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☾✧ ━━ "Estar ao lado dela é como ter o sol brilhando constantemente em meu coração; sua presença me faz infinitamente feliz."(Qiang Huang) ━━✧☽
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Ohime era uma ótima rainha, ninguém podia negar. Ninguém conseguia simplesmente negá-la mais.
Apesar de não ter exatamente ganhado a simpatia da nobreza rapidamente, ela ganhou a simpatia e amor da população em massa, tornando a recusa dos nobres cada vez mais inválida.
Não era a toa que já não havia mais Qiang sem Ohime. Para a população em massa, parecia ser inadmissível o deus Qiang sem a deusa Ohime ao lado.
Com tudo isso, não era de se admirar que Ohime passasse a ser um membro insubstituível no conselho. Qiang seguia sendo o monarca e aquele que tinha a palavra final, mas Ohime passou a ter tanta importância, que pouco a pouco, quando ele não podia estar presente, ela passou a falar em seu lugar.
Após uma reunião que seguia se alastrando semana após semana sobre uma possível revolta dos Onis do reino que tiveram sua aldeia invadida por humanos insatisfeitos, um banquete fora servido.
Ao ver Ohime comendo loucamente perto de uma mesa sozinha, Qiang se despediu de um dos nobres e foi ao encontro dela. Ela não o reparou, estava tão entretida nos doces que Qiang riu ao notar que ele havia caído para segundo plano aos olhos da moça.
Ela se levantou da cadeira onde estava, somente na intenção de pegar um doce que estava mais distante e esse simples movimento fez Qiang parar em seco, com o coração extremamente acelerado e descompassado.
Sua visão, tapada pela faixa, focou na luz de Ohime e logo para uma parte diferenciada dela. Um pequeno foco de luz roxa no abdômen da moça fez sua respiração ficar escassa e difícil. Ele não conseguia acreditar no que estava vendo. Aquilo era impossível, não era?
Durante toda a sua vida, ele soube que era infértil, desde que soube que não poderia ser pai, ele nunca havia tomado cuidado nenhum e durante um milênio aquilo se mostrou certeiro. Então, quais eram as possibilidades de isso mudar agora? Ohime também era infértil e ela sempre havia deixado aquilo claro... segundo estudos, Hanshas eram inférteis e isso era apenas um resultado da própria maldição, mas se essa era a realidade, como ele poderia explicar para os próprios olhos aquele pequeno foco de luz diferenciado dentro dela?
Seu coração deu uma pequena cambalhota quando o pequeno foco de luz de intensificou um pouco mais, como se soubesse que Qiang o estava olhando, como se quisesse comprovar que realmente existia e estava ali.
Depois de um momento de choque e incredulidade, Qiang decidiu se aproximar de Ohime, tentando controlar o tremor do próprio corpo e nessa tentativa, chegou de maneira tão silenciosa que a assustou com algum doce a caminho da boca.
— Ah — ela falou parecendo envergonhada — eu não tinha te visto.
— Tão entretida como está com esses doces eu não esperava que me visse rapidamente — ele a abraçou e por um momento ela estranhou, ele a abraçava como se quisesse protegê-la e ela podia sentir o corpo do Imperador tremendo de maneira intensa — não precisa comer de maneira tão desesperada, sabe que tem de sobra para você aí.
Ela riu de novo se desvencilhando de Qiang por um minuto, resolveu que queria perguntar o que estava acontecendo, mas antes de fazê-lo, ela avistou Syaoran de longe indo em direção a eles.
Syaoran, havia chegado da aldeia dos Onis havia pouco tempo, apenas para apresentar os fatos sobre a revolta, mas assim que colocou os olhos em Ohime, a notou diferente. Ele não sabia dizer exatamente o que era, mas algo havia mudado na rainha.
Qiang estava ao seu lado, como na maioria dos banquetes e sorriu ao ver seu conselheiro chegar.
A conversa fluiu como sempre havia fluído entre os dois, Syaoran notava o Imperador nervoso e ansioso, mas como ele tentava ocultar aquilo, preferiu não perguntar nada e seguir com os assuntos triviais sobre a viagem. Tudo estava indo tecnicamente normal para eles, mas pararam bruscamente com uma pequena reclamação da moça ao lado.
— Estou enjoada — ela falou sentindo a pressão um pouco baixa e apenas esse comentário fez com que o coração de Qiang acelerasse novamente — Devo ter comido demais.
Fazia muito tempo que Ohime não passava mal e as únicas vezes que isso tinha acontecido, fora por falta de controle do próprio ruah.
Ela não esperou resposta alguma, apenas saiu do lado de Qiang e Syaoran em direção ao banheiro.
— Syaoran — Qiang chamou atenção do seu conselheiro ao vê-lo desaparecer — Tem notado algo diferente na Ohime?
— Não que eu fique prestando atenção nela, Majestade — ele respondeu — mas sim, algo parece diferente nela.
— Ela anda enjoando, comendo muito e dormindo muito — Qiang engoliu em seco — Quais as chances...
— Hanshas são inférteis, Majestade — Syaoran o cortou — peço desculpas pela minha sinceridade e grosseria, mas o senhor sabe disso há muitos séculos para pensar nisso agora. Talvez a sua vontade de ser pai esteja nublando seu senso.
— Então a minha vontade de ser pai também está me fazendo ver um pequeno foco de ruah roxo no abdômen dela? — ele perguntou ainda em choque fazendo até mesmo Syaoran se surpreender.
— Está falando sério? — Syaoran perguntou arregalando o olho e Qiang apenas acenou ainda com a boca seca.
— Irei me retirar com a rainha, não quero formalidades, avise a todos por mim — Qiang passou reto por Syaorang que apenas respondeu, "Certamente, Majestade".
Quando Ohime olhou para Qiang, ela o notou agitado novamente, mas não parecia ser uma agitação ruim, era quase como se o ruah dele estivesse em festa. A única vez que ela o havia visto daquela maneira fora no casamento dos dois. A visão a fez sorrir de maneira aberta.
— O que está aprontando, Qiang? — ela perguntou assim que ele estava próximo o suficiente dela.
— Apenas venha comigo — ele pegou em sua mão e a tirou dali sem nenhuma cerimônia, outro ato que fez com que Ohime estranhasse.
Qiang decidiu levar Ohime para um local mais tranquilo. Ele a guiou suavemente até o gazebo do próprio jardim particular deles, o gazebo estava iluminado por luzes suaves, localizado perto de um lago sereno.
Qiang, como sempre fazia, retirou a faixa dos olhos de Ohime com delicadeza, sem a permissão dela, como já era de costume, mas se manteve com a sua própria faixa. Ele não queria perder de vista aquela luz tão incrivelmente bela dentro de Ohime.
— Não irá tirar a sua? — ela perguntou estranhando, pois ele sempre a acompanhava nessas horas.
— Hoje não, mas aproveita a vista, por favor — ele falou calmamente.
Ela, admirada, virou os olhos para ele e o sentiu tão emocionado e feliz que não teve como não sorrir mais.
— O que está aprontando, Qiang? — ela perguntou de novo apertando os olhos com o tamanho da emoção que ele sentia — por que está tão feliz?
— Não seja estraga prazeres — ele sorriu abertamente para ela — apenas aprecie a vista.
Ele já tinha visto várias mulheres grávidas antes, já tinha presenciado diversas vezes esses pequenos seres se remexendo dentro das barrigas das suas mães e ele sabia, ele não estava enganado, mas tentar falar alguma coisa naquela hora, sem dúvidas faria sua voz falhar.
Apesar de curiosa, ela resolveu fazer o que ele estava pedindo. A noite estava calma, com o brilho da lua refletindo na superfície da água.
Ohime olhou ao redor, admirando a beleza do cenário e se perguntando o que Qiang tinha em mente. Ela sentia um misto de curiosidade e antecipação com aqueles sentimentos dele. Nunca o havia visto tão feliz e emocionado.
Ela se perdeu na paisagem a sua frente e seu sorriso alargou quando ele a abraçou por trás de maneira carinhosa, entrelaçando suas mãos.
— Quero que você saiba que o que eu vou dizer é algo ainda inacreditável para mim, mas é a mais pura verdade — ele falou de maneira quase sussurrada em seu ouvido.
Ohime notou a voz tremida ligeiramente pela emoção dele e novamente se perguntou o que estava acontecendo, aquilo sim era novidade até para ela.
— Devo me preocupar? — ela perguntou baixo.
— Sua luz é intensa — ele não a respondeu — Tão intensa que chega a ser difícil ver qualquer coisa ao redor quando você está presente e talvez por conta disso eu não tenha percebido antes. Hoje durante o banquete, eu vi algo incrível, algo que fez meu mundo inteiro mudar de uma hora para outra.
Ela se virou finalmente para ele, incapaz de seguir mais tempo olhando para a paisagem a sua frente. O sorriso de Qiang estava lindo e a emoção que ele sentia parecia estar ainda maior, como se o que sentia não coubesse mais dentro de si.
De maneira lenta, ela tirou a faixa dele, ela não estava entendendo, mas precisava saber do que ele estava falando e algum instinto seu queria saber a verdade enquanto olhava para seus olhos.
Qiang tinha os olhos brilhantes naquele momento e com Ohime já praticamente inteira virada para ele, ele seguiu:
— Em sua luz, há algo diferente — ele levou a mão até o abdômen dela — há um ponto de luz roxo, bem aqui.
As palavras chegaram com perfeição em seus ouvidos, seu coração acelerou, mas ela não conseguia acreditar.
— Uma luz diferente... em mim? — ela olhou para ele, buscando qualquer indício de que ele estivesse apenas tentando pregar uma peça. Seria realmente possível? — Isso é sério?
A primeira lágrima simplesmente rolou por seu rosto e ela ficou sem palavras ao ver que ele seguia com o mesmo sorriso brilhante para ela, ele seguia emocionado e extremamente feliz... era verdade, ele não estava brincando com ela.
A emoção preencheu o seu corpo deixando-a com o corpo aquecido e ainda sem conseguir controlar as próprias emoções misturadas com a emoção dele, ela o abraçou.
— Nós vamos ser pais? — a pergunta que saiu da boca dela foi uma pergunta que ela achou que jamais pronunciaria e saiu carregada com toda a emoção que era capaz de sentir — Eu... eu realmente vou ser mãe?
Qiang assentiu, encaixando-a em seu abraço, segurando-a com carinho.
— Sim — ele segurou o rosto de Ohime ainda molhado pelas lágrimas e sorriu novamente — e eu não poderia estar mais feliz por ver a nossa família crescer, não poderia estar mais feliz ao ver que fomos capazes de ultrapassar todas as barreiras juntos, até mesmo a que julgávamos ser a mais impossível. Obrigado, pelo melhor presente que eu já recebi — ele finalmente a beijou com delicadeza antes de separar momentaneamente seus lábios apenas para terminar de sussurrar — eu te amo, Ohime... minha rainha.
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