Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

💔₊˚ˑ 𝗘𝗹𝗲 𝗤𝘂𝗲𝗿 𝗦𝗲𝗿 𝗘𝗹𝗮

𝐄ra madrugada de sábado para domingo, beirando às três e meia da manhã. O choro baixinho, os arfares rasos e a dor eram incessáveis dentro do quarto escuro. Do lado de fora a chuva caia densa, colidindo com a janela embaçada da casa. Trovões e raios faziam presença por todo o céu, cobrindo os soluços aos prantos de Jisung.

Não estava um dia quente, na verdade chovia desde as 19:00 da noite - exatamente no mesmo instante que a primeira lágrima dolorosa escorreu pela bochecha gordinha de Han. A noite estava fria, nada diferente de seu coração congelado e estraçalhado dentro do peito.

Uma dor interminável resguardava o corpo trêmulo de Han. Por horas e horas, trancado naquele quarto lotado de sentimentos que o prendia e lhe trazia dores - o pedido de querer ser uma mulher, ser aquela mulher, rondava sua mente e saia de sua garganta como uma súplica.

Entre os dedos fracos e instáveis, Jisung segurava o suéter verde próximo ao nariz, o tecido cheirava ao Seu Amor, o seu primeiro e único amor. Mesmo que os soluços fossem altos e que o nariz estivesse trancado, Han a todo custo inalava o perfume nostálgico dele.

O garoto chorando ainda se lembrava eternamente que aquela era uma das únicas lembranças materiais que tinha dele; o resto que tinha estava afogado em seu peito, em um rio de solidão e dor, rodeado de mágoa, sentindo falta de algo que nunca foi seu - e nunca poderia.

Estava em sua memória muitos momentos que, para ele, seriam fúteis, mas que eram mágicos e inesquecíveis para Jisung - que simplesmente aceitava aqueles simples atos e se entregava com facilidade e leveza.

E se entregaria de peito e alma se tivesse a chance de ser amado e se fosse possível estar no abraço quente e sincero dele. Ele é um alguém muito especial que faz Jisung se odiar por ainda amá-lo.

Nunca recebeu mais que o mínimo. Como poderia? Eram colegas e ao menos era considerado um amigo. Mas para Han, era como se ele fosse lar de refúgio para noites como aquela.

Ainda se lembrava de 3 de Dezembro, em 2022... As lembranças nunca foram vagas, aquela noite, aquele momento, tudo era sincero e perfeito demais para serem apagados e deixados como um simples dia. Memórias inesquecíveis como aquelas, eram elas as que deixavam Han... Triste.

(3 de Dezembro de 2022 - 20:58)

Chovia bastante naquela noite, mas Jisung estava disposto a ser sincero com seus sentimentos e real com o garoto que tanto amava. Faria questão de demonstrar seus sentimentos e se entregar para ele, como sempre quis.

A mão bateu a porta três vezes; um trovão reinou no céu e o corpo molhado de Han tremeu sob as gotas grossas da chuva. Os pingos gelados levavam o medo de Jisung, empurrando a sensação de ansiedade e desespero pela rua vazia.

Um barulho de trinco soou e a porta branca se abriu, revelando ele, usando um suéter verde e fofinho, calças moletom e meias de coelhinho. Han levantou o rosto, encontrando o olhar sugestivo de sua paixão.

ㅡ Olá? ㅡ Ele arqueou as sobrancelhas, se surpreendendo instantaneamente ao ver o menor. Um colega de turma.

Jisung não respondeu, não conseguiu responder. Um bolo áspero cresceu em sua garganta, trancando todas as palavras que poderia facilmente projetar se não estivesse de frente para ele.

Ele que rendia Han e o deixava com medo de errar as sílabas; medo de ser insuficiente e inútil na vida agitada dele. Medo de falar demais, ou falar pouco. Medo de gostar demais, mas demonstrar pouco. Medo de ser muito, mas ao mesmo tempo não ser nada.

Não fique aí fora, entre ㅡ A voz dele voltou a preencher os ouvidos de Jisung; suas mãos o puxaram pelo ombro, indicando educadamente que era para sair da chuva ㅡ O que houve com você, garoto? ㅡ Indagou ele, após fechar a porta.

Os cabelos castanhos de Jisung pingavam no chão, suas roupas encharcadas escorriam água gelada por todo o assoalho. Han tremia de frio, mas tremia mais ainda de medo, visto que agora estava dentro da casa de sua paixão, em uma noite fria e chuvosa. Apenas os dois.

Jisung? ㅡ A voz cheia de ternura chamou pelo nome de Han. O bochechudo quis derreter ao escutar seu nome ser tão bem pronunciado pelos lábios delicados daquele garoto. O rapaz dos seus sonhos ㅡ Vou pegar toalhas, me espere aqui.

Han torcia para que sua maquiagem simples não estivesse toda destruída, mas, em sua mente, a resposta era árdua de que estava lotado de rímel pelas bochechas e delineado borrado no canto dos olhos.

A sala estava quentinha por conta da lareira que queimava a lenha, deixando pequenos estalinhos de fogo pelo cômodo. A luz vinha baixa do abajur; única fonte de energia, visto que a lâmpada de teto estava desligada.

