ੈ♡‧₊˚ ❛ , episode eight, The snake ⌇❤!;#
001 - Vamos trabalhar com metas, para o próximo capítulo, esse precisa ter mais de 60 votos e mais de 60 comentários!
002 - Chegamos ao final da primeira temporadaaaa!!!
Elena Shepherd
"A cobra"
POR ALGUM MOTIVO AINDA DESCONHECIDO por mim, eu havia concordado em fazer uma rotina matinal de exercícios junto com Alex, o que agora, estava parecendo uma ideia terrível.
— Ai meu deus, vou ter uma parada cardiorespiratória.
Alex me encarou.
— Elena, você não vai ter uma parada cardiorespiratória apenas por praticar uma corridinha — retrucou— agora para de drama, bebe água e vamos continuar a nossa corrida.
Eu apenas me joguei na calçada, encarando o céu de Seattle enquanto repensava todas as escolhas da minha vida.
— Eu estou morrendo.
— Para de me fazer passar vergonha — Alex resmungou — O que os seus internos diriam se lhe vissem desse jeito? Cadê a sua dignidade?
Tentei respirar fundo, mas meu peito doeu.
— Que... Dignidade?
— Para de ser fracote!
Antes que eu pudesse xingar, Alex agarrou meu braço e me puxou do chão, me fazendo levantar com tudo.
— ALEX.
Ele revirou os olhos.
— Bebe água, ainda temos dois quilômetros para chegarmos em casa, daí temos que ir para o hospital.
Arregalei os olhos.
— Eu vou é direto para emergência do hospital, como paciente.
— Já te falaram que você é dramática?
— Derek sempre me dizia isso quando éramos mais jovens — admiti, então finalmente bebi um pouco da água — Jesus, eu não sirvo para essa coisa de ser saudável.
Alex sorriu maliciosamente.
— Se continuar sedentária, vai virar uma velha cheia de pelanca, não vai nem ter uniforme cirúrgico do seu tamanho.
— Eu juro que se você não calar a boca, vou convencer a Dra. Bailey a deixar você ser meu interno por um dia, aí vamos ver se você vai continuar tão engraçadinho.
Por um momento, o sorriso dele morreu.
— Você não faria isso.
— Está duvidando?
— Não...
Meu celular começou a tocar e eu rapidamente tirei do bolso, fazendo uma careta ao ver que era a minha não tão querida ex cunhada. Recusei a ligação e nem um segundo depois, ela ligou novamente, me fazendo bufar.
Quando o idiota do Mark finalmente havia dado um tempo nas ligações, Addison parece ter ressurgido dos mortos.
— Hã, está tudo bem? — Alex perguntou preocupado.
Fiz um sinal pedindo um momento para ele e atendi a ligação.
— Eu juro que se você não parar de me ligar...
— Elena, a gente precisa conversar.
Revirei os olhos.
— A gente poderia ter conversado antes daquela merda, mas agora? Você acha que eu sou trouxa?
Addison suspirou.
— Eu entendo que você está brava e tudo mais — resmungou — Mas para de agir como uma criança e me escuta, é importante. Eu estou em...
— Vai para o inferno e me deixa em paz!
Desliguei a chamada e bloqueei o número, ao olhar para Alex, vi a expressão preocupada em seu rosto.
— Elena, tá tudo bem?
— É a ex do meu irmão — murmurei — a idiota não para de me ligar, sério, não sei qual a droga do problema dela, já deixei bem claro que quero ela o mais longe possível de mim.
Alex concordou devagar.
— Deixa eu adivinhar, não terminou bem.
— Derek pegou ela na cama com o Mark, que era melhor amigo de infância do meu irmão — expliquei — Dupla traição, foi uma merda, por isso decidimos nos mudar para cá.
Ele sorriu.
— Eu sabia que tinha algo!
— E você não vai falar um "a" sobre isso.
— Ok.
Bebi mais da metade da garrafa de água, quando Alex repentinamente fez uma careta.
— Imagina se ela decide imitar o Dr. Sloan e decide aparecer aqui do nada.
Fiz uma careta.
— Addison não é louca de fazer isso.
A memória da última vez que nos vimos, me atingiu como um soco.
ENTREI SILENCIOSAMENTE DENTRO DE CASA E fechei a porta com cuidado, rezando para que a escala de plantão não tivesse mudado e assim, Addison não estivesse ali, para eu poder evitar esse encontro.
Eu desejava nunca mais ver a mulher na minha frente, eu era incapaz de perdoar aquela traição e a forma como o coração do meu irmão havia sido quebrado.
Passei pela sala e quando estava quase chegando na escada, minha sorte acabou.
— Elena?
Fechei os olhos com força e respirei fundo, me virando lentamente e dando de cara com Addison. A mulher parecia arrasada de uma forma que eu nunca havia visto antes, uma parte de mim se sentiu satisfeito com aquilo, que ela também estivesse sofrendo, ao menos uma parte, do que meu irmão estava.
Eu me sentia traída.
Era uma criança quando Derek entrou na faculdade e a conheceu, era uma pré-adolescente quando os dois começaram a namorar e a presença dela ficou mais forte na minha vida, com o tempo, Addison se tornou como a mãe que eu nunca tive, a pessoa que eu poderia contar absolutamente tudo.
Um dos dias mais felizes da minha vida foi quando eles se casaram, me dando a certeza que ela nunca iria me abandonar.
Apenas para ela quebrar o coração do meu irmão e ainda acabar com uma das amizades mais importantes da vida dele. Como se acabar com o casamento deles não fosse o suficiente, Addison ainda teve que acabar com a amizade de Mark e Derek.
— Como você pode?
Addison suspirou.
— Elena, eu não sei o que Derek te contou, mas juro que posso explicar.
A encarei indignada.
— Eu não preciso de explicação nenhuma — retruquei — Você foi para a cama com o Mark, isso não tem perdão, Addison.
Ela se encolheu como se eu tivesse a machucado fisicamente.
— Elena...
— Você traiu o Derek! Você me traiu! Você sabia que eu sou apaixonada pelo Mark desde sempre e que ele é melhor amigo do meu irmão, mesmo assim, não pensou duas vezes antes de ir para a cama com ele.
Antes que pudesse perceber racionalmente o que estava fazendo, minha mão atingiu com força o rosto de Addison.
Arregalei os olhos, sem acreditar que havia feito aquilo.
Dei um passo para trás e então corri na direção das escadas, eu só queria pegar minhas coisas e dar o fora dali antes que o meu azar aumentasse e Mark também aparecesse ali. Entrei no quarto e dei de cara com o ursinho com roupinha de médico que Mark havia me dado quando entrei na faculdade de medicina, do lado, havia uma caixinha.
Fiquei confusa e peguei a caixinha, eu tinha certeza que aquilo não estava ali antes. Abri a caixinha e dei de cara com um lindo colar de prata com o pingente de um coração, um coração de verdade, até com o desenho das veias ali.
Havia um bilhete junto, o abri e dei de cara com a letra de Mark.
Naquele momento, não tive forças para ler aquilo e apenas voltei a dobrar o bilhete, o guardando cuidadosamente dentro da caixinha. Foquei em arrumar as minhas coisas, decidindo sair logo dali.
Aquela casa nunca mais seria o meu lar.
EU ESTAVA TENDO UM DIA CALMO, até que absolutamente tudo começou a dar errado quando o chefe me chamou para a sua sala.
Revisei mentalmente tudo o que poderia ter feito para ser chamada e até imaginei o que meus internos poderiam ter feito, mas não consegui pensar em nenhum motivo decente o suficiente.
Entrei na sala e sorri para ele.
— Olá, chefe!
O Dr. Webber me encarou cansado.
— Dra. Shepherd, por favor, sente-se — pediu.
Fiquei confusa, mas sentei na cadeira em sua frente, ansiosa para saber o que estava acontecendo.
— O que foi, chefe?
Ele suspirou.
— Decidi conversar com você primeiro, pois sei como seu irmão pode ser, referente a certos assuntos, que são um pouco delicados — murmurou — Então eu espero que você aja de forma madura sobre isso.
— Eu sempre sou madura.
Richard Webber passou a mão pelo rosto, parecendo cansado e muito mais velho do que realmente era.
— Derek me explicou toda a história quando pediu emprego para vocês, dei uma chance, pois sei como vocês são extremamente talentosos — explicou — e eu irei dar uma chance para todos que forem capazes.
Estreitei os olhos.
— Onde está querendo chegar?
— A Dra. Montgomery vai realizar um procedimento no hospital e há chances de acabar trabalhando aqui de forma permanente — Dr. Webber enfim disse — e eu não admito dramas nesse hospital, entende?
Naquele momento, meu mundo inteiro pareceu ruir, novamente.
— Desculpe... O quê?
Ele respirou fundo.
— Sei que toda essa situação é difícil e o que a Dra. Montgomery fez é imperdoável, mas isso não anula o fato dela ser uma profissional capaz. Espero que todos se tratem com respeito e não gerem dramas desnecessários nesse hospital, pode me prometer isso, Elena?
Forcei um sorriso.
— Claro.
— Ótimo! Vou lhe dar a missão de contar isso para o seu irmão.
O encarei indignada.
— Como é?
Dr. Webber deu de ombros.
— Derek vai lidar melhor se for você a dar essa notícia, enfim, está dispensada.
Concordei devagar e saí da sala, a porta se fechou rapidamente atrás de mim, como um sinal de que Richard não queria me ver novamente tão cedo.
Como eu ia contar essa merda para o Derek?
O meu turno já estava acabando, então fiz tudo o que faltava, chequei meus internos e troquei de roupa. Comecei a revirar o hospital atrás do meu irmão, desesperada para o achar antes que ele acabasse dando de cara com a Addison.
Acabei o encontrando no saguão, junto com Meredith.
— DEREK!
Corri até ele, o mesmo me encarou preocupado.
— Você parece prestes a infartar — murmurou — Aconteceu alguma coisa?
— Então, o chefe pediu para eu conversar com você sobre uma coisinha e...
Antes que eu pudesse terminar a frase, fiz uma careta ao ver Addison Montgomery- Shepherd andando na nossa direção como uma víbora pronta para o ataque.
— Porra.
Derek franziu a testa e se virou, tentando descobrir o que eu estava olhando.
— O quê... Addison?
Addison se aproximou com uma expressão zombeteira, os fixos em Meredith, como se a garota fosse um chiclete que havia grudado em seu sapato e ela precisava tirar.
Ridícula.
— Marido — ela disse, o sorrisinho ainda em seu rosto — Cunhada.
Revirei os olhos.
— Olha, não sabia que agora as cobras podiam entrar assim no hospital — resmunguei.
Ela me encarou.
— Elena, você não era assim antes, a convivência com as pessoas daqui está estragando toda a sua educação.
Meu irmão respirou fundo.
— Addison, o que você está fazendo aqui?
— Se você tivesse atendido as minhas ligações, saberia — retrucou — agora, que tal nós três conversamos como adultos maduros?
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