5 | Algo que não existe
Phillip me encara por meio segundo antes de olhar para baixo e se dirigir a porta do quarto.
Por um segundo, temo que ele irá me abandonar ali, ou pior, chamar outros funcionários ou algum segurança para me arrancar do seu quarto. Felizmente, não é o que ele faz.
Ele se aproxima da porta, estende a mão para a fechadura e então a tranca. Respiro aliviada, meu coração se acelera ainda mais — se é que isso é possível — em expectativa.
Logo Phillip está em frente a mim de novo, olhando para baixo, esperando que eu faça meu próximo movimento.
— Tire a roupa — ordeno.
Phillip então, sem questionar, desabotoa os botões de sua camisa e deixa a peça escorregar até o chão. Ele se apoia na parede e tira os sapatos, em seguida as meias. Por fim, corre os dedos pela braguilha da calça e a abre, deslizando então peça de roupa para fora do seu corpo.
Me levanto e me aproximo dele, posso ver seu pau, fazendo volume na cueca boxer preta. Espero que ele termine de se despir, mas ele não o faz.
— Mandei que tirasse sua roupa — digo com firmeza e aproximo minha mão de sua cueca — isso me parece a droga de uma peça de roupa.
Curvo meus dedos sobre o volume ali contido e aperto com força, enquanto encaro seu rosto se contorcer em uma careta. Levo minha outra mão ao seu rosto e o seguro pelo queixo, forçando seu rosto para cima.
— Quando eu te der uma ordem, espero que cumpra ela até o final ou você é burro demais para isso?
— Desculpe, minha Rainha — ele se esforça para dizer.
— Termine de tirar a roupa, escravo inútil — respondo e me afasto.
Seus dedos descem até o elástico da cueca, seu corpo se curva e ele desliza a peça para baixo. Phillip tem os olhos no chão, mas posso ver o rubor nas maçãs de seu rosto.
Encaro seu corpo e não entendo o motivo da vergonha, ele é absolutamente lindo. Devia estar trabalhando como modelo e não como um simples serviçal. Seu corpo é esguio, magro de modo geral, mas forte nas partes certas, sem quase nenhum pelo em sua pele. E seu pau, é lindo, rosado e com um excelente tamanho. Nem pequeno, nem desnecessariamente grande.
Me aproximo novamente e agarro seu cabelo, forçando seu rosto na direção do meu.
— Eu não te dei permissão para sentir vergonha.
Digo as palavras e vejo seus olhos se arregalar suavemente. Então cubro seus lábios com os meus. Sua boca se abre dando passagem a minha língua e eu o empurro contra a parede. Seus lábios têm um gosto doce e sensual, é inebriante para mim e preciso me concentrar para não me perder no papel. Seguro suas mãos contra a parede, impedindo que toque em mim, enquanto minha boca explora a sua.
Beijo Phillip ferozmente e ele parece se entregar totalmente aquilo, minha língua circula por sua boca, mordo seu lábio inferior e o puxo ainda mais em minha direção. Estou sem ar, todos meus sentidos embaralhados enquanto o beijo como nunca beijei alguém em minha vida, com força e violência.
— Tire minha roupa em seguida se deite — ordeno e ele obedece prontamente.
Suas mãos são ágeis tirando minha roupa, seus dedos habilidosos abrem meu vestido que em poucos segundos se torna uma massa suave no chão. Sinto seu toque leve quando ele abre meu sutiã e liberta meus seios, por fim, ele se ajoelha em minha frente e corre os dedos pelo elástico da renda suave da minha calcinha. Ele a retira com delicadeza e o vejo engolir em seco quando nota quão molhada estou, é uma visão absolutamente linda, Phillip de joelhos em minha frente praticamente babando enquanto me olha.
Relutante ele se levanta e se deita na cama, após terminar de me despir. Me aproximo dele e sento-me sobre meus próprios pés ao seu lado.
— Você consegue ser tão obediente — elogio.
Em seguida corro os dedos por sua pele, passando a unha em seu abdômen. A respiração de Phillip se acelera, posso ver seu peito subir e descer com agilidade.
— Quão obediente você consegue ser? — Pergunto e agarro um de seus mamilos — não se mova, nem faça barulho.
Ele não diz nada quando aperto os dedos em seu mamilo com força, ainda que sua respiração tenha se acelerado ainda mais. Também não diz nada conforme corro minhas unhas pela sua pele até chegar ao seu pau e o pego sem gentileza alguma. Segurando forte o suficiente para a dor fluir levemente pelo seu corpo. Phillip abre a boca, e espero que ele diga algo ou faça algum som, mas isso não acontece.
— Você é realmente ótimo, tão perfeitamente obediente. Como um escravo deve ser — em seguida aproximo minha boca do seu membro e corro a língua por ele — não goze.
Envolvo-o com minha boca e seguro firme em suas bolas. Minha língua passeia por sua glande e meus lábios circulam seu membro. Afundo minha cabeça até a base, pintando padrões naquela pele flexível com a ponta da língua e chupo, ouço Phillip respirando alto, então um centímetro de cada vez o afundo dentro de minha boca, até chegar em sua base.
Observo Phillip por um momento e o vejo fechar os olhos, agarrar a cama, posso sentir o desejo fluindo pelo seu corpo enquanto ele se esforça para cumprir minha ordem. Retiro-o quase completamente da boca e me afundo de novo, fazendo-o entrar e sair cada cez mais rápido.
Me esforço ainda mais, quando o vejo chegar ao limite, sinto ele se contraindo num esforço inútil de não se derramar em minha língua. No segundo em que ele está prestes a não conseguir mais, eu me afasto. Phillip suspira, um misto de alívio e frustração. Sorrio para ele e dou um peteleco em seu mamilo, em seguida recomeço, levando-o a beira do precipício, então me afastando quando ele parece prestes a perder o controle. Faço mais uma vez e outra, conduzindo Phillip até o limite, até a beira da exaustão.
Dou uma gargalhada honesta quando vejo seu olhar desesperado, os nós dos dedos brancos agarrados ao lençol, é sem dúvidas uma das cenas mais eróticas que eu já presenciei.
— Preciso de uma camisinha — digo e em seguida ele se estica e alcança uma na mesa de cabeceira.
Seus olhos estão cheios de lágrimas quando ele estende a camisinha para mim, ele não vê que meu corpo implora tanto quanto o dele. Abro a embalagem e envolvo seu pau com ela. Olho em seus olhos e subo em cima dele. Rebolo por cima dele sem deixar que ele se encaixe em mim, Phillip me olha com suplica naqueles belos olhos.
— Você quer isso, meu servo? — Pergunto e ele acena com a cabeça — implore por isso então.
— Por favor minha Rainha, por favor. Me deixe entrar em você, me faça seu, por favor — Phillip começa a implorar no mesmo segundo em que eu o libero para falar — me deixe... Por fa…
Ele interrompe a palavra no meio quando me afundo em seu pau de uma só vez. Ele respira fundo e falha em controlar um gemido.
Um sorriso se abre em meu rosto e uma lágrima desce pelo seu, começo a me mover. Envolvo a mão em seu pescoço e seguro firme, mas sem apertar a parte da frente. Subo e desço meu quadril, sentindo Phillip me preencher profundamente. Ele é delicioso, me movimento mais rápido, sinto minha pele esquentar e se contrair. Percebo que estou prestes a gozar. Apesar dos poucos segundos em cima de Phillip. Toda a experiência me levou a lugares que eu não esperava, não é nada normal para mim, gozar tão rápido.
— Ah, Phillip você é um escravo tão bom — estremeço conforme o orgasmo toma conta de mim.
Sinto meu corpo se apertar enquanto eu me derreto. Solto o pescoço de Phillip e praticamente caio por cima dele, sem fôlego.
