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15- Goodbye

   Nunca gostei de ser a garotinha indefesa, então, lutei para que as pessoas não me limitasse por causa de meu gênero sexual. Ser mulher não é fácil, nunca será. Lembro de cada um que tentou abusar de mim, todos eles tentavam passar segurança e confiança mas no primeiro momento atacam seu ponto fraco. E aquele homem sabia o meu. Comida. A órfã que fugiu do lar de meninas que sofriam maus tratos estava na rua há semanas nem comer, e ele sabia bem. Por isso, usou contra mim.

   Então, cometi meu primeiro assassinato aos 11 anos. Um velho babaca que confio na minha ingenuidade e deixou sua arma na bancada do motel barato que havia me arrastado. Eu atirei várias vezes, repetindo um "não" a cada vez que o fragmento atingia seu corpo já ensanguentado. Observei o medo em seus olhos, seu sorriso ao ver minhas mãos frágeis e trêmulas segurando a arma.

    Ele sorriu achando que eu não teria coragem, mas o fiz. E logo após a descarga de adrenalina, acabei urinando pelo susto, o nervoso, chorei entrelaçada aos meus joelhos e sabia que deveria sair dali o mais rápido possível. Quatro anos depois, eu iria conhecer o Antony. O garoto problemático e maconheiro.

  Desde aquele momento, nos entendemos bem. Fazíamos nossas refeições e iríamos para o campo de treinamento. Supostamente iríamos para uma escolar militar, porém, apenas os mais bem colocados poderiam seguir para outro tipo de seguimento, mudar de vez a própria vida.

    Foi em uma dessas noites depois do treinamento que nós tivemos a nossa primeira ressaca, mas antes disso, iríamos dar um passo importante em nossa vida sexual. Pelo menos, seria a minha entrega. Não havia outra pessoa que eu pudesse fazer isso, ele era meu melhor amigo, e o alvo da minha paixão secreta. Sei que era errado, não poderíamos nos envolver, por isso, fomos transferidos para outra unidade. Quando começamos a ascender, tínhamos encontros casuais, chegamos até a executar algumas missões juntos ou em lugares próximos. Poderíamos ser perfeitos juntos, mas não era assim, nunca seria.

   Quando fui visitar o Tony pela última vez, eu encontrei uma mulher em sua cozinha. Seus trajes íntimos indicava que ela era bem mais do que uma criada. Ao ver seus traços, percebi que era a mulher que todos falavam na corporação. A dama de vermelho. Sua cabeça valia 1 milhão de dólares e Tony não havia decretado sua morte. Não era difícil descobrir a razão. Acabamos nos envolvendo, Bella era uma pessoa engraçada, linda e divertida. Facilmente alguém se apaixonaria por ela. Nossa última noite foi incrível, não há palavras para definir aquela sensação. Mas, a melhor parte foi ser tocada por Antony, sentir novamente ele dentro de mim. Eu o amava, mas não era recíproco, mas não tinha raiva disso. Amar alguém é deixá-lo livre para escolher, mas não poderíamos mandar em nosso coração. E o dele, já tinha alguém. Que bom que tinha.

  Meus dias estavam contados, eu já sabia. Por isso fui procurar o Antony, vê-lo pela última vez, antes que minha vida fosse tirada. E, foi incrível. Sempre seria, e aquele me deixava feliz, pois, Antony agora tinha alguém que poderia curar suas fraquezas e ensinar que o amar não era o ponto fraco de alguém.  Amor é o que torna nossa armadura invencível.

  Após uma noite revigorante de sono, percebi Antony sair e após ter certeza de que ele estava fora, liguei para o meu algoz. Observei Bella dormindo e uma lágrima solitária escapou enquanto eu dizia baixinho "cuide bem dele" após sair de forma silenciosa, fui de encontro ao meu destino. Fechei os olhos e escutei o estrondo do disparo, antes que pudesse ter outra reação, senti a bala acertar minha cabeça, depois tudo que sobrou foi um vazio e escuridão. Espero que nesses caos, minha alma encontre finalmente paz...

Descanse em paz, Stephanie.

*

  Antony dirigiu o mais rápido que pôde para chegar em seu apartamento. Ele adentrou no elevador já com a arma em mãos. Como poderia ter caído nessa?!

— Bella? Stephanie? — O assassino gritou pelo vão, notando que a porta estava arrombada e nenhuma das duas estavam no lugar. — Cadê vocês?

  Ele suspirou fundo e sentou-se no sofá, botando as mãos na cabeça e ainda segurando a arma na mão direita.

— Merda!

Tony vociferou e fora bebericar seu uísque escocês, mas uma ligação chamou sua atenção.

— Alô? — ele atendeu desesperado, mas suspirou frustrado ao descobrir que era um funcionário.

— Chef Sanders, desculpe incomodar mas a nossa equipe foi convidada para servir no jantar da filha de um de nossos clientes vip. — O rapaz anunciou.

— Por favor, façam o que quiserem. Num momento estou ocupado e...

— Senhor, uma das exigências é a sua presença. O cliente insistiu.

— Quem é esse cliente e qual é a ocasião? — Tony perguntara irritado, cogitando acertar um tiro no ânus desse cliente insistente.

— Xavier Gonzalez. É o noivado da filha mais nova dele, Bella Gonzalez.

[...]


  Ao chegar em casa, a morena se deparou com as irmãs e o pai chorando abraçados e ao vê-la, todos sorriram e foram até a então garota desaparecida. Ela não sabia o que sua mãe havia dito, mas deveria ser uma boa atriz para convencer eles. Mas, não é difícil. Bella realmente sentia saudades de sua família.

  Depois desse momento, eles se separaram e Bella ouviu passos e uma voz familiar.

Chica. Que saudades. — Henry surgiu abraçando-a fortemente e Bella permaneceu parada, mas o olhar intenso de sua mãe fez ela fingir entusiasmo.

Todos olhavam confusos, principalmente Xavier que não entendia nada.

— Desculpa, Xavier. Não queríamos contar isso assim. Só que estamos em um relacionamento há um tempo. Esse passo já deveria ter sido dado.

Nesse momento, Bella também estava alheia ao assunto. Henry afastou-se e ajoelhou abrindo uma caixinha.

— Bella Gonzalez, amor da minha vida. Quer dar a honra de ser a minha esposa? Se o Xavier aprovar.

As irmãs ficaram surpresas e deram gritinhos de excitação. Mariah por outro lado, cruzava os braços e observava com atenção as atitudes de Bella. A morena suspirou fundo e assentiu, sem conseguir pensar em nada além de morder a parte interna de sua bochecha.

  Eles se abraçaram e Bella Gonzalez fechou os olhos, queria ter certeza de que não estava tendo um pesadelo. Queria certeza de que acordaria nos braços de Tony, faria um bolo queimado e o assassino iria exibir um sorriso lindo. Apaixonado. Mas, tudo era realidade. Uma realidade dura.

  Mariah e Henry já tinham tudo planejado, no mesmo dia o jantar de noivado estava marcado. Helena falava animadamente de como tinha sido no jantar dela e todos os preparativos. Não parecia grande coisa, mas fazia 6 meses que Bella estava fora de casa. Era impossível não sentir saudades de Antony, da rotina, do cheiro dele pela casa.

— Sei que está nervosa mas precisa comer alguma coisa. —Sabrina surgiu no quarto de Bella, afastando-a de seus pensamentos. Tem certeza de que está tudo bem? Você não parece feliz.

— Estou sim, Sabrina. Obrigada. Isso é tudo muito louco. — Bella forçou um sorriso e tentou não chorar quando foi questionada sobre "felicidade".

  Sabrina estava linda como sempre. Um lindo vestido azul decotado em v deixava seu busto sexy e o colar delicado no pescoço dava um ar de fragilidade. Seu longo cabelo caía por suas costas e iam até a cintura. Um batom vermelho dava um toque final no modelito. Completamente linda. Bella por outro lado não parecia uma noiva feliz.

  Seu cabelo estava liso, caía perfeitamente em seu ombro. Steph fez um bom trabalho. Bella se perguntava para onde ela teria ido. O vestido da morena era prateado e brilhoso, não muito extravagante nem tão discreto. Tinha manga longa e um decote em v.

Ela suspirou fundo e Sabrina segurou em sua mão, saindo de lá com ela. Ambas sorriram e Henry estava esperando no topo da escada. Bella engoliu em seco e entrelaçou o braço no dele que sorria alegremente para os convidados.

— Está gostando disso, vadia? Eu vou ficar com toda a sua grana. Cadê aquele marginal desgraçado para te defender agora? — Henry dissera baixinho, sorrindo para os convidados. — Consegue adivinhar de onde é o buffet que fizemos o pedido?

  Foi aí que Bella olhou para frente, antes de descer o último degrau, ela o viu. Antony Sanders e sua equipe espalhados pelo salão de sua casa. Uma lágrima ameaçava borrar sua maquiagem. Tudo que ela mais queria era correr para os braços dele.

— Não chore querida, sua maquiagem não é à prova d'água. — Henry sussurou e sorriu levando Bella até Antony, para ver os dois sofrendo.

  Henry Mansfield estendeu a mão e Antony Sanders apertou com força, mantendo seu olhar fixo no de Bella. De uma forma tão intensa que deixava ela constrangida. Sua maior vontade agora era beijar seus lábios carnudos e chorar em seus braços. Seu porto seguro de olhos âmbar.

  Ela continuou com toda aquela encenação e cumprimentou os convidados, mantendo o olhar em Tony, que após uma ligação sumiu completamente do salão. O jantar estava sendo servido e nenhum sinal de Tony por aí, será que ele foi embora? Cadê Steph?!

  Depois de todo o fingimento, os convidados se dispersaram e Bella pôde chorar em seu quarto. Fazer aquilo com Antony havia sido a coisa mais difícil de sua vida. Ele jamais iria perdoá-la. A morena começou a se despir e vestir uma camisola preta de alcinhas. Ela suspirou fundo e tirou calmamente a maquiagem, fitando o próprio reflexo no espelho, assustando-se ao se deparar com uma figura masculina atrás dela.

— Você não era feliz comigo? Por que voltou para cá? — Antony fez o coração dela acelerar com essa pergunta, mas o despedaçou com seu olhar fundo, deixando claro que ele havia chorado.

— Eu... Eu... O que houve com você? — Ela indagou tentando fugir do assunto.

— Responde, Bella. — Antony questionou exausto, sentando-se na cama dela e sentindo os olhos lacrimejando.

— Sim. — Ela confessou — Como nunca fui em toda a minha vida.

— Então por que você me deixou? — Tony levantou-se rapidamente, fazendo Bella recuar um pouco. — Quando eu mais preciso...

  Ele caminhou na direção dela e Bella suspirava fundo, seu coração batia freneticamente e o olhar perdido de Tony estava começando a assustar. Então a morena lembrou...

— Tony, cadê a Steph? — Antes que ela pudesse perguntar alguma coisa, o assassino colou seu corpo no dela, como se isso fosse o suficiente para deixá-lo em paz. 

— Steph se foi, Bella. Mataram ela. — Tony confessou entre lágrimas e soluços, a morena fez o mesmo enquanto passava as mãos no cabelo dele, passando confiança.

— Eu sinto muito, Tony. — Ambos choravam em silêncio.

— Volta comigo para casa, Bella. Não me deixe sozinho por favor. — De forma fragilizada ele implorou, o que a fez morder a parte interna da bochecha para não chorar mais.

— Não posso, Tony. Me perdoe... — O assassino olhou para ela com decepção e se afastou limpando a lágrimas.

— Achei que você gostasse de mim, mas fui um passatempo. Não é? Alguém que te fode e te satisfaz, diferente daquele merdinha. — seu tom de voz estava levemente alterado. — Não vou insistir em você, Bella Gonzalez. Diga-me que tudo não foi uma farsa. Que fui muito mais que diversão. Por favor. — Seus olhos de súplica buscavam conforto nas palavras dela, mas, nada veio.

— Desculpa, Tony. Não tive a intenção de despertar o seu amor. — Ela mordeu a parte interna da bochecha e controlou o choro que ameaçava rasgar sua garganta.

Bella saberia que ele não desistiria dela, então, era necessário ser convincente. O olhar de Tony deixava claro o que ele sentia; tristeza, frustração e dor. Muita dor.

— Guarde bem suas palavras, Bella Gonzalez. Pois, serão as últimas que você dirigirá para mim.

  Tony ficou parado por 5 segundos, na esperança de algo mais aparecer, um pedido de desculpas, um eu te amo. Nada veio. Apenas silêncio. Ele assentiu sozinho, como se estivesse falando com seu subconsciente e tocou o queixo dela, fazendo-a olhar firme em seus olhos.

— Lembre-se que eu sempre estive ao seu lado, Bella. Agora, não mais.

  Dizendo isso, ele saiu pela janela e deixou a morena sozinha chorando pelo quarto. De todas as coisas ruins que ela tinha feito na vida, perder o amor da vida dela não havia preço. Mas, Bella sabia que precisava, estava ajudando Tony, mesmo que ele não soubesse. No fundo, torcia para que o assassino perdoasse suas palavras frias antes que fosse tarde demais. Agora estava chorando duas vezes mais, por Tony e Steph que merecia bem mais do que morrer. Talvez já fosse tarde demais para voltar atrás.

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