5
Midoriya estava no corredor com Neito na parede, ele estava um tanto aborrecido, afinal, não tinha ganhado tanta atenção do mais velho como ele gostaria naquele dia. Ele era tão carente quanto os demais maridos, então gostava um pouco de ser paparicado.
— Não fique triste, sabe o quão fico excitado em vê-lo assim... — sussurrou próximo ao ouvido do outro que se arrepiou inteiro.
— Céus, você não cansa? Você estava até agora com Denki e Tetsu! — colocou as mãos no peito de Midoriya com intuito de afastá-lo, mas acabou grunhindo ao sentir uma das mãos do maior em sua intimidade.
— Ora, Neito, já está duro e eu nem fiz muita coisa... — falou próximo do ouvido do rapaz, mordendo o lóbulo em seguida. Assoprou fracamente e assistiu Neito fechar os olhos e suspirar; Izuku estava fazendo uma "leve" masturbação nele. — Só com minha voz já consigo lhe deixar assim?
— Izu... uh... p-por favor... — murmurou manhoso. Midoriya acelerou os movimentos; odiava o fato dele ter tanto controle sobre si.
— Que tal mostrar para as belas moças que trabalham nesse palácio o quanto você geme? — aproximou a boca do pescoço de Neito e lambeu lentamente ali, para depois mordê-lo com vontade. O pegou com força pela cintura e o colocou na parede, apoiando cada perna em seus ombros.
— N-Não! — tentou desviar o corpo de Izuku que parecia um sanguessuga sedento. — Seu arrombado! — simplesmente odiava plateia e Midoriya adorava fazer aquilo onde mais havia pessoas aos arredores só para provocá-lo.
— Olha como está pulsando... — começou a retirar o belo kimono azul que o rapaz usava, expondo o membro dele que já possuía o pré-gozo. Neito lhe empurro novamente.
Midoriya deu uma lambida no falo, sentindo o corpo do menor tremer. Neito escondeu o rosto com as mãos e conteve um gemido manhoso.
Ele então envolveu todo o membro com a boca, sentindo as mãos segurarem com força seu cabelo enquanto o rapaz gemia. Midoriya dava sucções fortes e rápidas fazendo Neito gemer cada vez mais, pedindo por mais carinho, levou dois dedos até a boca dele que os chupou sem desviar o olhar, deixando o clima bem mais quente.
Depois de sentir os dedos já bem lubrificados, os levou na entrada tão conhecida, colocou o primeiro dígito e ouviu o amado ofega. Voltou a chupá-lo com mais força enquanto o preparava adequadamente. Não demorou muito para que Neito gozasse em sua boca.
O maior afastou o rosto e lambeu o lábio encarando o parceiro que estava vermelho e bem ofegante, a roupa praticamente pendurada em seu corpo, mais um pouco ficaria nu naquele lugar.
— Temos um problema — Inasa falou em alto e bom tom no fim do corredor.
Neito gemeu irritado, já que estava praticamente pronto para uma possível foda. Izuku retirou os dedos com cuidado e colocou de volta no chão. Neito arrumou sua roupa e olhou feio para o mais velho.
— Não queria atrapalhar, sabe muito bem que adoraria participar.
— Porra, isso é conspiração! — Neito reclamou enquanto tentava recuperar o fôlego e se arrumar adequadamente. — O que aconteceu de tão urgente?
— Escravos no portão principal. Acho melhor dar uma olhada — Inasa avisou, vendo seu marido ficar com um olhar raivoso. Enquanto Neito ficara completamente assustado, viu ele segurar a roupa do amado com medo.
— Mas... Eu... achei que não podia mais... — Neito possuía muitos traumas; marcas em seu corpo que faziam com que se lembrasse do inferno que passara. Ficava muito assustado quando o assunto era esse, à ponto de mudar completamente sua personalidade. — Izu...
— Calma, meu amor, ninguém vai lhe machucar, ok? — Midoriya pegou com carinho o rosto de Neito que já chorava em pânico, eram tantos traumas que aquele pequeno possuía que o maior se sentia triste em não conseguir apagar todo vestígio de crueldade que Denki e Neito haviam sofrido, até mais que Shindo.
— Eu o levo para o quarto onde Denki está repousando, Shindo já está na entrada — Inasa se aproximou tocando o ombro amigo. — Vai ficar tudo bem, não vou deixar vocês dois sozinhos, farei companhia.
— Inasa... — abraçou o maior e continuou a chorar. Com cuidado, Inasa pegou Neito no colo e foi indo embora para o quarto onde Denki se encontrava. Pelo movimento do palácio, certamente ele já deveria estar sabendo de algo. Era bom manter os dois juntos para que não houvesse nenhuma crise.
Midoriya foi em direção à entrada principal, vendo o portão aberto tendo várias Valkyrias trazendo algumas pessoas para dentro, carregando homens adultos — como se fossem crianças — em seus colos. O general apertou os punhos furioso, odiava aquele tipo de coisa, não suportava ver como a humanidade poderia decair em um nível tão baixo quanto àquele.
Foi para à rua para ver quantos sobreviventes tinha, se aproximou de uma mulher que quase cairá se não tivesse lhe segurado, viu ela segurar com todas as suas forças um bebê em seu colo, no qual infelizmente já se encontrava morto. Izuku a pegou no colo com calma; ela suspirou em alívio.
— São ao todo dez, sendo duas crianças bem pequenas — Momo falará ao seu lado, chamando sua atenção. — Estamos aguardando Shindo descobrir a localização, deixe que eu a levo para dentro.
— Quero todos de banho tomado, quero que façam uma sopa leve e alguns pedaços de pão, mudas de roupa novas, tudo o mais rápido possível! — Midoriya ordenou alto vendo todas as mulheres começarem a trabalhar como foram mandadas.
— O que aconteceu?! — Midoriya se virou vendo dois soldados de Todoroki, olhando surpresos por toda aquela movimentação.
— Izuku, vieram do Norte em uma cidadela nas montanhas, o grupo possuía vinte pessoas, só que no processo haviam se separado dos demais, ainda há pessoas com eles — Shindo falou, se aproximando. Estava com uma expressão triste, também se lembrava de seu passado e de suas dores, até parecia que sua cicatriz em seu olho, estava pulsando o fazendo relembrar de seus anos como escravo. — Eu...
— Shindo — pegou o rosto do marido. Viu que ele segurava suas lágrimas. Shindo podia não ter tido uma vida como escravo igual aquela, só que ele precisava lutar até suas mãos não aguentarem mais de segurar a espada, até que seus pés ficassem banhados em sangue, porém, precisava continuar lutando pela sua sobrevivência.
Shindo estava começando a chorar, coisa que ele odiava demonstrar, pois sempre que chorava ele apanhava ou sofria muito no coliseu onde era mantido preso, então, sempre tentava evitar as lágrimas, só chorava abertamente quando estava sozinho com o marido, pois sabia que estaria protegido.
Sabia que Midoriya o achava um guerreiro por aguentar tantas coisas, já tinha o escutado falar várias vezes para não guardar tais sentimentos, para se abrir consigo. Às vezes dormia abraçado ao amado, chorando por conta de um pesadelo. Só que ainda se sentia fraco em demonstrar tais ações em público, se sentia fraco e acuado, com medo da opinião dos outros, mesmo sendo um guerreiro, não passava de uma criança assustada com medo de ser repreendida pelo pai.
As lágrimas então vieram, Shindo não conseguia segurá-las, eram tantas emoções vindo em sua cabeça, tantas lembranças... O fato de Midoriya estar ali para passar confiança, demonstrando carinho com poucos gestos ainda não era o suficiente, já que estava vendo um episódio que marcara e muito sua vida, como se estivesse novamente preso ao passado, não conseguia aguentar toda aquela pressão psicológica.
Sentiu seus olhos serem cobertos por uma mão e sua cabeça ser empurrada de leve para ser encostada no ombro de Midoriya. Escutou ele falar baixinho que estava tudo bem, fazendo com que aos poucos ele ficasse mais calmo.
— Irei levá-lo para dentro. Já viu muito por hoje — era Tetsu tampando o rosto do rapaz, tinha noção que ele odiava chorar em público, mesmo sendo pessoas de confiança, ele só se permitia chorar apenas com Midoriya.
— Obrigado — o general agradeceu com um sorriso enquanto fazia um carinho de leve no rosto dos rapazes.
Tetsutetsu era um homem forte, não tinha problemas em carregar Shindo, só que ele preferia andar ao seu lado com a cabeça em seu ombro, ainda com a visão delimitada. Tetsu fazia questão de esconder os olhos castanhos banhados em lágrimas.
— Momo — Midoriya chamou, vendo os dois maridos voltarem para dentro da casa. Viu então Yaoyorozu correr e ficar à sua frente, pronta para a ordem que ganharia. — Pegue três batalhões e procurem por qualquer outro escravo por aquelas bandas, não devem ter andando muito longe devido ao calor. Quero que traga todos, vivos ou mortos. Daremos um enterro digno aos mortos.
— Sim, meu senhor — ela falou, se curvando e logo saindo para preparar seu batalhão.
— MINA! — gritou vendo a garota usando um vestido com partes de armadura correr em sua direção. — Quero que vá à cidade, fale com os moradores, quero que todas as casas de hospedagem os recebam, diga que cuidarei das despesas. E peça para que todos os homens começassem a trabalhar para construir novas moradias para todos, se necessário leve um batalhão para que possam ajudar a construir as novas casas.
— Sim, senhor! — disse animada, saindo correndo em seguida.
— Himiko, sabia que veria você aqui — sorriu de canto, assistindo uma loira com um sorriso psicopata, a armadura da mesma era diferente, ela não era brilhante ou mesmo prateada, era de um preto bem denso com bordados em prata. — Leve Dabi junto com seu esquadrão, quero que matem todos, não deixe um homem vivo naquele lugar.
— Sim, meu senhor. Deseja que eu e Dabi o torturemos para saber se há mais locais como aquele? — perguntou com um sorriso sádico, ela havia sofrido muito antes de chegar até Midoriya. O que mais lhe dava prazer era fazer o que haviam feito consigo durante anos, o único homem que aceitava receber ordens era do general. Faria de tudo para proteger aquele que havia salvo sua vida e mostrado o que era uma família de verdade.
— Sim, quero saber se há mais locais com esse tipo de venda. Leve quantos transportes conseguir para que possam trazer os feridos — ordenou, vendo a mulher sair com um sorriso animado enquanto dava uma risada.
— Izuku, acho que devemos mandar uma carta ao rei e reforçar a segurança da cidade, eles podem revidar... — Pony se aproximou, preocupada. — Entretanto, vi a quantidade de mulheres que mandou, o palácio estaria desprotegido.
— Enquanto eu estiver aqui, nenhum lugar é desprotegido — olhou sério para Pony, fazendo-a tremer devido ao olhar intenso. Não era Midoriya ali e sim o general que havia ganhado a guerra. — Quero proteção em toda nossa fronteira, se qualquer um desses filhos da puta pisarem próximo à nossas terras, quero todos mortos, ouviu bem?
— Sim, meu senhor! Providenciarei um reforço imediatamente! — saiu às pressas, deixando o homem sozinho.
— Vocês dois, acho melhor informarem ao resto de seus companheiros o que está havendo — Izuku ordenou para dois soldados. — Talvez o almoço se atrase um pouco, não é do meu costume tratar com indelicadeza os convidados.
— Não, imagina!! — era Kirishima que falava enquanto balançava os braços em negação. — Todoroki não vai achar ruim, vai entender muito bem a situação.
— Se os soldados reclamarem, a gente dá um soco neles! — Bakugou falou, cruzando os braços e recebendo uma cotovelada do amigo, que resmungou e encarou feio o outro.
— O que está acontecendo? Eu vi várias pessoas na biblioteca saírem correndo e barulho de cavalos! — era Todoroki que se aproximava vendo seus soldados e Midoriya.
— Houve um pequeno imprevisto, infelizmente terei que tratar de alguns negócios mais importantes, não sei se com isso sua hospedagem aqui no local será atrapalhada — Midoriya explicou.
— De forma alguma, jamais ficaria desapontado ainda mais pelo o que está acontecendo, entendo perfeitamente a situação. Pode deixar que eu mesmo contarei aos soldados e em relação a comida, podemos até mesmo comer sopa, não somos tão exigentes — respondeu com um sorriso fraco para o general que retribuiu.
— Fico feliz que entenda a situação. Se me derem licença, tenho outros assuntos para cuidar — fez menção e se retirou do local, deixando os outros três sozinhos.
— Acho melhor voltarmos para o alojamento — Todoroki avisou, vendo a concordância dos outros dois soldados.
Shoto viu que seus homens não teriam muito como ajudar, pelo menos não aquele tipo de situação ─ já que não tinham nenhum tipo de treinamento para refugiados ─ então falou que podiam circular pelo local para que pudessem se distrair até a hora do almoço, ou até mesmo ajudar a fazer a comida ─ coisa que praticamente nenhum ali estava afim de fazer. Só que todos preferiam ficar no alojamento do que se aventurar pelo local, já que tinham um certo medo de ver algo indecente. Kirishima e Bakugou tinham ido com ele para fora.
Bakugou estava curioso tanto quanto Kirishima em ver mais locais, afinal, parecia que havia bem mais locais a serem visto do que aquela mulher havia mostrado. Mesmo podendo ter a chance de ver algo que não desejavam, estavam dispostos a arriscar. Mas no momento, preferiam ficar no alojamento, pois tinham certo receio de acabar atrapalhando a passagem das mulheres no local, então optaram por deixar para outra ocasião.
No alojamento não havia muito o que arrumar já que tudo estava em ordem, a única bagunça era a divisão de quartos e a mudança de ambiente para algo mais simples, já que não tinham levado muita coisa e o alojamento era bem luxuoso. A grande maioria tinha ficado na sala onde havia alguns sofás e poltronas.
— Ainda não acredito que o maior herói dessa porra de país é gay! É a coisa mais desagradável que eu poderia ter escutado na minha vida — um soldado bufou, desagradado.
— E pensar que um dia eu quis ser como ele. Eu estou muito desapontado! — outro respondeu, apoiando a cabeça nas mãos.
— E aquelas ameaças? É repugnante imaginar ele ficando com outro homem, ou como ele gostava de dizer, "maridos". Isso é ridículo, onde já se viu, não só um homem casar com outro, mas com vários? Tendo um harém? Isso é nojento!! — outro reclamou, vendo todos os demais concordarem.
— Aposto que se todos do país soubessem a verdade, o mesmo não seria tão popular assim, aposto que iam tirar o título de lorde dele! — um falou. — Acho que é mentira que o rei não sabe, ele deve falar brincando, aposto que se soubesse da verdade, já teria tirado o mesmo do posto de general. Onde já se viu um gay comandar as tropas?
— Vocês que me dão nojo — Bakugou falou chamando a atenção de todos para si.
— Então, vai me falar que não ficou decepcionado quando soube da verdade? — um soldado perguntou sorrindo irônico, vendo Bakugou bufar.
— Isso é ridículo, como podem esquecer todos os feitos que Midoriya fez ao longo dos anos?! Porra, ele salvou esse caralho de país! — Kirishima falava tão irritado quanto o amigo.
— É inadmissível que falem dele dessa forma, estamos como convidados, é uma falta de respeito imensa! — Todoroki falou firme, decepcionado com os soldados que tinha ao seu lado.
— Ele tá abrindo as portas da casa dele pra escravos, pedindo pra todos serem cuidados da melhor forma possível, mandando quase todo seu exército para cuidar disso sem se importar de ficar desprotegido. Mandou protegerem a cidade que tem aqui próxima também e você vem me falar que tem nojo dele?! — Bakugou se aproximou dos soldados, furioso. Apertava as mãos com raiva por conta das palavras que ouvira.
— Não posso acreditar que vocês conseguem ignorar tudo o que ele fez em prol desse país! Só por sua sexualidade, o fato dele se deitar com homens ou não, nunca lhe impediu de lutar! E sim, o rei sabe que ele é gay e ainda assim, adivinhem? Ele é o braço direito do mesmo, além de controlar todo o exército desse reino, caso algo venha acontecer, coisa que espero muito, que jamais aconteça. Seria Midoriya que iria controlar e mostrar estratégias de guerra, além de comandar tudo! — Todoroki olhava de cima para seus homens. Alguns tinham um olhar raivoso ainda para si e para os dois soldados ao seu lado, só que ele não poderia deixar que seus homens falassem tão mal de alguém que estava ali ajudando desconhecidos sem pedir nada em troca.
— Eu tenho nojo de trabalhar ao lado de pessoas como vocês, deviam agradecer de joelhos, pois se Midoriya não tivesse tomado à frente na guerra, seríamos nós no campo de batalha, seus filhos da puta! — Bakugou bradou. Sua mãe ficara tão feliz em não precisar ver o filho ir à guerra, já havia perdido o marido, não poderia aguentar perder mais alguém. Quando souberam das mudanças vindas de Midoriya, ela rezava todas as noites pela segurança do mesmo, que ele conseguisse ganhar a guerra e que seu menino crescesse em um mundo com paz, sem precisar morrer no campo de batalha.
Mesmo não pertencendo a este país, o mesmo que possuía uma aliança com o reino, então cedo ou tarde ele teria que entrar na guerra, afinal, a mesma durou anos. Nada garantia que ele não acabaria por participar, era pequeno na época.
Só que já estavam pegando garotos de treze anos para entrarem e começarem o treinamento para soldados. Seu país só mandava soldados mais velhos, mas devido à crise, acabaram pegando pessoas mais jovens, assim como tinha sido o caso de Midoriya, que logo no começo seu país já pegara os mais jovens.
Quando chegou o momento de seu país precisar enviar crianças para os campos de treinamento ─ onde toda pessoa tinha pavor de ir, pois era o mesmo de ser sentenciado a morte ─ então, souberam da notícia que a guerra havia acabado. Todos ficaram muito felizes, agora já não era mais obrigado entrar no exército. E quem quisesse entrar, era só esperar a idade certa.
— Midoriya é um homem de muito respeito, todos nessa casa trabalham felizes ao seu lado! O olham como se fosse um herói, ele não só salvou essa porra de país, mas também as pessoas que mais sofreram com a guerra! — Kirishima botou a mão no peito em forma de punho, demonstrando sua irritação.
— Espero que pensem 10 vezes antes de falarem algo sobre o dono desse palácio, sabem muito bem que se qualquer mulher ou até mesmo um dos rapazes escutarem serão homens mortos e eu não moverei um músculo para ajudar pessoas ignorantes como vocês! — o lorde falou por fim, saindo do alojamento. Não conseguia mais ficar naquele lugar com aqueles homens, acabaria demitindo todos quando voltasse para casa, viu que os dois soldados que estavam próximos a si também tinham saído da casa irritados.
Era melhor ficar fora do local. Mesmo tendo a chance de atrapalhar a movimentação, do que ficar mais um minuto perto daqueles homens sem poder fazer nada.
— Tsc... espero que alguém tenha ouvido para dedurar! — Katsuki torceu, cruzando os braços.
— Vamos na cozinha, talvez elas possam estar precisando de ajuda... Mesmo eu não sendo muito bom, posso tentar ajudar de alguma forma — Kirishima propôs para o amigo que acabou aceitando. Bakugou também era péssimo, mas também podia tentar ajudar.
— Pelo menos, esses dois não são como os demais... — Todoroki falou com um sorriso, vendo os dois soldados irem embora.
Enquanto isso, Midoriya se dirigia ao seu quarto, havia sido informado que os rapazes estavam lá. Claro que antes passou para dar um beijo em Dabi, pedindo desculpas por pedir ao homem para voltar a torturar pessoas, porém, não confiava em mais ninguém para realizar aquela tarefa além dele e Himiko.
Dabi entendeu, ficou um pouco feliz em poder ajudar, tinha ficado muito irritado vendo aquilo, afinal, pensou nos três ─ que eram seus amigos, acima de tudo ─, como eles deviam estar se sentindo, então, não se importava de ir. Levaria seu falcão para que qualquer coisa pudesse enviar uma mensagem para o amado.
Deram um beijo longo e um abraço apertado, Dabi prometeu voltar o mais rápido possível para os braços do general, pois só se sentiria confortável quando estivesse em casa. O mais velho lhe prometeu um ótimo presente de boas-vindas, deixando Dabi ainda mais animado e excitado já que adorava as surpresas do marido.
Após se despedir de seu amado marido, o general foi até seu quarto para ver como os três estavam, quando entrou viu Tetsu e Inasa sentados um em cada lado da cama enquanto os outros três estavam deitados na cama encolhidos. Aquilo apertou seu coração e se aproximou vendo os dois rapazes se levantarem.
— Vamos ver se alguém precisa de algo, avisarei a todos que está com os rapazes no quarto — Tetsu falou, recebendo um carinho em seu rosto, fazendo com que abrisse um sorriso pelo ato.
— Eu trago o jantar de todos, caso seja necessário. Não precisam se preocupar com mais nada, só tentem relaxar — Inasa deu um beijo no rosto de Izuku, que sorriu saindo do quarto junto ao amigo.
Midoriya se aproximou da cama chamando atenção dos três, estavam encolhidos e assustados, era péssimo para o maior ver seus três amados daquela forma tão frágil, até mesmo Shindo não se importava de demonstrar toda aquela fraqueza que tanto odiava.
Ele ficou no centro da cama sentado, puxou Shindo para ficar ao seu lado direito, tendo a cabeça do rapaz em seu ombro enquanto sua mão segurava sua cintura fazendo um leve carinho; puxou Neito para seu colo para que o mesmo deitasse a cabeça próxima ao seu peito, escutando as batidas calmas de seu coração; enquanto Denki ficou ao seu lado esquerdo, que também apoiara a cabeça no ombro do marido, fazendo um carinho nas costas. Kaminari aproveitou para fazer carinho nos cabelos de Neito.
Com a presença de Midoriya os três se acalmaram, se sentiam não só seguros, mas também se sentiam felizes com a presença do mais velho. Era como se todos os problemas começassem a sumir.
Fez com que eles acabassem por dormir naquela posição tendo Midoriya zelando por seus sonos, os protegendo de qualquer perigo que pudesse acontecer.
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