CAPÍTULO IV
Lá estava ele, o bipolar, psicopata e sei lá mais o que, Chadrian Clarck. Quem o vê assim distraído tomando seu café, com trajes esportivos, camisa de malha conjunto de moletom e tênis, mal imagina como de fato ele. Os cabelos pretos ainda úmidos pareciam ter sido penteados apenas pelos dedos, seus olhos extremamente azuis, se voltaram para mim no momento em que eu entrei na enorme cozinha, onde havia uma mesa, não tão grande como a da sala de jantar, mas tinha um tamanho considerável.
- Sente-se e faça seu desjejum - Ele falou fazendo gesto com a mão.
Eu olhava com desconfiança, mas o obedeci.
Sentei-me e comecei a comer. Que fome! Finalmente um café da manhã com alimentos a vontade, provei um pouco de tudo que tinha na mesa, frutas, pães e bolos em variedades, sucos e por último perto de Chadrian havia um último tipo de bolo, parecia ser de chocolate, levantei-me e fui até lá pegá-lo.
Minha mão foi segurada no pulso abruptamente por Chadrian, dei um sobressalto e levei a mão livre até meu peito.
- O peixe morre de fato pela boca! Gulosa! Vamos, você já comeu demais!- Chadrian disse autoritário.
[...]
Começamos a correr, adentrando por uma trilha, se fosse sozinha eu jamais entraria por aqui, pois a névoa cobre toda a região a essa hora da manhã, ainda é muito cedo.
Chadrian tem um pic que poucos tem, eu não tenho. Está sempre a minha frente e até agora não pronunciou uma sequer palavra. Mas isso não vai ficar assim, se serei obrigada a conviver aqui com ele, ao menos quero tagarelar.
Acelerei para conseguir alcançá-lo e ficar a seu lado.
- Você é sempre tão quieto assim? Me atrevi a perguntar.
Mas ele não respondeu, notei então que havia fones de ouvido em suas orelhas, revirei os olhos, mas é claro que não irá me ouvir.
Estiquei minha mão e puxei seus fones.
- Mas o que pensa que está fazendo!? - Disse ele, parecendo realmente assustado com meu gesto, a ponto de parar a corrida.
- Você não me ouviu, eu estava conversando com você! - respondi, parando e me apoiando em meus joelhos enquanto respirava ofegante.
- Nunca mais faça isso. Entendeu bem? - Falou em tom de ameaça.
- Fazer o que!? Conversar com você ou tirar seu fone de ouvido? - Resolvi responder desafiadoramente.
Chadrian agora me olhava incrédulo, com o cenho franzido, parecia querer me estudar enquanto percorria seus olhos por minha face.
- O que foi? O gato comeu a sua língua agora? - Debochei.
Virei-me e comecei a correr novamente. Olhei para trás, mas Chadrian havia desaparecido como num passe de mágica.
O que de fato ele é? Isso não é normal? Aparecer e desaparecer assim como ele geralmente faz.
Refiz o caminho de volta, e encontrei a mansão.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro