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03 - In the Night



❝Completamente só, ela estava vivendo
Em um mundo sem fim ou começo
A garotinha estava vivendo a vida pela sensação❞ 
— In the Night [The Weeknd]


Harry está dormindo na minha cama e eu fiz um curativo no corte dele. Não foi fundo e não vai precisar de pontos, então não foi a perda de sangue que o fez desmaiar. Eu me pergunto se ele é algum tipo de drogado que exagerou na dose e se envolveu em uma briga. Só que não faz sentido um drogado ter um físico tão saudável quanto ele aparenta ter. De toda forma, eu estou sentada na cadeira do meu quarto observando ele adormecer e pensando em alguma desculpa para dizer a Blue quando ela chegar e encontrar um homem ferido na minha cama. A minha amiga vai enlouquecer. Não é comum receber visitas ou trazer pessoas para cá. Nosso acordo e tanto eu como Blue sabemos seguir ele. Entretanto, o meu sexo casual está dormindo na minha cama porque feriu sabe-se como.

Solto um suspiro, loucura e nem tomei banho ainda.

Como o moreno dos olhos verdes está quieto na cama eu pego minhas roupas mais folgadas e vou até o banheiro. Eu acabo tomando um banho um pouco mais rápido que o habitual, apenas para me limpar e não para relaxar com alguns minutos a mais que eu me permito ter normalmente na banheira com água bem quente. Quando eu saio do banheiro eu me sento na cama e olho para mochila no chão. Eu não abri ela, mas eu vejo algo brilhando pois a luz do corredor bate na mochila e isso atiça minha curiosidade. Gostaria de entender qual é o tipo de problema que eu permiti que entrasse dentro da minha casa. Puxo a mochila e olho para trás observando Harry ainda dormindo, mordo meus lábios e abro mais mochila.

Fico chocada quando eu vejo alguns diamantes, como ele conseguiu tantos diamantes assim? Ele sequer parece ser um milionário, mas essa mochila me aponta o total oposto. Quem ele é? Eu começo a abrir o outro bolso, mas antes que eu pudesse ver o que tinha lá, a mão dele segurou meu pulso com força e eu tremo um pouco.

— Babe você não quer fazer isso. -Sussurra e eu me arrepio. Uma pequena onda de medo percorre pelo meu corpo pelo tom sério da sua voz. Solto a mochila e me viro. Olho para ele e o moreno está com seu rosto bem pertinho do meu. A sua respiração quente bate em minha pele e eu olho para os olhos dele. O verde está mais escuro, mais sério e levemente assustador. Ainda sim intenso e ele se prende ao meu olhar castanho, não há como sair disso uma vez que entra.

— Por que você tem tantos diamantes? -Pergunto curiosa.

— São falsos. -Ele responde rápido, mas eu sei que é mentira.

— Não são não.

— Como você sabe? -Pergunta e levanta um pouco as sobrancelhas.

— Porque eu trabalho em um asilo e Ronald era avaliador de joias. Quando ele foi diagnosticado com Alzheimer quis me ensinar como avaliar as joias, o que era falso e o que não era. -Digo e morde os lábios e fica me olhando atento.

— Então você sabe quando é falso e quando não é? -Pergunta e parece curioso. Aceno com a cabeça. O moreno pega a mochila e faz uma careta de dor. Ele tira um colar com uma pedra vermelha da mochila e coloca na minha mão. — É rubi mesmo?

— Não é assim que funciona, eu preciso ver dentro dela. -Digo e fico olhando para a pedra, mas ela é opaca demais e parece de vidro. — Mas parece de vidro. Você pode bater nela com um martelo se quebrar na primeira batida com certeza é vidro e não rubi.

— Eu sabia! -Diz bravo e eu me assusto. — Aquele filho da puta me passou a perna.

— Quem?

— Ninguém que importa. Diz e pega o colar da minha mãe. Ele coloca de volta na mochila e fecha. — Eu tenho que ir. Obrigada por cuidar de mim, Babe. -Fala e beija minha testa.

Olho-o confusa e dessa vez seguro o pulso dele.

— O que está acontecendo?

— Não seja tão curiosa Dayse.

Então ele vai embora.

[•••]

É uma noite de sábado e eu estou em outro clube essa noite, não quero encrenca e Harry parece ser uma encrenca enorme. Infelizmente, o sexo com ele era muito bom para eu conseguir me livrar das lembranças dos nossos encontros sexuais. Por isso meu objetivo é encontrar algo tão gostoso quanto foi com ele, mas até agora nada além de flertes mal feitos por homens de personalidade duvidosa.

Acabo me olhando no espelho do banheiro e soltando um suspiro frustrada, penso em como essa noite vem sendo desanimadora. Poderia estar me divertindo na pista de dança, mas talvez essa noite de sábado seja apenas assistir um filme deitada na cama enquanto como besteira. Com certeza, devo fazer isso, é melhor do que perder mais do meu tempo aqui. Antes de sair do banheiro, eu passo o batom vermelho na minha boca. Olho para meu celular e penso em pedir um uber para ir embora. Olho para janela do banheiro e vejo a noite nublada, vem chuva aí e está tarde também. É melhor ir para casa, para minha cama e ver um filme comendo pizza.

Saio do banheiro olhando para tela do meu celular para pedir o uber, mas meu corpo acaba se chocando com o de outra pessoa e suspiro brava.

— Se não quisesse se chocar com ninguém, deveria olhar para onde anda, Babe. -Diz. Viro-me e encaro o moreno. Roupa de couro e posso jurar que ele está com um pouco de batom na boca. Mas borrado, o que indica que ele estava beijando outro alguém, algo que encrencas fazem.

— O que você está fazendo aqui?

— Beber, fuder, me divertir. Coisas que as pessoas fazem em um clube noturno. Coisa que fizemos. -Diz e dá de ombros. Nego com a cabeça e noto que o corte do seu rosto está mais cicatrizado. Respiro fundo e ele se aproxima de mim.

O homem segura a minha mão e eu olho para nossas mãos juntas. Mordo meus lábios e ele se aproxima mais de mim. Sinto o cheiro da sua colônia cara e vai ficando mais quente a cada toque.

— Qual é Dayse. -Sussurra e ele segura meu rosto. Fico olhando para os olhos dele. Verdes e intensos. A pouca luz do corredor e o ar quente daquele ambiente fechado. Meu cérebro acaba se lembrando de como ele suava e de como eu me sentia. — Você gosta, Babe. -Raspa os lábios nos meus e eu fecho meus olhos. Ele sobe seus lábios e chupa o lóbulo da orelha e depois beija a lateral do meu pescoço. Tremo um pouco. — Então não dificulta as coisas.

Anjos sem asas.

Acabo me entregando a um essa noite.

[•••]

Acordo na manhã seguinte no mesmo quarto de sempre quando passo minhas noites com ele. Eu respiro fundo e coço minhas pálpebras, dessa vez, o sol nem nasceu e ele está dormindo profundamente ao meu lado. Um ronco baixinho sai da sua boca e a sua colônia cara ainda está bem impregnada na sua pele porque consigo sentir o seu cheiro delicioso perfeitamente. Eu coloco a mão na minha barriga e respiro fundo mais uma vez antes de me levantar. Eu pego o celular na pequena cômoda ao lado da cama e vejo uma notificação de um número bloqueado. O meu coração acelera. Faz anos que eu não recebo mensagens de números bloqueados, que merda. Era para isso ter acabado dois anos atrás. Só que uma vez marcada, sempre marcada.

Leio a mensagem.

BLOCKED ID [04:59]: Ache-me na pedra de sempre, Dayse.

Passo a língua nos lábios e olho para trás, o moreno está dormindo e vira seu corpo ficando de costas para mim. Está na minha hora de ir e eu vou.

Não vou direto para casa, mas aviso a Blue que eu recebi uma mensagem do trabalho e ela entendeu de qual trabalho se tratava.

Agora, eu ando pela trilha do trem.

O sol começa a nascer, mas a neblina está por todo lado, o assobio dos animais e o cheiro de terra molhada naquela floresta vazia de pessoas preenchem o lugar. O céu ainda está nublado e eu acredito que serão dias chuvosos no final do verão. Como sempre nessa parte da Europa. Por sorte, eu estou usando um sobretudo bem quente. Ele é a minha maior salvação desse lugar frio.

Continuo andando naquela trilha de trem e o som do meu salto batendo no metal chega a me incomodar muito mais do que o assobio dos animais e o ar misterioso que a floresta vazia tem. Quando eu finalmente chego perto do lago vou até a uma pedra cheia de musgo. Respiro fundo antes de continuo a andar até ela. Eles deveriam fazer isso melhor, digo, vir para essa floresta vazia apenas para receber o meu objetivo chega a ser antiquado demais. Porém, é para manter a segurança e o sigilo da firma. Além disso, esse tipo de correspondência que irei pegar não passa pelos correios ou pelo banco de dados de um sistema eletrônico, é discreto e eu sou apenas uma mulher em um lago em uma manhã de domingo. Não há nada de errado nisso, afinal eu estou aqui para apreciar a neblina por cima da água e escutar os assobios dos animais. Respirar o ar fresco e glorificar a natureza. Todo esse blá blá blá.

Entretanto, foram dois anos sem nenhum serviço, o que raios eles querem agora?

A firma realmente nunca dá um descanso digno aos seus funcionários. Eu me agacho ao lado da pedra de musgo e levanto outra pedra. Pego a carta que está embaixo dela e abro.

Quase cinco mil libras em dinheiro vivo e uma foto. Apenas 5% do pagamento total. É o que está escrito atrás da foto. Olho para imagem e vejo uma mulher loira, o cabelo é curto e ela está usando um terno cinza e uma saia longa. Bastante formal, os olhos castanhos olham para frente enquanto o telefone está na orelha e em baixo da sua foto tem o seu nome e a sua localização.

Veneza. Pelo menos não estão me mandando para Tailândia.

Meu celular vibra e eu olho para a mensagem.

O gostoso do clube [05:55] Permiti salvar meu numero do meu celular, para quando você fugisse de mim.

O gostoso do clube [05:56] Você fugiu antes do café da manhã, Babe.

Eu [05:58] Tenha sorte em me encontrar novamente.

[•••]

Faço careta quando Blue aplica a injeção anticoncepcional em mim. A minha amiga dos olhos amendoados, com os cabelos ruivos preso em um coque me olha brava.

— Sexo sem camisinha com um estranho, Dayse? -Diz brava e pega os papéis na mesa. Lendo meus resultados. Eu respiro fundo e ela nega. — Nenhum embrião e nenhuma IST. -Me entrega os papéis com o resultado dos meus exames e eu sorrio para ela.

— Noite passada foi com camisinha. -Digo como se isso pudesse fazer com que ela sentisse menos raiva de mim, mas minha amiga ruiva apenas negou com a cabeça.

— Seja cuidadosa, essas injeções ajudam a você não ser mãe por acidente, mas você pode pegar alguma infecção sexual. -Diz e caminha para descartar a seringa e a agulha. — As passagens para Veneza estão na minha gaveta. Irei dizer a Edward que você está com clamídia. -Diz e eu mando o dedo para ela. Blue manda um beijo para mim enquanto descarta a seringa e a agulha.

— Vou ser cuidadosa, Blue. Eu sempre sou, esqueceu?

— Não me esqueci e você sabe, pode me ligar se algo acontecer. Veneza e Manchester não são lugares tão longes assim. -Diz e eu aceno com a cabeça.

Abraço minha amiga e beijo a bochecha dela. Blue se afasta rapidamente de mim com certo desprezo, ela odeia demonstração de afeto, mesmo estando sozinha comigo em uma sala de consulta médica.

— Você sentirá saudades, Blue! -Pego minha bolsa e saio da sala. Contudo, não escuto nenhuma resposta da ruiva, mas eu sei que ela me adora. Sou a única família dela, afinal.

[•••]

A música do ambiente toca. É uma melodia sofisticada para um hotel caro em Veneza, o som do violino deixa tudo melodramático demais. As pessoas de vestidos longos, ternos caros e acessórios brilhantes e expansivos me fazem sentir no século passado. Eu, no entanto, estou apenas usando meu uniforme da equipe do buffet e entregando as bebidas para pessoas milionárias que estão nesse lugar. Uma reunião sobre destruir uma floresta no Fiji para construir um hotel caro para pessoas que podem pagar dez milhões para se hospedar por dias em um paraíso natural. Minha firma não faz nenhuma justiça ambiental. Qual é, se fizesse eu não estaria aqui servindo para milionários sexistas e mulheres brancas racistas. Estaria suja de tinta vermelha protestando no lado de fora do hotel e tem uma dúzia de pessoas fazendo isso lá fora. Só que nada impactante o suficiente para que essa construção pare, o que é infeliz.

A minha empresa está mais preocupada com o prejuízo que Robyn Wayne pode provocar com esse investimento. Não é a primeira vez que ela traz prejuízos para minha firma, além disso, ela está fazendo barulho demais e atraindo atenção sem necessidade. Eles odeiam isso. Odeiam pessoas fora do trilho. Eu sou apenas um peão e consigo sair porque eu já fiz muita sujeira sem deixar poeira. Eu jamais deixo poeira. Além disso, eu consegui ficar dois anos sem trabalho assim, mas eles voltaram e me chamaram e isso me irrita, eu não quero mais. Só que estou presa a isso de alguma forma. Nem sempre é fácil sair uma vez que a gente se marca, mas jamais impossível, apenas não tive vontade de fazer. Ter moedas de troca às vezes compram liberdade. Eu tenho as minhas, só quero o motivo certo para usá-las.

Vejo a loira de vestido azul indo até o banheiro e aviso a uma das pessoas do buffet que preciso de uma pausa para fumar. Eu não preciso ser escandalosa, apenas rápida.

Entro no banheiro e vejo a loira retocando a maquiagem, ela me olha.

— Acredito que não pode usar esse banheiro. -Diz e franzo minha testa.

— A segregação ficou no século passado, madame. -Falo e me aproximo dela. Ela me olha surpresa e sorri de lado.

— De toda forma, eu estou indo. -Passa por mim.

— Indo para onde? -Pergunto.

— Querida, você não é detetive para esse interrogatório.

— Tem razão, seria sua sorte se eu fosse. -Fico atrás dela e aplico a injeção no pescoço dela. Blue disse que é uma agulha bem fina, pode parecer que foi apenas uma picada de mosquito e como ela esteve em Fiji dias atrás, o legista pode se confundir e não desconfiar que estou a envenenando com isso. — É horrível ter alergia a camarão não é querida? -Digo quando ela cai para trás. — Péssimo erro do restaurante do hotel. -Digo chateada e dou passos para trás e observo ela ter o choque anafilático.

A mão vai ao pescoço quando ela se sufoca sozinha, os olhos castanhos vão perdendo o brilho e o rastro de vitalidade que tinha nela vai ficando cada vez menor até deixar de existir. Apenas um corpo em um banheiro. É uma pena que eu não pude continuar a discussão sobre segregação seria interessante saber qual é a opinião dela sobre o famoso discurso do Martin Luther King. Infelizmente, não tivemos tempo para isso, quem sabe outro dia em outro lugar. Ou não. Não sei se quero encontrar cada uma das pessoas que eu matei.

Escuto vozes e saio discretamente pelo banheiro, em uma saída vazia onde não havia ninguém além de mim. Sou cautelosa com as câmeras e felizmente o uniforme do buffet me auxilia nesse quesito.

Eu saio pelos fundos do hotel, é uma noite estrelada aqui fora e eu fico olhando por um tempo para as estrelas, eu tiro o terno daquele uniforme do buffet e relaxo a minha gravata, aquilo realmente me incomodou a noite inteira. Começo a andar por aquela cidade de água. Eu penso em entrar em um bar que estava aberto. Eu realmente preciso de um pouco de álcool em meu corpo, comemorar que eu fiz o meu trabalho e que eu o fiz bem. Entretanto, algo me chama a atenção.

Eu o vejo correndo, dois homens atrás dele e parece uma cena curiosa. Novamente, Harry parece estar fugindo, mas os homens estão armados e optam por não atirar agora porque chamaria muita atenção. Eu acabo acompanhando aquela perseguição de gato e rato. Há realmente algo intrigante nele e afinal, ninguém carrega pedras preciosas em uma mochila por nada. Tem um preço e o moreno parece estar pagando ele. Acompanho aquela fuga e acaba entrando em um beco que vai me deixar de encontro a ele, mas acabo calculando bem errado o momento do nosso encontro, porque ele acaba trombando em mim e eu bato minhas costas contra a parede.

Que merda!

Levanto minha cabeça e os olhos do moreno me olham surpresos. Ele está suado e a blusa dele está suja de sangue. Então ele é a merda de um assassino? 

—Babe! 

Continua... 

Notas: Oioi meus anjos como estão?

A assassina então questionou: Ele é a merda e um assassino? Contudo, ela não se referia a própria. 

Espero que tenham gostado. Anna. Xx

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