Ele logo voltou, segurando uma toalha azul em mãos. Jisung sentiu o peito subir e descer rapidamente, sua paixão sabia sua cor favorita? Aquilo era demais para seu coração.

ㅡ Bem, Jisung, venha ㅡ O chamou para o sofá. Tímido e lentamente, Jisung caminhou até ele, sentando no mesmo sofá, ainda que fosse afastado ㅡ Seque seus cabelos ㅡ Deu a toalha para Han. Tirando dele a esperança de ser cuidado.

ㅡ Obrigada... E me desculpe... Por vir sem avisar, ainda mais este horário ㅡ Conseguiu, com muito esforço dizer aquelas simples palavras, que para si era como recitar um livro em frente a uma sala cheia de alunos. O terror das crises de Han.

ㅡ Sem problemas, contanto que me diga como veio parar aqui ㅡ O mais velho encostou-se casualmente no sofá, notando o corpinho menor tremer de frio ㅡ Está com frio? ㅡ Perguntou.

ㅡ Não... Estou bem, obrigada... ㅡ Secava os cabelos castanhos enquanto respingava no sofá de couro. A camiseta preta estava grudada em seu corpo, assim como a calça escura. Claro que sentia frio, sentia muito frio, mas não queria, de forma alguma, atrapalhar mais ainda sua paixão.

Ele retirou o suéter verde e estendeu a Jisung, que deixou as sobrancelhas subirem de surpresa e os lábios entre-abrirem. Han parou de secar os cabelos e subiu o olhar da peça de roupa para os olhos dele.

ㅡ Pegue, Jisung ㅡ Pediu o maior educadamente, se preocupando com a temperatura caída do corpo menor.

Lee Minho, não precisa...

Ficará melhor em você ㅡ As palavras tranquilas de Lee saíram como algo normal, porém era capaz de desmanchar Jisung e o desestabilizar emocionalmente.

Han se perdeu na imensidão de amor que aqueles olhos avelã transmitiam. Jisung podia jurar sentir a conexão se espalhar pelo ar, como algo que ambos queriam, algo inevitável sob o destino e o amor em ambos os corações disparados. Mas o menor estava errado, Minho não sentia as mesmas vibrações pelo ar, não tinha uma pulsação acelerada e seu peito não subia e descia ansiando para tocar Jisung.

Jisung pegou a roupa quentinha e cheirosa. Um cheirinho único que Minho exalava com afinco. Aquele cheirinho que Han era avidamente apaixonado, e nada, nem ninguém, o faria desgostar da sensação de alívio ao fungar o aroma masculino. Os dedos de Han acabaram passando suavemente pela mão de Lee, que ao menos notou o toque.

Ao menos notou o quão aquilo era vitorioso e esperançoso para Jisung.

"Se você soubesse o quanto gosto de você..."

O castanho não poderia conter aquele pensamento em sua mente. Tudo que ele precisava estava em prova viva. O toque, o olhar, as toalhas, o suéter que ele usava! Tudo provava que Lee também estava apaixonado e que também dividia das mesmas emoções. Lee Minho gostava de Han Jisung!

Minho, eu gost- ㅡ Jisung estava pronto para fazer o que em todos os três anos não conseguiu. Estava pronto para revelar os sentimentos e direcioná-los a sua paixão. Ao seu primeiro e único amor. Estava mais que pronto, sim sim.

Caso a escada não tivesse rangido e instantaneamente chamado a atenção de Minho, que virou-se em direção ao barulho. Jisung encolheu os ombros ao ver uma garota de cabelos loiros e lindos olhos azuis - como o céu de um dia ensolarado - descer os degraus. Sua pele era clara, e contrastava perfeitamente com o vestido azul bebê e as meias brancas de coelhinho nos pés. Ela é surreal de linda.

Jisung sabia que aquela não era a irmã de Minho. Também não era colega de Lee, ou aluna de seu colégio. Ela tinha traços diferentes, e aparentemente não era coreana.

Han olhou para ele, procurando algum sinal de demonstração sobre quem era aquela pessoa. E encontrou. Mas aquilo doeu em seu peito tão mais que levar uma facada no estômago, matando as borboletas agitadas.

Os olhos de Minho brilhavam em direção a ela. As mãos dele ficaram inquietas sobre a calça moletom, o peito estava disparado e a respiração desregulada. Ele estava sobre efeitos que Jisung sentia quando o via.

ㅡ Oh... Min, não sabia que tínhamos visitas ㅡ A garota sorriu alegremente, educada e de boa áurea. Sua voz era doce, mas não doce enjoativo, doce viciante ㅡ Olá! Meu nome é Saemi, ou Sae, como preferir. Como é seu nome? ㅡ Em passos rapidinhos ela parou em frente ao Han ㅡ Meu Deus! Você está todo molhado!

Jisung entre abriu os lábios para poder ser educado e conversar com a garota, mas seu olhar se perdeu na lareira, contando as bolinhas de madeira que se espalhavam pela lareira, subindo a chaminé. Qualquer outro lugar era bem mais interessante do que se sentir intimidado pela garota bonita e de boa alma.

Han piscou e olhou para os fios loiros brilhando. Ele engoliu a seco e se levantou, para responder gentilmente.

ㅡ O-Oi, meu nome é Jisung, Han Jisung. Um prazer te conhecer ㅡ Queria parecer normal, mas sua voz estava estranha, seus olhos doloridos e uma profunda vontade de sair correndo. Poxa, deveria estar tão feio em frente aquela bela moça que cheirava a flores. Provavelmente havia tomado um banho bem quentinho com sabonetes naturais.

ㅡ Você também é amigo do Min? ㅡ Indagou a garota, sentando-se no sofá, no meio de Jisung e de Minho. Lee estava quieto, apenas vendo o quão bondosa e generosa sua amiga era até com estranhos. Um doce, de fato.

Aquela simples frase fez Han pensar que eles eram amigos. Pois era o que parecia.

ㅡ Colega de turma... E você? ㅡ Curioso, não se conteve em saber qual era a relação que ambos mantinham.

ㅡ Sou amiga do Min desde que tínhamos seis anos... Mas bem, eu mudei de cidade... Nos afastamos, mas nunca deixamos de nos falar. Boa notícia: voltei a morar aqui! ㅡ Gesticulava enquanto falava. Faladeira e com uma boa dicção. Se tinha uma coisa que aquela garota gostava mais do que de seu melhor amigo, era poder conversar espontaneamente sem intromissões.

ㅡ V-Voltou? Q-Que bom... ㅡ Suas sobrancelhas juntaram, seu nariz enrugou e o queixo tremeu. Era óbvio que ali não havia apenas uma ternura amizade. Nunca era apenas uma amiga.

Depois daquela noite de 3 de Dezembro, Jisung deu uma desculpa esfarrapada e fajuta de que precisava ir embora, pois seu pai ficaria muito preocupado. Minho e a garota, titulada Saemi, entenderam e compreenderam.

O problema é que Han Jisung não tinha figura paterna, seu pai havia o abandonado há um bom tempo.

Após atravessar a porta, naquela hora, usando o suéter verde, ele chorou como nunca havia chorado. Chorou porque sabia que se aquela garota estivesse ali, ele nunca teria lugar na vida de Minho. Aquele olhar direcionado a garota nunca seria seu. Uma dor insuportável pertencia-o.

Quando finalmente teve coragem, era tarde demais.

Nunca foi fácil suportar a dor, mas foi pior ainda aguentá-la quando seis meses depois Lee estava assumindo-a em suas redes sociais. Assumindo que estava em um relacionamento sério com o Amor de Sua Vida. Jisung semanalmente via os storys e posts de Minho, não conseguia deixar de saber como ele estava, mesmo que estivesse totalmente adoecido por dentro.

Han queria ter certeza de que ele estava feliz.

Mesmo não sendo consigo.

E ele estava.

A garota sempre aparecia usando um dos moletons, suéteres e agasalhos de Lee. Aparecia com camisetas dele e até com acessórios. Por que não? Eles são um casal. Storys em dates, publicações românticas. Fotos com abraços e beijinhos. Tudo que Jisung queria.

Mas não com qualquer um, queria com O Minho.

Mas... Por que Minho beijaria Jisung?

Ela é tão mais bonita.

Jisung diariamente se escondia quando via o casal passando pelo corredor da escola. Às vezes abraçados de lado enquanto o braço de Lee rodeava os ombros de Saemi, outras vezes com as mãos entrelaçadas. Agora Han não precisava se esconder deles, não agora que não saia mais de seu quarto. Já era Dezembro, de novo, e por meses seguidos ele deixou a escola de lado.

Não falava mais com Minho - não era como se falasse sempre -, não o via mais pessoalmente, não via amigos, não tinha uma vida social. Era só ele e vontade zero de superação.

Han apenas queria ser ela, queria ser a garota que tirava sorrisos sinceros de Lee, que o deixava de bom humor com um apenas um olhar, que o fazia ficar horas e horas a admirando.

Queria tanto ser aquela garota.

Mas nunca seria. Minho é de outra, e o máximo que Jisung pode fazer é aceitar com muita dor que ele nunca será o Amor Verdadeiro de Lee Minho.

E é assim que naquela noite fria e chuvosa, às quatro da manhã de um domingo 3 de Dezembro, que Han adormeceu. De rosto inchado e coração partido. Com dor por todo o corpo e alma, sabendo que ficaria ainda aprisionado naquela solidão sem fim, sabendo que Lee nunca o notaria de verdade.

Nunca o amaria.

Nunca nem ao menos sentiria algo.

Minho nunca gostaria de Jisung, nunca o amaria e muito menos teria uma vida ao seu lado. Isso era um fato.

Mas Jisung estaria ali durante toda vida, esperando por Minho mesmo que demorasse a vida toda. O amaria eternamente por todas as vidas, até que em alguma reencarnação pudesse tê-lo para si... Em alguma vida poderia ser o garoto dos Sonhos de Lee Minho.

Esperaria com o único fio inútil de esperança.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro