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Missão


— Sensei? — Mitsuki perguntou confuso, abrindo espaço para dar-lhe passagem.

— Mitsuki, Boruto — cumprimentou adentrando a casa. — Não vou ficar por muito tempo. Teria mandado uma mensagem, mas achei melhor vir pessoalmente caso não a recebessem. É um assunto importante.

Me levantei e me aproximei de ambos.

— Recebemos uma missão e vocês vão gostar dessa — disse com um sorriso enorme no rosto que não combinava com a nossa tensão. — Não posso falar sobre isso, apenas mais tarde no escritório do Hokage.

Ele pegou uma fruta que estava sobre a mesa e deu uma mordida.

— Estejam lá às duas da tarde e levem uma mochila com o roupas e equipamentos. — avisou prestes a sair de novo.

— Sensei, não quer ficar um pouco mais? — perguntou Mitsuki. — Estou cozinhando e se você estiver com fome...

— Não, obrigado — Konohamaru respondeu, o interrompendo. — Preciso avisar Sarada e resolver algumas coisas antes disso.

Nos despedimos e ele foi embora. Estranhei sua atitude. O cara chegava, mal ficava um minuto e saía, sem comentar o fato de que viera apenas avisar algo que poderia facilmente ter sido dito pelo celular sem todo aquele esforço. Era no mínimo suspeito. Pensei ter visto a feição de Mitsuki mudar, mas fora muito rápido. Provavelmente apenas minha imaginação.

Fechei a porta e voltei para a cozinha, ocupando um dos assentos.

— Estranho — falei baixo, mais para mim mesmo do que para Mitsuki, que mal se me olhou e continuou concentrado no fogão.

Quinze minutos depois Mitsuki nos serviu e se sentou de frente para mim. Não notei antes como seus cabelos bagunçados o deixavam mais despojado, ele estava engraçadinho de uma maneira fofa, como uma criança que não está nem aí para o que usa e fica linda de qualquer jeito. Os braços eram magros, nada exagerado, mas eu sabia o quanto eram fortes devido a tantas vezes que lutei com ele na Academia. Poderia ser esquisito ficar na mesma equipe que ele quando quase não nos falávamos, porém era preferível tê-lo como aliado do que como inimigo.

— Ainda está aí? — Mitsuki balançava sua mão na minha frente e estalava os dedos. — Não gostou? Está muito salgado? — perguntou preocupado.

Eu... pensei mesmo que Mitsuki era fofo? Okay, isso sim era estranho. Nunca reparei muito nele e hoje não deixei um único detalhe passar despercebido. Definitivamente havia algo errado.

— Não se preocupe — peguei um hashi e peguei um punhado de arroz. — Você cozinha bem.

Enfiei o punhado na boca e o engoli. Estava maravilhoso.

Uma hora depois lá estávamos nós, sentados no sofá assistindo a um filme de ação ninja.

Quando acabamos de comer ajudei-o a lavar os pratos e secar a louça. Ainda tínhamos algum tempo antes de nos arrumar para a missão e Mitsuki concordou em me acompanhar até em casa para me dar a chance de trocar de roupa, essa que eu usava estava suada e começando a feder. O albino até ofereceu uma de suas roupas para que eu usasse no tempo em que estivesse aí, eu recusei. Era generosidade dele, mas não podia abusar.

Mitsuki sentava decentemente sobre o couro, eu por outro lado estava esparramado ao longo do sofá, minhas pernas sobre seu colo. A mesinha sustentando uma bandeja de pipoca. A fome continuava ainda depois do almoço. E filme sem pipoca não era filme de verdade.

— Para de comer, seu gordo — ele deu um tapa na minha mão quando a estendi em direção à bandeja.

— Sou gordo e com orgulho — peguei uma única pipoca e me reparei. — Abre a boca — ele abriu e atirei o conteúdo, teria errado por pouco se Mitsuki não houvesse movido a cabeça.

— Gotoso — disse, errando a palavra propositalmente. — Mas agora está na hora de ir, ou você quer perder a missão? — nunquinha.

Meus tênis estavam no chão próximos à porta, pelo menos até serem jogados sobre mim. Atingiram minha perna causando um pequeno incomodo. Os cadarços emaranhados como um cabelo malcuidado. Mitsuki foi para o quarto para pegar suas coisas.

O chamei para sair cinco minutos depois, puxando os cadarços e finalizando o nó enquanto ele ajeitava a mochila que arrumara em suas costas.

Chegamos na minha casa sob o sol quente da tarde, a rua muito movimentada com pedestres e comerciantes ambulantes anunciando em voz alta suas mercadorias. Hesitei em me aproximar mais, sabendo a bronca que iria levar depois de avisar que não dormiria fora de casa.

O guiei pelo jardim da frente da casa e entremos sorrateiramente. Desnecessário, já que eu morava ali. Se minha mãe não estivesse em casa seria mais fácil simplesmente entrar, tomar um banho rápido, trocar de roupa e sair de novo. Infelizmente o som dos personagens de desenhos animado conversando estava alto, o que significava que Himawari estava em casa e, consequentemente, Hinata também.

Minha mãe raramente saía de casa, pois sempre havia serviço doméstico para fazer ou cuidar da minha irmãzinha, então quando saía era para leva-la a algum lugar ou se encontrar com suas amigas jounin.

— Boruto! — dito e feito. Minha mãe apareceu na porta da cozinha, um avental cinza claro cobrindo seu corpo e uma toalha enxugando as mãos. — Por que não avisou que dormiria fora? Fiquei preo... Ah, olá! — notara a presença de Mitsuki na sala, mudando a postura de "mãe preocupada" para "mãe amigável" em um segundo. — Não sabia que traria um amigo.

Ela abriu um sorriso acolhedor ao qual ele retribuiu prontamente. Hinata se afastou do corredor e esticou a mão em sinal de passagem, ainda enxugando suas mãos já secas. Às vezes eu achava que era um tique nervoso.

— Sinta-se em casa, se precisar de alguma coisa é só perguntar.

— Obrigado, mãe! — agradeci no lugar de Mitsuki, o puxando pelo corredor. — Mas vamos ficar por pouco tempo. Konohamau-niichan disse que tem uma missão para nós e pediu que levássemos uma mochila conosco.

Minha mãe nos acompanhou até parte do percurso, estranhando o pedido das mochilas, pois o comum era a missão ser dada e o time responsável por ela sair no dia seguinte. Não havia como argumentar contra isso, principalmente porque eu mesmo estranhei o pedido. E Konohamaru também não nos visitaria pessoalmente por pouca coisa.

Deixei o albino caído na minha cama, dei as costas a ele e comecei a escolher uma muda de roupas para usar. Era seguro afirmar que Konohamaru sabia do que se tratava a missão e que partiríamos logo em seguida. Outra coisa incomum aí: os sensei recebia a missão junto ao time, não antes.

Pedi para que me esperasse e que estava livre para olhar a casa se assim desejasse. Me tranquei no banheiro e comecei a me despir, deixando a roupa suja jogada em um canto para mais tarde ser lavada. Entrei na banheira e liguei a água morna, minha bunda assentando-se no metal frio enquanto o recipiente enchia-se com o líquido.

Tentei ser rápido, tomando apenas o tempo necessário para cuidar do cabelo e do resto do corpo, como estava com pressa não me sobrou muito tempo para ficar à toa dentro da água. Me sequei lá dentro mesmo e escovei os dentes, o que me tomou apenas alguns poucos minutos. Vesti a roupa limpa e saí de lá pronto, meus cabelos bagunçados de um modo eu sempre achei bonitos.

Mitsuki não estava mais na minha cama. Abri o roupeiro e separei algumas mudas de roupa e equipamento ninja que poderia precisar, principalmente facas kunai e shurikens. Saí para procurar o albino, com a mochila em meus ombros, e o encontrei na sala assistindo desenhos animados com Himawari. Os dois não conversavam entre si, mantendo-se atentos nas imagens da televisão.

Cheguei por trás e baguncei seus cabelos para lhe chamar a atenção. Mitsuki virou a cabeça para me ver deixando à mostra um pedaço do doce que comia.

— Estou pronto. Demorei?

— Um pouco — respondeu ele, se levantando do sofá e se espreguiçando. — Mas não me importo em te esperar, e foi legal ver desenho com sua irmã enquanto isso.

