...
* * *
-Hemofilia? Quer dizer que meu menino não vai ter uma vida normal?
-Claro que ele vai ter. E quanto aos seus órgãos reprodutores, realmente tivemos que removê-los, ou a senhorita iria contrair um câncer ou doença parecida.
-Ah, isso é o de menos. Me fale mais de como terei que cuidar de meu filho.
-A senhorita só terá que ter bastante cuidado, qualquer ferimento pode ser fatal, e causar grandes hemorragias internas. Não se preocupe, isso é tratado com injeções de fator VIII, todas as manhãs até o resto da vida dele. Ainda não achamos uma cura definitiva, sentimos muito.
Finalmente o pequeno rolinho de panos foi entregue para a jovem mãe, que afastou-os do pequenino rosto. As mãozinhas rosadinhas tentavam apertar o tecido, enquanto seus olhos, azulados com toques vermelhos, observavam o rosto da própria mãe com uma faminta curiosidade.
-Ele...-CQ não conseguia falar, olhando cada traço do bebê.
-Sim, ele nasceu albino. Nós não conseguimos uma explicação plausível para a cor dos olhos, infelizmente. Creio qu-
-Ele é tão lindo.-A mãe cortou o médico, acariciando suavemente os fios de cabelo branco do bebê.-Meu querido filho.. Geno...
Enquanto ela dizia essas palavras, o pequenino bocejou, fechando seus olhinhos e aconchegou-se no peito de CQ.
-Deixarei você à sós com ele.
A última visão de G antes de fechar a porta foi daquela mãe de cabelos extravagantes, cantarolando uma música baixinho, ninando Geno.
* * *
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro