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꒰☾ ▪ 𝗪𝗥𝗜𝗧𝗧𝗘𝗡 𝗕𝗬: LucilaMikaelson ▪☽꒱
꒰☾ ▪ TRADUÇÃO BY: byzoeey ▪☽꒱

NARRADOR HARDIN

Os dias são entediantes quando você é um bebê, literalmente não posso fazer nada.

Embora a tia Rebekah sempre melhorasse nossos dias e fosse muito carinhosa, superprotetora e extremamente amorosa desde que nos trouxe com ela, não conseguia evitar de me sentir triste e um pouco deprimido.

Queria muito voltar ao meu corpo de adolescente, mas isso era impossível, pois estava preso no corpo de um bebê.

A única coisa pela qual eu era grato era por não estar sozinho nessa situação; eu tinha a Hope comigo, embora ela fosse realmente um bebê de verdade, ao contrário de mim, que era um adolescente.

Hope era alguém que eu realmente valorizava muito. Estou começando a amá-la como uma irmã; ela era tão adorável que eu gostaria de colocá-la em uma caixinha de cristal para que ninguém pudesse machucá-la.

«Landon, prepare-se porque no futuro eu vou te matar», pensei.

Hope e eu às vezes saíamos para passear com a tia Rebekah, que nos levava a um parque próximo de onde estávamos morando. De vez em quando, ela também nos levava para comprar brinquedos e roupas.

Às vezes, a tia Rebekah passava horas e horas nos vestindo, e eu realmente admirava sua imensa paciência.

Em outras ocasiões, tia Rebekah lia muitos livros infantis para nós, como agora, enquanto contava outra história.

— Era uma vez um majestoso rei que vivia com seu nobre irmão em um reino onde se celebravam a música e a arte. O rei não pretendia ter filhos, mas vivia em uma terra encantada onde tudo era possível. Com o tempo, foi abençoado com dois lindos filhos, para os quais só desejava paz — tia Rebekah olhou para nós antes de continuar — Mesmo assim, o rei tinha demônios que o perseguiam. Havia uma fera impiedosa que queria tomar o reino para si. Armado com criaturas indomáveis, ele expulsou outras criaturas mágicas da terra — acrescentou.

«Esta era uma história diferente, muito diferente das outras», pensei ao ouvi-la.

— E havia uma bruxa malvada que possuía pedras encantadas que enfraqueciam o rei a cada lua cheia. Ao ver a sombra que seus inimigos lançavam sobre seu lar, o rei foi obrigado a despedir-se de sua amada princesa e de seu querido príncipe, convencendo todos de que eles estavam perdidos para sempre — disse enquanto balançava nosso berço.

— O rei, em sua dor, afastou-se do mundo. O castelo fechou suas portas e o reino caiu. Alguns dizem que a única luz que brilha no castelo ilumina a sombra do majestoso rei no quarto destinado a seus filhos. Mas, quando as feras impiedosas tomaram o controle do reino do rei caído, não sabiam que ele e seu irmão não descansariam até que seus inimigos fossem derrotados. Pois acreditavam que um dia, ele curaria seu reino e traria seus preciosos filhos de volta para casa, para que pudessem viver felizes para sempre — tia Rebekah terminou de contar.

Era uma história triste. Desde o momento que a ouvi, soube que claramente era sobre papai e nós.

Depois dessa história, Hope e eu fomos dormir. Eu não sabia quanto tempo essa paz duraria, então decidi aproveitar ao máximo.

Quando acordei, me deparei com a tia Rebekah se aproximando de nós.

«Parece que ela adivinha», pensei ao vê-la justo no momento em que acordei.

— Bom dia, meus amores — ela disse sorrindo — Pelo visto, os dois estão precisando de uma troca de fraldas — acrescentou, enrugando um pouco o nariz.

«Ah, não! Que a terra me engula!», gritei mentalmente.

Hope riu como se tivesse entendido o que Rebekah disse, embora ela realmente não tivesse entendido.

Momentos como esse eram os mais embaraçosos que já passei em toda a minha existência.

«Maldição, eu gostaria de não ter consciência desses momentos tão constrangedores», pensei.

Senti meu rosto queimar de vergonha, pois não queria que ela me trocasse, mesmo não sendo a primeira vez que a tia Rebekah fazia isso.

«Por favor, alguém me ajude!», supliquei mentalmente.

— Ah, suas bochechas estão vermelhinhas de novo — disse a tia, rindo de mim.

Ela sempre ria de mim quando minhas bochechas ficavam vermelhas; isso sempre acontecia quando ela me dava banho ou me trocava.

«Ser criança é horrível, não tem nada de legal», resmunguei internamente.

Saí dos meus pensamentos quando a tia Rebekah fez cócegas em mim e na Hope.

Não conseguimos evitar de rir com as cócegas que ela nos fazia.

Definitivamente, amo a nossa tia Rebekah, mesmo que às vezes ela me faça passar muita vergonha.

Tia Rebekah tornava nossos dias muito melhores, embora eu ainda não pudesse evitar sentir saudades da mamãe e do papai, mesmo tendo passado apenas um dia com eles. Ainda assim, sentia muita falta deles.

Já se passaram quatro longos meses desde a última vez que os vi.

Nesses meses, tentei aprender a andar. No começo foi extremamente difícil, pois eu caía sempre que tentava me levantar. Depois de tanto tentar, finalmente consegui ficar de pé e comecei a caminhar lentamente.

Hope também tentou, ao me ver andar, mas caiu no começo, então a ajudei a caminhar segurando sua mão.

Nesses momentos, eu não tinha percebido a presença da tia Rebekah até que senti que ela tirava várias fotos nossas com seu celular.

Ela disse que as guardaria para mostrar aos nossos pais quando eles voltassem.

Eu realmente esperava que isso acontecesse logo, pois sentia muita falta deles.

Apesar de tudo, aquele foi um dos meus melhores dias nesse mundo. Não só aprendi a andar de novo, mas também ajudei Hope.

NOTAS DA AUTORA

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