27 | NÃO CONTE PARA ELA
27
NÃO CONTE PARA ELA
ADAM
3 MESES ANTES
O DIA QUE AS COISAS COMEÇARAM A MELHORAR
FINAL DO OUTONO EM LAGUNA VALLEY
Desligo o motor da velha Ford F100. A chave balança. Meus olhos cansados analisam o lugar familiar esquecido na memória, uma pequena vila a beira mar chamada Laguna Valley. O ar é gelado. A construção de madeira azul claro, com um cais com acesso direto ao mar é a mesma.
— Chegamos? — a garota ansiosa ao meu lado quebra o agradável silêncio.
Suspiro junto com o ranger da porta.
Desço. O ar é fodidamente gelado. Gosto daquela sensação. Enfio as mãos dentro da jaqueta de couro, não ignoro os passos que se aproximam de mim. O cais ainda estava vazio, mas duvidava que ficasse assim por muito tempo. Se bem me lembrava.
— E agora? — Sunshine suspira, enfiando as mãos dentro do colete e analisando ao nosso redor.
Nada respondo.
— Pegue os camarões frescos para o prato do dia — uma voz familiar se aproxima rangendo a madeira.
Da porta branca quadriculada de vidro vejo a figura conhecida se mover por uma cadeira de rodos. Seguro os ar. O moreno passa pela abertura junto com outra moça de cabelos negros presos em um rabo e avental cobrindo seu corpo. Os olhos azuis do meu velho companheiro param em mim. Seu rosto não esboça nada. Seus lábios limitam-se dar algumas últimas instruções para a mulher que o acompanha.
Finley andam confortável na cadeira de rodas em minha direção. Ele parece o mesmo.
— Baylor — murmura secamente — Vem comigo.
Aceno com a cabeça. Lançando um breve olhar para Tate, que apenas curva os lábios compreensíveis.
— Acho que os meninos querem um momento a sós —em um tom sarcasticamente humorado a morena de olhos grande sorri para a outra mulher ao meu lado — Vem comigo, não precisamos dessa testosterona toda.
Sunshine passa por mim, tocando suavemente meu braço. Em silêncio sigo o homem com braços musculosos que empurram as grandes rodas que substituem suas pernas. Em silêncio recebo ordens e ajudo a descarregar os barcos.
Benjamin Finley entrará para marinha por sonho do pai pescador, líder da cooperativa local e dono do restaurante mais famoso do cais, que agora eram assumidos pelo filho. Não tinha muito o que dizer, até preferia o silêncio do trabalho em conjunto do que a conversa que estávamos prestes a ter. Poderia perguntar porque caralhos ele tinha me chamado ali.
Porém, prefiro não fazer certas perguntas.
Nosso último encontro não tinha sido dos melhores. Eu com um buraco no ombro esquerdo. Ele em uma cadeira de rodas. Não era justo. Sentia-me culpado pelo meu ex-companheiro estar naquela situação. Uma situação que nem lembrava. Minha mente fodida não lembrava do depois. Não lembrava como tinha saído do buraco. Não lembrava como Vargas tinha acabado morto. Não lembrava como Finley tinha acabado preso em uma cadeira de rodas.
Ele estava mais magro e musculoso. Os olhos distantes e determinados, mesmo limitado não deixava de se mexer por um segundo. Sua cadeira passa por uma tábua que ligar o cais de madeira até o interior de um barco de pesca amplo, com uma minúscula cabine com os controles de bordo e um toldo que nos abrigava que fino chuvisco.
Bufo, sentando na beirada do barco.
De canto dos olhos observo meu velho companheiro arrancar dois cigarros de uma carteira, leva-los a boca e queimar suas pontas de uma só vez.
— Toma — me estende um dos cigarros acesos.
Agarro o papelote de nicotina, levando até os lábios.
— Quando criança eu amava esse lugar — recorda nostálgico, com os olhos vidrados para além de mim — Amava aquele farol — encaro sobre os ombros para onde seu dedo aponta — Era casa. Lar. Igual a lenda do marinheiro fiel, lembra?
