Banheira
|Please don't play with
my pure heart.
I am a naive
A girl in love
— Girls, Nature
"Sohee sorria enquanto estava sentada no último degrau de sua casa, observando o fim da rua aguardando que seu namorado aparecesse. Sentia-se animada e alegre, transbordante de amor, querendo novamente ouvir da boca dele a simples frase 'Eu te amo'.
Viu o jovem rapaz se aproximando, então levantou-se e arrumou o vestido branco de renda, logo depois colocando o cabelo para trás do ombro e acenando. Em pouco tempo já estava nos braços do namorado enquanto ele fazia carinho nos fios lisos e castanhos da garota. Embreagando-se no cheiro forte do perfume masculino, Sohee estava feliz de ficar ali com um pouco mais de contato físico.
— Eu tenho algumas coisas para fazer em casa, não podemos ficar lá hoje ao invés da sua? — O garoto perguntou brincando com o botão das costas do vestido de Sohee, que não se incomodou com a ação e apenas concordou em ir.
Com os dedos da mão entrelaçados, os dois amantes seguiram o caminho das árvores e rua de paralelepípedos, sentindo o calor do tempo primaveril, faltando pouco mais de três semanas para o início do verão. Sohee estava animada e inquieta, esperando ansiosamente chegar na casa de seu amado, enquanto ele, malicioso demais para a mente inocente da garota, planejava centímetro por centímetro do que faria, torcendo para que ela concordasse, caso contrário não suportaria ter que forçá-la a fazer tal coisa, mas sentia que estava em seu direito, eram namorados afinal.
Os pais do garoto não estavam em casa, o deixaram sozinho na casa, como não tinham empregados, estava literalmente só no grande casarão do fim da rua. Tudo arquitetado nos mínimos detalhes, desde o que faria até em qual ponto chegariam, mesmo que ele tivesse ciência da probabilidade de não parar ali. Ele sabia da inocência da garota que acabou de entrar na adolescência, estava disposto a mostrar-lhe um pouco mais da vida, mesmo que fosse de uma forma forçada, torcendo para não precisar usar da brutalidade.
Avistando a casa, Sohee acalmou a inquietação, começando a ficar mais tranquila e calma, incluisve parando de contorcer os dedos contra o tecido da roupa. Um sorriso surgia no rosto do mais velho, enquanto percebia o que estaria por se aproximar. Abriu a porta de forma um tanto bruta, que assustou um pouco a garota, mas deu a desculpa de um problema com a fechadura. Levou a garota até o sofá da sala, branco e fofinho, onde começou novamente a acariciar os cabelos da namorada.
O garoto estava ansioso, queria cada vez mais o corpo dela no seu, mas quis ir com calma. Desceu os carinhos até as costas dela, próximo ao fecho do sutiã, mas ela estava distraída demais na sensação de estar próxima a ele que não reparou. Parando na cintura, o jovem rapaz puxou a garota para o colo, dando um selinho nos lábios avermelhados e pequenos de Sohee seguido por uma carícia rápida na bochecha dela.
A garota estava se sentindo bem nos braços de seu namorado, se arrepiando de leve com o toque dos dedos dele em sua pele clara, assim como a respiração que batia brevemente em seu pescoço. Encolhendo-se um pouco mais perto dele, sorriu sentindo o cheiro do perfume e roupa lavada, assim como a textura da blusa fina que ele vestia. Aproveitando da proximidade inocente de Sohee, ele a puxou para o colo, forçando as pernas dela contra sua coxa.
— Amor? — Ela perguntou com a voz um pouco falha e baixa, achando estranha a forma em que ele estava se comportando em relação a ela, ainda mais com seu corpo e partes que não esperava ser tocada nem tão cedo. — Posso descer? Por favor. — Pediu tentando soltar os braços dele de sua cintura.
— Claro, amor. Desculpe-me. — Colocou a garota no sofá, tomando um pouco de distância.
— Não, não, tudo bem. — Colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha. — Posso tomar banho? Hoje está muito quente.
O garoto sorriu, vendo ali a oportunidade perfeita para o seu plano começar. Era costume dela se banhar em sua casa, já que muitas passava a noite lá, então sabia que a garota nunca deixava a porta trancada, não seria diferente agora.
— Pode ir. Acho que tenho roupa sua aqui ainda, irei procurar. — Beijou a testa da menina, levantando-se e indo até o quarto.
Sohee foi para o banheiro, tirando o vestido branco e deixando em um ganchinho que ficava na porta. Encheu a banheira com água, o que foi rápido por ela ser pequena, e tirando o resto de roupa que sobrava, entrou finalmente no banho, mas antes pegou o sabonete dela que ficava guardado em uma saboneteira vermelha. Fechou os olhos, relaxando enquanto tentava esquecer tudo ao seu redor.
Seu namorado abriu a porta, ignorando completamente a situação da garota, que tapou o corpo com os braços e as mãos. Ele deixou as roupas dela no mesmo gancho em que o vestido, mas não saiu.
— Você pode sair? Por favor. — Falou tentando se esconder mais.
— Ah, meu amor. — Foi até Sohee, se abaixando até poder encostar no cabelo molhado dela. — Eu queria experimentar uma coisa, agora vendo você, tão linda aqui, quero fazer.
— O quê? — Perguntou, logo em seguida sendo beijada em seus lábios e sentiu o dedão dele passeando pela bochecha.
O namorado da garota entrou na banheira depois de tirar as roupas, beijando Sohee novamente. Ela estava nervosa e jogava água em cima dele, tentando o afastar, enquanto ele tentava ser carinhoso com a namorada. Sohee aproveitou o carinho um pouco, até sentir uma parte dele na sua, deixando-a desconfortável.
— Eu não quero agora, sai. — Finalemente conseguiu o afastar. Ele a encarou, sorriu e voltou para cima da garota.
E depois do 'não', tudo que deveria ser carinhoso e com amor, tornou-se o pesadelo que poderia ter acordada, desespero e dor."
Yubin observava a garota contar a sua história, sentindo a intensidade de suas palavras. Após ficar desconfortável, pediu para ela parar, pois entendeu o que tinha acontecido ali.
— Como você se sentiu? — Perguntou agarrando as pernas contra o peito.
— Doeu além do físico, senti que não iria aguentar e tirei a água da banheira, enchendo de novo com uma limpa, terminei me afogando, então não lembro muito mais. — Contou ficando de joelhos na banheira. — Eu fui precipitada, mas sinto que foi melhor assim. Não gostaria que você passasse pelo mesmo. — Tocou a bochecha de Yubin, observando os olhos cheios de lágrima da garota. — Pode ir embora quando quiser, está bem?
Yubin fez que sim, sendo ajudada por Sohee a levantar da banheira e sair da mesma. Com as mãos entrelaçadas, a menina com cabelo curtinho levou Yubin até o cômodo vizinho, onde Hyejun a aguardava sentada na borda de uma cama, usando um vestido da mesma cor que o seu, em um modelo parecido também. Observou Sohee saindo do quarto após ver que Yubin estava em segurança, dando-as um pouco mais de privacidade, mesmo já tendo ouvido a história de Hyejun.
Hyejun levantou-se e foi até a jovem garota, pegando a mão da mesma e levando-a para a frente da cama. Puxando o lençol branco que a cobria, revelou ali uma réplica pequena de um jardim, cheio de grama e flores pequenas. Viu que Minjung já estava encostada na porta e subiu na cama com Yubin, organizando mentalmente casa palavra que usaria. E foi acariciando o cabelo dela que começou a contar.
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