Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

☾✧ ━━ 62 ━━ ✧☽

Personagens introduzidos neste capítulo:

☾✧ ━━ KAT (HUMANA) ━━✧☽

━━━━━━✧❂✧━━━━━━

⚠️ATENÇÃO, ESSE CAPÍTULO CONTÉM OS SEGUINTES GATILHOS⚠️

❂ Violência

❂ Tortura

❂ Morte

━━━━━━✧❂✧━━━━━━

☾✧ ━━ Naquele momento, a raiva tomou conta de mim de forma cega e descontrolada, obscurecendo todo o meu juízo e eu sabia que o meu demônio interno estava novamente vencendo (Lissandra Blair) ━━✧☽

━━━━━━✧❂✧━━━━━━

Ohime se distanciou para falar com Lissa, Zyon estava quase no extremo oposto e Syaoran tinha a luz estranhamente alterada. Zyon estendeu a mão para Syaoran e como se estivesse hipnotizado, Syaoran estendeu a mão para Zyon, obviamente algo estranho vindo do meu conselheiro.

Me apressei, eu confiava nos talentos de Ohime e tinha que cumprir a minha parte do plano.

— Zyon... — o chamei e meu conselheiro de repente pareceu despertar.

— Que merda você estava fazendo? — Syaoran quase gritou, o que era outra coisa estranha vindo dele.

— Sinto muito Syaoran, precisava te manter longe da Lissa. Isso se chama magnetismo..., mas se quiser entender o porquê eu fiz isso, basta olhar para trás.

E ele o fez e pareceu alterado ao ver o tanto de Kitsunes mortas ao redor de Lissa.

— Zyon... — o chamei de novo e ele se virou para mim.

— Suas palavras doeram muito mais do que você pode imaginar — ele me cortou — a minha Kat está aqui, um ser humano que foi tirado a força da sua casa por conta da nossa guerra... suas palavras realmente feriram — ele falava aquilo que eu já tinha certeza — mas entendo o motivo de ter feito e quero que saiba que estou feliz por ver que escolheu fazer o certo.

— Você nem sabe qual foi a minha escolha — praticamente resmunguei.

— Eu sei sim — ele suspirou.

Não respondi inicialmente, eu precisava focar no que estava acontecendo naquele momento. Ohime não enrolaria Lissa por muito tempo e Lissa parecia não pensar racionalmente. Segundo Ohime, Lissa mesmo poderia ter feito o que eu faria, mas Lissa tinha uma luta interna diariamente, onde ela constantemente precisava vencer o seu próprio demônio e uma situação daquela, fazia Lissa pender para a perda do controle.

— Me empresta o seu poder, Zyon — falei ao deixar a faixa cair dos meus olhos. A amarrei na cintura, junto com a faixa da Ohime e espelhei Zyon — Vamos encontrá-la.

Zyon passava todas as imagens que víamos para a cabeça de Syaoran de uma maneira que deixaria qualquer um enjoado. Eu não tinha esse talento, Zyon era incrivelmente mais rápido e fazíamos isso de uma distância segura, sem que ninguém mais notasse.

— Achei — falei ao ver uma menina encolhida em uma das casas, ao lado dela estava Katriel — Está na casa do líder Anton. Vá buscá-la Syaoran. Diga ao Katriel que iremos negociar.

— Eu irei junto — Zyon se prontificou e os dois sumiram rapidamente do meu campo de visão e eu me apressei ao encontro de Ohime e Lissa.

— Ei, Lissa — a chamei — hora de parar de matar.

A envolvi em uma prisão de chamas roxas assim que Ohime pulou do lado dela.

— Me solta! — Lissa gritou e assim que encostou na barra de chamas, ela voltou a se encolher.

— Não tente sair — falei suspirando — apenas me escute.

— Por que eu escutaria um rei que deixou a minha filha ser capturada? Te ajudamos e foi isso que ganhamos?

— Você tem razão de estar brava — falei já de olhos fechados enquanto as Kitsunes que ainda estavam vivas corriam para as suas residências — mas eu não sequestrei a sua filha e quero devolvê-la a você..., mas matar Kitsunes apenas por elas não gostarem de seres humanos é errado.

— Eu não ligo — ela rosnou.

