Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

☾✧ ━━ 71 ━━ ✧☽

Personagens introduzidos neste capítulo:

☾✧ ━━ ÜKHEL DUNKHEL (CEIFEIRO) ━━✧☽

━━━━━━✧❂✧━━━━━━

☾✧ ━━ Olhe bem para si mesmo, não adianta tentar negar o seu medo(Qiang Huang) ━━✧☽

━━━━━━✧❂✧━━━━━━

Os olhos de Ohime tinham um brilho intenso, como se estivessem pegando fogo. O chão tremeu e diversas fendas se abriram por ele expelindo magma e destruindo quase tudo ao redor dela, mas ela não parecia descontrolada e mesmo assim todas as nossas barreiras se desfizeram rapidamente.

O som dos sinos soou alto, tenho certeza de que todos puderam ouvir. Atrás de Ohime, eu vi a Rainha Carmesim, uma imagem translucida ocupando praticamente todo o céu atrás da minha rainha. O céu atrás dela havia sido tingido de vermelho, seus braços estavam abertos e sua roupa era inteira feita de lava. Acima de sua cabeça, havia a imagem de um pequeno sol. Havia ódio em seu olhar e em segundos ela varreu o que restara do exército Kugutsu, aqueles que de maneira acovardada se esconderam durante a luta, não restava nem partes dos corpos ao toque dela. As cordas que prendiam Ohime arrebentaram com o fogo que a rodeava, mas ela não caiu com um baque surdo, ela pareceu pousar no chão, ainda com fogo aos seus pés. Tudo nela era a mais pura destruição. O ar quente era sufocante até para mim. Todo o gelo criado por Syaoran desapareceu rapidamente da paisagem destruída.

Olhei para o lado, nem mesmo Katriel ousava se mexer. A cena era destrutiva e maravilhosamente bela.

Corri até Ohime e a peguei nos braços. Seu corpo estava quente, extremamente quente, mas aquilo não me afastou dela.

— Você me encontrou, Majestade — ela falou com a voz baixa.

— Podemos conversar mais tarde — falei sem ocultar a felicidade que eu senti ao vê-la viva — Eu estou com ela — falei e apesar do som ensurdecedor a nossa volta, todos ouviram.

— Por que você sempre fica no meu caminho? — Katriel berrou para onde estava Ohime — você deveria ser só uma obra de arte e nada mais do que isso! Eu vou terminar a minha obra, nem que para isso eu tenha que morrer — ele respondeu atacando Khalil, que era quem estava mais próximo dele no momento, mas a Rainha Carmesim e o Hi no Tsuki o interceptaram, rodeando-o com magma e fogo roxo. Ohime nem havia saído do meu lado, mas a Rainha e o Hi no Tsuki estavam livres. O sol e a lua, lutando lado a lado.

— Belas palavras — Tales falou de canto.

— Eu não me importaria de você desistir da sua vida para ser sincero — Zyon falou dando de ombros.

— Eu te avisei Katriel, você perdeu esse jogo no mesmo momento em que você subestimou o Imperador.

Ohime me deu a mão e nos aproximamos de Katriel, que tremia visivelmente.

Ari, Apollyon e Ceci reforçaram cada barreira de proteção e o restante dirigiu seus ruahs para nós.

— Está com medo — Ohime falou olhando Katriel caído.

— Não estou — ele rosnou — estou com raiva, você destruiu a minha obra!

Ohime não sorriu, ela seguiu séria.

— Sim, você está com medo — falei — apenas olhe para você, não adianta negar o seu medo.

Me dirigi para a frente de Ohime, olhando-a nos olhos. Ela devolveu seu olhar, não havia hesitação e nem medo, não havia dor, ela havia aprendido a controlar aquilo de uma maneira excepcional. Deixei meu ruah borbulhar pelo corpo, todos se posicionaram em um círculo fazendo Katriel ter ainda mais medo.

— Não se mova — o Professor o ordenou e antes que ele pudesse tentar sair dali, seu corpo paralisou — nós te rejeitamos como parte desse lugar, não se mova até ter a sua sentença.

— Eu te rejeito por todas as atrocidades cometidas a mulheres que não mereciam tal destino — Zyon falou e dirigiu seu ruah para a palma da mão, e logo para Katriel.

— Eu te rejeito por ter imposto a sua vontade apenas com a finalidade do seu próprio prazer — Yakumo imitou os movimentos de Zyon.

— Eu te rejeito por ter usado e manipulado seres que ainda tinham salvação — Syaoran falou com a voz fria e imitou nossos companheiros.

— Eu te rejeito por ter tirado a liberdade de quem ainda merecia ser livre — Ari complementou.

— Eu te rejeito por ter abandonado aqueles que te seguiram, sabendo que eles iriam morrer, apenas para o bem da sua arte — Khalil falou.

— Eu te rejeito por sua falta de honra e má conduta — Tales continuou.

— Eu como Imperador te rejeito, por todo o mal que fez ao meu povo e apesar da vista maravilhosa que você me proporcionou, não te servirá de desculpas para o meu julgamento final. Eu, Qiang Huang, Imperador de Azuma e em total direito, te rejeito, te exilo e te condeno a uma eternidade de solidão.

Aumentei minhas chamas ao redor do corpo, para que Ohime tivesse tudo o que precisava, para que ele nunca mais saísse do inferno que o colocaríamos e levei meu ruah até a palma da minha mão, imitando todos os meus companheiros.

 Eu, Li Akame, jiwa de linhagem protetora. Serva do Imperador Qiang Huang e ligação entre o espiritual e o terrenal, em pleno direito perante a lei e as ordens do Imperador legítimo de todas estas terras, sua Majestade Qiang Huang, te selo e te exilo da vida de Faaliye. Que sua alma conheça as dores causadas em vida. Eu te rejeito. Rejeito a sua maldade e crueldade.

— Não! — Katriel gritou incapaz de se mover — Você não consegue ver que fiz isso tudo por você deus Qiang.

— Sua derrota é inevitável, Katriel — respondi — você deve aceitá-la.

Pelas minhas mãos, que você seja selado para toda a eternidade — Ohime terminou de falar.

Ela concentrou todos os nossos poderes juntos e os dela próprio e ergueu as mãos firmes em direção a Katriel. Uma luz brilhante e purificadora irrompeu do seu ruah manchado de negro, envolvendo Katriel no selo mais poderoso que eu já havia visto na vida, o selo que aprisionaria o meu irmão para todo o sempre, pondo o fim às suas maldades.

━━━━━━✧❂✧━━━━━━

Universo: Faaliye (Quadrante 2)

Planeta: Azuma

País: Yeou

Data local: Èr, 12 Pí Ting de 1503 do novo reinado Qiang (inverno)

Data Universo Homines (Planeta Terra - Brasil): Sexta, 27 de fevereiro de 2015 (verão)


Quando tudo acabou, a Rainha voltou para mim, assim como o Ruah do Imperador voltou para ele. Era a primeira vez que eu externava a Rainha, sempre soube que era algo difícil e extremamente poderoso. Eu me sentia exausta e não parecia diferente para todos os outros, já que todos se jogaram no chão mostrando o tamanho da exaustão de cada um. Assim que o fogo foi desaparecendo do meu corpo, Qiang rapidamente me cobriu, e apesar da cara feia que ele fez para quem estava me olhando, ele não falou nada inicialmente.

Qiang me contou tudo o que tinha acontecido na minha ausência, e disse que podíamos descansar um pouco antes de irmos, mas eu recusei dizendo que não tínhamos tempo para aquilo, nós precisávamos voltar para a capital.

Ceci, tão breve quanto havia chegado, também se despediu e sumiu da nossa visão junto com Apollyon.  Ari foi mandado para Himura, e apesar de ele não demonstrar arrependimento pela escolha, eu soube que estava triste pela sintonia melancólica de seu ruah.

Caminhamos todos juntos pelo caminho montanhoso de regresso à Capital, banhados pelo brilho do nascer do sol.

"Droga, o que há de errado comigo?" — me perguntei abraçando um pouco mais a túnica que o Imperador havia deixado para me cobrir — "Por que eu não consigo fazer minhas pernas funcionarem do jeito que eu quero?".

Olhei para todos, eles pareciam conversar baixo entre eles, como se confidenciassem segredos e antes que eu percebesse, fiquei para trás do resto do grupo.

— Senhorita Ohime — Syaoran chamou minha atenção — a senhorita está bem?

— Sim, desculpe — falei tentando forçar a perna novamente.

— Ohime, você parece cansada — Khalil falou suspirando — Talvez a droga ainda esteja fazendo algum efeito em você.

— Talvez devêssemos fazer uma pequena pausa — Zyon falou do meu lado.

— Mesmo assim, seria prejudicial permanecermos aqui estando nessas condições — Tales falou olhando para cima — não poderemos ficar muito tempo.

— Eu estou bem — repeti tentando mostrar uma força que eu claramente não tinha.

— Syaoran — Qiang o chamou — vá em frente com Zyon e os outros.

— Que? — perguntei parando bruscamente.

— Venha descansar — ele me ofereceu a mão — eu fico com você enquanto descansa um pouco.

— Entendido — Syaoran falou virando as costas e seguindo caminho sendo seguido por todos os outros enquanto o Imperador me levava para uma área gramada e grande.

— Desculpe por isso — eu odiava sobrecarregar as pessoas, mas meu corpo realmente não queria cooperar.

— Não há nada pelo que a senhorita deveria se desculpar — ele respondeu pacificamente — eu que deveria ter mais consideração. Eu deveria ser o único a pedir desculpas por te arrastar por todo esse caminho logo após tudo aquilo.

— Fui eu que pedi — resmunguei.

— E eu aceitei e não deveria tê-lo feito — ele se sentou no chão — vem, você poderia se sentir melhor se se deitasse. Aqui.

— Aqui, o que? — perguntei. Ele não poderia estar dizendo para eu usar o seu colo de travesseiro, não é mesmo? — Ah, não, eu estou bem, de verdade...

— Eu ainda lhe devo tudo o que você fez por mim e pelo meu povo — ele falou com a voz tranquila e eu soube naquele momento que ele estava sorrindo — A senhorita deve depender de mim as vezes, também. Seria injusto que fosse sempre ao contrário.

Eu tentei de novo recusar, mas ele apenas me puxa devagar pela mão até me fazer deitar e descansar minha cabeça em seu colo. Apesar de tudo eu gostava daquilo.

— Que fique claro que será só um pouco — resmunguei mais para não perder o costume.

— Sem problemas — a mão no Imperador era supreendentemente gentil ao acariciar meu cabelo e aquilo era incrivelmente bom.

— Que bom que eu pude ajudar com alguma coisa — murmurei feliz com o desenrolar daquela história.

— "Alguma coisa" é eufemismo — ele riu baixo — Eu não estaria aqui agora se não fosse por você e tudo o que você fez por mim, então...

Me lembrei de alguns dos nossos momentos. Do calor do seu corpo e de ver o homem ao invés de ver o Imperador ali, ele me mostrou o verdadeiro "eu" dele, ele me mostrou como Qiang e não como um líder.

— Obrigado, Ohime — ele continuou acariciando o meu cabelo — No começo, eu só me aproximei de você por conta do contrato do meu selo. Nunca imaginei que você acabaria sendo uma presença tão importante na minha vida.

Eu não aguentei, eu abaixei a faixa e olhei para ele. Ele não tinha os olhos vendados e me olhava com carinho. Ele sorria de maneira suave enquanto seguia acariciando meu cabelo. Por algum instinto estranho, eu senti meu rosto corar com a suavidade dos seus sentimentos por mim e levei rapidamente as mãos até o rosto, na tentativa de esconder isso.

— Ei, qual o problema?

— Não olha para mim agora — pedi sentindo o rosto esquentar ainda mais, era incrível como eu ficava daquele jeito só com ele. Mais de mil anos e ele era o único a tirar esse tipo de reação de mim.

Meu coração parecia que ia explodir no meu peito. Ele sentiria aquilo e somente isso foi o suficiente para fazer meu coração bater ainda mais forte se misturando com uma felicidade genuína dentro de mim.

Ele gentilmente pegou minhas mãos, afastando-as do meu rosto.

— Não esconda — ele falou sorrindo ainda mais — eu nunca vi você fazer uma cara assim antes. Quando você me olha assim, faz a minha decisão ficar ainda mais difícil, sabia? Principalmente sabendo que você pode me deixar depois...

— O que você quer dizer? — perguntei sentindo o corpo ficando em alerta — Que decisão?

Sua mão parou de acariciar meu cabelo e desceu para cobrir meus olhos. Uma dor aguda e penetrante encheu a minha cabeça.

— Qiang... — o chamei com a voz fraca — Qiang...

— Eu sinto muito, Ohime — ele falou baixo — você não precisa ver nada do que virá a seguir... e certamente não precisa se lembrar de nada do que passou aqui...

━━━━━━✧❂✧━━━━━━

Universo: Faaliye (Quadrante 2)

Planeta: Azuma

País: Yeou

Data local: Èr, 12 Pí Ting de 1503 à Wu, 12 Fecho Eclair de 1504 do novo reinado Qiang (inverno à primavera)

Data Universo Homines (Planeta Terra - Brasil): Sexta, 27 de fevereiro de 2015 à segunda, 18 de maio de 2015 (verão à outono)


A verdade é que de fato ela não precisava ver nada do que seguiria. Fui até Himura, falei com o rei e deixei um recado nada amistoso. Se voltassem a pisar nas minhas terras, eu declararia guerra. Se voltassem a caçar Ohime nas minhas terras, eu declararia guerra.

O rei ficou furioso, e mostrou todas as facetas que um rei não deveria ter: falta de paciência, falta de cortesia, falta de liderança... tudo o que ele me mostrou foi uma vontade imensa de me fazer curvar o corpo e ficou ainda mais furioso ao notar que eu jamais faria aquilo, nem perante ele e nem perante ninguém, mas desistiu com a interrupção de um de seus nobres. Ükhel me ofereceu um bom acordo para que as minhas fronteiras não fossem fechadas para eles, o que aparentemente seria um problema imenso para Himura. Ele estava a frente das divindades e ao meu pedido todas as que estavam envolvidas nos ataques, iriam a julgamento por traição, já que claramente as ordens não havia sido dele e elas agiram por conta própria. Eu saberia de tudo.

Aqueles que me ajudaram não poderiam ser julgados, consegui um acordo diplomático para que nenhum deles fossem condenados por seus atos, Tales poderia voltar e ficar à frente de sua família. Zyon poderia voltar e fazer o que ele bem entenderia como sempre, assim como o Professor. Naksa, o planeta em que Kai reinava estaria isento de discriminações e seguiria sob a proteção de Zyon.

Ohime só não seria caçada nos domínios de Zyon e nos meus, mas não poderia voltar para Himura, na jurisdição de Himura, seguiria sendo considerada inimiga pública e teria que responder por seus atos.

Não éramos amigos e a única coisa que eu tinha com Himura era um tratado de paz.

— Você tem o ruah divino — Ükhel falou antes de se despedir — se mantenha vivo.

Ele não me deu mais explicações, mas sem dúvidas era o mesmo motivo de Ceci e Apollyon terem me ajudado. Ele desapareceu da minha frente e eu voltei para a Capital.

Manter Ohime dormindo não era algo que eu me orgulhava, mas ela era explosiva demais para entender algumas coisas.

Fui Para Naksa falar com o rei Kai, aquele que havia recebido meus refugiados, voltá-los não foi tarefa fácil, ver a expressão sofrida daqueles que perderam seus lares foi difícil, mas iríamos reconstruir tudo aos poucos, eu tinha certeza daquilo.

Kai se mostrou um rei pacífico apesar de tudo o que eu ouvi sobre ele. Meus súditos foram bem tratados e Kai cumpriu a sua palavra, pedindo apenas que o mantivesse informado sobre a saúde de Ohime. Syaoran tentou fugir das tentativas desesperadas da moça chamada Green e em pouco tempo ela havia conseguido arrastá-lo para um quarto, me fazendo rir. Quando ele voltou, ele estava completamente aéreo e desalinhado. Uma cena sem dúvidas inédita para mim.

Pelas minhas ordens, nossa pequena equipe atravessou todos os lugares afetados, descobrindo traidores, seres que tinham alguma coisa a ver com o Kugutsu, ou outros tipos de movimentos violentos, apagando a existência de cada um deles. Minha medida foi arcaica, mas os escombros do país em que eu vivia parecia me gritar por justiça. Enquanto passávamos, eu alterei memórias e lembranças de cada um. Nunca existiu só humanos, sempre existiu diversos seres, e na cabeça de cada um, todos eles sempre conviveram... seria um novo teste e uma nova oportunidade para que vivessem bem. Eu voltei a ser um hansha, sem a necessidade de fazer essa mesma sequência de alteração de memória a cada vez que eu precisava supostamente passar o trono para o meu suposto descendente. Como hansha, eu passei oficialmente a ser o rei milenar, sem nada a esconder dos meus súditos.

Condenei cerca de 350 seres que faziam parte do Kugutsu ou que tinham planos semelhantes, presenciei cada uma das mortes de olhos abertos.

An Shang teve seus direitos retirados e virou uma serva do palácio. O visconde, ainda aguardava preso o dia em que Ohime despertaria para condená-lo.

Todos os seres vivendo juntos, parecia uma utopia, mas eu estava inclinado a tentar isso.

Estava na hora de Ohime acordar, mas mesmo que ela me odiasse, não a deixaria lembrar do seu sofrimento, não por inteiro pelo menos, e nem deixaria ela saber que mesmo com a barreira, houve diversas baixas no país por problemas respiratórios, chegando a devastar cidades quase inteiras, ela não precisava carregar mais esse fardo.

━━━━━━✧❂✧━━━━━━

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro