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Harden my Heart por Quaterflash


Assim que chegou à entrada da sala, escutou a voz de Flora e logo fechou o semblante. Ela continuava ali? Não sairia dali nunca? Quando chegou em casa depois de se matricular na universidade, Branca a viu pela janela e resolveu entrar pelos fundos, passando o máximo de tempo escondida na borda da piscina.

Precisava levar as coisas para o carro e seguir sua "viagem" para o outro lado do rio Mississippi, onde moraria com seu pai e mais perto da Circus, o pub onde trabalhava há 5 anos.

Respirou fundo e pisou na escada. Sabia que ela seria capaz de vê-la, então acelerou o passo passando a subir de dois em dois degraus, mas mesmo assim parece que Flora havia sido mais rápida e já estava no pé da escada a chamando, ou melhor dizendo: Gritando.

- Amélia! – se arrepiou com o nome e quase perdeu o equilíbrio.

- Não me chame assim.

- Assim como? Pelo seu nome?

- Não é meu nome.

- Que eu saiba eu que escolhi e registrei esse nome. – dando as costas à mulher, voltou a subir e foi até seu quarto.

Eram 4 caixas, 4 vezes passando por aquela escada com Flora gritando... Não estava vendo uma solução rápida, muito menos fácil, para essa situação.

- Eu sou a sua mãe, você entende isso? – na porta do seu quarto, Flora estava com a face vermelha e provavelmente era de raiva e não de ter corrido escada acima.

- Infelizmente, – disse pegando a primeira caixa. – mas não significa que eu te considere minha mãe.

- Olha bem como você fala comigo!

- Ou o que? Vai me expulsar? – riu da própria piada e a pressionou com a caixa, forçando a passagem ao impulsionar a caixa para a frente.

- Sou eu quem pagou pelos seus estudos, acha que conseguiu entrar nessa universidade por quê? Porque fui eu que me sacrifiquei por você.

- Sacrifício? – apoiando a caixa na perna, a olhou sentindo a raiva subir e não podia a deixar dominar. – Não me lembro de um momento que você se sacrificou por mim.

- As coisas que você come, as roupas que usa, o carro que você vai colocar essas merdas, fui eu! Meu dinheiro! Tudo isso é meu!

- Então enfia ele no cu! Quer essas merdas pra você? Pega! – jogando a caixa na parede atrás da mulher, subiu as escadas para ficar de frente com a mulher que gritava. – Você não é minha mãe, você nunca esteve comigo e nunca estará. Você é egoísta, egocêntrica e fútil. Você, - apontou o dedo para ela, sentia seu corpo se aproximar cada vez mais dela. – escolheu estar onde está agora, você escolheu fazer tudo que fez, ou você acha que eu vou me esquecer do aconteceu entre nós duas? Das suas palavras e do seu silêncio em horas erradas? Você me pagar comida, roupa e casa não passam do seu dever como geradora, mas mãe? Você nunca foi.

Não se lembrava do momento em que começou a gritar, muito menos quando Alvin a segurou pelo braço, a puxando para dentro do quarto e a empurrando. Caindo sentada no chão, usou seu pulso instintivamente para amaciar a queda, mas só sentiu a dor da colisão.

Com certeza ele não mediu sua força e sabia que era de propósito. Por mais que a tivesse soltado, a pressão da mão em seu braço continuava presente e a força dele a levara direto ao chão.

Ouviu Flora ser levada para o quarto do casal e então procurou respirar fundo, como a psiquiatra havia ensinado. Tudo ao seu redor parecia girar e suava frio. A dor em seu coração açoitava seu peito, a fazendo bater sobre ele com o punho cerrado por medo dele parar de vez.

Pegou as outras 3 caixas, uma por uma, as deixando ao lado da porta da entrada, correndo para a cozinha querendo avisar que já estava saindo.

Danette tentou a convencer de não ir, não nesse estado, a viu mancar ao entrar e sair da cozinha, mas com a chave na mão e se preparando para arrumar o carro, procurou mostrar que estava bem o suficiente para correr para longe daquela casa.

Tentou ligar o carro, mas não conseguiu de primeira. Limpou as mãos nas coxas e então tentou de novo, acelerando e dando a ré o mais rápido que conseguia.

20 minutos a distanciava do novo apartamento do seu pai, sua agitação fez com o que o caminho parecesse ter durado mais de 2 horas. Sem música, sem rádio, sem distrações, queria estar o mais rápido possível longe daquele pesadelo.

Lembrando-se da sensação do homem em seu braço, sentiu as lágrimas surgirem em seus olhos, não podia chorar, não agora que estava dirigindo.

O medo que deveria ter sentido naquela hora agora avassalou seu coração e o massacrava, seu corpo tremia e o nó na garganta aumentava.

Não podia chegar assim na casa do seu pai, não queria ter que conversar com ele. Odiava Flora com todas as suas forças e sua relação com o pai não era ruim, assim como não era boa.

Havia muita história entre os 3, mas seu pai nunca a machucou da maneira que aquela mulher havia a machucado.

De acordo com o endereço registrado no celular, estava na rua que deveria estar, só restava achar o prédio. Olhou para a esquerda vendo um prédio de 5 andares, sendo o último andar um duplex por ser o único de aparência diferente, para a direita um prédio de 3 andares de aparência moderna.

- É esse... – estacionou e então se inclinou no banco para poder observar melhor a arquitetura daquele prédio, como se isso fosse a trazer de volta ao presente, saindo do estado de crise que se encontrava.

Decidiu se prender aos detalhes, fazendo do prédio um escudo dos seus sentimentos. A sacada de vidro ficava suspensa criando uma cobertura grande na área de entrada. O marrom era claro e de vigas pretas amostra. Era agradável e poderia aproveitar esses últimos dias de verão ali.

Olhando para a rua à frente, cansou de tentar se enganar, sabia que não sairia da crise tão rapidamente, segurou o topo do volante com as duas mãos e apoiou a cabeça, chorando tudo que seu pulmão foi capaz de chorar. A dor era grande no seu corpo e sua memória trazia as piores lembranças que tinha em momentos como esse.

Desejou que o tratamento fosse eficaz agora que os miligramas haviam aumentado. Sentia-se frágil e havia dito isso à psiquiatra e pelo olhar que havia dado à Branca mostrou estar realmente preocupada com a sua saúde mental.

Quando sentiu que não voltaria a chorar, abriu o parasol e usou o espelho para ajeitar sua aparência. Seus olhos estavam menores do que eram, os castanhos bem mais escuros e agradeceu por não ter passado maquiagem. O nariz vermelho estava entupido e se preocupou em deixar nítido que havia chorado através da voz.

Pegando o celular, procurou pelo número do pai e esperou que atendesse, o que foi rápido como se estivesse a esperando.

- Cheguei.

"Tá com o carro?"

- Sim.

"Então vou abrir a garagem, fica atenta."

- Ok. – desligou o celular para ligar o carro e viu seu pai aparecer na terceira sacada, acenando com o controle na mão.

Ao estacionar, pediu para que tudo desse certo, se o destino fosse bom com ela, seu pai não iria descer para ajudá-la, mas era tarde demais ao ver que seu pai não só desceu como já estava ao lado da vaga que deveria estacionar, acabou usando a escada de emergência para alcançar a filha mais rápido.

O som do porta malas se fechando ecoou na garagem que tinha agora 5 carros apenas, parecia que cada andar tinha direito a duas vagas.

Para sua surpresa, assim que o elevador abriu Bach murmurou baixinho. Com a ajuda do homem, colocaram as caixas para dentro e se ajeitaram lado a lado, vendo a porta se fechar rapidamente, a agilidade que só coisa nova tinha.

- O prédio é novo? - não se importou em tirar os óculos mesmo estando longe dos raios solares, enrolaria o máximo possível para que seu corpo se recuperasse.

- Sim.

- Legal. – sussurrou, não sabia como conversar com seu pai e naquele momento queria apenas não deixar tudo mais estranho do que já estava.

Assim que entrava no apartamento davam de cara com a cozinha e a sala de estar. Paredes brancas, chão de madeira clara, móveis igualmente claros, mas seus estofados coloridos.

O ambiente era de conceito aberto: A cozinha pegava a parede de um dos quartos, os armários planejados eram brancos e tinham uma pia e um fogão cooktop encaixados. Diante dos armários havia um balcão de madeira branca com rodinhas e 3 bancos altos vermelhos.

Depois da cozinha vinha a sala sem divisória alguma, tapete bege, sofá azul marinho, mesa de centro de madeira com alguns livros da faculdade e a tv suspensa na parede. Tanto do lado do sofá como do da TV havia vasos com diferentes plantas.

A porta da varanda ficava na sala. Era de vidro e deslizava para a esquerda. Havia um sofá de madeira e estofado branco em L, uma mesa de centro vermelha e redonda, mais plantas decorando um dos cantos e o mais bonito eram as janelas daquela sacada de vidro: Eram fendas nas laterais que iam do teto ao chão e deixavam o ambiente incrivelmente arejado.

Tudo estava incrivelmente limpo e bem organizado. Era gritante a diferença de estilos entre seu pai e Flora.

Para a mulher, luxo era o que mais queria ao seu redor. Móveis caros, enfeites caros, muito mármore e tecidos finos. Roupas de marca e caras. Se produzia para mostrar o quanto faturava e tinha orgulho da inveja que causava em quem não podia ter tudo o que tinha.

A casa dos Sartre foi planejada à beira de um lago e ainda por cima tinha duas piscinas, uma aquecida no subterrâneo da casa e outra perto do lago. A única casa da rua que realmente havia construído um acesso ao lago Farr.

Seu pai nunca ficava em casa tempo suficiente para poder mostrar quem era. Trabalho era o seu verdadeiro sobrenome.

- Venha, vou te mostrar seu quarto. – a guiando para o corredor que ficava do lado da cozinha.

3 portas.

O quarto que ficava atrás da cozinha era do seu pai. No final do corredor havia um banheiro e a porta de frente ao do quarto de seu pai era o dela.

Ele a abriu e então ela espiou o ambiente.

Não era grande e as paredes eram igualmente brancas. Tinha duas janelas que iam do teto ao chão e entre elas o armário branco espelhado. A cama era de casal e estava com um arranjo preto. Não havia mais nada no quarto.

- Não sou bom com decoração, desculpe.

- Está perfeito assim. – As caixas foram postas aos pés da cama e então ela colocou as mãos no quadril.

- Vou deixar você se acomodar, ok? Qualquer coisa eu estou... – Apontou para a cozinha e então saiu.

Agradecia pelo fato do pai ser reservado e quieto, esperava que estar ali, morando com ele, fosse seu recomeço. Que pai não mandaria sua filha tirar os óculos dentro de casa?

Com o guarda-roupa arrumado e livros empilhados ao pé da janela, sentou na cama e sentiu que era extremamente confortável, se jogando de costas e fechando os olhos.

Sentiu tudo formigar como se tivesse passado horas nadando. Jurava que parecia estar debaixo d'água, sua audição bloqueada pela água e a sensação de estar voando.

Com o alarme apitando no celular, procurou pelos remédios e percebeu que em momento algum os havia visto.

- Não... – abriu as caixas de novo só para confirmar que estavam vazias. – Bosta. – lembrou-se da caixa que deixou para trás com suas coisas.

Vendo seu pai pegando algumas panelas, passou a mão no cabelo e então pigarrou para chamar a atenção.

- Meu remédio acabou, tenho que ir comprar.

- Espera que vou com você. – indo até a mesa de centro, pegou a carteira e a abriu tirando uma receita. – Essa é a mais atual, certo? – entregou e Branca leu, vendo a data da semana passada.

- Como você conseguiu isso?

- Seu tratamento é forte, a doutora Teresa acha importante o acompanhamento dos pais.

- Do pai. – corrigiu e entregou a receita para ele. – Vamos?

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