Solto a fumaça pelas narinas, deixando para trás o enorme farol branco, com uma estrutura de vidro em cima e o velho farolete que parecia não funcionar mais.
— Vagamente.
— O marinheiro fiel deixava sua bela esposa a sua espera no farol, seu ponto de referência, sua casa, seu lar. — recorda entre uma tragada e outra —Dizia que sua bússola não era a luz que quebrava a escuridão, mas o coração da amada a sua espera — seus lábios riem diante da romântica história — Velha história de pescador, mas deve ser verdade, do contrário não estaria aqui, afinal o velho marinheiro era meu bisavó — não ignoro seu suspiro frustrado — Quando voltei passei a odiar esse farol. Era a lembrança do que jamais voltaria a ser.
Seus dedos trêmulos colam o cigarro em seus lábios. Em silêncio faço o mesmo, desviando o olhar. Engulo a culpa com sabor de nicotina.
— Por que você não veio antes? — seus olhos estão em minha direção, mas o seu olhar ainda encara o horizonte.
— Você pediu distância — recordo soprando a fumaça pelas minhas narinas.
Os homens que a minutos atrás descarregaram toneladas de peixe somem. Apenas o suave balançar do barco nos faz companhia.
— E se tivesse mandado pular de uma ponte teria pulado? — finalmente seus olhos azuis me encaram.
Ranjo os dentes, preferindo bater a cinza na ponta do cigarro do que responder aquela idiotice.
— Eu sinto muito pelo o seu velho — comenta.
Não o encaro. Ele não me encara. Apenas trago a nicotina que não faz efeito algum, sendo apenas uma distração. Estico as pernas, não estando realmente confortável.
Bufo.
— Você me chamou aqui para dizer isso? — questiono impaciente.
Sobre a cadeira de rodas, Finley me analisa, seu rosto não tinha mais barba e o cabelo estava mais volumoso, sem o corte militar habitual. Seu dedo dispensa o cigarro em direção da água atrás de mim.
— A doutora Charlie disse que você não lembra — seus lábios se movem em um som fraco.
— Você? — solto surpreso.
Amasso o cigarro no banco ao meu lado e deixo ali os restos.
— Eu a conheço — complementa em um sorriso arrogante — Ela é a minha terapeuta.
Rio incrédulo.
— Por que isso não me surpreende?
Aquela mulher deveria tratar o Papa, o Presidente e sabe-se lá mais quem. Ela era tão fodida em foder os outros que muitos deveriam amar.
— Aquela mulher maluca é incrível — solta em um tom intenso e animado como antigamente.
Por um momento sinto que nada mudou, que o tempo não correu e ainda somos dois recrutas imbecis descascando batata e espremendo laranja na cozinha.
— Doutora Chata Fode — revelo animado.
Finley ri, deixando seus dentes brancos amostra e dando um tapa sonoro na coxa.
—Chata Fode? — repete em meio ao riso — Amei — decreta com o humor decrescente.
Ele suspira. O riso some. O meu humor some. E um clima estranho e silencioso se instaura entre nós.
— Você não lembra? — a pergunta me atinge como flecha.
Esfrego as mãos no jeans.
— Eu queria tirar o Vargas e começou um tiroteio — aquelas palavras são as mais difíceis que já disse em minha fodida vida — O resto é um borrão.
Sua cabeça acena em concordância, como se trouxesse a lembrança para o nosso meio, suas mãos se unem sobre o seu colo. O olhar que volta a encontrar o meu é distante.
— Você tirou o Vargas do buraco infernal — revela — Nós tiramos.
Estreito os olhos surpresos e incapaz de conseguir construir qualquer fragmento daquela imagem.
— Tiramos?
— Tiramos — suspira engolindo a saliva — Depois de fodidos dois meses os merdas apareceram para o resgate — ri amargamente — O que deu tempo para puxa-lo do buraco. Quando subimos, você o carregou nas costas. Eu dei cobertura. Quase ninguém notou nossa fuga, estavam preocupados com o ataque da Star — seu tom é de deboche ao proferir o nome da outra equipe Seal.
Os Star estavam lá para resgatar a merdas dos nossos restos. Duvido que esperassem encontrar alguém vivo. Aquela informação não era uma lembrança, mas um fato que foi dito depois do resgate.
Minha cabeça dói. Esfrego a mão nos rostos. Minha mente busca, revira, volta a buscar e é incapaz de achar um misero fragmento de lembrança. Encontro o par de olhos azuis marejados.
— Eu não os vi chegarem. Não ouvi — sua voz estrangulada forma um nó na minha garganta — Você foi na frente carregando o Vargas. Fiquei para trás, para garantir a retirada. E foi aí que eu levei o maldito tiro — rosna socando sua perna que não reage — E você levou o tiro.
Meu peito se enche. Não consigo, nem quero respirar. Meus dedos tocam o buraco cicatrizado no meu ombro esquerdo que parece ter sido dilacerado novamente.
— Eu [...] — começo.
A mão espalmada no ar de Finley me impede.
— Você voltou com o Vargas, para me resgatar — a emoção transborda em suas palavras e olhos, seu dedo balança no ar — Você levou o tiro no ombro, tivemos que nos esconder — sua cabeça balança com as lembranças que não compartilho — E foi aí — gagueja em um pigarreio — Foi aí que o Vargas decidiu que precisava ficar. O idiota ficou com uma arma e uma granada. Ele disse que ia esperar.
Meus olhos enchem-se de lágrimas, meu peito se aperta com o desespero daquilo. Com um maldito desespero do que não lembrava, mas que podia sentir naquelas palavras, como uma dor esquecida.
— Cacete, Adam — rosna irritado — Ele ficou para trás, falou que podíamos busca-lo depois. O desgraçado ficou armado, você me carregou para fora. E o desgraçado do Vargas — seus dedos esfregam sua testa, lágrimas escorrem por seu rosto — Ele detonou a granada que permitiu que saíssemos de lá. Ele se explodiu junto com aquela merda.
O moreno soca o braço da cadeira.
Meu peito se aperta. Fico em pé. Cuspo o ar para fora dos pulmões. Merda. Esfrego meu couro cabeludo, com os olhos em nenhum lugar. O vai e vem do barco não ajuda o meu estômago que se revira.
— Não foi sua culpa — a voz reverbera em minhas costas.
— Eu devia ter deixado ele — dou de ombros, olhando nada além do que o mar azul que mal vejo — Se ele iria morrer mesmo.
— Não — esbraveja — Eu errei. Eu estava de saco cheio daquele buraco infernal. Só queria ir embora. Eu errei em mandar deixar ele. Se não tivéssemos tentado o meu arrependimento hoje seria maior.
— Eu não lembro — sussurro com as lágrimas rolando soltas.
Inclino meu corpo para frente, apoio minhas mãos na borda do barco.
— Eu queria lembrar — vocifero tentando processar aquelas palavras sem imagem.
— É melhor não lembrar. Acredite — aquelas palavras não ajudam — Desculpa ter te culpado, eu precisava culpar alguém, estava furioso com a vida, com tudo e descontei em você.
Balanço a cabeça em concordância. Sem fúria me viro e encaro o homem sobre a cadeira de rodas.
— Desculpa, Adam — sussurra entre lágrimas.
— Tudo bem cara — me ajoelho em sua frente, estendo a mão que é agarra em um comprimento de camaradas — Tudo bem — balbucio.
♦
A fina garoa do dia deu lugar para a gélida noite. A escuridão era afastada pelos compridos e variados varais de luzes que estendiam-se sobre nossas cabeças no pequeno pátio recluso atrás do restaurante do Finley.
A risada da Sunshine preenche o espaço, mesclando-se com as vozes do Ben e da Rebecca. Afastado os observo conversarem. Bebo a cerveja quente dentro da garrafa na minha mão. Estico as pernas e apenas observo.
A verdade não tinha sido libertadora, a agonia de não lembrar continuava como um fantasma sussurrando na minha orelha. Ter a culpa retirada dos ombros com as palavras do meu velho companheiro era um pequeno alívio para respirar, algo estranho para a minha mente e corpo.
Eu não tinha culpa.
As risadas do outro lado do pátio de pedras iluminado atraem meus olhos. Percebo que o alívio não está na verdade, mas naquilo. Naquele momento. Em poder voltar a ver um velho amigo. Em poder voltar a vê-lo rir. Em poder vê-la rir. Curvo os lábios com a risada feminina que se sobressai em meus ouvidos.
Tate reage animada as histórias de Finley. Com sua cabeleira presa em um rabo e o mesmo conjunto cinza com colete marrom. Eu tinha sido um filho da puta. Enfio um gole generoso na boca com a lembrança das suas palavras. Fecho o punho dentro da tala repuxando todas as minhas articulações que não doem o suficiente para esmagar a fúria pelo que ela tinha passado.
Meu estômago se revira e tento não criar imagens para aquelas palavras. Não suportava a ideia de que algum covarde a tinha agredido daquela forma. Ela não merecia ter passado por aquilo. Não a Sunshine que sorria e iluminava qualquer lugar.
— Vou tirar o jantar — a morena de olhos redondos anuncia em um pulo.
— Eu ajudo — Tate se prontifica.
As duas somem pela porta lateral de vidro com armação branca.
Os olhos azuis do meu velho companheiro encaram-me risonhos. Suas mãos arrastam a cadeira em minha direção.
— Ela parece uma boa garota — comento apontando com o gargalo da garrafa pela passagem até a cozinha.
Rebecca parecia uma garota legal. Era chefe de cozinha do restaurante. Tagarelava o tempo todo, com um humor genuíno que fazia os olhos do meu amigo brilharem. Era invejável.
Finley posiciona-se ao meu lado em um sorriso que acompanha o meu olhar. Seu corpo recosta-se confortável na cadeira e sua cabeça pende para o meu lado.
— Estou com uma aliança escondida no fundo falso de uma gaveta, há uns quatro meses — revela em um sussurro.
— Sério?
— Sério — sorri — Mas não tive coragem ainda. Duvido que ela aceite — seu nariz torce — A Becca não acredita nesses rituais, vive ridicularizando todo casamento que tem que fazer — ele dá de ombros — Mas sinto que preciso fazer. Quero fazer isso. Quero me casar com ela. Ela é o meu farol.
— Ual — solto surpreso bebendo.
— O que? — seus olhos estreitam-se cheios de censura.
— O que? — retribuo o olhar não o entendendo.
Seu cenho arqueia-se sugestivamente, em um movimento que deveria dizer muito. Dou de ombros confuso.
— Você trouxe uma garota, que é incrível. E vai me dizer que não entende o que estou dizendo?
Bebo, engolindo qualquer resposta que o mandasse se foder. Não queria entrar naquela areia movediça. A Sunshine estava em todos os lugares físicos, da minha mente e sonhos. Só não queria parar para analisar esses fatos. Não queria me apegar. Não podia me importar. Mas ela estar ali. Ela ali. A viagem com sua voz tagarela, perguntas irritantes e comida nojenta tinham arrancado a tensão do trajeto.
Por ela. Com ela. Ela tinha evitado que desistisse.
— Ela é só uma amiga — decreto sem muita importância.
Seus lábios curvam-se em uma risada debochada, junto com um tapa no meu braço repousado no apoio da cadeira.
— Você está tentando engana-la? Ou está tentando se enganar? — dispara algumas oitavas mais alto do que eu gostaria.
— Ela merece coisa melhor — balbucio amargamente virando o resto da cerveja que desce indigesta.
— Ela quer você — enfatiza em um suspiro — Que garota entraria em uma caminhonete podre e viria até o fim do mundo com um babaca dirigindo? Se isso não é gostar, não sei.