Passei por ele indo até Himawari, atrapalhei sua visão propositalmente e a abracei.

— Até mais, maninha, vou sair em missão e não sei quanto tempo vou ficar fora.

Ela retribuiu o abraço.

— Se cuida, oni-chan — ela abraçou Mitsuki também e após isso nos despedimos de Hinata.

Minha mãe me deu as típicas instruções chatas do tipo "Siga as ordens do seu sensei" e "Não dê muito trabalho aos outros". Simplesmente lhe dei um beijo na bochecha, a larguei falando sozinha e puxei Mitsuki, que acenava em despedida, para fora da casa.

Do lado de fora o sol estava quente, mas nada que fosse nos matar de calor. No fim, Mitsuki estava certo, eu havia calculado mal o tempo e se não nos apressássemos acabaríamos nos atrasando. Ainda bem que éramos ninjas, então economizamos um bom tempo pulando pelos telhados em vez de ir andando pelas ruas como pessoas comuns.

O prédio do Hokage de estendia quase no centro da vila, um construto imperial que se destacava de tudo ao seu redor, era majestoso assim como deveria ser o homem que ocupava seu mais alto cargo.

Por causo do trabalho de meu pai eu ia muitas vezes para lá, o que explicava meu conhecimento sobre a parte interna do lugar. Era simplesmente muito chato: bibliotecas, escritórios, papelada, registros e arquivos. Eu ficava com sono só de pensar nisso. Mas como uma linda criança analfabeta que ainda não sabia ler eu nem me importava muito com isso, apesar de já saber o quanto aquilo era chato. Meu único propósito em minhas idas até o prédio eram de ver meu pai que já naquela época não passava muito tempo em casa. Após uns anos, quando cresci, parei com essas visitas.

Entramos sem nenhum problema. Os únicos guardas que nos pararam foi na porta do escritório, mas assim que nos identificamos nos permitiram passar. Sem nenhuma surpresa Konohamaru e Sarada já estavam lá, nos esperando. Junto a ele.

Meu pai, com seus cabelos louros espetados e manto branco, mantinha-se sentado em sua mesa com um olhar de boas-vindas a nós. Nossos olhares se cruzaram por um momento e logo me certifiquei de quebrar esse contato e me juntar aos outros.

— Chegamos — falei desnecessariamente. — Nos dê logo essa missão.

— Boruto! — Konohamaru me repreendeu e eu dei de ombros.

Shikamaru, que manteve-se em silêncio até agora, se pronunciou.

— Pois bem — disse Naruto —, a sua missão é expulsar bandidos.

Shikamaru se moveu, estendendo um mapa pela mesa.

— Um vilarejo entre o País do Fogo e o País do Vento — explicava, pondo o dedo sobre o mapa que correspondia ao local —, chamado Monte Verde, é que está pagando pela missão. A área é repleta de fazendeiros que trabalham lá há gerações — nisso seu olhar saiu do mapa que estudava e se fixou em nós. — Neste ano, a colheita foi ruim por causa da seca e, por isso, o vilarejo vizinho está roubando comida dos armazéns do Monte Verde. Sua missão é fazer com que isso pare.

— Um conflito entre vilarejos — refletiu Konohamaru e Shikamaru assentiu.

— Então é só uma briguinha de vilarejo — desdenhei. Achei que seria algo mais excitante. — Vai ser moleza.

Cruzei as mãos atrás da cabeça, esperando que mais alguma coisa fosse dita. Ainda mantinha a esperança de que fosse haver algo interessante.

— Mesmo sendo rank D uma missão é uma missão — disse Naruto, calmo. — Levem isso a sério e trabalhem juntos.

Como sempre precisava ter a última palavra. Sabia que ele era o Hokage, mas o ar de importância que ele carregava me irritava às vezes.

— Dispensados.

Tentei ser o primeiro a chegar na porta, mas os outros três foram mais rápidos e acabei sendo o último. Lancei um último olhar para trás, para meu pai que estava com a cabeça baixa discutindo algo que não me interessava com Shikamaru enquanto cuidava da papelada ao mesmo tempo.

Ele já não olhava mais para mim.

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