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9 - A aprendiz

4250 Words


Os jogos inter escolares estavam a toda.

E como uma das líderes de torcida eu dava o meu melhor para brilhar.

Duas horas antes de cada jogo todas nos reunimos na casa de alguém do grupo para nos arrumar, revisamos os passos e coreografias e saímos.

Mas para os garotos e as poucas jogadoras do campus este último ano era o momento de ser chamado e visto pelos olheiros das faculdades, então todos os esportistas estavam bem nervosos; até mesmo os segundo anistas e calouros. Então imagina como estava Adrien?

Até onde vi ele parecia mesmo estar gostando de Matheus, mas sabia que o namorado tinha um belo futuro em uma faculdade top, enquanto ele dava sangue pra passar na média. Então esse jogo era a chance dele de conseguir estar no nivel do boy.

Era fofo ver alguém que ainda acreditava no amor.

― Nossa. Era dele que o Diego falou né. ― Cartiney aponta para um canto da arquibancada onde Dd estava a conversar com o treinador, debruçado no parapeito.

― Acho que sim. ― Fingi desinteresse e voltei à formação.

Ele estava claramente jogando comigo, mas eu não iria jogar de volta.

Foi o que pensei.

― Nossa! Que lixo! Seu pervertido! ― Assim que cheguei ao colégio no dia seguinte, ouvi o fuzuê no corredor e logo vi alguns dos jogadores do time a jogar ele de um lado para outro tentando tirar o celular de suas mãos.

― Me da essa porra aqui seu tarado de merda! ― Adrien é quem consegue arrancar o aparelho e logo taca na parede fazendo o objeto espatifar de uma forma que deu pena. ― Vou te ensinar a ficar tirando fotos da minha namorada.

Fotos?

Minhas?

Ele estava tirando fotos minhas? Por que?

Mas antes que pudesse completar o raciocínio um bruta montes vem e segura o Adrien pelo colarinho da jaqueta esportiva e o bate contra a parede.

― Quer que eu te quebre na porrada? ― Fala grosso cuspindo na cara dele. ― Ai já era seu joguinhos. Tu fica bem longe do Dd tá ligado. ― Ordena ao jogar ele sobre os demais socando a palma da própria mão de forma bem agressiva. ― Querem vir pro pal? Vem! ― Grita e eles correm.

Fred...

O nome dele era Frederico, mas todos o chamavam de Fred por causa do filme de terror mesmo. A galera morria de medo dele, e era tanto que falavam que ele assombrava os pesadelos.

Frederico era filho do reitor da escola. Ele pintava e bordava ali dentro, fazia caldo de quem desse vontade e diziam até que ele transava nos banheiros.

Então ninguém entendeu quando ele protegeu o Dd, uma pessoa totalmente invisível naquela escola.

― Tudo certo, carinha? ― Pergunta indo até o mestiço que olhava o estado que tinha ficado seu aparelho.

― Pior que não. Tem como o desgraçado me pagar outro? ― Diz mostrando a tela trincada ao valentão como se já o conhecesse bem.

Esse cara era metido com cada um...

― Tem sim. Ou vai por bem ou... do meu jeito favorito. ― Diz ao sair andando e Dd põe as mãos no bolso e vem caminhando tranquilo até mim.

― Ele entendeu errado. ― Diz ao mostrar a tela do aparelho. ― Uma pessoa usou meu celular para fazer edições do jornal. Foi só isso. Tinha fotos de todas nos jogos, não só sua, também tinha dele e dos demais. ― Completa ao sair andando.

― Caraca ele fala. ― Uma das meninas diz realmente espantada.

― De onde será esse sotaque? ― Outra murmura pensativa.

― Forte né.

― Sim. Muito, mas não reconheço.

― É igual o do "estrangeiro". ― Cartiney diz apontando para Rodrigo que estava a conversar com Dd. ― Será que é por isso que eles conversam? Vieram juntos. Tipo.... ― Comente insinuando coisas sobre a ilegalidade no país, mas eu a ignoro, afinal não tinha como alguém ilegal estar nesta escola. Tinha?

― É um sotaque cantado bonito. ― Digo ao fechar o armário e as demais concordam.

