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Single Chapter.

KIM TAEHYUNG.

"Eu sempre amei as estrelas. Minhas preferidas são as estrelas azuis, as quais vivem aproximadamente quarenta milhões de anos. Quarenta milhões de anos brilhando e encantando diferentes gerações.

O brilho incomparável delas me cega e me deixa encantado. Gostava de observar o céu todas as noites antes de te conhecer. Geralmente eu terminava tudo que tinha para fazer de forma rápida, só para poder olhar o céu cheio de estrelas no fim da noite e contar cada uma delas,  querer tocá-las sempre foi uma vontade. 

No entanto, quando eu te vi pela primeira vez, elas se tornaram meras estrelinhas, quase opacas. Afinal, para quê olhar para o céu e observar as estrelas quando, ao olhar para os seus olhos, eu encontrava uma galáxia inteira brilhando pra mim? Por que perder tempo observando o brilho daquelas bolinhas de fogo, quando o seu sorriso é o astro mais brilhante que já me apareceu? 

Sempre amei as estrelas mais do que deveria. Fiquei apaixonado e encantado pelo brilho delas por muito tempo. Só não as amei mais do que amei você. 

Lembro bem de como nos vimos pela primeira vez. Era uma manhã de quinta-feira, no corredor de uma pequena escola em Seul. Dois novatos, completamente perdidos e bagunçados, fazendo um tour por todo pátio com a diretora, que pouco se importava em nos explicar tudo certo. Há quatro anos, eu te conheci. 

Há quatro anos eu vi seus olhos grandes pela primeira vez. Toquei sua mão por acidente enquanto saímos da sala da coordenação. Te observei de longe durante todo o intervalo, até criar coragem o suficiente para te chamar para o almoço. 

Naquele dia, andamos juntos de volta para casa. Você me contou que havia sido transferido, enquanto eu apenas havia ganhado uma suspensão na escola anterior. 

Na ponte do rio Han, precisamos nos despedir pois morávamos em lados opostos da cidade. 

Exatamente dessa forma, minha vida começou a mudar de cabeça pra baixo. Tudo por conta de um garoto de olhos grandes e sorriso de coelho. 

Éramos inseparáveis, jogávamos juntos, brincávamos juntos, estávamos sempre juntos nos intervalos e aulas. Fazíamos questão de acampar sempre no último domingo de cada mês, onde cantávamos músicas antigas e inventamos tantas histórias assustadoras, mesmo que estivéssemos acampando no quintal da sua casa.

Os passeios ao rio Han eram os melhores, seguidos das voltas de bicicleta todas as quintas de manhã enquanto esperávamos o horário da escola. O Kimchi da sua mãe, às sextas-feiras, e o futebol desengonçado que tentamos algumas vezes. 

Essas são algumas das incontáveis memórias que criamos juntos. 

Crescemos demais. Eu te vi chorar por um joelho ralado, enquanto você me filmou chorando por um esquilo no quintal, que aparentemente estava machucado. 

De repente, o garoto fechado e encrenqueiro que eu era, passou a ser um borrão que deu lugar a lindos traços de uma personalidade magnífica, moldada principalmente por você. 

Jeon Jungkook. O garoto que me fez rir de uma noz moscada e que me fez chorar por uma dobradura de papel. 

Conhecemos mais amigos enquanto crescemos, mas nunca deixamos de ser nós dois. Com eles, éramos adolescentes de ensino médio, prontos para a vida e cheios de maturidade. Sozinhos, éramos apenas Taehyung e Jungkook, amigos e confidentes, que deixavam de sofrer pela vida, para sorrir um para o outro. 

Sempre fomos unidos demais, companheiros para sempre e para tudo. Até que em uma quarta-feira qualquer, você me ligou de madrugada. Sua voz era baixa, mas eu entendi cada palavra. 

— Taehy, eu tô com muito medo de mim mesmo. Eu quero estar com você toda hora, não quero mais sair da sua casa. Eu quero tocar suas mãos quentes quando sentir frio e quero te abraçar sempre que ouvir barulhos altos. Eu quero que sempre esteja em meu quarto. — Poderia jurar que você estava chorando, mas mesmo assim sua voz se mantinha firme, apesar do som baixo. — Taehy, me perdoa. Se isso for errado, me perdoa. Não me abandone se isso parecer errado, mas eu gosto de você, muito mais do que um simples amigo. 

Desse dia em diante, nada nunca mais foi a mesma coisa. Quando eu tentei falar, a chamada foi encerrada. No dia seguinte, eu te esperei na ponte do rio Han para irmos juntos à escola, mas você não apareceu. Nem naquele dia e nem no resto dos dias daquela semana. 

Eu estava assustado demais, perdido e sem coragem de dizer nada direito caso te visse pessoalmente. Mas apesar da surpresa, minha saudade era maior.

E foi por saudade que, em meio a neve, em um domingo gelado demais, juntei todas as suas comidas preferidas e fui te ver, atravessando a ponte do rio Han com a minha bicicleta e um punhado de coragem em cada bolso. 

Sua mãe me pediu para entrar e ir até o quarto. Segundo ela, você sequer estava comendo direito. 

Os seus olhos, que sempre foram cheios de estrelas, estavam sem brilho algum naquele domingo. Assim que eu abri sua porta, seu rosto inchado se surpreendeu muito mais do que eu esperava. Mesmo que assustado, eu sabia que você sentia minha falta também, afinal, somos um só, não é? 

Naquele dia eu confessei. Não só naquele dia, como em todos os outros da minha vida. Com as mãos congeladas e os lábios pálidos, eu não parei de falar por nenhum segundo.

— Gguk, eu quero que toque minhas mãos quentes no inverno, quero que me abrace sempre quando ouvir barulhos altos, quero que sempre esteja comigo. E não quero estar no seu quarto, mas quero que tenhamos o nosso. — Seus olhos brilhavam tanto, que lutei para não me hipnotizar pelo brilho deles. — Gguk, nem que seja errado, nem que eu precise reformular todas as regras do mundo, eu também gosto de você, muito mais do que como um amigo.

Mesmo que seu corpo estivesse tremendo, seus braços me abraçaram como em todas as vezes em que precisei. 

Naquele dia éramos só eu e você, abraçados por tempo indeterminado, chorando juntos, talvez por medo ou euforia. 

O sentimento de angústia que me perturbava por tantos dias sumiu, como em um sopro. O medo não era nada enquanto eu estava contigo. Nada era tão importante quanto olhar seus olhos brilhantes e enxergar uma galáxia de novo. 

A parte que mais me assusta sobre as estrelas é a parte em que, quando elas começam a produzir muita energia, o núcleo não aguenta e inicia o processo de morte. Uma estrela morrendo por ter energia demais. Não deveria ser ao contrário? Ela não deveria viver mais por ter mais energia? Que crueldade. 

Foi isso que te ocorreu, Gguk?

A energia que produzimos deu início ao processo lento da sua morte? 

Se não foi isso, então que um dia alguém me explique por qual motivo você começou a ter febres frequentes ou, por qual motivo, você desmaiou na aula de física. Ou então quem sabe, por qual motivo você foi levado às pressas ao hospital por um sangramento nasal?

Que haja uma explicação boa o suficiente para a leucemia ter escolhido você. 

Estávamos tão felizes. Nossos abraços eram cheios de segredo. Nossos olhares poderiam ser nada discretos, mas pelo menos mostravam o quão perdidamente apaixonados éramos. 

Toda a euforia desde a minha declaração, cheia de medo, durou dois meses. Os melhores e os últimos meses. 

Depois do seu diagnóstico, todas as noites uma nuvem escura cobria as estrelas, me impedindo de implorar a elas que cuidasse de você. 

Lembro como se fosse hoje, seus olhos inchados molhavam meu moletom enquanto suas mãos seguravam minha roupa como se eu fosse sumir. Tentei ao máximo me manter forte, até te ouvir dizer em alto e bom tom a pior de todas as frases que você já proferiu: 

— Eu não quero morrer, Taehyung. Kim Taehyung eu não quero morrer agora. 

Todo meu esforço foi por água abaixo, nos tornamos dois meninos perdidos, chorando, sentados em uma cama com medo da morte. Medo de não poder viver nossa história. 

Da mesma forma que seu diagnóstico nos tirou toda a alegria, o início do tratamento foi como uma luz no fim do túnel. 

Sua mãe sabia sobre nós melhor do que ninguém, por isso sequer questionava nossas mãos entrelaçadas enquanto íamos ao hospital. 

Um pouco mais tarde, seus remédios começaram a aumentar significativamente. Mas mesmo assim, você não desanimou. 

Você era tão forte que me fazia pensar que tudo ficaria bem. 

Enquanto estávamos sozinhos no seu quarto, sonhamos com mil e uma coisas. Como seria nossa casa, carros, animais de estimação, viagens e filhos. Queríamos adotar duas meninas. Queria tanto que elas tivessem seus olhos. 

Em meio a tantas idas e vindas do hospital, uma melhora significativa aconteceu. Você ficou livre do hospital por alguns meses. 

Estávamos acabando a escola. Planejamos tanto nossa formatura, que até mesmo reservamos nossas roupas. Naquele mesmo dia, decidi que te levaria ao nosso primeiro encontro. 

Escolhi um restaurante que sempre víamos na televisão, juntei todo meu dinheiro, te deixei arrumar e caprichei muito em mim mesmo. 

Como você estava um pouco fraco pelo tratamento, sua mãe nos levou até lá com o carro dela, e assim, nossa melhor noite começou. 

Você estava lindo, seus olhos brilhavam mais do que nunca. Apesar de ter perdido peso por conta de todos os remédios, você parecia perfeito. Seus lábios eventualmente pálidos, sorriam pra mim, mostrando que apesar de tudo aquilo, você estava forte e pronto para vencer. 

Naquele dia eu te fiz rir o quanto pude. Contei minhas piadas ruins, falei sobre vídeos engraçados que você gostava e sobre como nossa professora de biologia estava cada dia pior nas aulas. Você riu tanto que sequer pensamos em qualquer outra coisa naquela noite, qualquer coisa que não fosse nós dois. 

Ao fim de tudo, decidimos dormir juntos, como nos velhos tempos. Escolhemos a sua casa por questão de precaução. 

Na noite mais linda que já vivi, com as estrelas nos olhando fixamente, com as mãos trêmulas e o coração acelerado, nos beijamos pela primeira vez. Nos entregamos como pudemos, afinal, ambos éramos novatos e sequer havíamos beijado alguém antes. 

Mesmo que parecesse estranho, nunca tive tanta certeza quanto naquela noite. 

Diante de uma plateia repleta de estrelas, eu te entreguei meu coração e me tornei responsável pelo seu. 

Aquelas semanas foram perfeitas, repletas de momentos inesquecíveis que me fizeram ter certeza de que eu tinha feito a escolha certa quando te chamei para almoçar comigo, naquele primeiro dia. 

Porém, eu que amava tanto as estrelas, esqueci que havíamos produzido energia demais, talvez por isso tudo tenha se desestabilizado tão facilmente. 

Da noite para o dia, de um final de semana perfeito para uma segunda-feira caótica. A ligação durou pouquíssimo tempo, o suficiente para que sua mãe me dissesse para correr para o hospital. 

Aqueles corredores brancos pareciam mais um pesadelo do que qualquer outra coisa. O quarto número vinte e nove estava cheio, mas ao meio dele, estava sua cama. Você tinha os olhos fundos e opacos, a pele tão clara quanto eu sequer imaginei ser possível. 

Sua mãe tentava conter as lágrimas pesadas demais enquanto seu pai conversava com o médico, que parecia não ter boas notícias. 

Diante de todo barulho daquela sala, tudo ficou mudo quando seus olhos grudaram nos meus.

Jeon Jungkook. O meu Gguk. Você estava sorrindo tão grande quanto da primeira vez que nos conhecemos. Foi diante disso que soube que aquela seria a última vez.

O relógio marcava duas e cinquenta e duas da manhã, já haviam se passado seis horas desde a minha chegada. Agora estávamos eu e você naquele quarto branco demais. Suas mãos geladas tocavam as minhas que estavam quentes, enquanto seus olhos opacos me olhavam atentamente. Havíamos conversado muito e depois de um instante de silêncio, em um fio de voz, eu te ouvi atentamente.

— Taehy, eu te disse aquele dia que não queria morrer, mas até mesmo as estrelas mais fortes se apagam um dia, não é? — Instintivamente meus olhos se encheram de lágrimas grossas e pesadas demais. — Se for hoje meu dia de apagar, continue brilhando por mim. Siga sendo meu brilho, Taehy. 

Seus olhos se fecharam lentamente quando minhas lágrimas caíram, molhando meu rosto de uma forma dolorida. 

— Eu sempre vou brilhar por você, Gguk. Sempre.

Suas íris castanhas me olharam de uma forma que nunca antes havia acontecido. Seu sorriso mais sincero foi pra mim, poucos instantes depois daquela grande máquina ao seu lado começar a apitar incansavelmente, em uma só frequência. 

Assim, a estrela mais bonita que já conheci, se apagou, levando consigo o brilho de todas as outras. 

Durante muito tempo, eu o amei muito mais do que achei que fosse possível. Eu o amei mais do que a distância entre a terra e a lua. Mais do que a distância entre a terra e as estrelas que dediquei a ele. Mais que todas as galáxias juntas. Eu o amei. Muito mais que a mim mesmo e muito mais do que posso descrever.

Eu sempre amei as estrelas. E você, Gguk, se tornou a minha estrela favorita."

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