— Interessante — respondi me aproximando — você diz que não liga, mas ao falar isso seu ruah se contorceu de uma maneira bem dolorosa, então não minta. As origens do seu poder são de uma Kitsune, muitos dos seus sofrimentos vieram por conta de Kitsunes e eu entendo, mas a senhorita não pode julgar todas por isso.

— Você me traiu Rainha Carmesim? — uma energia negativa surgiu no interior da filha de Zyon me fazendo estremecer. Uma escuridão pareceu começar a tomar conta dela. Eu lembrava bem de onde eu tinha visto aquela luz. Zyon a carregava constantemente, mas diferente de Zyon, Lissa parecia não ter controle sobre ela — então é isso?

— Eu não te traí Lissa. Zyon foi buscar a Kat. Como eu prometi, ela irá para casa com você. Seja paciente.

— Me solte — ela rosnou de novo.

— Lissa, me escuta — Ohime falou baixo — você já a teria encontrado se não estivesse tão focada em matar todos.

Lissa não a ouviu e a luz negra em seu interior cresceu.

— Eu sou uma assassina, Ohime — ela falou com a voz vários tons acima — não espere que eu deixe vermes viverem só porque você acha que é errado, mas tudo bem... eu entendi. Deixe-me te falar uma coisa importante, você sabia que o verme encurralado ali no canto... Anton, não é? — ela se virou para o líder da aldeia que seguia encurralado em um canto — sabia que ele mantém relações com todas as kitsunes mais nova? É uma regra que ele tire a sua pureza antes do casamento dela.

Meu estômago revirou e talvez isso tenha sido nítido no meu rosto, porque ela riu... até mesmo sua risada saía distorcida enquanto ela colocava o braço uma e outra vez na minha prisão, provavelmente deixando diversas marcas de queimaduras.

— Oh — ela olhou para mim — você não sabia? É nesse nível que uma kitsune é melhor que um ser humano..., mas não me importo, contanto que eu possa ir embora com a Kat, eu não me importo com o que vai acontecer aqui mais. Vocês têm sorte de o Kai ser o rei e não eu... ele é muito mais racional e sei que ele não vai descontar nos refugiados que estão lá.

Novamente fiquei quieto, assim como Ohime estava fazendo, preferi deixar que ela falasse e torci internamente para que Zyon e Syaoran chegassem logo.

━━━━━━✧❂✧━━━━━━

Quando Zyon chegou com Syaoran, logo atrás vinha Nifir, a divindade que eu havia fugido durante tanto tempo e Katriel, que eu havia encontrado no bairro dos prazeres. O clima pesou consideravelmente.

— Olá, minha amada obra prima — o tom meloso de Katriel me enjoou na mesma hora.

— Lissa, a partir desse momento, não faça nada — falei me virando para ela. Kat estava no colo da Nifir e seu braço e perna mecânicos estavam completamente destroçados — eu prometi que ela iria bem para casa e eu vou cumprir isso. Lembre-se que você só é um demônio se você quiser ser um e se bem me lembro, não foi esse o caminho que você escolheu.

Ela se encolheu, mas não respondeu. Qiang tinha a luz centrada, e eu só podia começar a imaginar o tamanho do autocontrole que ele tinha.

Meu corpo estava tremendo, de uma maneira quase enlouquecedora e sem dúvida visível.

— Oh — Katriel falou com a voz embargada pela emoção e cortada por um choro que eu não sabia dizer até que ponto era real ou encenação — deus Qiang, eu juro que te farei o melhor dos presentes.

Qiang não se imutou. Vi seu braço se cruzando, talvez para tentar controlar o que sentia também.

— Katriel — uns segundos depois, Qiang resolveu falar, sua voz estava calma e pacífica e mesmo seu interior estava assim, o que de certa maneira me surpreendeu — Quanto tempo.

— Ele sabe o meu nome — Katriel praticamente se contorceu e se ele estava fingindo um choro, sem dúvidas era um teatro muito convincente — ele sabe o meu nome. Deus Qiang, entregue a bela dama para que eu te faça a obra perfeita.

— Entregue a menina — Qiang falou tranquilamente — entregue-a a salvo e poderá ficar com a Ohime.

— Sério? — a voz infantil de felicidade que o Katriel fez me arrepiou.

— Sim — Qiang seguiu. Lissa o olhou com sua luz quebrando a cada palavra de Qiang, eu não saberia dizer o que ela estava pensando, talvez estivesse arrependida por tê-lo julgado. Talvez soubesse o que ele estava sentindo mesmo com a sua voz moderada — mas poderá levá-la apenas se a criança voltar para a sua mãe em segurança e sem ferimentos.