Daí em diante todos sabiam que ele não era mudo de verdade, e diziam que ele evitava falar por conta do forte sotaque. Mas continuavam chamando ele de mudo mesmo sabendo de cor que ele tinha um sotaque único e marcante.

Mas de toda forma, o incidente do celular foi parar na diretoria. Adrien teve de pagar outro e ainda tomou uma suspensão. Só não foi durante os jogos porque a escolha não queria ficar sem um ótimo jogador e arriscar perder.

Ta manjando o nível do mundo que eu vivo?

― Ele é estranjeiro né. E se ele pois a sua foto de fundo no celular como aquela macumba? ― Cartiney diz assim que saímos da escola, entramos no carro olhando para trás e o vendo sair a pé sozinho como todos os dias.

― Nossa. Credo, como você é burra. Dá até nojo de te ouvir falar. ― Digo ao pôr o cinto. ― Em primeiro lugar: ele é brasileiro. Segundo Macumba é o termo que usam para os "trabalhos" de duas religiões diferentes que todos confundem e melhor macumba é o nome de um instrumento musical. E por último o costume que você se refere é japonês. Eles tem uma simpatia de deixar a foto da pessoa amada como plano de fundo por uma ano, e se essa pessoa não perceber eles tem chance de ficar juntos. ― Digo e ela fica me olhando perplexa.

Nossa...

De onde eu tirei tudo isso?

― De toda forma é algo bobo. Lógico que se você é tão invisível pra pessoa ela não vai ver. É algo deles, afinal tem uma cultura tímida. ― Continuo falando para esconder meu espanto enquanto penso onde eu li essas coisas.

Lembrei.

Reader repaginou todas as contas dela depois de sair do castigo e os pais devolverem seu computador, celular e tablet; e lá tinha uma parte com as coisas que ela está aprendendo com o namorado e a família dele. Dizia estar agradecida por tirar essa viseira social. E sempre dizia como a família dele era um mar de cultura e sabedoria, que seus pais estavam felizes com suas mudanças e aprovavam o namoro.

Então acabei me distraindo lendo.

E quem diria que algumas destas coisas ficaram na minha cabeça?

― Olha ela ali. ― Cartiney diz ao apontar para a nossa eleita.

Loren Smit, uma garota tão típica e sem graça quanto seu sobrenome.

Pelo que pudemos ver acabou de se mudar para esta cidade, vinda de uma cidade grande e apesar de ter nascido no Texas não aparentava ter vestígios de sotaque ou um trejeito marcante.

Estava sempre sozinha e isolada olhando os pés; magra tinha os cabelos castanhos longos em tranças; sem óculos ou aparelhos; e estranhamente possuía furos não usados nas orelhas com lindos e marcantes olhos claros. Perfeitamente dentro dos padrões.

― Ei caloura. Chega aqui. ― Ela grita e a menina volta de seu devaneio nos olhando espantada como se o carro da rainha tivesse parado a seu lado. A coitada quase fez uma reverência antes de vir até nós e falar.

― S-sim. ― Muito nervosa, mas pude ver que seu tom de voz era doce como de um anjo.

― Aim que fofinha. Está ocupada? Digo. Seus pais deixariam você andar conosco? ― Ela já vai direto ao assunto. ― Sabe. Estamos para nos formar e estamos procurando uma primeira anista para ficar no nosso lugar ano que vem. Topa?

A menina ficou sem reação.

Tremeu arregalou os olhos e não soube o que dizer.

― P-por que eu?

― Gata. Você não vai querer saber isso. ― Digo ao abrir a porta. ― Liga para os seus pais e pergunta se você pode passar o fim de semana na minha casa. Temos muito o que conversar. Vem, te damos carona até onde você estava indo.

― Eu só ia pra casa mesmo. ― Diz temerosa ao olhar a porta.

― Pode vir bebe. Não temos porque te sequestrar. ― Cartney ri e ela entra deixando a mochila entre ela e a loura atrevida. ― Você acabou de ganhar na loteria da vida. ― Completa e Adrien sai com o carro perguntando o endereço para por no GPS.

A garota foi toda miúda se encolhendo no banco cada vez mais, enquanto ela explicava as coisas.

― Veja bem. Nós vamos te ensinar o que a escola não ensina. A como ser top entre os tops do mundo. Coisas que não se diz por que é errado, mas todos pensam e fazem "sim". ― Ela pontua a olhar pela janela vendo o bairro onde a menina morava. Sendo o mesmo da nova casa do Dylan que era pertinho da nossa escola rival. ― Quer saber por que você foi escolhida? Bem, você está quase nos padrões que se precisa. É magra e bonita, tem boas notas e está dentro da classe média alta pelo menos. E principalmente é branca. ― Diz seria ao voltar os olhos para a menina. ― Sabe quantas são melhores que você, mas tive de cortar por não terem a etnia "correta"? ― Pontua séria e a menina até trava. ― É. Aprende a assumir esse privilégio ai e que o mundo é uma latrina cheia de preconceito e estereótipos sim. Escolha o seu, se vista dele e lute. Entende?

― Acho que sim. ― Ela mia, não fala.

― Que bom. Reader e Cloe são meninas ricas e privilegiadas, mas sabem muito bem como é podre o topo elitista. E ela vai te ensinar tudo para conseguir alcançar esse topo. ― Diz ao apontar para mim que estava tranquila no banco da frente.

― E por que eu quero ele? ― Pergunta trêmula claramente intimidada pela Cartney, mas bem pensativa. Isso era bom. Muito bom.

― Não é óbvio? ― Digo olhando para trás. ― Não se muda nada de baixo. Temos de subir. E o treino disso está na escola. Ser a rainha do colégio te prepara para ser a rainha fora de lá; na vida real, te prepara para lidar com os homens e os manipular de forma a nos deixar no topo para assim conseguirmos mudarmos este o mundo machista. Não é com placas e brigas escandalosas que vamos mudar o mundo. Isso só faz com que riam de nós e nos menosprezem ainda mais. É com decotes, saltos e batom. POr que eles sao burro de mais e vamos usar esse menospreso ao nosso favor.

Termino de falar e os olhos da menina se iluminaram de admiração.

Foi tão fofa.

Paramos em frente a uma casa meiga e tradicional que tem aquela portinha do lado e uma janela grande, com aquele cercadinho, mas um jardim morto e destruído, entretanto haviam sacos e coisas que demostrava que iriam arrumar ele. Também tinha baldes de tinta, aparentemente a casa estava em reforma.

― Posso entrar com você e falar com seus pais? ― Digo e ela faz que sim com a cabeça.

― Mãe. Tem visita. ― Ela diz ao entrar e me deparo com uma ruiva linda e exuberante forrada de tatuagens e piercings.

Ela me olha de cima a baixo com desdém e vem até mim.

― Ou Barbie. O que quer com a "minha filha"? ― Fala ao pôr a caneca de cerveja na bancada que ficava paralela a escada que era bem de frente a porta principal, parecia estar ali para dividir os cômodos e claramente era ela quem estava a polindo e entalhando; e me encara com os olhos claros que a filha puxou. ― Vai pegar ela de projetinho?

Ela lê mentes?

Não.

Ela só manja bem de como o mundo é.

Fiz que sim e ela olhou para a filha.

― É o que você quer?

― Sim. ― Diz com convicção. ― É como você disse que ia ser mãe. Mas... agora eu tenho uma chance de estar do outro lado. Posso pelo menos conhecer?

― Claro que pode meu amor. Mas... sabe que é um mundo podre. Vai ter de ser forte para aguentar. ― Diz ao pegar a caneca e rebolar de volta a onde estava, dentro de seu macacão jeans que acentua perfeitamente suas curvas maternais.

― Minha mãe trabalha de marceneira e está reformando a casa. Meu pai ganhou um aumento e está com o cargo chefe da empresa aqui nesta cidade. ― Ela sorri ao caminhar à minha frente. ― Imagino que queira ver meu quarto.

― Perfeito. ― Digo ao mandar mensagem aos dois para entrarem e sigo a garota escada a cima, dando aquela olhada na casa e imaginando o que ela iria fazer ali; já que por agora tudo estava de ponta cabeça.

A casa realmente estava em reforma e podia ver todas as marcações das mudanças que a mãe dela planejava fazer ali, e pelo pouco que conheço a casa iria ficar muito moderna e linda, além de valorizar mais o espaço do terreno que tinha deixado um quintal gigante atrás da casa que aparentemente só servia para juntar mato e lixo que era jogado através do muro de madeira que já estava podre.

― A minha mãe vai alongar a sala pegando todo o jardim da frente, ganhando uma área superior para aumentar o quarto deles um pouco. ― Ela me explicava ao subir a escada até seu quarto, e logo posso ver que existem baldes de tinta branca sobre o corredor ao lado da escada e algumas ampolas de tinta para se fazer uma mistura de cores.

Muito provável que cada cômodo tenha uma cor, ou ela planejasse alguma arte diferente então estava ficando curiosa com o projeto.

Acho que estava me descobrindo uma amante de arquitetura e designer de casas.

― Ai lá nos fundos, no final daquele corredor que você viu lá embaixo, ela vai aumentar a cozinha fazendo uma sala de jantar onde antes era a cozinha tirando a lavanderia dali e pondo aqui no andar de cima; pegando todo o espaço do quintal para fazer a nova cozinha. ― Diz apontando para uma passagem que ficava de frente ao topo da escada. ― Ela também quer por uma área para churrasco, e está planejando uma sacada no quarto deles.

― Sua mãe... ― Parei um segundo lembrando da minha que ... comparada a essa era uma total inútil. ― É uma pessoa bem ativa. Digo. Ela vai fazer tudo isso sozinha?

― Sim. ― Sorri orgulhosa da mãe. ― Antes de nos mudarmos ela veio antes e mudou a encanação do banheiro para ali no fim do corredor ao lado do quarto dela, e expandiu o meu quarto que era o antigo banheiro. ― Diz ao abrir a porta que ficava ao lado da escada apontando para o final do corredor, aquele corredor com as latas, que ficava do lado da escada onde havia uma porta simples e lixada que mostrava que ela ainda faria algo ali, e uma ultima porta paralela a que entrávamos que julguei ser o quarto dela.

Entramos e me deparei com um lugar simples.

As paredes eram beje com marrom e texturizadas, o piso de madeira deixava tudo com um tom de conforto e a cama encostada a parede da porta e ao fundo da parede entre um armário planejado me deixava claustrofóbica se não fosse pela janela lateral.

Apenas sentei ali analisando a tudo friamente e logo Cartney se juntou a mim.

― Muito bom, mas falta roza. ― Diz impondo sem se importar com a cara de eca que a garota fazia. ― Roza é a cor de menina, você tem de ser a personificação feminina para obter o tom de adoração correto. ― Diz ao tirar fotos do lugar já planejando como arrumar todo o quarto. ― Cloe sua linda, da para pedir para suas empregadas costurarem mais daquelas almofadas fofas? Se cobrirmos o lugar com elas dá pra disfarçar sem mexer na estrutura base. Ela pode tirar as fotos com as almofadas e lençóis e "isso" não precisa aparecer.

― Isso? ― A garota diz ofendida com a forma que Cartney fala de seu quarto.

― Sim. Minha linda, isso aqui é muito masculino. Mas calma que ninguém nunca vira até aqui. Pelo menos até nos formarmos. Depois disso voce sera a rainha ai determina tudo como quiser; por enquanto as reuniões sempre serão na casa da Cloe então só o que precisa é "parecer" mais feminina. Entende? Umas almofadas das cores certas já resolvem isso. ― Diz ao parar de fotografar e guardar o celular. ― Acho que tenho umas cortinas velhas que dá pra adaptar e por aqui. ― Fala ao pegar a cortina corta luz de tom verte escuro do quarto da garota com certo nojo. ― Isso vai dar trabalho, mas não é um desastre.

― Sim. Ela é muito promissora. E como nossa aprendiz vai usar nossas roupas no início. Tudo bem? ― Pergunto ao abrir o armário dela. ― Nem tudo aqui está ruim. ― Vamos pôr em uma caixa as roupas que você não pode usar e refazer o armário. Você pode ter carinho por elas, mas por agora você tem de desempenhar um personagem com perfeição, então vamos a isso. ― Digo de uma forma mais delicada e assim ela concorda; e juntas nós três vamos separando cada peça de roupa.

Adrien apenas faz a parte pesada que é ir até em casa pegar as minhas malas de viagem e as trazer aqui para colocarmos as roupas que ela não poderia usar.

Desde que comecei a usar este alter ego também comecei a entender como era importante ter um gosto próprio fora essa fantazia social que eu sempre tive; mas diferente desta garota eu ainda estava aprendendo quem eu era e do que eu gostava.

A verdade é que talvez ela pudesse me ajudar com isso.

Colocamos todas as malas sobre o armário, e já trocamos as cortinas; pus a minha cortina mel com a cobertura de renda de Cartney e ficou algo novo perfeito, também trouxe algumas das almofadas velhas que não usava mais e pedi para que as empregadas fizessem novas. E essa coisa de artesanato fofo parecia combinar mais com o estilo da nossa aprendiz.

― Loren. ― Chamei sua atenção séria enquanto ela fazia as malas para passar o fim de semana em casa. ― Estou te treinando para "me" substituir. Entende isso? ― Pontuo e ela faz que sim. Estava pondo apenas materiais de higiene e roupas íntimas, afinal isso não se divide.

Os planos estavam correndo bem.

Primeiro passo: Analisar a candidata. Feito.

Segundo passo: Refazer o armário. Em andamento.

Voltamos a minha casa onde me despedi dos dois agradecendo a ajuda e logo a levei ate o meu quarto, mostrei e expliquei todas as regras e dei várias dicas de moda. Disse que influenciador seguir para estudar melhor e assim que ela trajou uma roupa mais condizente com seu nivel social pedi ao motorista para nos levar ao Shopping para comprarmos novas lingeries e biquínis para ela.

― Você... vai gastar comigo? ― Diz incrédula.

― Claro. Pelo menos o que não der para adaptar. Eu tenho tinta em casa, esse fim de semana pensa bem que estilo quer e vamos dar um jeito neste cabelo.

― O que tem de errado com o meu cabelo?

― Nada. Ele é lindo por isso você foi escolhido, mas a cor está errada. Entende? O mundo quer uma garota loira de olhos claros que usa rosa e ri como um estereótipo japonês. Entende que "isso" tudo é um treinamento de performance? ― Digo ao perceber que o motorista me olhava pelo espelho e faço sinal para ele não se intrometer.

Que folga ficar ouvido conversa assim.

Ao chegar no shopping já fui mostrando as melhores lojas e marcas, e assim fizemos a festa na loja de lingerie, a ensinei como é a melhor forma de ajustar os seios no sutiã, ela nem parecia ter mãe. como ela não sabia arrumar eles ali?

Bem, vi que cor fica melhor para seu tom de pele e voltamos para casa para poder tingir seus cabelos.

― Você é a Rapunzel. Seus cabelos são tão lindos e longos. Acho melhor manter esse comprimento apenas dar uma hidratada e repicar de leve as pontas para elas enrolarem e dar movimento. ― Digo para ela animada com toda aquela cabeleira grossa e vistosa que ela tinha. Comparada a ela, eu parecia careca.

― Vou ser mesmo sua bonequinha? ― Murmura amuada enquanto passava a tinta parte por parte, ela cortava os papéis de alumínio para deixar apenas nas pontinhas.

― A mais linda e bem tratada. ― Respondo sorrindo e ela parece ficar meio sem graça com a forma carinhosa que respondi seu hate.

A noite chegou e ela apagou na minha cama, mas eu não consegui dormir.

Sentei sobre a janela e fiquei olhando a lua.

Estava a pondo neste mundo... um que eu odiava tanto. Um que eu não sabia como escapar...

Mesmo com este pesar sobre os meus ombros, passei o fim de semana junto dela ensinando e transmitindo tudo o que sabia e ela foi anotando como uma aluna aplicada.

Ela me contou... Ou melhor acabei descobrindo quando fui criar um novo perfil online para ela não ter de deletar o dela, que ela tinha um namoro online. Achei a coisa mais fofa e besta do mundo. Como ela podia confiar que ele não a traia? Todos sabemos que namoros à distância, assim não funcionam.

― Então você se conhece há sete anos? ― Disse surpresa ao olhar as fotos do garoto. Nada de mais.

― Sim. ― Diz timida. ― Ele estudava comigo, e conversamos periodicamente durante as aulas. Ai os pais dele se divorciaram e pra ficar longe da guerra que virou a casa dele os avós ficaram com sua tutela e ele se mudou. ― Conta toda sonhadora com sua historinha de amor. ― Mas aí comecei a conversar muito mais com ele; jogavamos as mesmas coisas e descobrimos que tínhamos muita afinidade. Mas como moramos longe nunca pensamos em ter nada um com o outro e a coisa ficou sempre na amizade; eu o contava dos caras que gostava e ele fazia a mesma coisa e um até tentava ajudar e apoiar o outro. Mas ai... Eu contei que iria me mudar pra cá. Ele deu um grito do outro lado da linha e disse que de metrô dava menos de meia hora da casa dele e podíamos finalmente nos ver cara a cara. Eu nem escondi minha alegria, e marcamos para nos ver assim que eu chegasse. ― Ela estava tão animada que eu só conseguia ouvir em silêncio e sonhar junto dela, sendo embebida nesta doce e sonhadora emoção. ― Ai adivinha? Eu cheguei contei pra minha mãe, e ela já veio me alertar que ele podia querer algo e até me fez me arrumar para ir o ver pessoalmente. ― Ri toda bobinha. ― Eu na hora achei muito besta e fui pensando ver um amigo. Mas não. Quando cheguei à estação ele estava "um brinco" como diz meu pai, se declarou e me pediu em namoro na estação mesmo. Eu fiquei sem palavras, mas acabei aceitando.

― Fofa demais.

Foi só o que consegui dizer.

No fundo eu estava morrendo de inveja dessa fofura sim.

Mas também me senti extremamente protetora com a minha aprendiz. Se ele a magoasse eu o destruiria!

Mas durante a semana eu tinha de trabalhar, então já pedi para que Cartney fosse dando continuidade e a acompanhado. Foi muita sorte ter esse fim de semana de folga, mas não podia fazer isso de novo.

Cheguei no trabalho no mesmo horário de sempre e fiz o meu trabalho bem feito como todos os dias, e na hora de ir embora lá estava Dd junto de Kenny como no mês anterior.

Sempre que eu conseguia me esquecer da existência deste cara ele voltava pra minha vida...

Até parecia um destes roteiros forçadissimos de romance, onde tudo no mundo faz os personagens ficarem se encontrando.

Desisti de fugir disso e resolvi encarar essa merda de frente.

Caminhei até ele enquanto esperava Vinicius fechar o bar, já que era ele quem me daria carona e com isso posso ver que ele estava com sua própria moto. Aquela chamativa e linda; o que já me traz estranheza pois Kenny também estava com seu carro. Então eles não sairiam juntos?

― Faz tempo. Dd certo? ― Digo como se tivesse de fazer força para lembrar o apelido que a cada 3 dias caia no meu colo.

― Podemos conversar em particular? Hoje eu vim aqui por você.

Ele diz sério e reto e o Kenny até se afasta.

Tinha algo de muito estranho com esse garoto. No colégio ele era um total invisível, jamais se dirigia diretamente a ninguém. E agora me veio com isso, como se tivéssemos algum tipo de intimidade; sendo que nem sequer conversamos uma vez na vida.

O que está havendo aqui?

― Tem haver com a sua família. ― Diz em um tom sério ao me cobrar ir com ele naquela moto vermelha linda.

Eu deveria ir?

Com esse cara que estava claramente metido com algo... que eu não sei o que é?

Fiz a moto dele ser a ducati v4 superleggera por referencia de eu ter escrito essa obra em 2020, mas é provavel que fique datada (Foi a moto mais cara de 2020). Mas é uma moto linda olha essas fotos. Amei!

Algumas curiosidades eu acho legal por dentro da obra como parte do aprendizado dela, outra ponho aq. Por exemplo: estava procurando imagens para ilustrar a aparência da nossa protagonista e achei essa moça Loren Gray perfeita! Então pus o nome de Loren na aprendiz da Cloe como referência.

Sim. Pra quem pegou a analogia de que a casa de Loren está em construção sendo modificada e expandida como a própria personagem. 

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