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Capítulo 20


Duas semanas depois...

É estranho como você acha que certas coisas nunca irão acontecer com você, apenas com os outros, e quando elas de fato acontecem parece que você está dentro de um sonho surreal.

Parece que é a vida de outra pessoa, parece que são as lágrimas de outros olhos, você se sente um estranho em sua própria pele, um forasteiro em sua própria vida.

Olho tristemente para as flores em minha mão e então me ajoelho, colocando-as no túmulo de papai.

Hardy me ajudou muito nas últimas duas semanas. Ele cuidou de todo o funeral e do enterro, fez questão de comprar o caixão mais bonito e a lápide mais cara, o que eu acho uma besteira, já que ninguém vai ver o caixão embaixo da terra mesmo. Mas não disse isso a ele, é claro.

Hardy está tão acostumado a excessos que nunca fizeram parte da minha vida, é um mundo completamente novo para mim, o mundo dele.

Caminho para fora do cemitério e vou para o ponto de ônibus, consigo um lugar sentada e fico observando as pessoas na calçada no lado de fora.

Elas não fazem ideia que minha vida mudou completamente. Nem elas nem as pessoas nesse ônibus. Ninguém sabe, elas simplesmente continuam com suas vidas ignorantes ao fato de que eu não tenho mais família.

Quando desço do ônibus vou caminhando do ponto até minha casa, vou tão distraidamente que só percebo o carro de Hardy quando estou passando por sua traseira.

Ele está apoiado na frente com os braços cruzados e quando me vê se afasta do carro e descruza os braços.

— Oi, estava te esperando. — Ele diz e me dá um selinho nos lábios.

— Fui levar flores para o túmulo dele.

— Como você está, amor? — Ele pergunta e acaricia meu braço.

— Acho que estou melhor, o choque está passando.

— Entendo.

— Quer entrar? — Pergunto.

— Claro.

Assim que abro a porta e entro em casa, Hardy repara nas caixas de papelão empilhadas perto da porta da sala.

— Nossa, já arrumou as coisas do seu pai? Quanta rapidez!

— Jasper me ajudou. — Respondo sem emoção.

— Engraçado. — Hardy para e dá uma risadinha cínica.

— O que é engraçado?

— Que eu perguntei se você queria ajuda para arrumar as coisas do seu pai e você me disse que queria fazer isso sozinha, no entanto, você aceitou a ajuda do seu amiguinho.

— Eu queria fazer isso sozinha, mas ele passou aqui em casa para ver como eu estava, nós começamos a lembrar velhas histórias do passado e ele acabou me ajudando. Não é grande coisa, Hardy.

— Nossa, como o Jasper é prestativo, não é?

— Não seja cínico, odeio quando você faz isso. E não fale assim do Jasper, ele é meu amigo.

— Grande amigo que ele é, ficou cinco anos sem te procurar. — Ele diz de uma forma que me irrita profundamente.

— Uma amizade verdadeira sobrevive ao tempo. — Respondo. — Você não tem ideia do que o Jasper já fez por mim. Você sabia que ele apanhou várias vezes daqueles garotos que você bateu na lanchonete? Ele apanhava porque me defendia quando eles me chamavam de gorda, de baleia. Se não fosse por ele, eu teria ficado completamente sozinha e desprotegida.

Hardy fica em silêncio e então abaixa a cabeça e coloca as mãos na cintura. Quando ele me olha novamente seu olhar está mais brando.

— Me desculpe. — Ele pede, mas ainda estou com raiva dele, por isso digo algo que eu sei que irá irrita-lo.

— Encontrei outro emprego, já posso sair do Paraíso.

— Que emprego?

— Foi o Jasper na verdade, ele conseguiu me colocar como recepcionista do hotel do Sr. Santana.

— Mas é claro que ele conseguiu! — Ele levanta as mãos e as deixa cair ao lado do corpo.

— Quer saber? Eu estou cheio desse Jasper! — Ele diz irritado, quase gritando.

— Ele nunca te fez nada, porque essa implicância?

— Como assim ele nunca fez nada? Ele foi o seu primeiro, porra! Eu sei que essas coisas são importantes para as mulheres, sei que o primeiro cara é sempre mais especial que os outros.

— Você está enganado.

— Estou?

— Sim, está. O cara mais importante para um mulher é aquele com quem ela se casa. — Digo e ele se cala.

— Hardy, ele é muito especial sim, ele foi meu primeiro como você tanto gosta de lembrar e foi meu melhor amigo, mas é só isso que ele é hoje em dia. Um amigo.

— Ele quer ser mais do que isso, ele conseguiu esse emprego apenas para ficar mais perto de você. Ele não me engana.

— Isso não é verdade, ele sabe que estamos juntos. — Digo.

— Sim, ele sabe e não liga, ele te quer de volta.

— Mas eu não o quero desse jeito.

— Jura?

— Juro. — Digo e não consigo esconder um sorrisinho. — Eu te amo.

— Eu também te amo, Laura. — Ele diz e coloca a mão no meu rosto.

— Não precisa ter ciúmes dele, está bem?

— Falando em ciúmes, tenho algo para te contar.

— Fale.

— Se lembra da Carmen?

— Lembro.

— Ela está vindo para cá, disse que irá ficar um tempo com o tio. Eu sei que você ficou com ciúmes dela lá no México, mas estamos fazendo negócios juntos, por isso provavelmente irei vê-la com frequência. Mas não quero que você fique irritada, são apenas negócios e nada mais.

Ficar irritada por que meu namorado e a mulher mais linda do mundo vão passar um tempo juntos? Imagina, claro que não!

— Eu entendo. — Digo e dou um sorriso falso. Ele está fazendo isso para me castigar por continuar falando com Jasper, só pode ser.

— Tenho que ir agora, você ainda vai aparecer no Paraíso hoje?

— Sim, por causa da morte de papai eles me deixarão começar na semana que vem.

— Desde quando você sabe disso? — Ele pergunta.

— Jasper me disse faz três dias, mas não falei com você porque não sabia se iria aceitar.

— Se você não quer mais trabalhar no Paraíso, pode trabalhar em um dos meus hotéis.

— Não sei se trabalhar para você é uma boa ideia, talvez seja melhor não misturar as coisas. Você já é meu namorado, não precisa ser meu chefe também.

— Se é isso o que você quer, tudo bem. Mas, Laura, se ele encostar em você, eu o mato.

HARDY

— Duas secretárias já passaram por aqui desde que Pamela foi embora.

— Eu sei, senhor. — Egas responde.

— O que está acontecendo, Henry?

— O senhor viu os currículos, nós selecionamos as melhores.

— Eu sei, me dê os que você selecionou dessa vez, vamos acabar logo com isso. — Digo e estendo a mão, esperando que ele me entregue as folhas.

— Não existe nenhuma chance de contratarmos Pamela novamente? Ela trabalhava bem.

Olha para cima e lhe dou um olhar mortal.

— Ela ofendeu a minha namorada, por mim ela pode sumir e nunca mais voltar. Agora me diga, qual desses você mais aprova?

— O homem, senhor.

— Liam Pratt?

— Sim, o currículo dele é o melhor.

Olho novamente para os papéis, e principalmente para a foto do Sr. Pratt.

— Contrate a mulher, a... — Tenho de olhar novamente para a folha para me lembrar do nome dela.

— Francy Westly.

— Mas Liam tem o melhor currículo, senhor.

— Sim, você já disse isso. Você viu a foto dele?

— Vi, mas não entendo o que ele tem de errado.

— Ele me parece ser do tipo que atrai as mulheres, não quero ele e Laura no mesmo ambiente.

— Ah sim, entendo. — Egas diz e não consegue esconder o sorriso.

— Do que você está rindo? — Pergunto irritado.

— Nada, senhor, nada.

— Você já conseguiu o que eu te pedi?

— Já sim, senhor, aqui está. — Ele diz e me entrega a pasta.

Abro e me deparo com folhas e mais folhas sobre Jasper Allen.

— Perfeito.

— Tem mais uma coisa, senhor. — Egas diz e parece meio hesitante.

— O que foi?

— Parece que Charles voltou para a cidade.

— Você só pode estar de brincadeira! — Dou um tapa da mesa, com raiva.

— Deveria ter acabado com aquele lixo humano na primeira chance que tive. É isso que dá tentar ser bonzinho, viu?

— E tem mais, senhor. Ele bateu na mulher. De novo.

— E na...

— Não, nela não.

— Tudo bem, Henry, chame Jamie. Vamos resolver esse problema hoje à noite.

— Sim, senhor.

— Vá e prepare tudo, vamos fazer como sempre. — Digo e Henry assente, indo fazer o que eu ordenei em seguida.

Fico sozinho em minha sala e só de pensar no que tenho que fazer minha mão começa a tremer.

Não adianta dizer que ele merece, matar alguém nunca é fácil.

Achei que fosse ficar mais fácil com o tempo, deveria ficar mais fácil, pelo menos foi o que meu pai me disse.

Levanto-me e me dirijo para o primeiro andar. Procuro por ela e a encontro servindo uma mesa.

Minha feiticeira.

Laura volta para o balcão e diz algo para Madison, que ri. Caminho até ela, mas ela se vira e me vê antes que eu esteja perto demais.

A essa altura todos já sabem que estamos juntos, então não há porque esconder.

— Oi, Hardy, o que está fa... — Calo-a com um beijo.

Seguro seu rosto e a beijo apaixonadamente. Escuto um assovio e olho para o lado, Madison está sorrindo vendo nós dois, mas eu não consigo sorrir de volta.

— Nossa, o que foi isso?

— Saudades. — Respondo.

— Quer que eu passe a noite na sua casa hoje? — Ela pergunta com um sorrisinho tímido e meu coração quase explode.

— Quero, mas peça para o Alex te levar, vou ter que sair e posso demorar.

— Tudo bem.

— Eu te amo, amor. — Beijo sua testa e volto para o escritório.

***

Dirijo pelo deserto até o local onde Henry e Jamie me esperam, é afastado, no meio do deserto, ninguém será capaz de ouvir.

Nós já fizemos isso antes e o deserto é o melhor lugar.

Os faróis do carro iluminam a van, vejo Henry e Jamie parados, prontos.

Estaciono o carro e deixo os faróis acessos, apesar da luz da Lua estamos emprenhados demais no deserto para termos qualquer tipo de outra luminosidade.

Desço e cumprimento Jamie e nós três andamos até a porta traseira da van.

— Achamos ele na sarjeta. Que surpresa. — Jamie diz.

— Alguém viu vocês coletando ele? — Pergunto.

— Ninguém viu. — Henry garante.

— Muito bem, abram.

Eles abrem as portas e Jamie entra no carro, quando volta está trazendo um homem de quarenta e poucos anos, mas que parece muito mais velho. Ele está mais magro do que da última vez que o vi. Charles está com as mãos amarradas e uma fita tampando a boca.

— Achei que tinha dito para nunca mais voltar aqui. — Digo e ele me olha aterrorizado.

— Coloquem o plástico. — Ordeno. — O buraco está pronto?

— Está sim, senhor.

Henry e Jamie estendem um plástico transparente por cima da poeira do chão e arrastam Charles até lá.

— Muito bem, vamos começar. — Digo e desabotoo os punhos da camisa e começo a dobrar as mangas.

— Você sabe por que está aqui, não é?

Charles resmunga, posso ver em seus olhos o que ele está tentando me dizer.

— Você acha que eu devo ter piedade de você? — Pergunto e ele balança a cabeça que sim.

— Mas por que eu teria piedade de você quando você não teve piedade todas as vezes que bateu na sua mulher e nos seus filhos, hum? — Digo e então acerto o primeiro soco com toda a minha força, fazendo seu corpo cair no chão, o nariz jorrando sangue.

— Você é um verme. — Agarro-o pela camisa e lhe dou outro soco.

— Um monstro.

Mais um soco.

— Um parasita.

Mais um soco.

— Um lixo.

Mais um soco.

— Um nada! — Grito e então dou um último soco e deixo seu corpo cair.

Olho para minha mão, ela está machucada e com o sangue de Charles.

Olho para minha camiseta e vejo que está suja com os respingos do sangue dele.

Fecho e abro minha mão várias vezes, tentando fazê-la parar de tremer e pego a arma que está em minha calça.

— Você deveria ter ficado longe, você nunca deveria ter roubado sua própria filha, você nunca deveria ter encostado um dedo em sua família. Ninguém sentirá a sua falta.

Aponto a arma para seu peito, meu coração martelando em meus ouvidos, minha mão suada e pegajosa.

— Adeus, Charles. — Digo e disparo três vezes contra ele.

O barulho ecoa pelo deserto e depois tudo é silêncio.

LAURA

Estou quase caindo no sono quando Hardy entra no quarto como um furacão e acende a luz.

— Hardy! — Sento-me assustada e olho para ele.

Hardy parece surpreso ao me ver. Seus olhos estão eletrizados e sua expressão sombria. Olho para sua camisa e percebo que ela está suja de sangue.

Pulo para fora da cama e caminho até ele, preocupada.

— O que aconteceu? Você está machucado?

— Desculpe, me esqueci de que você estaria aqui. — Ele diz e vai para o banheiro.

— Hardy, espera! O que aconteceu, amor? — O sigo até o banheiro.

— Não aconteceu nada. — Ele diz e começa a tirar as roupas.

— Como nada? Sua camisa está suja de sangue!

— Não é meu. — Ele diz e entra no chuveiro.

Olho para suas roupas jogadas no chão e vejo algo em seu bolso. Olho para ele, mas Hardy está de costas para mim e não me vê.

Abaixo-me e pego aquilo que havia visto. É uma carteira.

Olho com estranheza para o material velho e surrado, não é a carteira de Hardy.

Abro-a e vejo o documento de um homem que se chama Charles Kershaw. Observo seu rosto na pequena foto e sinto um mal-estar horrível no estômago.

Levanto o olhar e encaro Hardy, que pega uma toalha e enrola na cintura.

— Quem é esse homem? — Pergunto.

— Ninguém. — Ele responde.

— Se ele não é ninguém então por que você está com a carteira dele no bolso?

— Fique fora disso, Laura. — Ele diz e caminha para o quarto.

— Quem é esse homem, Hardy? — Vou atrás dele e elevo a voz.

— Eu já disse, fique fora disso, Laura, por favor.

— Quem é esse homem? — Repito a pergunta e ele se vira para mim com rapidez, seus olhos mais escuros do que em qualquer outra vez que eu os vi.

— É o homem que eu acabei de matar! — Ele grita, me assustado.

Meus olhos se abrem mais e eu o encaro aterrorizada.

— Ah, por favor, você já sabia no que estava se metendo quando nos conhecemos.

— Você matou mesmo esse homem? Por quê? — Sinto uma mistura de horror, choque e medo.

— Não finja surpresa, você mesma disse que já tinha ouvido os boatos sobre mim antes de me conhecer.

— Exatamente! Boatos! — Grito. — Eu sabia que você estava envolvido com coisas ilegais, mas não imaginei que você realmente matasse pessoas!

Hardy me olha e então vai até seu closet e começa a se vestir.

— Que direito você tem de tirar uma vida? — Sussurro, mas de alguma forma ele me ouve.

— Esse homem mereceu morrer. — Ele diz com desprezo.

— Mereceu? Não é você quem decide quem merece morrer ou viver, Hardy! — Grito.

— E quem decide? Deus? Você é ingênua a esse ponto, Laura?

— A vida desse homem é tão valiosa quanto a minha, nada justifica assassinato!

— É mesmo? — Ele se aproxima ameaçadoramente. — Pois esse homem que você tanto defende era um drogado que batia na mulher e nos filhos! A filha dele veio até mim e pediu dinheiro emprestado para colocar o pai em uma clínica de reabilitação, ela disse que dessa vez ele queria mesmo mudar. Só que esse verme roubou o dinheiro dela e foi embora, abandonou a família e deixou a filha com uma dívida comigo.

— Então foi por isso que você o matou? Para pagar a dívida?

— Isso foi há três anos, Laura. Eu o encontrei e o ameacei, o fiz prometer que nunca mais procuraria a família novamente, que nunca mais encostaria um dedo neles, mas ele voltou, só que dessa vez ele teve o que merecia. Eu o matei porque ele era uma pessoa má, Laura, não por causa do dinheiro.

Sinto que estou hiperventilado. Minhas mãos estão tremendo e meus olhos estão cheios de lágrimas.

— Quantas pessoas você já matou?

— Não pergunte algo se você não quer ouvir a resposta.

— Quantas pessoas, Hardy?

— Muitas.

— Quantas? — Pergunto irritada.

— O suficiente para me garantir o pior lugar no inferno. — Ele diz com um tom triste.

— Mas eu sei que você é um homem bom, então por que você faz essas coisas?

— Você acha que eu tenho escolha? — Ele pergunta irritado. — Você acha que eu gosto de ser um criminoso?

— Se você não gosta então pare. — Digo e ele ri.

— Claro, como não pensei nisso antes? — Ele diz ironicamente.

— Você tem o Paraíso e tem seus hotéis e seus investimentos, tudo legítimo. Você não precisa fazer nada ilegal para conseguir dinheiro.

— Eu não faço isso pelo dinheiro, eu faço isso porque eu preciso fazer! Não é tão simples como você pensa sair desse mundo.

— E se você for preso? — Pergunto desesperada com a possibilidade de algo assim acontecer com Hardy.

— Eu tenho dinheiro e poder, Laura, não serei preso.

— O que isso quer dizer, que você vai continuar matando?

— Se for preciso. — Ele responde friamente.

— Bom... — Digo, triste e magoada. — Então você vai ter que fazer isso sem mim.

— Como assim?

— Eu não posso ficar com alguém que mata pessoas, Hardy. Acho que é melhor se a gente acabar por aqui. — Digo e sinto uma lágrima escorrendo por meu rosto.

Eu sei que isso é o certo a se fazer, mas então por que meu coração está doendo tanto?

— Você está terminando comigo? Você não pode fazer isso, Laura, não pode! — Ele vem para cima de mim como um predador e me segura pelos braços.

— Eu te amo, Laura, você não pode me deixar, não pode!

— Eu não tenho escolha, Hardy.

— Você tem! Eu vou dar um jeito, vou dar um jeito de sair, prometo.

— Mas você acabou de dizer que...

— Eu sei o que eu disse, mas vou dar um jeito, só não me deixe.

— Hardy...

— Eu juro que vou parar com tudo que for ilegal, por nós. Não me deixe, Laura, por favor, não sei o que eu faria sem você. — Ele diz e então me abraça apertado.

— Não me deixe. — Ele sussurra. 

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