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Capítulo 19 - Só é preciso amor

Contém 3560 palavras.

Boa leitura 🩷

A saudade é um sentimento tão profundo, misturado com a sensação de impotência apenas trás um caos de sentimentos. Sinto a ausência deles, mesmo cercada pelas pessoas que me amam, ainda é como se houvesse um eco silencioso, quase imagino o papai adentrando na sala com sua voz forte e o aroma do perfume da mamãe ainda paira no ar, me lembrando constantemente que cada dia ficará mais fraco até sumir completamente.

Saber que nunca mais compartilharei dos abraços apertados, risadas escandalosas e das piadas bregas deles, dói demais. Sinto desejo de voltar no tempo, para tentar impedir o que sei que é inevitável ou ao menos para sentir somente por um instante o calor dos seus abraços.

Soluço sem conseguir conter o tremor e choro constante, apenas sinto os braços fortes de Gaara ao meu redor, frustrado por não conseguir fazer nada por mim, mesmo que seu calor seja tudo que preciso.

Seu olhar é quase um espelho do meu, vejo a dor nele, como se ele compartilhasse meus sentimentos e sentisse o coração sangrar junto ao meu.

Aperto mais o abraço, sentindo tudo quebrar em minha volta.

Por muito tempo não entendi a dor do Naruto, quando criança agindo de forma estúpida com ele, nem mesmo com Sasuke consegui ser solidária, pois nunca entendi seus motivos para se vingar. Agora entendo o vazio deles, a sede de ódio de Sasuke, de como ele não conseguiu se opor a esses sentimentos, mergulhando na escuridão e isso apenas deixa visível  o quanto preciso lutar contra mim mesma, para me impedir de agir cegamente, pois sei como termina e não quero isso.

Ódio só gera mais ódio.

Mas como fazer meu coração parar de sangrar?

— Hime...

Me solto suavemente dele, segurando firme suas mãos, com pedido silencioso, andamos rumo a cama onde estavam espalhadas as roupas dos meus pais, não quis que ninguém fizesse isso além de mim, mas é doloroso demais vê-las e saber que é apenas isso que ficou deles: roupas e objetos.

Salto sobre elas, agarrando-as com toda força, o perfume deles ainda está vivo ali.

Um soluço diferente ecoou, sinto meu corpo ser elevado delicadamente, o rosto dele completamente molhado pelas lágrimas.

— Estou aqui, amor!

O abraço com mais afinco, sentindo não somente meu choro intensificar, mas o dele também. Sei que ele não vai soltar minha mão, como uma âncora, me mantendo segura e isso me fez sorrir em meio as lágrimas, lentamente mergulhando na escuridão, até adormecer em seus braços.

『 ♡ 』

O sol baixo no horizonte tingiu o céu de tons dourados e rosados, um lindo espetáculo, apesar do ar pesado com a tristeza pairando sobre o cemitério. Ao meu lado, Gaara permaneceu firme como uma âncora, seus olhos verdes concentrados em mim, transmitindo silenciosamente seu amor e apoio, segurando com tanta ternura minha mão.

Senti meu corpo inteiro tremer, ver suas lápides, saber que jamais vou vê-los novamente é terrível, encosto a cabeça no ombro de Gaara, como prometido, ele ficou ao meu lado durante toda a cerimônia. Quando chegou a minha vez de colocar uma rosa em seus túmulos, não consegui me mexer, é como se estivesse paralisada.

Um semicírculo foi formado ao meu redor, todos meus amigos num apoio absoluto, até mesmo quem não sou tão próxima. Naruto manteve-se ao meu lado direito, sorrindo sempre para mim, tentando ser forte, apesar do sorriso, perto também estavam Sai, Ino e Shikamaru, seus olhares solenes de quem sabem a dor que sinto, além de Choji, Kiba, Hinata, Lee, Tenten e Shino, todos expressando seu apoio de forma única. Sem contar na shishou e no Kakashi, sempre em minha volta, protetores como meus pais foram.

— Hime, estou com você, precisa se despedir — a voz firme dele foi como um impulso de coragem, apesar do sentimento de solidão, não estou só.

A passos lentos auxiliados por Gaara, aproximo de suas lápides, deixando as flores nos túmulos, dói como inferno, mas uma mão calorosa pegou a minha vazia, sorri ao notar Naruto ao meu lado.

Não estou sozinha.

— Sakura-chan, somos a sua família, não está e nunca estará sozinha! — Naruto me puxa para um abraço, suspiro em meio ao choro, sentindo seu amor de irmão.

Ele entende mais que ninguém o peso que está em meu coração, naquele momento compreendo toda a dor que ele carrega, mesmo assim nunca desistiu de seus sonhos e de seu futuro, pelo contrário, lutou por ele, é em Naruto que tenho que me espelhar, para dar a volta por cima.

Solto dele, sorrindo carinhosamente, sendo retribuída na mesma intensidade.

— Sakura, jamais iremos deixá-la, não importa as circunstâncias, somos uma família — uma voz me surpreendeu, jamais pensei em ouvi-la novamente.

Meu corpo paralisou, não pelos motivos de antes, mas sim, pela surpresa em vê-lo ali, jamais pensei que ele se importaria, aliás imaginei que nunca mais o veria, mas ele está aqui. Seu rosto sereno como sempre, a aparência um pouco diferente, seus cabelos maiores e cobrindo metade do seu rosto, mas seus olhos brilhando num amor puro e intenso.

Ali compreendi, não importa os caminhos que nossas vidas tomem, ele jamais me abandonaria assim, pois ele sabe a dor que sinto e até mais que Naruto, já que sua família foi tirada brutalmente de si, assim como a minha.

— Sa-sasuke?

Num gesto total atípico dele, sou puxada delicadamente para seus braços, sinto ele rodeando os braços na minha cintura, num carinho terno e amoroso.

— Sinto muito pelo que está sofrendo, sei a dor e raiva que sente, entendo mais que ninguém, mas não deixe que ela apague seus sentimentos, isso não lhe trará paz, seus pais sempre foram orgulhosos pela filha maravilhosa que é, então os vingue da maneira certa, agindo com seu coração e não com ódio — Sasuke sussurrou terno.

Sinto meu coração apertar, a sinceridade de suas palavras são dolorosas demais, pois ele foi até o fundo do poço na sua vingança, no seu ódio, entrando num caminho sem volta e isso quase o destruiu.

Abraço com mais intensidade, chorando em seu peito, por ele, por mim e por essa vida injusta. Sasuke afaga meus cabelos por longos segundos, apenas me deixando transbordar, antes de se afastar levemente quando me sentiu mais calma e deixar um suave beijo na minha testa.

— Como soube? — pergunto incrédula.

Ele sorri levemente.

— Kakashi... sempre pedi por notícias suas e de Naruto, vocês são minha única família — ele murmura melancólico e Naruto grita dizendo que não acredita que ninguém filmou, fazendo Sasuke fuzila-lo com ódio para meu divertimento — Você e o Kakashi, Naruto eu dispenso!

Não importa a situação, esses dois não mudam!

— Não podia abandoná-la nesse momento, não iria me perdoar — ele continua melancólico.

Sorrio em meio as lágrimas, jamais imaginei que ele assumiria isso, por muito tempo tivemos esperanças que ele aprendesse com seus erros e visse que somos de fato sua família, demorou muito tempo, mas enfim ele entendeu.

— Até que enfim percebeu isso! — sussurro fazendo-o suspirar revirando os olhos.

Olhá-lo novamente me fez perceber a certeza que já queima em mim. Ainda o amo, profundamente diria, mas não como antes, não existe mais paixão ou vontade de entrega, de querer passar a vida ao seu lado, meu amor mudou, é o mesmo que sinto por Naruto, pois quero sua felicidade e bem-estar, como ele mesmo disse, somos família e isso nunca vai mudar.

— Sasuke-kun, obrigada por estar aqui — seguro com suavidade suas mãos, ele apertou carinhosamente antes de soltá-las.

Sinto o olhar penetrante de Gaara em nossa direção, por mais que ele tentasse esconder, ele está com ciúme, sentimento infundado, mas compreensível dado ao meu passado. Não estou chateada por vê-lo assim, entendo que seja difícil, por mais que já tenha dito várias vezes que meu coração é completamente dele, pois nunca tive dúvidas sobre meus sentimentos por Gaara, meu amor por ele é como uma planta cultivada no dia a dia, mas confesso que sinto aliviada por fechar meu passado.

Sasuke nota o olhar de Gaara e se vira em direção a ele, o ruivo fechou o semblante, tentando esconder o ciúme, para o claro divertimento de Sasuke que me olhou de canto.

— Parabéns pelo noivado, espero que seja muito feliz — Sasuke murmura verdadeiramente sincero.

— Obrigado, eu irei fazê-la feliz — Gaara responde com a voz firme, Sasuke olhou-o com seriedade, o ruivo devolveu na mesma intensidade, podia ver a faísca entre ambos.

Estava tudo perfeito a dois segundos, continue assim, aqui não é lugar!

— Se tem amor a vida, espero que sim! — Sasuke retruca com seriedade, Gaara estreitou os olhos em desafio para o moreno, que apenas o ignorou voltando-se para Naruto e Kakashi — Ou teremos que eliminar o Kazekage.

Kakashi e Naruto sorriram maliciosos.

— Não somente nós, Konoha inteira! — Kakashi aponta para meus amigos que assentem animados.

Naruto sorri idiota, colocando a mão sobre o ombro de Gaara.

— É meu amigo, mas se magoar a Sakura-chan, vou acabar com você, dattebayo!

Olho incrédula para eles e volto o olhar para Gaara, apesar do leve sorriso, ainda manteve um olhar sério para Sasuke. Não pude deixar de achá-lo fofo assim, me aproximo, entrelaçando nossas mãos, fazendo-o sorrir leve em resposta e Sasuke desviar o olhar, com semblante sério.

— Quer ir embora? — Gaara pergunta baixo.

Observo o carinho de todos para comigo e me sinto tocada, mas nesse momento só penso na tranquilidade e sossego, não consigo mais ficar aqui.

Concordo apertando sua mão, sentindo-o me puxar levemente pela pequena multidão, não foi preciso falar nada, todos entendiam meus sentimentos.

A raiva queimando em minhas veias me impulsionou para avançar pelas ruas empoeiradas de Suna, meus pés mal tocando no chão. O sol escaldante lança sombras longas e distorcidas, se não fosse minha pressa, poderia reclamar pelo calor, que hoje parece mais intenso que o habitual.

Mas nem ele vai me parar!

Esse maldito assassino vai pagar pelo que fez, nem que tenha que forçá-lo a confessar seu crime.

Paro abruptamente ao ver a construção modesta, mas impressionante da casa de Yuto, ao centro de casas circulares, destacando-se das demais do clã Tadashi. Paredes de um branco puro, refletindo diretamente a luz solar, janelas de madeira adornadas com cortinas vermelhas e douradas, um palacete bem bonito, apesar dos moradores podres.

Usando meu leque, a porta de carvalho maciço voa por metros, sem esperar por alguma represália, adentro vagando pelo interior, ignorando os avisos dos empregados do local, todos abismados com meu comportamento.

Como se me importasse!

O ar parece mais abafado no interior, o cheiro de incenso impregnou no ambiente tão frio, mesmo com os tapetes coloridos sob o chão de pedra, não tem nenhum aconchego, nada parecido com um lar.

Sigo pelo corredor estreito, passando pelas portas fechadas, ignorando todas rumo final do corredor onde está a sala do maldito.

A porta teve o mesmo destino que a da frente, voando contra a parede, Yuto apenas desviou o olhar dos pergaminhos em sua mão, mirando a porta e a mim com irritação. Analiso o local, o escritório escuro e repleto de estantes de madeira, com pergaminhos e livros antigos, uma escrivaninha de mogno no centro da sala, mas nenhuma saída e Tadashi sozinho.

Ótimo!

Avanço a passos duros, apertando tanto meus punhos que os senti tremerem pela tensão.

— Por que fez aquilo com os pais de Sakura?— rosno irada fazendo-o suspirar descontente — Não basta ameaçá-la, agora vai cercar as pessoas que ela ama?

— Princesa dos ventos, não sei do que fala — ele resmunga contrariado.

— VOCÊ MATOU OS HARUNOS! — acuso tomada pela raiva.

Yuto ergueu as sobrancelhas surpreso, o rosto livído e os olhos verdes confusos.

— Não matei ninguém, nem saí de Suna! — ele responde confuso.

— Não mataria com suas próprias mãos, como um bom covarde mandou matar! — vocifero irada.

Ele apertou os lábios, seus olhos estreitando-se em fúria.

— Cuidado com suas acusações, é crime fazê-las sem provas — ele rosna irritado — Estou nem aí para aquela fedelha, por mim que ela morra bem longe de mim, mas não moveria um grão para fazer algo em alguém que significa nada.

Miro meu punho sobre sua mesa, partindo ela ao meio, sob seu olhar atento.

— Está mentindo, sei que teve algo com suas mortes, pois foi estúpido de deixar um recado — acuso fazendo-o franzir o cenho — Não adianta essa postura, vou descobrir a verdade e vai se arrepender por ameaçar Sakura!

Ele levantou-se com as mãos fechadas em punhos, os dedos brancos pelo aperto.

— Não tem ideia do que está falando, não ordenei a morte dos pais dela — ele responde irritado, me fazendo suspirar descrente — Quero sim me livrar de Sakura, mas se tivesse feito algo, seria ela quem
essa história.

A firmeza em suas palavras apenas aumentou minha frustração, sinto que ele mente, apesar da leve verdade vibrar em suas palavras.

— Quem mais ordenaria que ela não voltasse para Suna? — pergunto descrente — Os anciões já sabem dela, seu clã vai querer ela perto e você não quer isso!

— Isso não significa que sujaria minhas mãos com sangue inocente — ele replica entredentes.

— Mas sujar com sua própria sobrinha pode? — retruco irada.

Yuto suspira olhando para cima.

— Akemi matou meu irmão, não consigo olhar para Sakura sem ver meu irmão morto! — ele responde irritado e vira de costas — Hiroki era tudo para mim, ele não era apenas meu irmão, mas meu melhor amigo, perdi tudo no dia da sua morte.

Olho confusa em sua direção.

— Yuto, não foi Akemi, ela não teria motivos para matá-lo já que esperava o filho dele! — replico confusa.

Yuto se volta irado em minha direção.

— Akemi era uma prostituta, tinha inúmeros clientes e meu irmão caiu no papo dela!

— Como pode falar dela assim?! — rosno indignada — Pelo que sei ela amava seu irmão!

Os olhos dele brilharam em raiva.

— Falo porque sei, eu também...

Sua voz morreu quando um leve perfume de lavanda preencheu o ambiente.

Olho em direção a porta, parada contra o batente, nos olhando com curiosidade a esposa de Yuto.

Shio Yeon, uma bela mulher de pele dourada num tom escuro, cabelos pelos ombros na cor da areia e olhos ametistas, sempre amável para com todos.

— O que aconteceu aqui? — Shio pergunta friamente analisando o escritório.

Yuto suspira, assumindo um semblante sério e impenetrável.

— Nada, apenas uma conversa amigável — Yuto responde frio.

Shio me olha atentamente, analisando cada parte com atenção descontente.

— Não deveria se irritar tanto no seu estado, é prejudicial — Shio murmura com a voz doce — Não vai querer que algo a prejudique, ainda mais no início.

O quê?

— Querida, não se preocupe é apenas uma reunião, mais tarde conversamos — Yuto responde ameno.

Ela assente e se vira para sair, minha mão agiu no automático segurando seu pulso.

— Você me ameaçou? — rosno irada.

Shio sorri elevando a outra mão para afagar minha bochecha.

— Não querida, apenas quero que cuide do ser crescendo em seu ventre — ela responde meiga, me fazendo olhá-la chocada — Não sei o que aconteceu entre vocês, mas uma mãe fica com chakra oscilante demais nos primeiros meses, e você já abusou dele.

Ser crescendo no meu VENTRE?!

Solto sua mão chocada demais, ela some assim como surgiu, me deixando na companhia de Yuto confuso.

Gaara insistiu para que ficássemos em outro lugar, mas não consegui ficar longe, por mais que me torture ao ficar ali, pois parece que a qualquer momento meus pais vão parecer. É uma tortura, mas necessaria, pois serão apenas alguns dias, até o luto passar e minha apresentação como Senju acontecer,  após isso vou para Suna e somente voltarei de visitas, preciso me despedir desse lugar.

É brutal saber que cada lembrança foi ofuscada pela tragédia, mas foi aqui que vivi meus melhores anos ao lado de quem me amou incondicionalmente.

Sempre reclamei da falta de silêncio aqui, hoje parece um caos, mais que antes quando havia o barulho de suas vozes, seus risos e brincadeiras irritantes, isso somente mostra como devemos dar importância quando as pessoas que amamos estão conosco, aproveitar cada segundo.

As horas parecem passar tão lentamente que o tempo está parado, mas sei que nada parou, tudo está seguindo seu ritmo.

Aconchego mais contra Gaara, na minha pequena cama de solteiro onde estamos praticamente unidos, jamais imaginei um garoto aqui, quer dizer sim, mas não exatamente ele e nem nessa situação, mas a vida nos surpreende da melhor forma e ela continua a me sorrir, apesar de toda a dor.

O maldito quer me ver sozinha, agonizando e com medo, mas se esquece que nunca vou estar sozinha e mais que nunca vou ser forte pada proteger todos que amo, aqueles mesmo que estão comigo nos momentos mais difíceis, mesmo de suas maneiras.

Vi o lindo arranjo que Shino colocou sob o túmulo dos meus pais, suas poucas palavras de conforto, embora jamais me lembre de conversar com ele antes, sei que posso contar com ele. Choji que carinhosamente cuidou de mim antes de Gaara chegar aqui, sempre junto de Ino, mesmo com os ambus em volta, isso sem falar nos demais, todos me apoiaram e sei que sempre estarão ao meu lado e isso não me deixa fraca, apenas aumenta minha força e sede de justiça.

Minha grande família somente cresceu nesses anos, todos com papeis importantes, mas não posso esquecer daqueles que estiveram comigo desde o início. Tivemos uma longa jornada até finalmente estarmos em paz e sendo uma família, estranha mas ainda sim muito amada.

Hoje compreendo que tudo ocorreu para nos deixar mais fortes, inclusive os motivos pelos quais Sasuke e eu não poderíamos estarmos juntos: existem amores que não nasceram para dar certo, ou melhor, que não estão na vida certa, esse e meu caso com Sasuke, mas isso não me entristece, pois estou feliz em ver que meus sentimentos por ele tornaram-se algo lindo e puro, sem quaisquer resquícios de raiva.

Ele já teve ódio suficiente em sua vida, não merece nada além de amor e quero dar isso para ele, quero ele sempre presente, assim como Naruto.

Gaara acariciou meus cabelos, suspirando pesado.

Olho de canto, observando seu semblante pensativo e isso me fez lembrar de mais cedo, seu ciúme.

Entendo seus sentimentos, mas não quero que ele fique cultivando isso, nem mesmo que tenha alguma dúvida sobre meus sentimentos por ele e por Sasuke. O conheço muito bem, sei que ele está se torturando com isso, por ser uma pessoa que conheceu a dor desde muito cedo e não teve amor, não sabe lidar com esses sentimentos.

— Eu te amo! — chamo sua atenção.

Ele vira abruptamente para mim e sorri.

— Também amo você! — ele responde beijando com suavidade minha testa.

Seguro seu rosto másculo, mantendo seus olhos no mesmo nível que os meus.

— Nosso amor não surgiu na primeira vez que nos vimos, nem na segunda ou terceira, mas não significa menos do que é — respondo apaixonadamente fazendo-o sorrir terno — Quando fui para Suna, meus sentimentos estavam sim confusos, tudo um caos, pois nada que julguei certo era, meu passado diferente do que imaginei, senti a dor da rejeição de Sasuke, a superação dos meus sentimentos e então tudo que venho junto a descoberta da minha origem.

— Sakura...

Coloco as mãos sob seus lábios.

— Então eu o vi, senti desejo como nunca antes, pois jamais me permiti sentir isso por outro alguém, meus sentimentos foram se entrelaçando aos meus desejos e aprendi que existem diversas formas de amar — sorrio tentando conter as lágrimas — Antes que percebesse, cultivei nosso amor, dia apos dia, fazendo-o crescer até transbordar.

Gaara sorriu com os olhos marejados, encostando a testa na minha.

— Hoje vendo Sasuke, percebo que o sentimento não some, mas se modifica, amo sim ele, mas não como homem ou o amor da minha vida — murmuro fazendo-o se afastar corado — Amo Sasuke como o Naruto, eles são minha família, irmãos para mim e quero a felicidade de ambos, esse é o amor que sinto por eles.

Gaara desvia o olhar totalmente envergonhado.

— Você percebeu! Eu.. não quis ser... ciumento — ele resmunga completamente rubro.

Sorrio beijando suavemente seus lábios.

— Entendo seus sentimentos, não é necessário desculpas, mas esse ciúme é totalmente sem sentido — suspiro olhando seus olhos claros como uma piscina cristalina — Não existe ninguém além de você, pois Senhor Sabaku, é com você que quero ficar, é sua presença que preenche meus sonhos, é você que surge quando penso em formar família, ter lindos filhos e envelhecer até estarmos velhinhos vendo nossos netos.

Gaara suspira ofegante, me puxando em sua direção, seus lábios chocaram-se com os meus com paixão, nossos sentimentos transbordando além do limite, pois tudo pareceu ampliado.

— Não consegui evitar o ciúme, ainda mais sendo ele — Gaara responde ofegante encostando a testa na minha — Amo muito você, perdê-la é meu pior pesadelo e não sabe o quanto me alegra saber que sonha com o mesmo que eu, pois tuo que quero é ter esse futuro ao seu lado!

Sorrio em meio as lágrimas, puxando-o para um terno abraço, sentindo todo amor transbordando dele, tão grande que foi impossível não me sentir protegida e amada, pois sei que ao lado dele e de todos que me amam, serei mais forte e no fundo isso é tudo que preciso: amor.

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