Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Proximidade


            Andamos por apenas dez minutos até a casa de Mitsuki. Parecia espaçosa e as paredes eram brancas por fora, um pequeno jardim na frente da residência exalava cheiro de grama e terra.

Ele abriu a porta e o convite foi feito. Aceitei de prontidão e entrei sem cerimônias. O espaço interno era simples, mas confortável. Paredes claras, um sofá com estofado de couro frente a uma televisão de tela plana, uma mesinha de madeira entre os dois móveis. Na parede oposta um tipo de bancada fazia divisa com a cozinha. Okay, talvez não fosse tão simples, mas ainda assim parecia confortável.

De qualquer modo, atravessei o tapete colorido que cobria o chão e me aconcheguei no sofá, observando suas próximas ações. O albino fechou a porta e jogou a chave na mesinha à minha frente. Girou a cabeça, analisando a própria moradia e, em seguida, me encarou outra vez com um sorriso branco.

— Quer comer alguma coisa? Beber? — questionou.

Abri um sorriso debochado e involuntário. Ele chagava a pensar no que dizia ou falava por impulso?

— Acabamos de jantar — comentei rindo. — Mas aceito um copo de água ou suco se tiver.

Mitsukialargou o sorriso e se foi para a cozinha, passando por uma mesa de vidro no meio do cômodo, e abrindo a geladeira branca. De dentro dela tirou um pequeno objeto que imaginei ser uma garrafa de água. Ao retornar, pude perceber que o conteúdo não se tratava de água. O que enchia aquele copo era um líquido alaranjado.

— Espero que goste de laranja.

— Está ótimo — estendi as mãos para receber o copo que o garoto me entregava. Senti a diferença de temperatura ao tocar o vidro. — Obrigado!

Bebi apenas metade do conteúdo, oferecendo a outra metade a ele. O albino aceitou, tomou o copo de minhas mãos e bebeu o resto.O suco escorreu para sua boca e desceu pela garganta.

O som do vidro tocando a madeira era suave. Mitsuki não se deu o trabalho de voltar à cozinha, em vez disso simplesmente pousou o copo na mesa, ao lado da chave da porta.

Nenhum dos dois sabia o que fazer, ambos travados, apenas um olhando para o outro. Era difícil imaginar Mitsuki sem saber o que fazer em qualquer situação, em geral ele era tão ridicularmente sociável e esguio que irritava. Ele bem que poderia ser assim agora. "Estranho" era a palavra que mais se aproximava do sentimento ali.

— Podemos ir dormir? — perguntei, sendo o primeiro a falar alguma coisa. — Quase nem dormi hoje antes de levantar para a Academia e estou exausto.

Uma pontada de decepção passou pelo rosto dele, só durou um microssegundo antes de voltar ao sorriso forçado anterior. Se ele queria que curtíssemos a noite ou outra coisa poderíamos fazer isso amanhã quando acordássemos. Eu apenas teria de avisar minha mãe. Meu pai, nem precisava dizer, sequer iria se importar se eu dormisse em casa ou não.

Por fim ele concordou e me guiou até um quarto. O interruptor se encontrava ao lado da porta e, assim que o lugar foi banhado em luz, pude ver o grande roupeiro branco com portas de correr espelhadas frente a uma enorme cama de casal, uma escrivaninha simples com os livros da Academia sobre ela fora posicionada ao lado de uma janela.

— É aqui que vou dormir?

Mitsuki assentiu.

— Vamos ter que dividir a cama — informou. — Tudo bem por você? Ela é grande, então há espaço para nós dois.

Um arrepio gélido correu por minha coluna, meus pelos estariam arrepiados se eu os tivesse. Sério isso? Não havia outro quarto? Éramos amigos, porém nunca fomos tão íntimos para dividir uma cama. Era estranho pensar nisso.

Pedi se não havia outro lugar, outro quarto. Não queria ser mal-educado e reclamar de sua gentileza, só que não também não queria pensar em dividir a cama com ele. Infelizmente, pedir pelo sofá seria desesperado demais, sem falar no quanto seria patético.

— Tem outro cômodo, só que ele está vazio. Moro sozinho, então não tinha motivo para mobilhar outro quarto. Tenho tudo o que preciso aqui. Se quiser tem o sofá da sala.

E, novamente, me lembrando do quanto seria patético dormir lá, e imaginando o que minha mãe diria se eu dormisse na casa de um amigo e ainda pedisse para dormir no sofá diria, resolvia recusar sua oferta. Entrei no quarto olhando melhor o ambiente, enquanto isso o albino voltava para a sala a fim de apagar as luzes ligadas, em menos de um segundo estava de volta.

— O lado da parede é meu — declarei, jogando-me sobre o colchão.

Primeiramente, temi que a madeira fosse rachar, mas meu peso foi bem recebido pela maciez. Mitsuki revirou os olhos na tentativa falha de parecer irritado.

— Não! — ele negou — O lado da parede é meu.

Claramente ele estava prestes a sentar ao meu lado. Sorrateiramente alcancei o travesseiro com os dedos sem que o garoto percebesse e o atirei em sua cara. Aceitei em cheio. O objeto atingiu o chão e o albino possuía uma expressão de "Que merda foi essa?" estampada em sua face.

Com uma velocidade absurda que apenas ele tinha, seus joelhos dobraram o deixando mais próximo do chão. As mãos ágeis agarraram o travesseiro e o jogaram de vota em mim. Meus reflexos não foram rápidos o bastante e o impacto me jogou para trás. Levantei apenas ao ouvir o som de sua risada preenchendo o quarto.

Em um minuto eu estava deliberando se dormia ou não com o menino na mesma cama e, no outro, estávamos atirando um travesseiro um no outro sem motivo nenhum. Não tinha lógica nenhuma, mas era divertido.

Ficamos nessa por mais alguns minutos. Assim que percebi ofegávamos, sem mais energia para continuar com aquela brincadeira. As gotas de suor em seu rosto misturadas à luz clara tornavam o rosto pálido ainda mais branco. Nos encaramos por um curto espaço de tempo antes que ele desviasse o olhar, claramente envergonhado. Achei sua reação engraçada, mas não comentei nada.

Um bocejo escapou, não sabia que ele estava quase tão cansado quanto eu. E ainda haveriam aulas na Academia na manhã seguinte.

— Vamos dormir de uma vez antes que você desmaie e eu precise te colocar na cama — disse mal-humorado.

— Bem tentador — respondeu-me soltando um segundo bocejo. Revirei os olhos.

Levantei meu tronco e passei por cima dele, caminhando até a porta do quarto que era próxima ao interruptor. Já estava com os dedos sobre ele quando me virei.

— Boa noit... O que você está fazendo? — indaguei, contendo o grito e fingindo indiferença.

Mitsuki tirava a camisa que usava, ficando apenas de calça, seu peito branco totalmente à mostra.

— Tirando a camisa, não consigo dormir com ela — respondeu como se fosse algo totalmente normal. — Tem problema? Sabe que não tem nada demais nisso, né?

Se eu sabia que não havia nada demais nisso? Era óbvio que não havia nada demais nisso. Até parece que eu pensaria algo inapropriado disso ou indevido. Éramos amigos e coisas assim não tinham nada demais. Super normais, com certeza. Não é como se um de nós fosse uma garota que pudesse rolar um abuso durante a noite.

— É claro que não tem problema — respondi rápido, tirando minha própria camisa no processo.

Por que eu fiz isso?

Notei o olhar dele pesando sobre mim. Sem dúvidas não esperava que eu fizesse isso e muito menos eu. Soltei um "Boa noite!" atrapalhado e sonso e desliguei rapidamente a luz, não desejando prolongar aquela conversa ainda mais. E como a sorte nunca me favorecia, acabei tropeçando em algo macio no meio do caminho e caí em cima do garoto que gemeu de dor.

— Desculpa — falei olhando para cima, apesar de estarmos no escuro.

— Relaxa.

Puxei as cobertas com força, cobrindo minha cara sem-graça e lhe dando as costas, sem perguntar se ele estava confortável ou não. Ainda muito envergonhado do que acabara de acontecer, fechei os olhos na esperança que o sono me alcançasse logo.

Ouvi um pássaro cantar e isso me acordou cedo. Abri os olhos devagar, as pálpebras ainda pesavam muito. A primeira visão foi o rosto de Mitsuki não muito longe. Não me assustei, pois estava sonolento demais para isso e também porque lembrava o motivo dele estar ali.

Ainda bem que o albino morava sozinho, assim a probabilidade de alguém entrar por aquela porta era nula e não seria necessário explicar porque estávamos dormindo juntos e sem camisa.

Ergui o tronco, espreguiçando-me, em seguida fiquei observando-o dormir. Seu rosto era tranquilo, mas uma tranquilidade diferente do rosto sorridente de quando estava acordado. Essa tranquilidade parecia mais leve, como se não houvesse preocupação nenhuma no mundo que precisasse de sua atenção. Como uma criança no auge de sua infância. Será que minha expressão era parecida com essa quando eu estava dormindo? Infelizmente não ia conseguir obter a resposta tão cedo.

Não havia cortinas, mas as janelas estavam fechadas, de forma que apenas parte da luz entrava deixando o quarto bem iluminado, porém em um tom escuro de laranja amarronzado, era difícil de descrever. Enfim, mesmo com as janelas fechadas era possível enxergar perfeitamente o ambiente.

— Bom dia! — disse ele ainda com os olhos fechados antes de abri-los. — Faz tempo que acordou?

— Apenas alguns minutos — respondi, saindo de debaixo das cobertas. — Então levanta que eu estou com fome. Sabe cozinhar?

Mitsuki ergueu as cobertas e se levantou, as mãos esfregando os olhos sonolentos ao mesmo tempo em que sua boca se abria em um bocejo. " Parece uma criancinha", não pude evitar o pensamento.

— Te espero na cozinha.

Deixei o quarto a fim de lhe dar privacidade para trocar de roupa ou tomar banho. Escuridão parcial enchia o resto da casa assim como o quarto e isso me dava preguiça. Andei pelos cômodos, abrindo as janelas permitindo a entrada da luz e do vento fresco. Não havia nada pronto e minha barriga roncava. Precisei me contentar com uma fruta até que houvesse algo melhor. Será que Mitsuki demoraria para voltar?

Estava na terceira fruta quando ele apareceu. Os cabelos brancos ainda molhados e os olhos amarelos mais brilhantes, vestia uma roupa mais casual sendo apenas um calção e uma camisa regata que deixava os braços claros à mostra.

— Vou preparar algo. Fique à vontade.

Em pouco tempo vários objetos estavam reunidos sobre a mesa: facas, massas, temperos e panelas. Me acomodei no sofá na expectativa de que o tempo passaria rápido e minha fome logo estaria saciada.

Um toque musical tirou nossas mentes do que estivessem focadas.

— Está esperando alguém? — perguntei me referindo à campainha.

Mitsuki negou e abandonou a panelano fogo alto. Nossa surpresa foi completa ao ver Konohamaru do outro lado da porta.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro