04 - 80/20
❝Ele é convencional, você é místico
Eu sou uma criminosa, mas é espiritual
Eu não posso lutar contra esse desejo ardente
É isso que eu recebo por brincar com fogo❞ — 80/20 [ChloexHalle]
— Babe. -Diz surpreso e eu escuto passos apressados atrás dele. Se as pessoas morrerem de forma violenta perto de onde eu matei a loira no banheiro. A morte dela será apenas um infeliz ataque anafilático. Eu pego a arma mal colocada na cintura do moreno e atiro nos dois homens que aparecem assim que entram no pequeno beco. Eles caem no chão porque a minha mira jamais falha. Harry olha para trás e me olha novamente. Parece mais surpreso que antes e eu sorrio para ele.
Para nossa sorte, a arma está com silenciador, ele é um assassino atencioso.
— Que surpresa! -Digo com um sorriso largo no rosto.
— Você é mesmo uma garota má.
— Quer discutir isso aqui?
Ele nega e joga a mochila dele em um barco ao nosso lado, ele liga o barco e eu fico olhando para ele. Eu posso ir embora agora, sem o menor problema, tenho minha passagem de volta para Inglaterra. Contudo a pressa com que Harry ligou o barco e a agilidade em tirar a blusa suja de sangue e colocar outra limpa atiçou minha curiosidade. O anjo sem asas e o meu lado perverso se atrai com coisas desse tipo. O moreno dos olhos verdes me olha.
— Não vai entrar? -Pergunta e eu dou um pulo e entro no barco. Ele começa a dirigir o barco e eu vejo o ombro dele sangrando.
— Você está ferido.
— É, acho a bala entrou e saiu. -Diz e eu tiro a gravata do uniforme. Aquilo realmente passou a noite me incomodando. Vou até ele e tiro desabotoo sua camisa. — Dayse, eu gostaria de ficar o mais longe possível daqui.
— Vamos ficar. -Digo e ele me olha e depois volta a olhar para frente. Vejo as luzes azuis refletindo nele, é a polícia. Então Harry simplesmente me agarra pela cintura e me beija antes que eu pudesse colocar a gravata para estancar o sangue. Nós nos beijamos de verdade e intensamente. Ele segura minha cintura com firmeza e eu acabo trombando no painel do barco. Ele cola nossas testas e fica me olhando.
— O que está fazendo aqui?
— Não posso te contar. -Digo simples e amarro minha gravata no ombro dele. — E você?
— Não posso contar. -Diz e eu olho para ele.
— Eu matei duas pessoas por você. -Faço biquinho e ele sorri e faz carinho na minha bochecha.
— Durma com isso, Babe. -Diz. Eu suspiro frustrada e me afasto dele.
Me sento e pego meu celular. Mando uma mensagem para o número bloqueado.
Eu [22:15] Está feito.
BLOCKED ID: [22:20] Valor integral está depositado com gorjeta devido a entrega antes do previsto
Eu respiro fundo e olho para cima. É um céu estrelado e não está nublado. As estrelas estão livres para se mostrarem essa noite e a lua brilha intensamente e completamente. É uma noite bonita que não via fazia um tempo. Os dias são sempre nublados na Inglaterra. Aqui, contudo, o brilho das estrelas chega a tocar a água azulada e é bonito de ser. A brisa toca meu rosto e eu solto meu cabelo. Ainda está liso, mas eu acabei suando um pouco, o que indica que a minha raiz está ficando natural, encaracolada e talvez eu prefira meu cabelo natural pelos próximos dias. Fico olhando para o moreno que dirige o barco eu sei lá para onde.
— Você não vai me matar depois de eu ter te salvado, não é? -Digo e vejo ele sorrir um pouco.
— Não deveria entrar em barco de estranhos. -Adverte e eu me deito. Fico olhando para o céu.
— Minha amiga me disse a mesma coisa ontem. Não deveria fazer sexo sem camisinha com estranhos, agora tem um embrião na sua barriga. -Falo e o barco para de andar por um momento.
— Está mentindo.
— Embrião de duas semanas. O bebê é filho de assassinos. -Digo com a voz trêmula e olho para ele. Harry me olha imediatamente e parece mais chocado do que quando me viu matar os dois homens que tinham armas apontadas para ele. — Você vai matar a mãe do seu filho?
— Você... Grávida?
Então eu gargalho alto e tampo minha boca. Volto a encarar as estrelas rindo. Ele volta a dirigir o barco.