Suspiro. Encaro o gargalo da cerveja repousada no meu colo. Era justamente aquilo que estava evitando pensar. Não tinha um plano quando a deixei me seguir. Não tinha um plano quando não a abandonei no meio da estrada. Não tinha nenhuma merda de fodido plano quando decidi que ela podia vir comigo. Acreditava que podia fazê-la entender meus argumentos. Nem isso fui capaz. Era perturbador como era impotente diante daquela garota de 1,60.
— Você gosta dela? — não tenho certeza se é uma pergunta ou afirmação.
Encontro os olhos azuis a espera de uma resposta que não podia dar vida em palavras. Gostar pressuponha tantas coisas. Tantas coisas, tanto apego que já sentia, tantos hábitos que tinha me acostumado, tanta coisa que não entendia. Ela merecia mais, mesmo que fosse insuportável vê-la com esse alguém mais.
Eu não a mereço, mesmo a querendo em cada segundo. Mesmo ciente de que não queria outra pessoa ali comigo que não ela.
— Ela virou meu mundo de cabeça para baixo — confidencio em um suspiro entalado a muito em meu peito.
Finley sorri.
— Então você gosta dela.
Dou de ombros em um suspiro impotente.
— Não deixe ela saber — peço.
— Jamais — afirma com uma piscadela e sorriso esmagado em seus lábios enrugados.
— Jantar servido, meninos — Becca aparece com uma travessa em mãos.
Sunshine a segue carregando duas panelas que são posicionadas na mesa retangular próxima a porta. Em um gesto com a cabeça, o homem ao meu lado ordena que o siga e logo estamos em torno da mesa com peixe assado com molho, arroz e farofa.
— Nunca provei uma comida tão deliciosa — Tate decreta alojando-se no banco do outro lado da mesa — A Becca faz parecer tão fácil cozinhar. Sério, você daria uma ótima estrela de programa culinário.
— Eu? — a morena sorri surpresa, pegando um prato vazio e o enchendo.
— Você.
Por um breve momento me prendo em sua mente brilhante trabalhando, era incrível as pequenas coisas que ela percebia e podia transformar.
— Acho que seria mais fácil ser chefe da Becca do que desse babaca — Finley aponta na ponta da mesa com a colher de arroz — Ele já foi meu subordinado.
Tate ri, apoiando os braços sobre a mesa. Remexo-me desconfortável.
— Ele já era resmungão, parava para fumar toda hora, vivia de mau humor e falava muitos palavrões?
O homem na ponta da mesa joga o corpo para trás em uma risada genuína.
— Não mudou nadinha — aponta.
Suspiro desconfortável. Os olhos cor de mel buscam os meus a disposição. Seus lábios sem qualquer cor sorriem. Os meus lábios querem sorrir. Esse era um dos efeitos que ela causava em mim.
— Ele é azedo desde que levou um tiro na bunda — recorda.
— O que? — Sunshine não sabe se olha para mim ou para o meu não amigo.
Bufo.
— Finley — resmungo irritado.
— Tiro na bunda? — Rebecca repete incrédula.
Agarro a panela de farofa e encho o prato de comida, evitando os olhares a espera de alguma declaração minha.
— Estávamos em treinamento e um novato, que até desistiu depois, acertou a branquela e perfeita nádega direita do bebe chorão aí — a história vem da ponta da mesa, em um tom descontraído e debochado.
Enfio uma garfada generosa de arroz e peixe na boca. As duas mulheres gargalham. Bufo irritado, endireitando meu corpo sobre o duro banco.
— Não tem coisa melhor para contar — resmungo desconfortável.
— Tenho — meu amigo assente com a cabeça — Você sedado e as várias fotos que tiramos — gargalha, recordando daquele maldito momento.
Roubei todas as malditas fotos e queimei. Além de ser chacota por um mês por não poder sentar ou ter que dormir de bruços. Sinto que aquele jantar apesar de delicioso seria indigesto.
SEGUNDA É DIA DO QUE? 🤔
DE CAPÍTULO 🥳
E aí meninas? Gostaram? Odiaram? Teorias? Expectativas?
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro