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Never be the same por Camila Cabello

Branca abriu a porta do carro no estacionamento da Universidade, jogando a bolsa no banco do passageiro e se jogando no banco do motorista. Estava cansada pela tensão da atividade em dupla, aquele momento havia sugado sua energia, era como se Tyler a tivesse pego fazendo algo de errado e segurasse em suas mãos a prova do crime, se sentia aliviada por finalmente poder ir para casa.

No instante em que ajustava o espelho retrovisor, viu seu pai saindo pela porta principal do prédio, segurava a porta com uma mão e com a outra dava tchau para alguém que ficou lá dentro. Ele andava com o semblante tranquilo, provavelmente aliviado após mais uma aula de matemática avançada. Ela sorriu, quase involuntariamente, e sem pensar muito, ligou o carro e dirigiu até ele.

Enquanto o carro se aproximava, Branca abaixou o vidro e buzinou levemente, chamando a atenção de seu pai enquanto pegava seu material e celular e os jogava para o banco traseiro para que ele pudesse sentar. Ele olhou em sua direção e abriu um sorriso largo ao vê-la. Ele sempre tinha aquele jeito que fazia com que, por mais exausta que ela estivesse, sentisse um calor no peito.

Ela parou o carro ao seu lado, e ele entrou, fechando a porta com um suspiro de alívio.

- Assim vou ficar mimado. - Riu de sua própria piada, sentia o vento no rosto e desabotoou os dois primeiros botões da camisa de manga curta. Era engraçado o ver tão confortável. - Ei, como foi o seu dia? - Ele perguntou, a voz carregando aquele tom suave de preocupação paterna.

Branca deu de ombros, ligando o rádio para encher o silêncio do carro, estava constrangida pela intimidade proposta pelo pai, não estava acostumada com alguém desejando saber de seu dia, Flora amava quando não via Branca por dias consecutivos.

Uma melodia calma começou a tocar, algo que ela não reconheceu imediatamente, mas que combinava perfeitamente com o momento.

- Foi bom. - Cedeu, queria tentar algo novo, não seria de todo ruim se permitir acostumar com algo bom, por mais medo que sentisse. Respondeu, tentando seu máximo e ao mesmo tempo não revelando muito. Por que se comunicar com sua família tinha que ser sempre tão estranho?

- Bom mesmo? - Ele insistiu, olhando-a de lado, como se tentasse ler o que estava nas entrelinhas. - Como estão as aulas? Tem gostado de cinema?

Ela sorriu ao pensar no professor Nakahara e em como as aulas dele a faziam sentir-se viva, mesmo nos momentos em que tudo parecia um pouco demais.

- Sim, estou gostando. O professor Nakahara... Ele é incrível, faz você enxergar a arte de uma maneira completamente nova. - Seu pai assentiu, satisfeito com a resposta, mas seu olhar ainda carregava aquela preocupação habitual.

- E você, filha? Como está se sentindo? Tem se adaptado bem? - Branca manteve os olhos na estrada, pensando na pergunta.

- Estou... Me ajustando. Ainda me sinto meio deslocada às vezes, mas acho que é normal, né? - Ele concordou com a cabeça, ficando em silêncio por alguns segundos antes de responder.

- É, é normal. Mas saiba que você está indo bem, Branca. Estou orgulhoso de você.

Ela não respondeu imediatamente, mas seu coração se aqueceu com as palavras dele. Havia tanta coisa acontecendo dentro dela, entre as aulas, os sentimentos conflitantes e as novas descobertas sobre si mesma, mas saber que seu pai estava ao seu lado, torcendo por ela, trazia um conforto que ela nem sabia que precisava tanto.

Quando Branca e seu pai chegaram na rua de casa, o sol já estava se pondo, tingindo o céu de um laranja suave que parecia querer acalmar o ritmo acelerado do dia. Ela estacionou o carro em frente ao prédio. Seu pai, sentado no banco do passageiro, parecia relaxado, quase descontraído, uma imagem que ela não via com frequência. Desde que viera morar com ele, ela tinha notado como ele parecia uma versão um pouco diferente do homem que conhecia a vida toda.

Esperavam a garagem abrir pelo porteiro digital que Branca achava chique demais para aquele prédio tão pequeno... Ele olhou para ela com um sorriso leve e perguntou, quase casualmente:

— O que você quer jantar hoje?

Branca ergueu as sobrancelhas, surpresa, estava acostumada a cozinhar sua comida ou comer a de Danette, não sabia como era a comida de seu pai. Ele raramente fazia perguntas sobre o jantar, ainda mais oferecendo-se para cozinhar. Normalmente, o ritmo da casa era rápido e prático, com refeições simples ou pedidas por delivery, dando foco nessa última opção.

— Vai cozinhar? — Ela perguntou, um sorriso começando a se formar em seus lábios.

— Claro. — Ele respondeu, com um toque de humor. — Achei que já era hora de fazer algo especial para a minha filha. O que você acha?

Ela riu, balançando a cabeça enquanto procurava pela vaga habitual do apartamento.

— Acho que é uma boa ideia, mas estou surpresa. Não lembro da última vez que você cozinhou algo além de macarrão instantâneo. - Desligava o rádio e tirava a chave da ignição. A conversa parecia de um relacionamento antigo e bem estruturado entre pai e filha, ambos rindo e se dando bem... Se questionava o porquê de ter demorado tanto para ficar com seu pai, no fundo sabia que havia sido sua mãe, sua rebeldia, seu desejo pelo desconhecido e seus traumas, mas queria poder apagar tudo aquilo e se essa era a oportunidade que tinha em mãos, a usaria.

— Ei! — Ele protestou, fingindo indignação. — Eu tenho habilidades na cozinha, sabia? Pode não parecer, mas eu sei fazer umas coisas boas.

Branca abriu a porta do carro e saiu, sentindo o ar mais fresco do entardecer, o dia havia sido mais quente que o esperado e se arrependia de estar com o cabelo solto até agora. Seu pai saiu do lado dele, fechando a porta com um leve estalo, e eles começaram a caminhar em direção ao elevador da garagem. A brisa criada pela estrutura cavernosa acariciava seu rosto, e por um momento, ela se sentiu estranhamente em paz, como se estar ali, com ele, fosse mais que apenas um ato cotidiano — era uma conexão que eles estavam construindo.

— E o que você tem em mente? — Ela perguntou enquanto se aproximavam da entrada do prédio.

— Bem, pensei em algo simples, mas saboroso. Talvez um risoto? Ou um bom frango grelhado com legumes? - Branca sorriu enquanto apertava o botão do elevador.

— Qualquer coisa seria bom o suficiente. Estou disposta a ser surpreendida.

Seu pai riu, a acompanhando de perto. Branca achava engraçado como ele parecia ser uma versão um pouco diferente dele mesmo, mais leve, mais descontraído. E, embora não quisesse ser egoísta ao ponto de achar que essa mudança era por causa dela, não havia como negar que sua chegada parecia ter despertado algo nele.

— Sabe, você parece diferente. — Ela comentou casualmente, enquanto esperavam o elevador chegar.

— Diferente como? — Ele a olhou de lado, curioso.

— Mais... Relaxado, eu acho. — Ela deu de ombros. — Não sei, parece que está mais leve desde que eu vim morar aqui.

Ele sorriu, um sorriso que carregava um toque de nostalgia, como se estivesse refletindo sobre algo que não verbalizou ou que sequer havia sido realmente debatido por ele dentro do seu ser consciente.

— Talvez seja porque agora tenho alguém para me lembrar de que há mais na vida do que trabalho. — Ele disse, seus olhos encontrando os dela por um breve segundo, como se ambos confirmassem que sabiam o motivo daquela frase, que estava completamente conectada ao passado dos dois, antes de voltarem para as portas do elevador. — Ou talvez seja porque cozinhar para você me dá uma desculpa para desacelerar um pouco. Sou muito ansioso e no final do dia sempre tenho dores de cabeça, quero aprender a não ser mais assim. - Sabia que ele tinha medo de demonstrar e acordar com sua filha perdida novamente pelo mundo, sem dar sinal de vida, então seu discurso era apegado e ao mesmo tempo descontraído, para que Branca "não levasse a sério algo que era seríssimo para ele".

Branca riu, mas sentiu um calor familiar no peito. Era bom ouvir isso. De certa forma, ela sabia que sua presença estava mudando a dinâmica dele, e isso a fazia se sentir... Em casa. Em casa? Existe esse sentimento? Que estranho... Colocou as mãos nos bolsos traseiros de sua calça e sentiu o peso da bolsa em seu ombro esquerdo, algo parecia fora do lugar.

As portas do elevador se abriram, e ela se preparou para entrar quando, de repente, parou, uma lembrança atravessando sua mente como um raio.

— Ah, droga! — Ela exclamou, girando nos calcanhares. — Esqueci algo no carro. - Seu pai olhou para ela, ligeiramente confuso. — Vai na frente. — Ela disse, acenando com a mão. — Eu já volto. Pode me surpreender com o jantar. - Ele acenou de volta com um sorriso.

— Certo, mas não espere muito. Não sou um chef, você sabe.

Ela riu enquanto o observava entrar no elevador e as portas se fecharem. Com um suspiro, Branca voltou em direção ao carro, seus passos rápidos ecoando pelo estacionamento vazio. Havia jogado suas coisas no banco traseiro para que seu pai se sentasse, pegou sua bolsa mas o celular nunca ficava dentro dela e sim em seus bolsos das roupas que vestia, só que dessa vez não estava ali. Quando chegou ao carro, procurou as chaves na bolsa e abriu a porta. Vasculhou o banco de trás, mas, de repente, o som familiar de uma chamada a fez encontrar seu celular até então perdido.

Seu celular vibrava embaixo do banco do passageiro. Ela o pegou rapidamente, sem reconhecer o número. Por um instante, hesitou, mas então atendeu.

— Alô?

Do outro lado da linha, uma voz masculina respondeu com um tom profissional.

— Branca Sartre?

— Sim, sou eu. Quem está falando?

— Aqui é Daniel Parker, diretor da Batalha Anual de Bandas da Feng Shui.

O coração de Branca deu um salto. A Feng Shui era uma das casas noturnas mais famosas da cidade, e o concurso anual de bandas de lá era conhecido por atrair olheiros e produtores em busca de novos talentos. Como ela sabia? Era a ganhadora do ano anterior... Foi um movimento super arriscado que havia dado ao voltar para a cidade, seu tio achava que isso lhe daria mais coragem, principalmente para enfrentar os pesadelos que o ato de voltar causava durante a noite.

— Eu queria conversar com você sobre um possível envolvimento seu na competição deste ano. — Continuou Daniel. — Como deve saber, os ganhadores do ano anterior abrem a batalha do ano seguinte, é tradição, saiba que contamos com a Puppets no show de abertura, mas queria ir além: Achei que você poderia ser uma excelente adição à nossa equipe de jurados. Estaríamos interessados em discutir isso com você.

Branca ficou em silêncio por um momento, processando a informação. Ela não esperava por essa ligação. Sabia da tradição, mas como havia se distanciado da banda no último ano, a ideia de retornar era confusa ainda. Nunca tinha se envolvido diretamente com competições desse nível, mas a ideia de estar no meio de algo tão importante mexia com ela de uma forma que não conseguia ignorar.

— Uau... — Ela finalmente respondeu, tentando manter a voz calma. — Isso é... inesperado. Eu não sei o que dizer.

— Bem, espero que você considere a oferta. Podemos marcar uma reunião para discutir os detalhes? — Daniel sugeriu.

Branca respirou fundo, ainda sentindo o impacto da proposta. Olhou ao redor, o carro quieto, o estacionamento vazio, e se permitiu um momento para refletir. Não havia como negar que essa oportunidade era enorme, e mesmo que seu foco fosse a fotografia, a música sempre fora parte de quem ela era. Fora que quando James e os outros souberem do convite, se ela se recusasse eles a matariam!

— Sim, acho que podemos conversar. — Ela respondeu com um sorriso. — Pode me enviar os detalhes por e-mail, e a gente combina um horário.

Depois de mais algumas trocas de palavras, Branca desligou o telefone, ainda sentindo a adrenalina correr em suas veias. Enquanto guardava o celular de volta no bolso, percebeu o quão surreal aquele dia havia sido. De repente, sua vida parecia estar prestes a dar uma nova guinada.

Fechou a porta do carro e começou a caminhar de volta para o elevador, a cabeça girando com as possibilidades. Era tanta informação que tinha até se esquecido de apertar o botão para chamá-lo.

Dentro do elevador, Branca encostou-se contra a parede, olhando para a tela do celular. A inesperada ligação do diretor da Batalha Anual de Bandas da Feng Shui ainda ecoava em sua mente. Ela decidiu contar tudo para seu tio James, a única pessoa que entenderia completamente o impacto daquilo.

Digitou rapidamente: "Oi, James. Você não vai acreditar! Recebi uma ligação do diretor da Feng Shui. Convidaram a gente para tocar na abertura da batalha desse ano e mais: Querem me envolver na competição de bandas deste ano, como jurada! Estou meio em choque!"

Assim que pressionou "enviar", o telefone vibrou em suas mãos. James ligava. Branca sorriu, atendendo com um leve riso. Conhecia seu tio o suficiente para saber que ele toparia e que já estava planejando os detalhes de tudo.

— Ei, tio! — Disse ela, animada.

— Branca! — James respondeu com entusiasmo. — Que história é essa? Feng Shui de novo?! Isso é enorme! Como você está se sentindo? Me diz que empolgada, fascinada, feliz para um caralho!

— Eu tô... Ainda tentando processar, pra ser honesta. — Branca riu nervosamente. Cantar na noite de karaokê era uma coisa, cantar na abertura da batalha era outra, e não sabia se realmente estava pronta. — Eles me chamaram pra uma reunião. Eu nem sei de onde isso veio.

James soltou uma gargalhada animada do outro lado da linha.

— Você tá brincando? Você deve ter chamado atenção de alguém importante lá dentro no ano passado. Essa competição é gigante, eu sei, você sabe, tem olheiros de todo lado. Mesmo tendo negado um CD demo no ano passado, eles ainda te chamaram esse ano! Isso vai ser insano!

Branca balançou a cabeça, rindo consigo mesma, enquanto o elevador subia.

— Eu sei! O problema é que... Não esperava isso agora. Ainda tô me adaptando ao curso, meu pai, a casa nova... Mas, honestamente, não tem como eu dizer não, né? - Saindo do elevador, sentia que estava pisando nas nuvens.

— Claro que não! — James exclamou. — E falando nisso, acho que essa é a desculpa perfeita pra reunir a banda amanhã. Precisamos ensaiar de qualquer forma, e agora mais do que nunca. O que acha de encontrarmos antes do meu turno na Circus? Quanto tempo temos para ensaiar?

Branca sorriu ao ouvir a empolgação na voz de seu tio. James sempre conseguia transformar qualquer situação em algo positivo, e ela adorava isso nele.

— Amanhã à noite? Acho que posso dar um jeito. O que vamos tocar? - Ao entrar em casa, encontrou o ambiente já mais calmo, e o cheiro familiar da noite. Seu pai saía do quarto, agora vestido de forma mais confortável, com uma camiseta desbotada e uma calça de moletom. Ao vê-la, sorriu levemente enquanto caminhava até a cozinha.

— Ah, deixa isso comigo. — James respondeu com confiança. — Eu monto um set list, vai ser uma mistura de coisa nova e algumas clássicas que sei que você vai amar. Vamos fazer isso acontecer, Branca. A gente precisa pegar esse impulso e ver onde ele nos leva!

— Beleza, então.

— Pode contar comigo, sobrinha! — James disse animado. — A gente se fala amanhã então. E parabéns de novo! Isso é só o começo.

— Valeu, tio. A gente se fala! - Ela desligou a chamada, sentindo-se revigorada.

— E aí, filha? — Ele disse, enquanto começava a pegar alguns ingredientes na geladeira. — O que tá rolando? Vi que você estava no telefone, parecia animada.

Branca parou por um segundo, o sorriso ainda nos lábios. Era surreal como tudo parecia estar acontecendo ao mesmo tempo. Pensou no piano que havia voltado a tocar pela tarde, sobre a sensação de ser vista tocando e se arrepiou, iria evitar pensar sobre até o dia do show. Se uma pessoa já havia causado isso nela, imagina aquele lugar lotado... Ela tirou os sapatos perto da porta e foi até a cozinha, encostando-se no balcão enquanto olhava para o pai, ainda tentando assimilar a novidade.

— Ah, então... — Começou, respirando fundo. — Lembra da batalha de bandas que eu participei ano passado? Aquela que acontece na Feng Shui e eu fui com o tio e a banda e acabamos ganhando?

Seu pai assentiu, pegando uma tábua de cortar.

— Claro, a famosa casa de shows da cidade. — Ele disse, começando a cortar alguns vegetais. — Você falou que é um grande evento, cheio de gente e muito barulho, se me lembro bem do email que você teve a caridade de me mandar, até hoje não consegui abrir o vídeo que você mandou em anexo.

— Exato. — Branca confirmou, envergonhada pela falta de proximidade e cuidado que tinha com o pai, poderia o ter convidado daquela vez, ele nem sabia que ela estava de volta. — Pois é... O diretor dessa batalha me ligou agora no estacionamento. Querem que eu me envolva de novo, fazendo a abertura da batalha e como jurada. - Seu pai parou por um segundo, erguendo os olhos para ela com uma expressão de surpresa.

— Sério? — Ele exclamou, genuinamente impressionado. Ele nunca a vira cantar ou tocar de verdade, apenas coisas rápidas quando estava ainda morando com Flora e ela tinha o quê? Quinze? Dezesseis anos? — Isso é... Incrível, Branca! Você vai aceitar, né?

Ela deu de ombros, sorrindo.

— Acho que sim. James já até sugeriu que a gente se reúna com a banda amanhã à noite, antes do turno dele.

Seu pai sorriu, voltando a picar os vegetais com um ar mais satisfeito.

— Bem, estou muito orgulhoso de você. Essa é uma grande oportunidade. — Ele disse, com uma voz mais suave. — E parece que a música continua te chamando.

Branca assentiu, pensando nas palavras do pai. A música sempre esteve presente, uma constante silenciosa em sua vida. Talvez fosse impossível escapar completamente dela, e talvez, ela nem quisesse.

- Você vai me ver dessa vez, né? - Seu pai a encarou com um olhar cheio de felicidade pelo convite. Ela não estava louca, ele realmente estava segurando as lágrimas!

- Com certeza! Vou fazer uma camiseta com a sua foto.

- Credo, está desconvidado. - Ambos riram.

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