— Você ficou mais surpreso por pensar em ser pai do que com o fato de eu ter matado dois homens para te salvar. Uau. Crianças realmente assustam. -Falo e escuto ele resmungar algo. — Ah, não fica bravo comigo, Babe.
— Você é maluca, Dayse.
— É muito bom vê-lo novamente.
Harry dirigiu o barco por mais alguns minutos até pararmos em uma parte de Veneza que eu nunca vi na vida. Será que ainda é Veneza? O lugar parecia uma fábrica abandonada e ele apenas sai do barco e eu acompanho ele. Ele sobe a porta de aço manual da fábrica. O interior está completamente escuro e ele simplesmente entra. Eu olho para trás. O lugar está completamente vazio, se eu gritar ninguém me escuta. Eu olho para a tela do meu celular e fico aliviada por pelo menos ter sinal. Pelo menos eu posso ligar para a ajuda quando ele estiver sangrando por ter tentado algo comigo.
— Não vai entrar Dayse? -Me chama e eu entro. Ele acende a luz e me surpreendo pelo o lugar parecer organizador demais para uma fábrica abandonada.
Vários computadores, um quadro com várias fotos e ligações a foto feita por uma linha vermelha. Um assassino não faz isso. Bem, não apenas isso. O segundo andar está iluminado, mas eu não sei o que tem lá. Harry joga a mochila no chão e se senta cansado no sofá. Olho em volta e encontro uma caixa de primeiros socorros em cima de uma geladeira. Ele se esconde aqui há quanto tempo?
Eu vou até a geladeira pegar a caixa de primeiros socorros.
— Pega uma cerveja também, Dayse. -Pede e eu abro a geladeira. Tem cervejas, garrafas de água, pizza e algumas frutas. Pelo menos ele tenta manter o equilíbrio. Eu pego duas garrafas de cerveja. Vou até ele e me sento ao seu lado. O moreno pegou as cervejas da minha mão e as abriu com a boca cuspindo as tampas para longe. Ele bebe uma deixa e a outra no chão. Eu abro a caixa de primeiros socorros e tinha coisas demais lá. Inclusive adrenalina. Olho para ele e ele levanta as sobrancelhas.
— Sabe suturar? -Pergunta e eu aceno com a cabeça. Blue me ensinou como fazer isso. Não é sempre que eu vou ter uma médica ao meu lado. Ela me disse isso, então aprender algumas coisas com ela foi bom. Tenho que mandar uma mensagem para ela também, dizer que eu resolvi as coisas aqui.
— Sei sim. -Murmuro. Coloco iodo no algodão e Harry desamarra a gravata em seu ombro. Consigo ver melhor a sua ferida, mas ele está praticamente deitado no sofá. Mordo meus lábios e me sento no colo dele. O moreno bebe mais cerveja e olha para mim.
— Sabe que essa blusa deixou seus peitos mais gostosos. -Diz e passa a mão em um botão, desabotoando a blusa e eu dou um tapa na mão dele.
— Quieto. -Digo e ele sorri de lado e bebe mais cerveja. Eu olho para o ombro dele e realmente, a bala tinha atravessado.
— Vou poder brincar com eles depois? -Pergunta e não olho para ele. Apenas me inclino mais e meus seios ficam perto do rosto dele. — Babe não brinca assim. -Diz baixinho e eu molho a ferida dele com o iodo. — Porra Dayse!
— Eu disse quieto. -Falo e ele me olha bravo. — Se ficar bem quietinho eu deixo você brincar com eles. -Pisco e ele ri baixo negando com a cabeça. Eu limpo a ferida dele com cuidado e sinto os olhos dele em mim.
— Você atira bem. -Elogia e eu dou de ombro e mexo um pouco no colo dele. — Onde foi que aprendeu?
— Harry, você não responde minhas perguntas, não espere que eu responda as suas. -Digo e pego a agulha e a linha. Molho elas com álcool e ele respira fundo.
— Podemos trocar perguntas e respostas, babe. -Diz e eu olho para ele. Pego a cerveja no chão e bebo um gole generoso. — O que acha?
— Pode ser. Uma pergunta por vez e quando acabar, acabou. -Digo e ele concorda com a cabeça. Eu começo a suturar e ele geme de dor.
— O velho do asilo realmente te ensinou sobre identificar joias falsas?
— Sim. -Digo. Que pergunta idiota. Eu termino primeiro ponto e acredito que o moreno precise apenas de mais dois. — Você é um assassino de alguma firma?
— Não sou assassino, babe. -Diz e eu olho para ele curiosa. — Você é?
— Sou. -Digo e começo o segundo ponto. — Você faz o quê?
— Dou golpe em milionários idiotas. -Fala e eu solto uma risada. — É sério, Dayse. Principalmente quando estão bêbados em cassinos. -Olho para ele e sorrio divertida. O moreno sorri também. O maldito tem um sorriso lindo, mas logo continuo a suturar ele, preciso de atenção com isso e o fato dele estar quieto apenas ajuda.
— Estava aqui a trabalho? -Pergunta, olho para ele.
— Sim.-.Digo e eu olho para o quadro da fábrica curiosa
— O que aquele quadro está procurando?
— Um culpado. -Diz e olho para ele curiosa. — Uma pergunta por vez, Dayse. -Adverte e deixa a garrafa de cerveja no chão. Ele toca minha cintura e passa a mão delicadamente. — Você gosta de matar?
Fico em silêncio e termino o segundo ponto.
— Babe.
— No início sim. -Digo baixinho. — A adrenalina e eu sentia que estava fazendo justiça, eram maçãs podres de entidades que nem a mídia conhece. Só que depois... -Respiro fundo. —Quando alguém morre. Não tem nada de espiritual, é só a vida desaparecendo. Um corpo morto na sua frente e nada mais além de você com sua vida completa tirando a vida de outras pessoas. -Digo e começo o terceiro ponto. Sorrio divertida. — Quem liga? Pelo menos pagam bem. Foda-se é bom matar. -Digo e ele toca meu queixo. Olho para ele e Harry se inclina. Ele me beija devagar e eu retribuo o beijo. Ele acaricia meu rosto enquanto me beija, mas eu tenho que terminar a minha sutura. Por isso afasto ele de mim e ele fica me olhando com um olhar enigmático. Qual é, eu não posso ter saído tão melodramática assim.
— Minha vez. -Sorrio e ele fica me olhando atento. — Procurando o culpado de que?
— Da morte de alguém que eu amava. -Diz e eu levanto as sobrancelhas.
— Um romântico vingativo. Fofo. -Sorrio e assim que eu termino o ponto eu pego o curativo e coloco.
— Você é sempre sarcástica assim?
— Vai desperdiçar sua pergunta assim? -Encaro ele quando coloco mais iodo em um algodão limpo. Ele fica me olhando.
— Você acha Bonnie & Clyde legal? -Pergunta e eu solto uma risada baixa e começo a limpar a parte de trás do ombro dele. Isso foi uma pergunta aleatória.
— Sabia que no Brasil eles tem o Lampião e a Maria Bonita? -Pergunto e ele fica me olhando curioso. — Eles estavam contra o governo.
— Bonnie & Clyde começaram por causa de uma crise econômica.
— E blá blá blá. -Digo desinteressada e coloco a linha na agulha. — A questão é que eles tinham algo para o que lutar. Uma ditadura de coronéis. -Explico e ele fica me olhando.
— Você tem algum motivo para lutar?
— Não é você que pergunta.
— Você nem respondeu minha primeira pergunta. -Protesta, rápido e afiado. Dou de ombros.
— Acabou. Sem mais perguntas. -Digo e ele suspira baixinho.
Depois de alguns minutos, eu termino de suturá-lo, pego a cerveja e a bebo. Felizmente, ela não estava quente. Contudo, por não estar completamente gelada eu consigo sentir mais seu gosto amargo. Olho para o moreno e ele fica me olhando e sorri de lado.
— Obrigada Dayse.
— Não há de que, Clyde. -Brinco e ele olha para meus seios. — Não sei se você ficou quieto.
— Sabe sim. -Ele me ajeito no colo dele me deixando em cima do pau dele. Eu sorrio sentindo ele duro. O moreno sorri também.
— Você deveria repousar. -Digo e começo a desabotoar minha blusa. Ele passa a língua nos lábios.
— Eu estou repousando, Babe. -Sorri e passa a mão na minha barriga e vai subindo. Eu tiro minha camisa.
Ele sobe a mão até meu sutiã e o tira. Harry aperta meu seio e se inclina chupando um deles. Eu rebolo devagar e ele aperta mais meu seio com sua mão. Sorrio e continuo a mover meu quadril em cima do pau dele. Ele mordisca meu mamilo e eu acabo gemendo baixinho. Harry desce sua mão e a coloca para dentro da minha calça, ele passa a mão pela minha calcinha.
