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EPINEFRINA

EPINEFRINA 
ADAM

DE VOLTA A BAYFIELD
AINDA RESPIRANDO

Sair do inferno não significava que ele tinha saído de mim.

Estava vivo e não me sentia assim. Não estava morto e não me sentia melhor com esse maldito fato.

Os gritos ainda estavam na minha cabeça. Respiro fundo. Toco a cicatriz próxima ao meu ombro. Pressiono meus dedos com força. Trago a dor de dentro de mim para a superfície. Aquela sensação. Aquela dor, era a coisa mais próxima que sentia de vida. Quando ela doía, me sentia vivo.

Encosto a cabeça no acento do ônibus. A velha cidade da minha infância passa lentamente por meus olhos, as coisas estavam diferentes e iguais. Eu Estava diferente, saí como astro do hóquei e fugi como o vilão que deu as costas para o time.

Eu precisava me afastar de tudo, de todos e dele. Do meu pai. Eu precisava estar longe o suficiente para enxergar que parte do seu problema era isso: dele. Um vício que era problema dele, não culpa minha por estar nos Angels. Demorei para enxergar aquilo. E apesar de ver com exatidão, ainda sentia a magoa escondida no meio de tantas dores dentro de mim.

Porém, não tinha para onde ir. A marinha me queria, mas eu não a queria mais. Não podia voltar a fazer o que fazia com outras pessoas, não seria capaz de olhar para o lado e ver rostos novos lembrar dos velhos. Não podia correr o risco de perder mais companheiros.

Então após ficar semanas em um hospital militar na Alemanha e receber a visita do meu pai, como meu único familiar próximo, voltar para casa parecia o mais certo.

Não tinha plano. Não tinha dinheiro. Não tinha ganhado a minha baixa. Estava em tratamento psiquiátrico. Estava destruído. Sem vida. Com opções que não queria.

O ônibus chacoalha ao ativar seus freios sonoros. Estava a poucos passos de casa. Entre os demais passageiros em pé, espremo-me e puxo a alça da bolsa de couro com todos os meus pertences, que se resumiam a algumas peças de roupa.

Desço os três degraus, o cheiro de casa é confortante e estranho ao mesmo tempo. O Sol a pino queima em minha direção no final da manhã. Estico as pernas e analiso a rua, algumas casas estavam mais modernas, outras continuavam intactas.

Desde que tinha saído de Bayfield anos atrás, nunca mais tinha pisado o pé lá.

Era estranho.

Caminho até a velha calçada da minha adolescência. Não tinha nenhum conhecido nos quintais, em alguns já tinha brinquedos infantis espalhados, revelando a passagem do tempo. Eu sentia que o tempo não tinha passado. Estava voltando como partir da casa do meu pai, com uma mala de bagagem nos ombros.

Não tenho pressa em chegar à casa com tons de bege e um gramado verde na frente, mas já podia alcança-la com apenas um olhar. Caminho com os olhos nostálgicos fixos no que voltaria a ser o meu lar.

A poucos passos a figura de um homem de cabelos grisalhos, usando jeans, botina e camisa xadrez sai para fora, pegar algo na traseira da antiga caminhonete – a única coisa não perdida para o jogo – era o meu pai, Tomás Baylor.

Me aproximo. Ele se vira com um olhar de surpresa, seus lábios curvam-se em uma recepção privada.

— Oi — murmuro desconfortável.

Era estranho.

— Garoto, você chegou — a saudação é calorosa e não diminui a estranheza.

Curvo os lábios sem humor. Não éramos de abraços, gestos de carinhos ou qualquer outra coisa. Nossa relação – quando não envolvia dinheiro – se resumia a conversas sobre esporte, de preferência hóquei, notícias e filmes de faroeste.

— Acabei de chegar — comento ao me aproximar — Precisa de ajuda — aponto para a sacola de papel em sua mão.

Ele olha para os itens dentro do saco perdido. Logo volta a sorrir e negar com a cabeça.

— Não — sua cabeça balança em direção a porta aberta — Já liguei a churrasqueira para fazermos uns files, o que acha?

Nos aproximamos da porta. Sou tragado pelo passado com o ambiente intacto pelo tempo, já não sei mais se me sinto bem ou mal.

— Parece bom — murmuro checando as mesmas paredes beges, sofá de couro marrom, poltrona reclinável em frente da televisão.

Tudo no lugar. Até o cheiro era o mesmo.

— Arrumei o seu velho quarto, pode deixar as suas coisas lá — o velhote comenta em direção da cozinha, que de longe parecia a mesma — Quer cerveja?

— Quero — murmuro puxando a mala do meu ombro e a jogando sobre o velho assoalho.

A radiola continua em cima da lareira, os discos ao lado em um móvel de chão. Os retratos dos meus avôs estão lá, do meu tio também e uma foto minha com uniforme de hóquei.

A única diferença em tudo, era que minha recepção estava sendo mais calorosa do que a minha partida cheia de gritos e ofensas.

— Adam? — a cabeleira grisalha aparece pela abertura entre a sala e a cozinha.

— Sim — murmuro.

Os lábios de Tomás Baylor curvam-se. Uma sensação estranha passa por mim. Pela primeira vez em semanas me sinto acolhido.

— Que bom que você voltou.

Realmente, finalmente estava em casa. Retribuo aquelas palavras com um sorriso sincero de agradecimento.

— Eu também, pai.

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