Após alguns segundos de pura exaustão, me levanto o suficiente para olhar em seu rosto e noto, a satisfação estampada nas suas feições. Percebo que se eu apenas me levantasse e o deixasse ali, sem gozar, ele ainda se sentiria realizado. Meu coração erra uma batida, isso é realmente um tipo de entrega que eu nunca vi em alguém antes.
— Você é perfeito — digo entre suspiros — goze para mim, Phillip, me deixe te recompensar por ser um bom menino.
Minha força parece voltar, após esse momento. Volto a cavalgar em cima de Phillip. Sinto seu pênis me preenchendo e meu corpo esquenta cada vez mais. Não o enforco dessa vez, apenas apoio minha mão ao lado de sua cabeça, segurando suas mãos perto do travesseiro. Aumento minha velocidade, minhas unhas se cravam em sua pele e sinto meu corpo ferver no mesmo momento que sinto seu pau pulsar.
Acelero ainda mais e olho nos seus olhos. Mordo sua boca tão forte que sinto o gosto metálico do sangue em meus lábios, enquanto alcanço novamente o orgasmo com Phillip que segura mais forte em minhas mãos e se derrama dentro de mim.
Deslizo para seu lado e sorrio para ele. Que sorri para mim de volta. Em seguida se levanta e caminha até o banheiro. Isso realmente aconteceu? Acabei de dominar completamente alguém dessa forma? Por que eu não me sinto aflita e culpada? Ao contrário disso, é como se eu estivesse finalmente em paz.
Nem mesmo usei nenhum brinquedo, não tive tempo de pensar nisso, as coisas só… Aconteceram. Continuo perdida em pensamentos quando ele volta e deita ao meu lado.
— O que achou, jovem Senhora? — Ele pergunta casualmente.
— Achei que eu era sua rainha.
— Você é, quando estamos praticando. Não estamos agora. Somos apenas eu e você conversando.
— Foi… Diferente do que eu imaginava.
— E o que você imaginava?
— Correntes e chicotes, você preso e eu te batendo forte. Te fazendo sofrer.... Eu... imaginava que me sentiria culpada no final — Faço uma pausa — você tinha razão, não é sobre isso, certo? Porque tudo o que sinto… É paz.
O sorriso de Phillip se alarga e ele passa a mão pelo meu rosto.
— Fico feliz que tenha entendido Senhora, mas sobre as correntes e chicotes… Posso providenciar numa próxima vez.
Meu interior se contrai ao pensar nisso, ao imaginar Phillip, acorrentado e ao meu dispor. Não posso negar que quero isso.
— Vamos ter uma próxima vez? — Pergunto, apesar de tudo.
— A menos que não queira Senhora, estou pronto para servi-la. Sempre que desejar.
— Quero Phillip, eu quero. Mas, agora quero cuidar de você. E te beijar até você dormir.
— Já tinha ouvido falar do aftercare? O cuidado após as práticas, Senhora.
— Não, Phillip, eu apenas… Pensei ser o certo a se fazer. — Respondo e ele assente.
Estendo a mão e acaricio deu pescoço que esta levemente vermelho. Faço carinho em sua cabeça e beijo sua boca.
Dessa vez, o beijo é suave, carinhoso. Não imaginava que isso também faz parte do BDSM.
Beijo Phillip até que ele adormeça, então o encaro. Ele disse que isso não é um relacionamento, mas porque se parece tanto com um? Meu peito se aperta e tento evitar os pensamentos que vem a minha mente. Phillip tem razão, isso não tem nada haver com sentimentos, somos apenas duas pessoas se satisfazendo mutuamente.
Me levanto da cama e saio do seu quarto. Se não é um relacionamento, não tenho motivos para dormir com ele e fingir que temos algo que não existe.
Estou atrasada com muitos capítulos, eu sei... mas me mudei de casa essa semana e perdi uma pessoa da minha família, então foi una semana caótica. Peço desculpas e prometo que não vou atrasar mais.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro