9- Desire
Bella sentira o impacto do disparo, um coice quando a arma fez seu braço ir para trás com uma força absurda. Tudo que restara era Antony sangrando e sem entender nada.
— Ai meu Deus, eu te matei! — Ela pôs a mão na boca e teve dificuldade para respirar. — Eu não... Meu Deus eu preciso sair daqui...
— Calma, Bella. Não estou morto. Você está tendo um ataque de pânico, isso acontece geralmente depois de uma carga alta de adrenalina. Calma. Respire fundo e eu vou te explicar. — Antony falou calmamente, como se não estivesse com o braço sangrando.
— Você... Você... Era você o tempo todo! Como eu pude me deixar seduzir por você. Meu Deus quase entrei naquela chuveiro. Sou a pessoa mais idiota do mundo. — A morena choramingou enquanto mantinha uma distância segura do homem à sua frente.
— O que você está fazendo no meu quarto? Eu... — Tony parou de falar por alguns segundos e analisou todo o contexto da cena. Roupas confortáveis, lençóis amassados e uma confissão sobre ir ao banheiro.
— Você me enganou esse tempo todo. Foi bonzinho comigo, por quê? É algum tipo de doença? Você é louco! — Ela se afastou e bateu as costas na parede, tudo parecia estar desabando ao seu redor.
— Eu fui contratado para te matar, só não fiz isso. Pesquisei tudo a seu respeito, não mato as pessoas sem um motivo. Geralmente, acabo com a vida de abusadores de mulheres e crianças, ou pessoas que tenham feito algo grave para o convívio em sociedade. Me chame de justiceiro, louco, mas eu não te mataria sem um motivo.
— Como eu vou acreditar nisso? Tudo parece estar girando agora... — Bella suspirou fundo ainda sem acreditar no que estava acontecendo.
— Bem, eu peguei o seu vestido e mandei para minha corporação, amanhã iria sacar o dinheiro do pagamento e te dar, assim você poderia ir para qualquer lugar. Estaria livre de uma vez por todas.
— Por que você acha que vou acreditar nisso? Como acreditar na palavra de um assassino? — Ela mantinha a arma ainda em mãos e em momento algum Tony demonstrou temer o próximo disparo.
— Se eu quisesse te matar aleatoriamente, sequer iria te ajudar, poderia até acabado com a sua vida no caminho para cá. Agora, abaixe a arma. Se você teve a sorte de errar um disparo e ele foi de raspão, te garanto que eu não irei errar.
— Não é muito inteligente dizer isso quando se tem uma arma apontada na sua direção. — Ela forçou um sorriso irônico, repetindo a frase que ele havia dito algumas horas antes.
— Eu sei que você não quer atirar novamente. Já te disse que pode sair quando quiser. Você está livre, Bella. Pode sair por aquela porta agora mesmo. — Ele suspirou fundo e caminhou lentamente na direção dela que de forma desajeitada balançava a a arma.
— Tem certeza? Eu posso tentar não errar da próxima vez. — Tony continuou andando e Bella o ameaçou pela última vez.
O moreno puxou a toalha que escondia sua parte íntima e Bella abriu a boca rapidamente ao se deparar com as suas entradinhas, que levavam ao caminho da perdição. No entanto, Antony havia sido rápido o bastante para usar a toalha em seu benefício, enrolando-a nas mãos de Bella e desarmando a morena em uma fração de segundos.
Pelado e armado, Antony Sanders poderia ser a visão do paraíso, mas também poderia levá-la ao inferno. O assassino suspirou fundo e pôs a toalha no lugar, enquanto Bella torcia para não olhar, sentindo um estranho incômodo no meio de suas pernas.
— Você acha mesmo que eu te machucaria? Depois de todo esse tempo juntos? Se eu quisesse te matar, poderia até ter colocado veneno na sua comida, Bella. — Ele admitiu e suspirou novamente, como se tudo aquilo estivesse tedioso.
— Isso não é tão reconfortante. Eu não consigo pensar em mais nada. — Bella Gonzalez sentia o coração pulsar descompassado em seu peito.
— Por que você não volta para o momento que deitou em minha cama? Cheirou o meu lençol e ia entrar no chuveiro comigo? Com certeza isso teria sido melhor do que me dar um tiro. — Tony forçou um sorriso despreocupado, ele foi até a mesa de cabeceira e procurou algo no qual usar para limpar o leve rastro de sangue em seu braço. Rasgou um pedaço de tecido e fez um torniquete improvisado. Ele deixou a arma em cima do mesmo. Bella caminhou até ele e pegou a pistola novamente.
— Por que você não termina logo o que começou? — Indagou com a arma apontada para o coração e olhando firmes nos olhos dele.
Antony se levantou subitamente e segurou a arma mirando onde ela estava mandando. Bella apenas fechou os olhos e se perguntou qual a razão de ter feito isso ao invés de ter simples atirado nele novamente.
— Qual graça teria, Bella? Você não poderia ser minha. Não posso fazer isso. Tem algo em você. O jeito que anda, que se move, o jeito que sorri e ao mesmo tempo a sensualidade do seu olhar. Como se me desejasse. Como se eu fosse a sua sobremesa preferida, aquela que você está louca para degustar. Então, talvez... No fundo, no fundo, eu goste de você. Goste da sua companhia e do seu jeito indiscreto e desastrado. — Ele aproximou-se e tudo que a morena fez foi bater as costas na parede, enquanto tentava evitar aquele olhar que a deixava em chamas. — ... Talvez depois de muito tempo, você tenha sido a melhor coisa que me aconteceu.
Bella preparou-se para dizer alguma coisa, mas Antony encostou a cabeça na curvatura de seu pescoço e suspirou fundo causando intensos arrepios nela.
— Você sabe que pode ir embora quando quiser, não é uma prisioneira nesta casa. A diferença é que você não quer ir. — Ele soprou no pescoço da morena, que em resposta suspirou fundo.
— Antony... Eu... — Bella lutava internamente para não se render àquele jogo de sedução, mas ela sabia que já estava derretida, entregue, nem todas as definições de "excitada" poderiam definir o que ela estava sentindo agora.
Ele se afastou bruscamente e virou-se de costas, ele também parecia estar travando uma batalha interna. Se pudesse voltar atrás com aquelas palavras, ele o faria, apagaria qualquer vestígio que deixasse claro que Bella havia conquistado-o, que toda aquela tensão sexual entre eles era fruto de sua imaginação.
Bella Gonzalez ponderou se aquela decisão era a certa, mas não tinha como saber, tudo resumiu-se em um borrão quando de forma trêmula ela abriu os botões de sua blusa. Antony ainda estava de costas mas os passos dela chamaram sua atenção, principalmente quando a mesma se enroscou em suas costas. Abraçando-o por trás, sem dizer nada.
— O que você está fazendo? — Perguntou apreensivo sentindo as mãos macias dela deslizarem em suas costas nuas.
— Algo que eu já deveria ter feito. — Retrucou Bella, concentrada em sua missão. Ela distribuiu beijos pelas costas de Antony e teve que ficar na ponta dos pés para alcançar o pescoço dele.
— Vai me dar outro tiro? Espero que tenha uma mira melhor desta vez. — Ele sorriu malicioso e fechou os olhos, tentando afastar a sensação que ela estava causando.
— Prometo não errar da próxima vez, Tony. — Bella sorriu e se afastou rapidamente, Antony por outro lado, virou na direção dela e colou seus corpos na parede de seu quarto.
— Você sabe que isso é um jogo perigoso, dizem que quem brinca com fogo pode se queimar, Bella. — Antony sorriu malicioso e pôs as mãos de cada lado na lateral do corpo dela.
— Não tenho medo do fogo, Antony. Você já me deixou em chamas, a pergunta é: irá queimar comigo? — A morena sorriu maliciosa, mas seu sorriso se desfez quando ele a beijou de forma intensa.
Bella aproveitou os beijos que Antony distribuiu em seu pescoço para respirar um pouco. Tudo estava acontecendo rápido, intenso, quente. Sua intimidade pulsava, quase implorando para que ela se rendesse, pedisse por Tony. Na tentativa de tocar o cabelo escuro e sedoso, Bella levou as mãos até a nuca dele, mas o chef foi breve em prender as mãos dela com uma única mão e beijar seus lábios macios.
Ansioso por mais contato, ele pegou-a no colo e prensou na parede. Em resposta, Bella gemeu ao sentir a protuberância dele tão próxima e praguejou por ser uma safada que fantasiava com aquilo desde o primeiro dia em que eles se encontraram.
Antony voltou toda sua atenção ao pescoço dela e vou deixando beijos na clavícula exposta de Bella fazendo ela suspirar fundo e perder-se em meio à tantas carícias. A morena entrelaçou as pernas na cintura dele que com maestria segurou firme em suas coxas, apertando com força antes de levá-la para cama.
O moreno debruçou seu corpo musculoso sob o dela e beijou seu pescoço enquanto arrancava a blusa de seda dela. Bella arfou quando sentiu as mãos ásperas de Tony apertar seus seios desnudos. A morena tentava controlar as fisgadas que sentia em sua intimidade, mas tudo aquilo era excitante demais, delicioso demais. Ele voltou a beijá-la com intensidade e acariciou sua parte mais sensível ainda coberta por sua calcinha.
— Tony... — Bella grunhiu no ouvido dele enquanto sua respiração deixava-o louco de prazer.
— Quer que eu pare? — Antony perguntara enquanto descia beijos por sua barriga e parou no cós de sua lingerie.
— Não, por favor. Não pare. — Ela pediu entredentes e fechou os olhos ansiosa pelo próximo passo. Antony usou um dedo para sentir sua lubrificação e sorriu malicioso ao perceber que estava bem úmido lá embaixo.
Após provocar intensos arrepios nela apenas com o toque de seus dedos, Tony tirou a calcinha e Bella olhou para ele uma última vez antes de sentir o choque térmico de sua língua deliciosa e quente. Ela gemeu e segurou nos cabelos negros como a noite de seu amante, puxando levemente e contorcendo-se de prazer em seus lábios carnudos.
Antony assistia tudo aquilo enquanto se deliciava com as sensações que causava, Bella era linda, estaria mentindo para si mesmo se dissesse que não ficou impressionado com ela em seu quarto, sentindo o cheiro de seus lençóis, na verdade, ele se perguntava até quando iria aguentar desejá-la tanto sem nem tocá-la. Era uma batalha interna que ambos estavam travando.
Bella pediu dengosa para que ele parasse o que estava fazendo, antes que ela chegasse ao seu ápice. Prestativo, Antony tirou a toalha de vez e pegou uma camisinha na mesa de cabeceira. Ele abriu a embalagem metálica com cuidado e inseriu em seu membro rígido. Bella por outro lado, fitava-o com desejo, querendo ser preenchida por aquele homem perigoso e delicioso.
Os dois agora estavam completamente expostos um para o outro. Bella mordiscou o lábio e ajoelhou na cama, engatinhando até a margem, livrou-se de sua última peça de roupa e sorriu maliciosa para Antony, esperando pelo seu próximo passo. O moreno por sua vez, debruçou-se no corpo dela e beijou seu pescoço antes de encaixar-se completamente. Bella arfou quando sentiu ele por completo e suspirou fundo antes de voltar sua atenção para seus lábios carnudos e acariciar sua nuca. Tony começou a dar estocadas leves e foi aumentando a velocidade sem quebrar o contato visual com ela.
Ele sentia uma leve dor no braço, mas isso não significava nada agora, os dois já estavam conectados demais. Tony deu uma estocada funda e Bella mordeu o ombro dele na tentativa de não gemer alto.
— Geme, Bella. Geme enquanto eu te fodo. — Ele susssurou no ouvido da morena, investindo seu quadril contra o dela.
Bella seria arrepios até onde não imaginou ser possível arrepiar. Mas tentou não ceder, falhando miseravelmente quando os lábios carnudos dele tocaram seu mamilo esquerdo.
— Golpe baixo. — Ela sussurou enquanto tentava não pensar no toque dele.
Bella Gonzalez sorriu maliciosa e decidiu que agora seria sua vez de ter o controle. Rapidamente ela virou seus corpos na cama e Antony apenas franziu o cenho, mas seguiu seus passos. Ela mordeu o lábio e encaixou-se novamente, começando a fazer movimentos lentos e ritmados, sentindo a mão áspera e repleta de tatuagens apertar sua bunda.
Antony deu um tapa na bunda dela e sorriu malicioso quando a mesma pôs a mão em seu peito e jogou a cabeça para trás, ele sabia estava perto de vir, bem perto de satisfazer sua hóspede tão desejada. Depois de alguns segundos de gemidos contidos e suor encharcando seus corpos, Bella conseguira atingir o ápice de seu prazer enquanto gemia no ouvido de Antony que logo após fez o mesmo, preenchendo a camisinha.
Os dois se afastaram e Bella deitou-se, puxando o lençol para si na tentativa de esconder seu corpo. Tony pôs os braços atrás da cabeça e suspirou calmamente, tentando acalmar sua respiração ofegante.
— Sou tão cheiroso quanto meus lençóis? — Tony brincou e indagou sem olhar para ela.
— Sim. E tão convencido quanto. — Ela sorriu e fitou cada tatuagem dele, contornando-as com suas unhas. — O que fazemos agora?
— Quer mais? Eu posso te dar. — Ele mordeu o lábio e sorriu malicioso, Bella poderia muito bem render-se àquele homem novamente. — Não sei. Quer atirar de verdade para garantir que não quero te matar?
— Engraçadinho. Me desculpa por aquilo. Mirei errado. — Os dois sorriram e ficaram calados por um tempo até que Bella caísse no sono e Antony ficando observando o jeito que ela dormia. Os dois estavam envolvidos demais para voltar atrás e agora já era tarde para isso.
Não consigo me conter,
Só quero ouvir ela dizendo
"Você é meu?" Bem, você é minha? Você é minha amanhã? Você é minha? Ou minha só por esta noite?
– Do I Wanna Know, Artic Monkeys.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro