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Capítulo 1- A promessa ☆

Para uma melhor experiência, ative o fundo preto


— O que achou? — questiono ansioso com o olhar analisador dela no ambiente, procurando falhas que ajudem em sua argumentação, somente para dar ênfase na insatisfação com o meu novo lar. Sei que está procurando todos os os defeitos que puder — Mãe?

— É péssimo, Henry! Um quarto, uma sala com uma cozinha acoplada e um banheiro. A sua vista é de prédios feios e sujos. Está fazendo isso para provocar o seu pai? — Adélia Brandão torce o nariz para o sofá e emana desgosto, como se minha vida fosse travessuras e afrontas ao meu progenitor. — No seu antigo quarto, esse apartamento era do tamanho do seu closet

— Eu não sou mais aquele garoto, mãe. Essa é a primeira vez na vida que eu me sinto confortável, desde que saí daquela casa. Por favor, não julgue as minhas escolhas — passo a mão no cabelo e balanço o pé com a ansiedade agitando meu corpo; seria capaz de tudo por um cigarro agora. — Poderia fingir que está feliz por mim?

— Você sempre teve tudo, Henry. Mas nunca pareceu ser o bastante, não para você. — o olhar dela está sério e as rugas marcam seu rosto, dando teatralidade ao descontentamento. O vestido roxo e bem passado, combina perfeitamente com os sapatos caros e a bolsa Channel. Esboçando o quão oposto sou, meus trajes se resumem em preto. Jeans escuro, camisa preta e tênis. Estou vestido para o meu funeral. Deveria saber que trazê-la aqui seria uma má ideia. — Filho, é que...

— Pode falar, não hesite — estalo os dedos e os alinho, pondo-os cima do meu joelho e brincando com um rasgo na calça surrada, completamente irritado. — Se o problema for a decoração, ainda não acabei. 

Neste momento, os olhos castanho-escuros de Adélia percorrem a sala e posso ver o riso irônico em seus olhos, deve estar pensando: você chama isso de decoração?! Não tenho muita coisa no apê. Costumo dizer que é um novo estilo de decoração chamada de discreta: uma cama de solteiro, uma televisão de 42' polegadas — minha aquisição mais cara —, um guarda-roupa marrom-claro, o sofá maior do que a minha cama, uma pilha de livros de biologia na escrivaninha, um notebook que só funciona na base da agressão. E, na cozinha, preciso fazer as pazes com a geladeira quebrada e um armário com pratos novos e diversas bebidas. Minha vida é um caos, mas é o que eu sempre digo: coração vazio e copo cheio! 

— Este lugar não é adequado para você. Filho, você é Brandão. Não pode dar as costas para sua família. E os seus irmãos? O que vão pensar deste lugar? Se quiser que eu converse com o seu pai a respeito da briga, eu... — minha mãe tenta se aproximar e num comando quase automático do meu corpo, levanto num sobressalto, impedindo-a de prosseguir. 

— Não! Isso está fora de cogitação, mãe. Não ouse tentar esta aproximação. Preciso dar um tempo de tudo, aquilo foi demais para mim — bufo irritado, sentindo meu corpo tremer no ápice da minha adrenalina, somente pela menção do meu pai. Eu só quero distância mas ela não respeita isso. — Foi uma má ideia trazê-la aqui. Me desculpe, mas daqui a pouco eu preciso ir trabalhar. Quem sabe outro dia possamos ter mais tempo para conversar, se me der licença...

— Está bem — ela respira fundo, ajustando os cachos grisalhos que tentam escapam de seu rabo-de-cavalo impecável, sei que está sentindo vergonha do que eu conquistei com muito esforço. Mamãe permanece em pé desde que chegou, como se doenças infectocontagiosas dançassem no ar que respiramos. — Aceite este dinheiro, compre algo decente para comer antes de ir... trabalhar

— Obrigado mas eu não quero o seu dinheiro — recuso e cruzo os braços, levantando do sofá e caminhando até a porta, sem cerimônias. — Agradeço pela sua visita, mãe. Estou atrasado, nos vemos depois. — Adélia deposita dois beijos de cada lado das minhas bochechas e se despede, ainda insistindo para que eu aceite o dinheiro, mas o recuso mais uma vez.

Quando ela sai, jogo meu corpo no sofá e respiro fundo, tiro os tênis e ligo a TV num programa qualquer de esportes radicais. Odeio quando sinto que estou sendo pressionado, principalmente quando esta pressão está em torno de um magnata podre de rico. Nosso relacionamento sempre foi uma merda, mas tudo foi por água abaixo quando ele tentou me forçar a casar com a filha de um dos acionistas dele. Porra, em que século estamos? Tudo bem que a garota é bonita e gostosa, mas eu? Henrique Brandão casado no auge dos 24 anos casado com Stelly Hoffman? Nem fodendo... E, este foi um dos motivos para a nossa briga épica que me fez sair de casa há seis meses. 

Escuto vozes no corredor e uma discussão parece ter sido iniciada, calço os tênis sem ajustar os cadarços e abro a porta, tentando ver o que está acontecendo. O prédio tem cinco andares e cada andar tem em torno de três apartamentos. Não tem elevador nem escada de incêndio, se der alguma merda, todos nós viramos churrasquinho nesta empreitada. Retomando ao lado empresarial, o primeiro andar é ocupado por uma família inteira, inclusive, eles fazem muito barulho e escutam pagode todos os domingos, com um churrasquinho feito em casa e regado por muita cerveja.

A família Melo é a minha favorita de todas, o churrasco da Edna é perfeito. Enfim, no segundo andar temos homens mal-encarados e que não conversam com ninguém, desconfio que sejam agiotas ou algo do tipo. No terceiro, temos dois apartamentos desocupados e uma solteirona de meia-idade fã de gatos e chá. O quarto andar é repleto de celebridades e pessoas gostosas, neste caso, euzinho. Ok, estou brincando. Além do meu há uma desocupação e meu amigo Teco e sua família: uma filhinha de três anos e a esposa Lila. Eles são a única família que tenho pós vida nova, foi Teco que num papo divertido de bar, me ofereceu a vaga que surgiu no apê.

Ele é quase como um síndico, se isso existisse no meio de toda esta desorganização. Por último e menos importante, temos o quarto andar que é inteiramente ocupado por dentistas que fazem estágio e trabalhos para o pessoal carente do bairro. São ótimos profissionais mas não dão trela para ninguém do prédio. Após a minha breve introdução, me aproximo meu amigo que anda em círculos pelo corredor, o dono da voz irritada e passos estrondosos. 

— Teco? Qual foi? Está querendo afundar a cerâmica fodida? — sorriso e cruzo os braços, encostando-me na parede — O que aconteceu? Está tudo bem? — meu sorriso desaparece no mesmo instante que tenta surgir, inibindo qualquer divertimento em meio à ira dele. 

— O filho da puta do George! — Teco devolve irritado, ameaçando jogar o celular no chão, porém, se impedindo de fazer isso. Nosso cérebro não gosta de brincar de rico e quebrar coisas nos momentos de raiva, ele sempre nos lembra das parcelas pendentes do cartão. Quebrar o celular? Nem fodendo... — Tá com uma proposta louca! Coisa de filho da puta mesmo! Quer que eu despeje um pessoal para aumentar os lucros do mês. Ele está viajando na maionese! 

— Opa, como assim? Só temos três apartamentos vagos. E ninguém vai mexer com os "homens de preto", aqueles caras podem ser perigosos. O que George está pensando? Fica calmo. Vamos beber uma cerveja e você me explica melhor o que aconteceu. — Teco não hesita e adentramos no apê medianamente arrumado, enquanto vou em busca das cervejas geladas. 

— Valeu, Henry — ele bebe um gole exagerado depois de puxar o lacre e vejo os cílios ruivos se fecharem por alguns segundos, apreciando a bebida descer refrescante em sua garganta. Pós seu momento de contemplação, ele retoma: — É o seguinte: a cada pessoa nova no apartamento, fechamos um contrato de seis meses. O novo morador não pode desistir do apê durante esses seis meses ou pagará uma multa. 

— Então? — questiono o silêncio que dura tempo o bastante para a minha curiosidade ficar aguçada, já imaginando a merda que George aprontou. — Conta logo, Teco. Eu sofro de antecipação. 

— Calma aí, Henryzinho — arranco um sorriso enquanto ele brinca com a barbicha ruiva em seu queixo, bebendo um pouco mais para fazer suspense, sabe que eu odeio quando ele enrola para dizer alguma coisa. — Então, o filho da puta quer que eu dê um jeito de fazer com que todos os moradores desistam daqui antes do prazo. Para ele lucrar com a multa, sabe? Vou me foder nisso, cara! O que ele tem na cabeça? Só pode ser merda! Não posso perder esse emprego. Preciso cuidar da pequena e da Lila, preciso alimentar minha família mas aquele porco quer foder comigo! 

— Aquele cara é muito esperto! Que porra! — levanto irado, notando a enrascada que o proprietário do prédio enfiou o meu amigo, isso é um baita problema. E se ele não conseguir?! — Relaxa. Vamos deixar quem já tá aqui quieto e focar nos novos moradores. Nem fodendo que vamos mexer com os homens de preto. 

— Obrigado, cara! O acordo dele é que ninguém passe mais que três meses aqui. É foda! Já surgiu alguns interessados nos apartamentos mas eu vou precisar de uma ajuda sua. Surgiu alguém interessada no apê ao lado do seu. George a atendeu pessoalmente, me deixando por fora. — Teco deixa a garrafa vazia no cantinho do sofá e seus olhos verdes e pidões clamam por uma ajuda em tornar a vida da vizinha um inferno. — Vai uma mãozinha, aí? 

— Você só me mete em furada, né? Tudo bem, eu vou ser o seu Scooby-Doo parceiro Salsicha. — gargalho, fazendo a mesma piada de sempre com a aparência dele e a semelhança com o Salsicha, daria um ótimo cosplay. — Relaxa, eu vou te ajudar nisso. Ninguém vai durar mais que três meses naquele apartamento, isso é uma promessa.

 Cresci ouvindo que promessas servem para serem quebradas. Mas eu devia isso ao meu único amigo. Serei capaz de cumprir a promessa ou vou estragar tudo quando conhecê-la?! 

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