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The Loneliest por Maneskin

Tyler havia caído no sono rapidamente, o peso da noite finalmente o vencendo. Por mais que estivesse completamente preocupado com a situação de Branca, era um cansaço diferente, não apenas físico, mas emocional. E então, no meio da escuridão de sua mente, ele se encontrou em um lugar familiar dentro de um sonho: a cozinha do apartamento.

A luz da cozinha estava suave, quase amarelada, lançando um brilho reconfortante sobre os azulejos e as cortinas que balançavam levemente com a brisa da janela entreaberta. O cheiro doce de chocolate derretido enchia o ar. Ele estava diante do fogão, mexendo uma panela com cuidado, e ao seu lado, sentada no balcão, estava Mona.

— Você ainda lembra como faz brigadeiro? — Mona perguntou com um sorriso travesso, os olhos brilhando do jeito que sempre brilhavam quando estava prestes a aprontar alguma coisa.

— Claro que sim, e outra, você me pediu, lembra? — Tyler respondeu, rindo enquanto olhava para ela, o coração apertado pela saudade. — Eu não ia negar isso pra você.

Ela balançou as pernas no ar, despreocupada, observando-o mexer a mistura de leite condensado e chocolate com a mesma paciência que ele sempre tivera, tentando acertar a receita.

— Você é o melhor irmão do mundo, sabia? — Ela comentou, meio brincando, meio séria, como se fosse algo óbvio, e ele só estivesse se dando conta disso agora.

Tyler parou por um segundo, o olhar preso na panela enquanto suas mãos continuavam a mexer automaticamente. A cozinha, a voz dela, o som de seus risos... tudo parecia tão real, como se, de alguma forma, o tempo tivesse parado e ele estivesse de volta àquele momento em que tudo ainda fazia sentido.

— Mona... — Ele começou, a voz falhando, os olhos ardendo de um sentimento que não conseguia nomear. — Eu queria tanto poder mudar tudo.

Ela parou de balançar as pernas, inclinando-se para frente, a expressão suavizando, mas sem perder o brilho doce no olhar.

— Mudar o quê, Ty?

Ele fechou os olhos por um momento, sentindo o cheiro familiar do brigadeiro, sentindo o peso das palavras que estavam há tanto tempo em seu peito.

— Tudo. Eu queria ter sido mais atento, mais presente. Queria ter te protegido de... — Ele engoliu em seco, a culpa esmagando cada palavra que ele dizia. — De tudo que aconteceu. Se eu pudesse voltar no tempo, faria tudo diferente.

Mona desceu do balcão e se aproximou dele, colocando a mão delicada sobre o braço de Tyler, interrompendo o movimento automático que ele fazia ao mexer a panela.

— Ty, você não precisa carregar isso. — Ela falou suavemente, puxando-o de lado, tirando a colher de sua mão. — Não foi sua culpa. Eu nunca quis que você se culpasse por nada. Você fez o que pôde... você sempre fez.

Ele sentiu o nó na garganta apertar, as lágrimas ameaçando escorrer, mas não se importou. Não conseguia mais segurar. Ele sempre foi o irmão mais velho, o protetor, e falhar com Mona era a dor que ele mais carregava.

— Eu só... eu só queria ter te salvado.

Mona o abraçou, enlaçando os braços ao redor dele com uma força surpreendente, como se estivesse tentando absorver toda a culpa, todo o peso que ele carregava. Tyler afundou o rosto no ombro dela, e as lágrimas finalmente desceram.

— Ty, você me deu mais amor do que qualquer pessoa poderia pedir. — Ela murmurou contra o peito dele. — Não é sua responsabilidade consertar o que estava fora do nosso controle

Ele ficou ali, segurando-a com força, desejando que aquele abraço nunca terminasse. Era como se, naquele momento, todo o vazio, toda a dor que ele sentia por não tê-la mais ali estivesse sendo preenchido por um sentimento de paz, algo que ele não sentia há muito tempo.

— Você tem que se perdoar, Ty. — Mona disse, afastando-se apenas o suficiente para olhá-lo nos olhos. — Porque eu já te perdoei há muito tempo.

Tyler olhou para ela, o peito ainda apertado, mas de uma forma diferente agora. Ela estava ali, dizendo o que ele precisava ouvir, o que ele nunca conseguiu dizer para si mesmo. Ele queria acreditar, queria soltar o peso que o sufocava, mas sabia que isso seria um processo.

— Eu te amo tanto. — Ele sussurrou.

— Eu sei. — Ela sorriu, tocando o rosto dele com carinho. — E eu também te amo. Agora, vamos terminar esse brigadeiro, porque você prometeu, lembra?

Tyler riu entre as lágrimas, e por um momento, tudo parecia certo de novo.

Tyler acordou ofegante, o peito apertado, a garganta seca e os olhos molhados pelas lágrimas que teimavam em descer. Não conseguiu se controlar. As imagens do sonho ainda dançavam em sua mente, tão reais que ele quase podia sentir o abraço de Mona, o cheiro de chocolate que ainda parecia pairar no ar, o som suave da voz dela ecoando em seus ouvidos.

Mas ela não estava ali. Nunca estaria.

Ele se sentou na cama, as mãos trêmulas pressionando o rosto. O peso do vazio que Mona havia deixado caía sobre ele como uma âncora, puxando-o para as profundezas de uma dor que nunca realmente ia embora. Aquele sonho, aquela conversa... Era sempre o mesmo cenário, a mesma culpa esmagadora que voltava a atormentá-lo, uma memória que o perseguia como uma sombra, o prendendo no passado.

— Desculpa... — Ele murmurou, a voz fraca, como se estivesse falando para alguém que jamais o ouviria. — Eu deveria ter feito mais. Eu deveria ter estado lá.

A dor no peito parecia insuportável, um nó que apertava e sufocava a cada respiração. Ele sabia que não precisava de ninguém para lhe dizer o que já era óbvio: ele havia errado. Ele tinha falhado. E aquela culpa... Ele a carregava como uma cicatriz invisível, mas sempre presente. Todos diziam que não era culpa dele, que ele não podia ter feito nada, mas Tyler nunca acreditou nisso.

— Eu sou o culpado... — Ele sussurrou, se abraçando, como se aquilo pudesse aliviar o aperto no coração. — Eu devia ter morrido no seu lugar, Mona.

Ele repetia isso em silêncio, todas as noites em que era tomado pelo vazio. A dor nunca diminuía. No fundo, ele sentia que merecia aquele sofrimento, como uma punição por não ter feito mais, por não ter salvado sua irmã. Ele acreditava que, se alguém deveria ter partido, era ele, não Mona. Ela era tão cheia de vida, tão brilhante...

Tyler, por outro lado, se via como um fardo, alguém que agora vivia apenas para carregar o peso de uma ausência que ele não sabia lidar.

Ele não conseguia parar de chorar. As lágrimas vinham pesadas, desenfreadas, lavando seu rosto, mas não aliviando o que estava dentro. Não havia consolo, não havia perdão para ele mesmo. As palavras doces de Mona no sonho — que ele sabia serem fruto de sua própria imaginação — não eram suficientes para apagar o que ele realmente sentia.

— Eu sinto tanto... — Ele soluçou, a voz ecoando no quarto vazio, sem resposta, sem consolo.

Com o rosto escondido entre as mãos, Tyler deixou o tempo passar, o desespero tomando conta de seu corpo. Ele não sabia por quanto tempo mais aguentaria viver assim, preso nessa espiral de culpa e dor. Cada dia parecia uma luta, e ele não conseguia ver um caminho para fora daquele ciclo.

Naquele momento, tudo o que ele desejava era poder voltar no tempo, mudar o que havia acontecido, tomar o lugar de Mona. Mas o passado estava fora de seu alcance, e a única coisa que ele podia fazer era viver com as consequências, mesmo que o sufocassem cada vez mais.

A noite do incidente voltou à mente de Tyler como um filme doloroso, um que ele nunca conseguiria esquecer. Ele se lembrava de tudo com detalhes assustadores. Seus pais tinham partido na noite anterior, depois de uma briga feia entre ele e seu pai.

— Você tem que entender que não sou o pai da Mona! — Tyler havia gritado, o rosto vermelho de frustração, enquanto seu pai o encarava com os olhos duros, cheios de impaciência. — Eu só tenho 17 anos! Não posso assumir essa responsabilidade. Vocês deveriam estar aqui!

Seu pai suspirou, os braços cruzados, claramente cansado de ouvir a mesma argumentação de Tyler. — Você já é quase adulto, Tyler. Sua mãe e eu temos que viajar a trabalho, isso faz parte do que somos. Não dá pra gente ficar aqui o tempo todo. Mona está bem com você, é só por alguns dias.

— Ela tem 8 anos! — Tyler rebateu, sentindo o desespero crescer dentro de si. — Ela precisa de vocês, não de mim! Eu não sei o que fazer se algo der errado.

— Nada vai dar errado, você está dramatizando. — Seu pai cortou, a voz dura. — Essa é a vida, Tyler. Todos têm responsabilidades, e a sua agora é cuidar da sua irmã. Não vou discutir isso mais.

Aquela foi a última vez que eles falaram antes de seus pais saírem, fechando a porta com um silêncio pesado. Tyler tinha ficado ali, no meio da sala, sentindo um misto de raiva, medo e uma responsabilidade que parecia esmagá-lo. Ele amava Mona, mais do que qualquer coisa, mas sabia que não estava pronto para ser o único responsável por ela.

Na noite seguinte, tudo desmoronou.

Mona havia pedido para assistir a um filme antes de dormir, algo inocente para uma garota de 8 anos. Tyler concordou, mesmo sabendo que era tarde e que ele deveria ser mais rígido com os horários. Depois do filme, ele a colocou na cama e voltou para o próprio quarto, exausto. Sua mente ainda rodava com o peso da briga com seu pai, e ele não conseguia afastar a sensação de que aquilo era injusto.

Ele precisava escapar, de qualquer jeito.

Tyler caminhou até o canto de seu quarto, onde estava sua guitarra. Mas não era música o que ele buscava naquele momento. Ele abriu a case e tirou de dentro o pequeno saquinho de LSD que havia escondido ali semanas antes. Ele havia jurado que não o usaria de novo, que aquilo tinha sido um erro da última vez, mas agora... agora parecia a única solução.

Sentado na cama, ele encarou o saquinho em suas mãos. Ele sabia dos riscos. Sabia que o LSD, quando usado em excesso, podia causar alucinações intensas, perda de controle sobre o corpo e a mente, e até mesmo provocar danos psicológicos duradouros. Uma dose forte poderia resultar em uma "bad trip", onde o medo, a paranoia e o pânico se tornavam impossíveis de escapar. Além disso, os efeitos no coração e na pressão sanguínea podiam ser perigosos, especialmente em altas quantidades. Tyler sabia de tudo isso. Mas, naquela noite, ele não se importava.

— Só quero esquecer... — Murmurou para si mesmo, enquanto abria o saquinho e preparava uma dose maior do que a habitual. A quantidade era consideravelmente mais forte do que a recomendada, mas Tyler estava tão exausto emocionalmente que não pensou duas vezes. — Eu só preciso esquecer por algumas horas...

Ele sentiu o gosto amargo se espalhar por sua boca. Fechou os olhos, esperando que a familiar onda de alívio e abstração o carregasse para longe. Queria desaparecer, nem que fosse por uma noite.

Os primeiros efeitos começaram a surgir depois de cerca de meia hora. Tyler sentiu o corpo relaxar e o peso de sua mente começar a se dissolver. As cores ao seu redor ficaram mais vibrantes, e ele começou a se sentir flutuando. No início, era exatamente o que ele queria — um afastamento da realidade, da responsabilidade, do peso que carregava por ser o irmão mais velho, o responsável.

Mas, lentamente, as coisas começaram a mudar. As cores vibrantes começaram a se distorcer, e as formas ao seu redor ficaram irregulares. As paredes do quarto pareciam se fechar sobre ele, e de repente, ele não conseguia respirar. Seu coração disparou, batendo com tanta força que parecia prestes a sair do peito. A respiração ficou ofegante, e o pânico tomou conta.

— O que está acontecendo? — Ele murmurou, a voz trêmula. Mas não havia ninguém ali para responder. Tyler começou a suar, sentindo como se o próprio ar ao seu redor estivesse pesando sobre ele. Suas mãos tremiam, e sua visão ficava embaralhada. Tudo parecia se mover em câmera lenta, e ele perdeu completamente a noção do tempo. Era como se estivesse preso em um pesadelo do qual não conseguia acordar.

O efeito da dose excessiva de LSD se manifestava de forma brutal. Ele não conseguia distinguir o que era real e o que era parte da alucinação. O chão parecia ceder sob seus pés, e vozes imaginárias ecoavam em sua mente, sussurrando coisas que ele não conseguia entender. A sensação de paranoia era esmagadora, e Tyler acreditava que estava morrendo.

— Eu não consigo... — Ele achava que balbuciava para si mesmo, mas estava gritando, tentando desesperadamente agarrar a realidade, mas cada vez mais perdido na espiral de terror que sua mente havia criado. Sua visão ficou turva, o som de seu próprio coração era ensurdecedor, e o medo de uma overdose real começou a surgir.

A pressão no peito aumentou, e ele lutou para respirar, como se algo invisível estivesse apertando seu peito. A overdose de LSD, embora não letal em si, amplificava os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea a níveis perigosos. A combinação do medo e da sobrecarga física o deixava à beira do colapso. Ele caiu no chão, com o corpo tenso, o peito subindo e descendo de forma irregular.

— Eu vou morrer... — Ele sussurrou, a voz mal audível. — Eu vou morrer... aqui... sozinho...

Nesse momento, do outro lado da porta, Mona acordou. O apartamento estava em silêncio, exceto pelos sons abafados que vinham do quarto de seu irmão. Ela franziu o cenho, inicialmente confusa. Eram gemidos? Sussurros? Ela se sentou na cama, coçando os olhos, e percebeu que algo estava muito errado. Levantando-se rapidamente, Mona correu até o quarto de Tyler.

Quando abriu a porta, o que viu a paralisou de medo.

Tyler estava caído no chão, encolhido, o corpo tremendo. Seus olhos estavam arregalados, perdidos em um terror absoluto, enquanto ele murmurava coisas que Mona não conseguia entender.

— Tyler! — Mona gritou, correndo até ele e se ajoelhando ao seu lado. — Tyler, o que está acontecendo? Fala comigo! Tyler!

Ela tentou segurá-lo, mas ele não parecia notar sua presença. O olhar de Tyler estava fixo no nada, como se estivesse vendo coisas que só existiam em sua mente. Mona se desesperou, sentindo o pânico crescer dentro dela.

— Tyler, por favor, olha pra mim! — Ela implorou, as mãos sacudindo seus ombros com força. — Tyler, acorda!

Ele murmurou algo incompreensível, e sua respiração tornou-se ainda mais irregular. Mona sabia que tinha que fazer alguma coisa, mas o quê? Ela não era forte o suficiente para arrastá-lo até o carro, e ele estava muito longe para simplesmente acordar.

Com as mãos trêmulas e o coração acelerado, Mona fez a única coisa que conseguia pensar. Ela se levantou de repente, saindo do quarto e correndo até a porta do apartamento.

— Eu preciso de ajuda! — Ela gritou para o vazio enquanto abria a porta da frente com tanta força que quase a arrancou da dobradiça. O pânico em sua voz era nítido.

Sem pensar, Mona disparou para fora do apartamento. Ela sabia que tinha que encontrar alguém, alguém que pudesse ajudá-los. No meio da madrugada, as ruas estavam desertas, mas ela não tinha tempo para hesitar. Correu o mais rápido que pôde, os pés batendo contra o asfalto enquanto lágrimas escorriam por seu rosto.

Seus gritos ecoavam pelas ruas vazias.

— Alguém, por favor! Meu irmão precisa de ajuda! — Mona gritava, seu coração batendo freneticamente no peito, o desespero crescendo a cada segundo.

E foi então que aconteceu. Na pressa, na confusão, ela não percebeu as luzes brilhando no final da rua. Um carro vinha em sua direção, rápido demais para reagir ao seu desespero. Tudo pareceu acontecer em câmera lenta. O farol alto cegou seus olhos por um segundo, e antes que pudesse parar, o impacto veio.

O som do carro batendo em seu corpo ecoou pela rua como um trovão. Mona foi jogada para o lado com violência, o corpo caindo no chão com um estrondo seco. O motorista freou bruscamente, o som dos pneus raspando no asfalto se misturando ao silêncio da noite.

No chão, Mona mal se mexia, o sangue escorrendo de sua cabeça enquanto seus olhos ainda refletiam o medo que sentia momentos antes.

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