— Você já está encharcada, Babe?
— É que matei aqueles homens. -Pisco e ele sorri negando com a cabeça. Harry desabotoa minha calça e saio de cima dele a tirando. Ele começa a tirar a calça e eu beijo o peitoral dele, passando minha língua e começo a tirar a calça dele por ele. O moreno sussurra meu nome e eu volto a sentar no colo dele.
Contudo, antes que eu pudesse continuar a me esfregar nele, Harry me puxa e eu deixo os meus joelhos apoiados no braço do sofá, o moreno afasta o tecido da minha calcinha da minha pele e logo a língua dele começa a fazer o jogo divertido comigo. Quente e úmida me tocando intensidade. Eu levo minha mão até o saco dele e começo a massageá-lo. Harry me chupa e eu gemo alto. Ele segura minha coxa com as duas mãos enquanto me chupa. Prendo minha respiração, o moreno me chupa com mais intensidade e o prazer vem mais alto para mim. Os gemidos começam a sair dos meus lábios sem qualquer pudor, enquanto ele me segura com firmeza e me chupa com intensidade.
Eu continuo a massagear o saco dele, até abaixar a cueca dele e segurar com firmeza seu membro duro. Eu começo a masturbar ele também.
— Porra. -Um gemido sai da boca dele.
— Continua. -Peço e ele beija minha virilha. Harry solta uma das suas mãos de mim e me penetra com dois dedos de uma vez. Eu gemo mais alto e ele começa os movimentos os dedos em mim, acaba soltando o membro dele e arranho seu abdômen. Eu levo minha mão até meu clítoris e começo a me estimular enquanto ele mexe os dedos em mim. A minha perna treme e eu sinto meu orgasmo, mas ele não para.
Um gemido mais alto sai da minha boca e ele continua. Um arrepio por todo meu corpo e eu tremo mais. Começo a mover meu quadril com mais desespero e Harry segura minha coxa com mais firmeza quando todo meu corpo treme e eu melo a mão dele. Fico ofegante por alguns segundos e tremo quando ele toca no meu clítoris continuando a me estimular.
— Você não tem ideia do quanto é deliciosa, Dayse. -Diz e eu volto a sentar em cima do membro dele e me esfrego devagar em cima dele.
— O que mais eu sou? -Pergunto e ele segura meu cabelo.
— Uma garota má. -Diz e mordisca meu ombro me fazendo tremer. Harry se inclina e me beija. — Tudo bem ser sem camisinha de novo?
— Uhun. -Digo baixinho. Harry segura meu rosto.
— Você é perfeita, Dayse. -Diz. Harry posiciona seu pau e eu apenas deixo ele entrar em mim.
Começo a rebolar e ele segura minha cintura com uma mão enquanto aperta meu seio com a outra. Começo a ir com mais intensidade à medida que eu noto ele mais desesperado e dessa vez ele pareceu entrar na necessidade de me sentir mais rápido do que das últimas vezes. Como se cada vez mais que nós fizemos isso, mais viciados um no outro nós ficamos e tem algo fervendo quando a pele dele entra na minha, mergulhando em mim. Mergulhando no meu pecado enquanto o moreno entra no meu espírito me olhando com toda a luxúria que ele é. Essa merda é louca, mas viciante e intensa e eu não faço outra coisa a não ser continuar.
É como se ele tivesse o que estava faltando, no sentimento carnal. Porque merda, o sexo com ele é excelente. E agora, saber com certeza que ele tem esse lado perigoso apenas deixa as coisas mais intensas, espiritual e criminal.
Há algo mais excitante nele desde que eu vi sujo de sangue com uma arma na cintura. Ou quando eu suturei ele e ele não fez o drama de gritar. Ele diz que eu sou a garota má, mas quem está sendo malvado aqui é ele com todo seu mistério me rodeando de glória quando me fode bem dessa forma.
Harry segura minha cintura com firmeza quando sua perna treme e eu sei que ele está quase lá. Então ele me impede de mover o meu quadril. O moreno começa a me estocar sem o menor pudor enquanto geme. Eu também gemo e ele acaba gozando em mim poucas estocadas depois. Eu mordo meus lábios sentindo o líquido dele me invadir. Olho para ele, o moreno está respirando pela boca e eu passo a mão no cabelo dele.
— Tem um colchão maior lá em cima, Babe. -Avisa e eu aceno com a cabeça. Um sorriso safado brota em meus lábios e ele me puxa pela nuca me beijando mais uma vez.
Continua...
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