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4- Brunch

   O despertador indica que é hora de deixar a preguiça matinal de lado e apreciar mais um dia ensolarado. Caminho descalço pelo apartamento, ainda me habituando com o vão parcialmente iluminado. Tiro a cueca box preta na qual estava revestindo a única parte de meu corpo que eu realmente deveria esconder. Deixo a água quente de forma lenta e sensual tocar as minhas costas enquanto reflito sobre o valor alto da encomenda.

  Não importa qual seja o "pecado" dela, o valor era alto demais, em anos de profissão, nunca vi ninguém pagar tão caro. Preciso investigar isso antes.

  Termino meu banho e visto minha roupa completa de chef. Um broche com a bandeira da França e outro do Japão. Minhas especialidades. Após vestir-me tal qual a minha profissão mandava, pego minhas coisas e saio sem tomar café, não tinha clima para isso. Apenas dei de ombros e segui meu caminho até a garagem. Desligo o alarme e pego meu conversível nada discreto.

  Faço a manobra e penso em como tenho sorte por ter tudo isso. Keyla e Chad devem estar contando os trocados para comprar o café da manhã, e parte meu coração imaginar o quão difícil deve estar sendo para ela. Sorte não é a palavra, é privilégio. Entretanto, como ela mesmo disse: Dinheiro sujo. Meu dinheiro é sujo.

  Faltava apenas mais um quarteirão e acho que parte do meu cérebro dirigiu de forma automática, pois sequer havia prestado atenção que estava tão perto de chegar. Ainda bem que não matei ninguém durante o trajeto, bem, pelo menos não de propósito...

— Bom dia, Chef Sanders — a nova recepcionista sorriu simpática.

— Bom dia — dei meu sorriso mais sincero, pois, ainda não havia decorado o nome dela.

  Sigo dando bom dia para todos que passam por mim e tento ser o mais simpático possível, há meses não dou as caras por aqui. Por sorte, o estabelecimento era meu.

  Petals & Flowers é o tipo de lugar que as pessoas tomam café, almoçam, jantam, ficam noivas, se casam... Por fora, havia uma fachada simples com uma Flor de Lótus e o nome do meu restaurante. Muitos não sabem mas a flor de lótus representa muitas coisas, e a principal delas é a superação. Superação de momentos ruins e perseverança em dias melhores. A decoração era bastante moderna e aconchegante, com luminárias requintadas que davam um ar de sofisticação e acolhimento ao mesmo tempo.

  Estávamos nos organizando pois o famoso deputado Xavier Gonzalez havia reservado o restaurante para um brunch com sua família e amigos próximos. Xavier era um cliente vip, adorava meu atendimento e meu tempero. Por alguma razão, eu ainda não tinha visto suas filhas, no entanto, agora poderia ver que ele tinha três, mas uma não se encontrava presente.

  Minha equipe começou a servir os convidados e aproveitei esse tempo para finalizar e fiscalizar alguns pratos. Tudo estava impecável. Exatamente como deveria ser. Exceto, o vinho tinto que tinha acabado. Suspirei fundo e tentei manter a calma, afinal, perfeição era quase minha marca registrada.

  Como era um jantar importante, não pude admitir falhas, então, fui em direção ao estoque de bebidas, procurei o melhor vinho tinto para meus ilustres clientes. Sorrio triunfante ao encontrar a embalagem e dou um leve beijinho na embalagem. Tudo estava perfeito.

  Antes de sair completamente do depósito, escuto algumas vozes, mas pelo modo que a conversa tomava rumo, vi que algo bom não estava acontecendo aqui.

— Henry, solte o meu braço ou meu pai vai saber tudo sobre você — uma voz feminina preencheu o lugar, me escondi um pouco e observei as silhuetas pela sombra.

— Você é patética, chica. Qual segredo seu papai vai descobrir? Que você dormiu com um dos acionistas dele? Cuidado para não cair e quebrar sua coroa, princesa — o homem parecia sorrir, de uma forma sacana, e foi assim que ouvi o primeiro estalo. Alguém levou um tapa.

— Não sou as vadias que você dorme, seu idiota. Continuarei tendo a mesma credibilidade com o meu pai, mas e você? O que ele vai achar do acionista que desvirtuou a filha mais nova dele? — foi a vez da mulher provocar.

— Cretina! Não vou deixar que você faça isso. De forma alguma. Quem sabe talvez devesse aprender boas lições... — pela silhueta vi que ele estava sufocando-a, então, tive que intervir.

Fui rápido o bastante para segurá-lo pelo braço e puxar de uma vez, fazendo o susto desnortear ele. Acabo desferindo um soco em seu rosto e vejo que a mulher agora estava de joelhos, recuperando todo o ar que lhe haviam roubado.

— Tudo bem por aí? — perguntei antes de me certificar de que ele demoraria bem mais que dez segundos para levantar.

— Sim — ela suspirou fundo e pôs as mãos no pescoço. — Filho da puta. — a mulher chutou a barriga do homem covarde e logo pude ver quem era.

A mulher em meu contrato... Era ela.

Quem é você? — ela passou as mãos pelo vestido azul que marcava sua silhueta perfeita e ajustou a sua pulseira de diamantes.

— Antony Sanders — estendo a mão, sinto sua mão macia e delicada ir de encontro a minha.

— Você é o dono do estabelecimento? Não achei que fosse tão... — seus olhos percorrem meu corpo da cabeça aos pés, mas quando voltou para meus olhos ela completa: — ...Tão jovem. Sou Bella Gonzalez — a morena suspirou fundo e ajustou seus cabelos que estavam um pouco emaranhados.

— Sempre dizem isso. Sou sim, o dono do estabelecimento. Quer ajuda com alguma coisa? — indago e vejo ela sorrir brevemente.

  Após alegar que estava tudo bem, deixamos o depósito e vi ela retornar para a mesa de seu pai, de longe manteve seus olhos fixos nos meus. Evito tanto contato visual, minha curiosidade está aguçada. Quem deseja matá-la? Será que aquele homem teria motivos suficientes para isso?

Vejo o tal Henry retornar para mesa e pela leitura breve que fiz de seus lábios, ele havia dito para Xavier que fora assaltado após sair de um banco. Entretanto, seu olhar também  estava focado em mim. Aquele tipo de olhar que dizia: “Não pense que isso ficará assim”

  E realmente, não ficaria...

  O brunch seguiu normalmente, as pessoas sorriam, conversavam entre si mas algo ainda deixava-me intrigado. Tantas perguntas. Tantas lacunas não preenchidas.

— Tony? Será que poderia vir aqui um momento? — Xavier pediu silêncio e ergueu uma taça de champanhe para todos os convidados.

  Sorrio sem entender nada e fui até onde ele estava, o homem apertou minha mão e sorriu de forma exagerada para todos os convidados.

— Dizem que quando se quer conquistar uma pessoa, pega ela pelo estômago, meu rapaz. Quando vamos oficializar nosso casamento? Sua comida é a melhor que já experimentei na vida — todos sorriram e fiz o mesmo, só que de forma tímida.

— Gostaria de falar isso de outra forma, mas, quero convidá-lo para o jantar de casamento da minha filha mais velha. Helena Gonzalez. Você toparia organizar o buffet? Sei que não é sua especialidade mas... O que me diz? — o velho sorriu e ajustou a gravata rapidamente, enquanto seus olhos castanhos ansiavam por uma resposta.

— Será uma honra, senhor. Claro que estaremos lá. Minha equipe é muito prestativa — aperto a mão dele e minha atenção voltou para Bella que parecia falar com as irmãs, um sorriso travesso surge em seus lábios rubros escondidos por uma taça de champanhe.

— Ficaremos muito felizes com a sua presença, Chef Sanders. — Mariah, esposa de Xavier se pronunciou.

  Todos voltaram suas atenções aos pratos e pude ir descansar um pouco no meu escritório. Suspirei fundo e acendi um cigarro, fumei após tirar a parte de cima do meu dólmã. De forma relaxada, fumei um pouco mais, esperando os convidados irem embora.

  Estava cada vez mais próximo do meu objetivo, não sei era algo bom ou ruim... Mas não importa, missão dada é missão cumprida.

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