa que acontecesse com você com esse veneno, ela seria a principal suspeita, até porque ela é a única do clã Yeon na vila.

Não foi o que pareceu, ela me tocou e propositalmente demonstrou seu chakra venenoso.

Será que foi um aviso?

Uma ameaça, ela não pode me matar, mas ainda sim fez sua presença ser notada, mostrando para mim o quanto é perigosa.

— Mas ela tocou em mim...

Gaara se afasta e me olha sério.

— Sentiu algo além do desconforto por conta da pele?

— Senti medo, mas acho que foi por causa da pele diferente e do chakra dela— respondo incerta.

— Não se preocupe com isso, o clã Yeon tem um trato com a vila, eles fornecem esses venenos tanto para cura, como em guerras, e nós oferecemos a proteção de seu lar — Gaara responde sério.

— Por que eles precisam de proteção com um Kekkei Genkai tão poderoso?

— Porque eles são proibidos de usá-lo em batalha a não ser que seja necessário, o veneno não ocasiona dano apenas no oponente, mas neles também, quanto mais eles usam, mais ficam doentes e acabam perdendo a humanidade até não restar nada além dos instintos primitivos de uma serpente — ele responde sério, fazendo um leve carinho nas minhas bochechas — Eles moram em cavernas no meio do deserto, um lugar que não propício para sobrevivência, mas é necessário já que os mais novos não sabem controlar suas habilidades, então ajudamos eles tanto a sobreviver aos inimigos, como com comida e água.

Como o veneno paralisa o oponente, deve ocasionar um grande dano no cérebro do receptáculo para que ele perca a humanidade assim.

Incrível que um poder desse não possa ser usado sem riscos, mas tudo tem seus riscos, até mesmo as habilidades mais extraordinárias.

— Como é o relacionamento de Yuto com a esposa? — mordo os lábios nervosa.

Gaara me olhou por longos segundos, antes de acariciar minha bochecha, seu olhar preocupado, dado o motivo do assunto, mas preciso saber mais.

— Sabe que pesquisei sobre isso quando investiguei sobre suas origens, não tem muito aprofundamento sobre esse assunto, além que Shio sempre soube que casaria com Hiroki e nunca se opôs a isso — ele responde pensativo — Quanto ao Yuto, parece que ouve um tempo que ele era um jovem bem alegre, até repentinamente declarar que jamais se casaria, alguns dizem que ele era amargo e triste durante o tempo em que seu pai era líder do clã, piorou quando Hiroki morreu e ele assumiu tudo, mas após o casamento ele mudou e ficou dessa forma, um líder firme e frio.

Não consigo imaginá-lo alegre assim.

— Tem ideia do motivo dessa mudança?

— Não, é complicado saber o passado de alguém reservado, apenas o que foi exposto que consegui descobrir — Gaara responde pensativo.

Isso não me ajuda a descobrir sobre quem Yuto é.

— Por que essa curiosidade sobre Shio? — Gaara pergunta curioso.

— Não gostei dela, Shio me parece... não sei explicar, é diferente de Yuto, por mais que odeie ele, sinto que ele é honesto, ele não gosta de mim e não esconde isso, mas Shio não, ela age amável, mas sei que ela não me suporta —  explico pensativa.

— Nunca fui próximo dela, apenas a vendo nas festividades de Suna, fora isso ela é bem reclusa no clã Tadashi.

— Yuto sempre muda quando Shio está por perto? — pergunto ao lembrar do estranho comportamento dele.

— Como assim? — Gaara me olha incerto.

— Não sei se acontece sempre, pois é a primeira vez que os vejo, mas ele estava irritado demais comigo para se acalmar tão rápido, mas quando ela surgiu, Yuto simplesmente mudou e ficou frio, mesmo com a raiva — respondo séria.

— Nunca reparei isso — Gaara responde pensativo e me olha atento — Eu nunca tinha visto Yuto nervoso, ele jamais ficou descontrolado.

— Entendo, apenas eu desperto isso então — resmungo cansada.

Gaara ri e me puxa para um suave beijo.

— Apenas mostra o quanto sua presença é perigosa para ele, mas acho bom Yuto se acostumar, você é a soberana desse lugar, Minha Primeira Dama!

Seguro suas vestes, puxando-o para mim, nossos lábios se tocam com intensidade, descarregando todo o desejo que ambos possuímos. Deixo o amor dele me guiar, sentindo-o mais afoito, aprofundando o beijo, suas mãos em toda a parte, fazendo alguns suspiros escaparem.

Me afasto ofegante, fazendo-o gemer em descontentamento.

Gaara não tentou nada desde que ocorreu a tragédia com meus pais, saber que ele é um companheiro em todos sentidos da palavra apenas inunda meu coração de amor, pois não estava pronta somente fisicamente, mas mentalmente para nada além de carinhos inocentes.

— Precisamos nos arrumar para esse jantar idiota, prometo que vou recompensá-lo — beijo suavemente seus lábios.

— Está querendo me deixar animado para esse jantar? — ele sorri maroto.

Bato levemente em seu peitoral, escutando sua maravilhosa risada ecoando pelo quarto.

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