
ੈ♡‧₊˚ ❛ , episode five, Eliane porter ⌇❤!;#
001 - Vamos trabalhar com metas, para o próximo capítulo, esse precisa ter mais de quarenta, e quarenta comentários!
002 - Eu tô adorando a amizade da Lena e do Alex... Aliás, fiquem ligados que no próximo capítulo, temos a presença de alguém muuuuito interessante.
Elena Shepherd
“Eliane Porter”
OLHEI COM ÓDIO PARA A MINHA SALADA, eu odiava salada com todas as minhas forças e aparentemente, meu irmão estava tentando tornar meu dia uma merda, pois decidiu que o nosso almoço seria isso: salada.
O idiota foi embora antes que eu pudesse surtar.
— Dra. Shepherd?
Me virei pronta para xingar a pessoa que estava me chamando por ousar atrapalhar meu horário de almoço.
— O que… Stevens?
A garota loira deu um sorriso tímido.
— Oi.
— O que você quer?
Suas mãos mexiam nervosamente, o que apenas serviu para me deixar confusa.
— Eu… Queria agradecer pelo o que fez na semana passada, me defendendo — explicou — muito obrigada, sei que não deve ter sido fácil, pois Alex aluga um quarto no seu apartamento e…
Eu estava ignorando Karev desde o incidente, o garoto parecia arrependido, mas a atitude dele foi horrível.
— Eu faria isso por qualquer um — comentei, a cortando — Você não precisa agradecer, apenas fiz o que tinha que fazer.
— Eu sei! Os seus internos estão sempre falando por aí sobre como você é legal e incrível — falou ansiosa — e eu vou fazer uma pequena festinha nesse final de semana para apresentar meus amigos para o meu namorado, então pensei “eu deveria convidar a Dra. Shepherd depois do que ela fez por mim”.
Finquei meu garfo com força na maldita salada, ignorando a forma como a garota olhou preocupada para aquilo.
— Você está me chamando para uma festa de internos?
— Uhm… É.
— Vai ter bebida grátis?
— Sim.
— Ok.
Ela me olhou surpresa.
— Você realmente vai?
Olhei com tédio para ela.
— Pensou que não iria aceitar apenas porque sou residente? Eu vou te contar um segredo, Stevens: realmente ando precisando de um pouco de álcool na minha vida.
Um sorriso surgiu em seu rosto.
— Ok! Te espero lá, depois vou te passar todas as informações direitinho.
— Tá.
Observei a garota sair de forma animada pelos corredores e depois voltei a encarar a minha salada, uma coisa verde simplesmente horrorosa e que não parecia nada gostosa.
— Como alguém pode gostar de comer isso? — murmurei indignada.
Alex Karev sentou na cadeira do outro lado da mesa, havia dois hambúrgueres grandes na sua bandeja e uma batata frita grande.
— Ouvi o Dr. Shepherd falar que hoje é o dia da salada, então aqui está o acordo: se você voltou a falar comigo e me perdoar, eu te dou um desses hambúrgueres com carne dupla e cheddar extra, uma coca cola e ainda divido as batatas com você.
O encarei incrédula, ele estava tentando me comprar com comida?
Em uma atitude completamente madura, apenas mostrei o dedo do meio para ele e encarei minha salada com ódio. Alex suspirou.
— Elena, qual é — resmungou frustrado — eu já pedi desculpas para a Stevens e aprendi com meus erros, prometi que nunca mais iria fazer algo estúpido e ainda comprei aquele vaso de flores de um dólar! O que mais quer que eu faça?
— Você está realmente arrependido?
Ele jogou as mãos para o alto.
— Sim!
— Ótimo.
Peguei um dos hambúrgueres, a coca cola e puxei a batata frita mais para o meio da mesa.
Alex piscou.
— Comida realmente funcionou?
Dei de ombros.
— Eu estou de TPM, no momento odeio absolutamente tudo e comida é a única coisa que me faz feliz — resmunguei — E eu odeio salada, tipo, quem é o louco que acorda e pensa “que belo dia para comer salada”? Essa coisa é verde e não tem o gosto de nada!
O garoto concordou devagar.
— Você… Quer chocolate também?
— Isso seria bom, chocolate amargo, como a minha alma.
— Ok, eu posso conseguir isso… Precisa de mais alguma coisa? Absorvente? Remédio para cólica?
Parei de comer o meu hambúrguer por um momento, encarando Alex.
— Sabe, eu estava certa, no fundo você não é tão idiota — murmurei — Quando for ao mercado hoje, pegue mais absorventes, do noturno, por favor.
— Absorvente, chocolate meio amargo, mais alguma coisa?
— A única coisa que eu quero é que você jogue essa salada no lixo mais próximo e se meu irmão perguntar, vai dizer que comi direitinho… Se não fizer isso, eu vou garantir que você nunca tenha filhos na sua vida.
Alex arregalou os olhos e imediatamente pegou a minha sala, saindo da mesa e a jogando no lixo mais próximo.
Sorri satisfeita.
Talvez eu realmente tivesse razão e no fundo, o garoto tivesse um bom coração.
Ele voltou e eu peguei um bocado de batatas fritas. De longe, avistei meus internos do outro lado do refeitório, todos sentados juntos em uma mesa, brincando entre si.
Finalmente estavam entendendo o que ser um time queria dizer.
RESPIREI FUNDO E ABRI A PORTA DO QUARTO, sorrindo ao ver a mulher de cabelos escuros e olhos verdes que estava deitada em uma das camas.
— Ouvi dizer que alguém vai ganhar um coração novo!
Um sorriso sorriu no rosto dela.
— Elena Shepherd, a garotinha de ouro da família Shepherd… E a minha favorita — comentou, animada — Você está enorme!
Sem conseguir me conter, acabei rindo.
Eliane Porter morava na casa ao lado da minha família junto com seu marido, quando minha mãe tinha que trabalhar, era a mulher que servia de babá para nós, sinceramente, eu não tinha a mínima ideia de como ela aguentava.
A mulher sempre foi uma grande amiga da minha mãe.
— Finalmente cresci, mas confesso que não muito na altura — brinquei — Prometo que irei fazer tudo que estiver ao meu alcance para garantir que você logo esteja em casa com um coração novinho.
Ela riu.
— Você sempre dizia que um dia iria cuidar do meu coração e olha onde estamos agora — murmurou, nostálgica — Se tornou uma mulher tão linda… Aposto que deve estar arrasando corações por aí.
Me sentei na beirada da cama, pegando sua mão.
— Infelizmente o amor não estado na minha lista de prioridades, Eli — admiti — Mas eu cuido dos corações das outras pessoas, que é o que importa para mim.
A porta foi aberta e meus quatro internos entraram, Eliane os analisou com atenção.
— Quero que conheçam Eliane Porter, uma grande amiga da minha família e pessoa pela qual tenho imenso carinho. Ela vai fazer um transplante de coração nesta tarde e eu espero que vocês façam tudo para que ela se sinta o mais confortável possível, entenderam?
Os quatro rapidamente concordaram.
— Eles são tão bonitinhos — Eliane sussurrou.
Sorri para a mulher.
— São bons jovens e estão aprendendo rápido. Ok, agora quero que me falem sobre a paciente e o que vamos fazer, melhor não me decepcionarem depois de eu ter elogiado.
Christian Dobrev deu um passo à frente.
— Eliane Porter, quarenta e cinco anos, sofre de insuficiência cardíaca grave, que foi descoberto no ano passado — diz, sério — o transplante é indicado para os casos mais graves. Achamos um coração compatível com Eliane, no momento, o coração está voando para cá e assim que chegar, vamos entrar para a cirurgia.
— Ótimo, agora… Hood, como funciona um transplante de coração?
Lentamente os quatro foram detalhando como seria a cirurgia para Eliane, eles falaram dos riscos e dos benefícios, fazendo um trabalho em equipe que me deixou orgulhosa.
Ao terminarem, eu dei um último aperto na mão de Eliane e levantei.
— Esses quatro vão fazer qualquer coisa que você precisar, basta pedir — expliquei — Vou preparar as coisas para a sua cirurgia e contar a Derek que está aqui, tenho certeza que ele vai ficar feliz em lhe ver.
Eliane sorriu.
— Você tem um coração de ouro, Lena… Quer dizer, Dra. Shepherd. Sei que estou em boas mãos.
Mandei um beijo para ela e sai do quarto, procurei meu irmão pelos corredores e não muito tempo depois, o encontrei bebendo café em um canto, enquanto lia uma ficha.
— Você não vai acreditar quem é a minha nova paciente.
Derek piscou, confuso.
— Quem?
— Eliane Porter.
Meu irmão me encarou surpreso.
— Eli está aqui?
— Sim, vou fazer um transplante de coração nela daqui há algumas horas, meus internos estão fazendo os últimos exames necessários.
Um sorriso carinhoso surgiu no rosto do meu irmão.
— Vou ir lá ver ela… Coitada, eu tenho certeza que ela só começou a ter cabelos brancos por ter que cuidar da gente.
Revirei os olhos.
— Eu nunca dei problema nenhum, era um amorzinho.
Ele bufou.
— Lena, você trocava o shampoo da Amélia por tinta sempre que ela te deixava brava.
— Eu fazia isso para me defender!
— Uma vez você trocou os biscoitos da Liz por petiscos de cachorro.
— Ela estragou o meu ursinho favorito.
— E também teve aquela vez que…
Ok, talvez eu não tenha sido a criança mais querida do mundo.
— Você deveria fazer algo mais útil do que apontar o que eu fiz quando criança, como ir visitar a Eliane.
Derek gargalhou.
— Ok, okay!
A CIRURGIA DE ELIANE PORTER ACONTECERIA em pouco mais de uma hora, então eu estava revisando tudo para garantir que nada saísse errado.
Eu estava animada e ao mesmo tempo, aterrorizada.
Um transplante de coração não era fácil e havia diversas variáveis que poderiam fazer com que tudo desse errado. Eu torcia com todas as minhas forças que tudo saísse bem e Eliane ainda pudesse viver muito tempo.
Meus olhos passaram pelo documento e notei uma figura loira se aproximando nervosamente.
Eu já tinha me acostumado com a ideia que Meredith Grey era o novo interesse amoroso do meu irmão e que ele não iria desistir tão fácil daquilo, mas isso não significava que eu queria ou iria virar amiga dela.
Infelizmente, ela não parecia saber disso.
— Podemos conversar, Dra. Shepherd?
— Eu estou ocupada — resmunguei, analisando o prontuário.
Ela não foi embora.
— Por favor — sussurrou — é importante.
Respirei fundo e olhei para ela, notando a expressão aflita em seu rosto.
— Tem haver com meu irmão?
— Não.
— Algum dos meus internos fez alguma coisa?
— Não, mas…
— Então eu não me importo.
Meredith olhou para os lados, preocupada.
— Eu sei que você é especialista em coração e preciso de uma opinião porque acho que estraguei tudo — sussurrou — e realmente preciso de alguém para conversar, então pode ouvir o que eu tenho a dizer e me dizer o que preciso fazer?
Suspirei cansada quando percebi que ela não iria desistir.
— Ok, fala.
— Hoje de manhã eu estava em uma cirurgia e estava segurando um coração na minha mão, eu acho que talvez tenha feito algo enquanto segurava. Eu perdi um pouco a concentração e apertei ele.
Revirei os olhos.
— O coração é um músculo forte, deveria saber disso. Pode perfeitamente aguentar um arranhão ou dois, é um risco em toda a cirurgia e…
— Minha unha furou a luva, atravessou ela. E se eu perfurei o coração da paciente?
Porra.
— Quem era o responsável pela cirurgia?
— O Dr. Burke.
— Conte para ele, imediatamente — falei, séria — Quanto antes o residente responsável souber que ocorreu algum problema na cirurgia, mais rápido ele pode evitar que isso se torne perigoso e afete as chances de uma boa recuperação do paciente.
— Ok, obrigada.
Observei a loira sair correndo e suspirei, fazendo o caminho até a minha própria paciente.
— Nervosa, Eli?
Eliane me encarou com um sorriso, percebi que desde a última vez que havia passado para lhe ver, seu quarto havia enchido consideravelmente de presentes, havia balões, cestas e até algumas pelúcias.
— Oh, sei que estou em boas mãos — comentou — Uh, eu ganhei alguns biscoitos, quer?
Aceitei um biscoito com gotas de chocolate e sentei na beirada da cama.
— Alguma dúvida sobre a cirurgia?
— Nenhuma, Lena — ela respondeu, tranquila — O que eu queria mesmo, era conversar com você. Sabe, andei muito preocupada com Derek e você, com toda essa coisa de se mudarem do nada, vocês nunca pensaram em sair de New York, o que aconteceu?
Suspirei, dando uma mordida no biscoito.
— É complicado, Eli. O casamento de Addison e Derek acabou, não havia mais sentido a gente ficar lá e então, apareceu a proposta para a gente trabalhar aqui.
Eliane estreitou os olhos.
— Querida, não me leve a mal, mas eu conheço você e seu irmão desde que nasceram. Você e Derek nunca se mudariam dessa forma sem Mark, vocês três sempre foram grudados — murmurou — Mark andou me visitando, sabia? Nunca vi ele desse jeito, está mais magro e parece tão tristonho.
Desviei o olhar.
— Derek pegou ele e a Addison juntos, na cama, foi isso que realmente aconteceu.
A mulher não parecia surpresa e por um momento, me perguntei se Mark já havia desabafado com a mulher, o que parecia ser provável.
— Oh… Isso é triste, mas acho que você deveria dar uma chance para ele se explicar — comentou — não acho que traição tenha perdão, mas eu sei que aquele menino se importa muito com você e Derek.
— Eu não consigo acreditar muito nisso no momento.
Ela apertou a minha mão.
— Dê tempo ao tempo, foi o que falei para o Mark. Tenho certeza que uma hora tudo vai se ajeitar!
Forcei um sorriso.
— Eu espero que isso seja verdade.
— Posso te fazer um pedido?
— Claro, o que quiser.
Eliane se mexeu na cama e fez um sinal para eu me aproximar dela, como se fosse me contar um segredo.
— Guarde um lugar para mim.
Olhei confusa para ela.
— Um lugar onde?
— Oras, no seu casamento! Quero ver você de pertinho vestida de branco e casando com o amor da sua vida — sussurrou — Adoro uma boa história de amor e sei reconhecer uma quando vejo, você sabe… Por isso, já quero me antecipar e pedir um lugarzinho entre os convidados do seu casamento com o menino.
Senti meu rosto esquentar, rezei para que tivesse entendido errado.
— Que menino, Eli?
Ela revirou os olhos.
— Mark, é óbvio — retrucou — Se existe alguém que possa fazer ele sossegar e se casar, é você.
Uma risada nervosa escapou de mim sem que eu conseguisse controlar.
— Eli, você está louca.
— Não estou não, uma hora você vai ver que eu estou certa… Agora faça o favor de me alcançar o meu celular, quero mandar uma foto para a sua mãe mostrando que estou em boas mãos.
TODO O HOSPITAL ESTAVA FALANDO sobre a tal festa, então eu sabia que seria algo grande, mas eu não imaginava que teria tanta gente.
Ajeitei minha saia e entrei na casa de Meredith, olhei ao redor tentando procurar meu irmão ou até mesmo Alex, que eu sabia que conseguiria manter uma conversa agradável, mas não havia sinal algum dos dois.
Segui o fluxo e peguei uma garrafa de bebida, acabei dando de cara com a Dra. Bailey.
— Ei! Você está aqui também.
A mulher bufou.
— Todo o hospital está aqui — murmurou — Quer salgadinho?
Acabei aceitando um.
— Estou me sentindo um pouco deslocada aqui, festas nunca foram o meu forte — admiti, bebendo um gole da bebida que havia pegado.
Miranda Bailey me encarou.
— Você é jovem, deveria aproveitar enquanto tem tempo.
— Difícil aproveitar depois de ter ficado a tarde inteira fazendo um transplante de coração — murmurei — Eu só preciso de uma bebida forte agora.
Ela riu e pegou meu braço.
— Garota, eu vou te ensinar como se aproveita uma festa.
Conseguimos sentar em um canto, continuei bebendo a garrafa que havia pegado enquanto a Miranda misturava algumas bebidas, preparando um “drink especial” dela, considerando tudo o que ela estava colocando ali, o negócio ia ser forte, exatamente como eu precisava.
— Como você aguenta esse lance de ser residente, responsável por pacientes e por internos ao mesmo tempo?
A mulher deu de ombros.
— Você se acostuma com o tempo, mas quer uma dica? Tem que ter pulso firme com os pirralhos, eles saíram agora da faculdade de medicina e na cabeça deles, sabem absolutamente tudo e estão prontos para entrar em uma cirurgia — explicou — e nós duas sabemos que não é bem assim.
Concordei.
— Exatamente, eu vivo tentando explicar para os meus residentes que a vida não é só cirurgias, que os pacientes são humanos, sabe?
— Eu andei observando você, está fazendo um bom trabalho. Aquilo que fez no caso da Stevens? Todo mundo está falando sobre isso — sussurrou — ninguém imaginou que você tinha esse fogo aí dentro, eu gostei de ver. Tem que colocar os pirralhos nos seus lugares.
Um sorriso idiota surgiu no meu rosto, Miranda Bailey, a “nazista”, não era de sair distribuindo elogios por aí.
— Sério? Tipo, no outro hospital que eu trabalhava, todos achavam que eu era só a “irmãzinha inteligente” do Derek ou a “protegida” do Dr. Sloan, a maioria não me levava a sério por causa disso — resmunguei — E eu acho que é ainda pior por sermos mulheres, não é?
Miranda bufou.
— É, as pessoas ainda tem essa ideia idiota que mulheres deveriam ser só enfermeiras e não doutoras.
— Sabe, às vezes me dá vontade de meter o dedo na cara da pessoa e dizer “eu tenho doutorado, seu filho da puta!”.
Ela gargalhou.
— Você é mesmo uma coisa, Dra. Shepherd — disse, divertida — Oh, toma isso aqui, você vai gostar, mas tem que tomar de uma vez só.
Peguei o drink dela e dei uma olhadinha.
— Ok.
Virei o copo de uma vez só e fiz uma careta, aquilo estava realmente forte.
— Porra.
— Quer mais um copo?
— Pode ser.
Observei ela preparar mais um copo e sorri, eu definitivamente estava aproveitando a bebida grátis.
— Como está indo o seu grupo de internos?
— Eu juro que eles ficam me seguindo como patinhos, sabe? É bizarro.
— Internos é uma coisa louca — Miranda Bailey concordou — Eu tive uma turma no ano passado que só me dava dor de cabeça.
— Foram eles que te apelidaram de nazista?
— Nah, essa foi a primeira turma que peguei, um bando de pirralhos.
Suspirei dramaticamente, já sentindo o álcool começar a fazer o efeito no meu corpo e cérebro.
— Queria ter um apelido.
— Ah, mas você já tem.
Me senti imediatamente animada.
— Eu tenho um apelido?
— Malévola — Miranda respondeu — Dizem que você protege seus internos, mas ao mesmo tempo, pode ser muito má com quem pisa no seu calo.
Sorri satisfeita.
— É um bom apelido, eu gostei.
O resto da festa se passou com Miranda Bailey e eu bebendo juntas, nunca imaginei que poderia ter uma noite agradável junto com a mulher, mas estava sendo surpreendida.
Já estava quase amanhecendo quando segui a mulher para fora da festa, ainda não havia sinal algum do meu irmão e ele não estava respondendo minhas mensagens.
— Vai querer carona?
— Não precisa, vou ligar para o meu irmão — murmurei — eu tenho um problema com carros.
Miranda franziu a testa.
— Que problema?
— Sofri um acidente de carro na adolescência que me deu essa cicatriz aqui — expliquei, levantando a blusa e mostrando a cicatriz do lado direito do meu corpo — e um leve pânico de estar em carros com pessoas que eu não confio com a minha vida dirigindo.
— Ah, entendo… Que merda, tem um carro na frente do meu!
Meu olhar seguiu o seu e fiz uma careta ao perceber que havia duas pessoas transando dentro do carro, sem nem ao menos disfarçar.
— Eww, que nojo.
— Vamos lá, vou mandar esses idiotas saírem.
Segui a mulher e ao parar ao lado do carro, arregalei os olhos ao ver que o casal era meu irmão e a interna loirinha.
— AI MEUS OLHOS, AI MEUS OLHOS — gritei, colocando as mãos sob os olhos — DEREK SHEPHERD!
— ELENA!
Afastei um pouco meus dedos dos olhos, notando o olhar horrorizado de Derek e a expressão envergonhada de Meredith, finalmente afastei minhas mãos dos olhos e olhei para Miranda, percebendo como ela parecia furiosa.
— Tire o seu carro para que eu possa sair com o meu — Dra. Bailey falou.
— Sua mãe nunca o ensinou que não se deve transar dentro do carro assim? — resmunguei — Que nojo, Derek! Agora eu vou ficar traumatizada para o resto da minha vida.
Meu irmão bufou.
— Elena, deu.
— Eu não acredito que você estava transando e por isso estava ignorando minhas mensagens, fracamente, como pod…
Parei de falar ao ver meu celular tocando, olhei para tela e fiquei imediatamente confusa ao ver que era um dos meus internos que estava me ligando. Atendi rapidamente, preocupada.
— O que aconteceu?
— Er… Eu não sei como dizer isso, Dra. Shepherd — Ashton Horan murmurou — mas a paciente, sra. Porter, teve uma complicação e não conseguimos salvá-la. Seu corpo recusou o transplante e…
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