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ੈ♡‧₊˚ ❛ , episode three, Nights that stay in our memory ⌇❤!;#





001 - Vamos trabalhar com metas, para o próximo capítulo, esse precisa ter mais de 80 votos, e 80 comentários!

002 - Agora temos um momento importante do passado





Alguns anos antes

Elena Shepherd

"Noites que ficam em nossa memória"


ME ENCAREI NO ESPELHO, eu não estava acostumada a me vestir daquele jeito, parecia ter pele demais a mostra.

— Eu acho que vou passar frio.

Addison arqueou a sobrancelha, me encarando.

— Elena, está um calor enorme lá fora, a noite mais quente em semanas — ela falou, séria — E você está indo para uma festa da faculdade, essa roupa está perfeita!

Mordi o lábio inferior e me virei totalmente para a minha cunhada, que estava guardando as maquiagens de volta nas gavetas da penteadeira.

Quando contei para Addison que havia sido finalmente convidada para a minha primeira festa da faculdade, ela simplesmente enlouqueceu e me arrastou para o shopping para comprar roupas para a festa, havíamos tido um dia incrível de compras e depois ainda passamos no salão.

— Eu sei que está calor, mas... Não sei.

Ela suspirou e foi até a minha cama, se sentando na beirada da mesma.

— Lena, o que está te incomodando? Você amou essa roupa quando estávamos no shopping.

A blusa preta combinada com a saia de couro parecia incrível quando me encarei no provador do shopping e eu havia gostado de verdade, mas agora, não sei o que estava errado.

Me sentei ao lado de Addison.

— Eu não sei! — sussurrei nervosa — Nunca tive tempo para festas no ensino médio, não sei como agir ou sei lá, nunca tive muitos amigos. Tenho certeza que isso vai ser um desastre completo.

Addison passou o braço ao redor dos ombros e me puxou para um abraço.

— Meu amor, não vai ser um desastre, ok? Você é inteligente, incrível e linda, todos vão querer conversar com você e ser seus amigos. Na faculdade não tem tanta pressão quanto no ensino médio.

Minha vontade era tirar aquela roupa, colocar o meu pijama e me deitar na cama para ver minha série de consolo.

— Fácil para você dizer, era a garota mais bonita da faculdade.

Ela gargalhou.

— Não caia nas bobagens que o seu irmão inventa — retrucou — Eu estava longe de ser a mais bonita. Usava óculos e ainda tinha o aparelho, era um desastre.

Derek nunca poupou elogios sobre Addison, lembro quando ele a conheceu, passou as semanas seguintes só falando sobre como ela era incrível.

— Você realmente acha que não vou passar vergonha?

— Eu não só acho, como tenho certeza.

Respirei fundo e me afastei do abraço, percebendo o sorriso amoroso que havia no seu rosto.

— Se eu passar vergonha, você vai me aguentar reclamando pro resto da vida.

Ela bufou, tentando esconder o sorriso, mas não tendo sucesso.

— Mark está te esperando lá embaixo para te levar a festa — murmurou — e eu tenho que ir para o hospital, meu plantão vai começar daqui a pouco.

Concordei desanimada e ela levantou, agarrando meus braços e me puxando junto.

— Melhora essa cara, parece que está indo para um enterro.

— Estou indo para o enterro da minha dignidade.

Addison gargalhou.

— Ser dramática não combina com você, borboletinha.

Lancei um olhar de tédio enquanto ela pegava minha bolsa e me arrastava para a escada.

— Dramática é o meu segundo nome.

— Você faz psicologia, qual conselho daria para alguém na situação em que você está agora?

Fiz uma careta, aquilo era um golpe baixo.

— Que não se deve deixar a ansiedade e o medo nos impedir de viver, pois mais difícil que isso possa ser.

Ela deu um sorriso orgulhoso.

— Um conselho perfeito, como sempre.

Chegamos ao térreo e logo vi Mark jogado no sofá enquanto olhava o jogo de futebol que passava na TV, ele estava tão focado que ainda não havia nos notado.

— Mark, estou indo para o hospital, então leve a Elena para a festa e não a envergonhe, entendeu?

Mark revirou os olhos e nos encarou, seus olhos azuis me analisaram de cima a baixo e eu me senti ainda mais exposta, o que era estranho.

— Uau... Elena, como você teve coragem de esconder esse corpo naqueles moletons velhos?

Meu rosto esquentou e eu queria desaparecer.

— Hã... Isso era para ser um elogio?

Ele riu.

— É um elogio, baixinha — respondeu, levantando do sofá e pegando as chaves do carro — Preparada para a festa?

Addison suspirou.

— Mark, pega leve, você sabe que ninguém aqui tem a sua paixão por festas.

Olhei para minha cunhada, que tinha uma expressão cansada no rosto.

— Se ele me dizer passar vergonha, vou ligar para você.

Ela sorriu.

— Pode ligar. Agora, boa festa, aproveite, beije muitas bocas e se for transar, não esqueça de usar camisinha — Addison falou, então me puxou para mais um abraço — Eu te amo muito, não esqueça.

— Você parece uma mãe protetora tendo que deixar sua filha ir para a primeira festa.

Me despedi de Addison e segui Mark para o seu carro, que estava estacionado na frente da casa. Entrei no mesmo e respirei fundo, tentando me preparar psicologicamente para aquilo.

Ele entrou no carro e ligou o mesmo, começando a dirigir tranquilamente pela rua.

— Você deveria relaxar — murmurou.

Fiz uma careta.

— É exatamente o que estou tentando fazer, ok?

— Coraçãozinho, você está se cobrando demais para algo que deveria ser simples.

Revirei os olhos e não o respondi.

— Siga os meus conselhos — Mark falou — Não aceite bebidas de estranho, não desvie a atenção do seu copo, se for pegar alguma lata ou garrafa, se certifique de que está realmente lacrado. Tente socializar, dançar e não fique bêbada.

Lancei um breve olhar para ele.

— Pode ser a minha primeira festa da faculdade, mas eu não sou idiota.

Mark suspirou.

— Eu sei, só quero garantir que você esteja segura. Qualquer coisa, pode ligar para mim que eu venho correndo te buscar.

O resto do caminho até a festa do silencioso.

Não me surpreendi ao ver que a rua do endereço da festa estava lotada, era praticamente impossível chegar de carro na frente da casa onde acontecia a festa.

— Ok, obrigada pela carona.

Ele me encarou.

— Elena, eu não vou te largar aqui assim, vou estacionar e então te levar até a porta da casa.

Olhei incrédula para Mark.

— Você está brincando, certo?

— Óbvio que não.

Naquele momento, senti uma vontade enorme de simplesmente ligar para Addison e contar aquilo.

— Mark, qual é...

Ele me ignorou e estacionou o carro, então, me encarou. Bufei baixinho e abri a porta do carro, depois bati a mesma com força, sabendo que ele odiava aquilo.

— Eu não sou a droga de uma criança, sabia?

Mark revirou os olhos e saiu do carro, começando a caminhar em direção a casa que tocava música alta.

— Eu sei que você não é uma criança.

— Não parece.

— Só estou tentando te proteger, é a sua primeira festa assim e você não está acostumada com esse ambiente.

Lancei um olhar de ódio para ele.

— É, só que eu nunca vou me acostumar com essas coisas, se você e Derek sempre estiverem na minha cola como malditos cães de guarda! Eu já sou maior de idade, estou na faculdade e já sou bem grandinha.

Observei ele suspirar, parecendo cansado.

— Sei de tudo isso que você está me falando, olha, só vou largar você na porta da festa e vou me mandar, tenho compromisso, então não precisa se preocupar — resmungou — Aliás, qual amiga você disse que te convidou para a festa?

Mordi o lábio inferior, nós já estávamos próximos da casa. Havia diversas pessoas rindo e bebendo pelo quintal.

— Na verdade...

— ELENA! Você veio.

Sorri para o garoto que caminhava animadamente na minha direção. Jordan era meu colega em uma das classes da faculdade e havia me convidado para aquela festa.

Mark me encarou acusador.

— Você disse que havia sido uma garota que tinha te convidado.

Revirei os olhos.

— Eu não disse nada — sussurrei — você e Derek concluíram isso.

Uma expressão azeda surgiu no rosto dele, mas eu o ignorei para poder cumprimentar Jordan, que me puxava para um abraço rápido.

— Eu disse que viria.

O garoto riu.

— Sabia que tinha um espírito festeiro dentro de você... E nossa, trouxe um acompanhante?

Soltei uma risadinha nervosa, enquanto Mark assumia uma pose ameaçadora.

— Ele apenas me deu carona até aqui e já estava indo embora — falei, rapidamente — Não é, Mark? Você tinha compromisso.

Os olhos de Jordan se arregalaram.

— Espera aí, esse é o Mark Sloan? O cara é uma lenda na faculdade de medicina!

Mark sorriu, passando o braço pelos meus ombros e cumprimentando Jordan com a outra mão, bufei baixinho, percebendo que as coisas não iriam seguir como eu desejava.

— Eu mesmo, você é...?

— Jordan, sou o colega da Elena — ele disse, animado — Lena, porque não me contou que estava saindo com Mark Sloan?

O encarei, sentindo meu rosto esquentar.

— Nós não...

— Cara, você não quer ficar para a festa? Sempre tem espaço para mais gente, principalmente para alguém como você, que é uma lenda.

Aí, alguém me mata, por favor.

— Eu adoraria.

Jordan gargalhou.

— Vem, vou apresentar o lugar para vocês, podem se sentir à vontade.

Ele começou a andar à nossa frente e a gente o seguiu, aproveitei para beliscar discretamente Mark, que bufou.

— Aí! Porque fez isso?

Sua pergunta havia sido um sussurro.

— Que merda é essa de ficar para a festa? — perguntei, lutando para manter a minha voz baixa — Você prometeu que iria me largar aqui e ir embora.

Mark sorriu.

— E é o que vou fazer, assim que dar uma olhadinha na festa.

— Eu te odeio.

— Mentirosa.

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