— Sim! — ele praticamente gritou — ela irá, mas antes... espera, preciso te mostrar uma coisa meu deus.

Ele foi feliz até os corpos das Kitsunes mortas que Lissa havia matado e os posicionou de uma maneira estranha e depois sorriu.

— São tão lindas assim, não são? — ele falou admirando os corpos — as luzes de cada uma nessa pós morte são lindas. Lembra Qiang? Lembra do papai me batendo a cada vez que eu te magoava? Lembra como era? Só irei entregar a criança, quando Ohime vier até mim.

Minha respiração travou no pulmão. Qiang não respondeu inicialmente, mas as palavras de Katriel pareciam surtir efeitos e o controle de Qiang parecia vacilar pouco a pouco. Quando o Imperador enfim respondeu, eu pude ouvir um leve tremor na sua voz.

— Quem me garante de que irá cumprir a sua palavra?

— Terão apenas a minha palavra — ele deu de ombros — mas se eu não puder fazer minha arte com a mais bela obra prima, terei que usar o que tenho em mãos... tenho um total de 3 obras para te oferecer... uma eu já te presenteei, espero que tenha gostado.

Lembrei de Meihui e Ah-kum no quintal da minha casa. A combinação perfeita de seus ruahs e a contragosto eu admitindo que aos olhos de um hansha aquilo era terrivelmente bonito. Olhei para a direção de Kat, que as vezes emitia pequenos ruídos abafados, provavelmente estava com a boca fechada. Syaoran parecia simplesmente se segurar em um canto e de quebra tentava a todo custo controlar os impulsos de Zyon. Se lutássemos, as chances de a Kat morrer eram altas, além de diversas outras mortes. Lissa, ainda presa dentro das chamas do Imperador, hora parecia ausente, hora parecia quebrada. Levei meus olhos rapidamente para Qiang e me senti grata por tê-lo comigo e torci internamente para que tudo terminasse bem.

— Deus Qiang — Katriel falou parecendo um pouco mais nervoso — se não entregar Ohime logo, temo que terei que tomar outras decisões. Consegue se lembrar da vez que eu matei a minha mãe? Ela também fez uma expressão linda antes de morrer.

— Acha que eu esqueceria isso? Você tinha apenas 11 anos e cortou brutalmente a garganta de uma mulher.

— Não pode negar que a cor do sangue é linda — Katriel deu de ombros — vamos terminar logo com isso.

Qiang pareceu forçar o pulso e eu podia jurar que ouvia seu maxilar sendo forçado.

— Me dê a sua palavra de que não irá machucar nem a Kat e nem ninguém que esteja aqui — falei respirando fundo.

— Te dou a minha palavra que usarei apenas a minha bela matéria prima — ele se virou para mim — mas entregarei a criança somente após eu entregar a minha segunda obra. Não quero que incidentes estranhos ocorram durante o processo.

Eu teria que arriscar, não chegaríamos a lugar nenhum com aquela negociação estranha e claramente Katriel não tinha a intenção de entregar a Kat sem que eu estivesse em sua posse.

Forcei as pernas. Qiang não me parou, Lissa chorou alto e vi como a luz de Zyon praticamente se apagava. Não estava diferente do que de qualquer outro ali. Deixei meus passos seguirem, mas não tive coragem de olhar para Qiang.

━━━━━━✧❂✧━━━━━━

Quando Ohime chegou perto o suficiente de Katriel, a luz do homem praticamente explodiu de felicidade e em um movimento rápido, ele apenas encostou na cabeça de Ohime, fazendo-a cair.

Ela não conseguiu se preparar, seu corpo estava mole e ela se sentia estranha.

"Rainha" — ela chamou mentalmente, mas não teve respostas — "Rainha, por favor, fala comigo", mas seu ruah não a respondeu e pela primeira vez depois de muito tempo, ela sentiu o verdadeiro terror.

Katriel riu ao olhar para o rosto pálido de Ohime.

— Isso — a voz de prazer de Katriel causou repulsa em quem via a cena — eu senti tanta falta dessa sua cara de pânico. A senhorita é incrivelmente bela quando está com medo. Ainda lembro de você no palácio, Li Akame. A protegida Li Akame, a mais bela entre todas as mulheres...

Ohime estremeceu visivelmente.

Qiang não entendia. O que tinha acontecido com Ohime? Ela simplesmente tinha caído, mas o pânico que ela sentia era tão visível que ele precisava se segurar para simplesmente não atacar qualquer um ali. Em um impulso, ele abriu os olhos, e ao olhar para ela, caída, praticamente paralisada, sentindo o pânico imenso que ela sentia, ele sentiu sua perna fraquejar. A prisão que prendia Lissa se desfez, mas mesmo Lissa parecia apavorada ao olhar para aquilo. Ohime era invencível a seus olhos, e vê-la caída sem reação quebrou a confiança de qualquer um ali presente e a pergunta pairou no ar: o que Katriel havia feito?

— Ohime, você gostou da minha primeira obra? — ele olhou para ela caída — sabe qual a parte boa de ser quem eu sou? — ela não respondeu, apenas seguiu olhando-o de maneira ansiosa. Ela simplesmente não controlava mais o seu corpo e o desespero por não saber da Rainha Carmesim a apavorava. Vendo que ela não o responderia sorriu mais abertamente — eu posso ser perverso sem me preocupar. Esse sou eu. Agora — ele puxou uma estaca de ferro que estava preso na cintura — me mostre o como suas cores podem ser intensas. Vamos dar um show de luzes para o deus Qiang.

Ao acabar de falar, ele esticou o braço de Ohime com o próprio pé, e com muita força ele desceu a estaca perfurando a mão dela de um lado para o outro.

O grito de dor que Ohime deu preencheu o ouvido de todos. Qiang, que seguia com os olhos abertos sentiu a dor terrível de sua mão sendo perfurada e como um ato reflexo, ele fechou os olhos.

As luzes de Ohime pareciam que haviam explodido para além do seu corpo e o vermelho e preto do seu ruah parecia milimetricamente calculado para conectar com as luzes prateadas e azuladas das Kitsunes mortas ao seu redor.

A outra mão de Ohime foi cravada no chão por mais outra estaca. A explosão vermelha preencheu seus olhos deixando-o completamente cego momentaneamente. O terror que Ohime sentia certamente era um espetáculo mais lindo do que qualquer outro que já havia visto. Sua perna bambeou de vez e antes que ele de fato caísse de joelhos, ele sentiu alguém o apoiando. Ele não precisava nem olhar para saber que era Lissa.

A luz de Lissa seguia praticamente petrificada. Não havia sinal da mancha preta e nem do ódio que ela sentira a tempos atrás e Qiang entendeu que aquela sim era Lissa, aquela sim era a filha que Zyon queria proteger e ao olhar para o ruah da moça, o Imperador podia entender a dor de tentar todos os dias não se deixar levar pela escuridão do próprio corpo.

— Isso, Ohime — Katriel se abaixou quase se deitando em cima dela e forçou o rosto da moça para o lado, fazendo com que sua boca quase roçasse em seu ouvido — essa é a cor que eu quero... eu sabia, a senhorita é perfeita.

Ele puxou as mãos de Ohime para cima, para que essas se soltassem das estacas fazendo-a chorar aos soluços. Tirou uma droga já conhecida por ela e por Qiang e a colocou em sua boca.

— Vamos embora, bela dama — ele sussurrou — preciso que mantenha a cor perfeita na sua morte também.

Ele a sujeitou nos braços e a abraçou, como se quisesse consolá-la ou mimá-la. Em pouco tempo, ela já não conseguia emitir um único som.

— Você está tão linda — ele sussurrou enquanto seguia abraçando-a — está terrivelmente linda.

E assim, ele foi andando em direção a floresta, deixando Nifir para trás com Kat, que entregaria a menina a partir dali.

━━━━━━✧❂✧━━━━━━

Katriel a levou e como eu prometi a ela, eu não movi um músculo para ajudá-la, minha prioridade era a menina Kat e as Kitsunes da aldeia.

— Irei entregar a menina agora — Nifir falou alto para mim — mas quero a sua palavra de que eu irei sair daqui a salvo.

— Tem a minha palavra de que nem eu e nem meus súditos irão te atacar após devolverem a menina — respondi ainda com a voz um pouco cortada. Lissa, que seguia me apoiando tensionou o corpo e aquele pequeno redemoinho preto voltou a surgir em seu interior. A moça era inteligente, eu não podia negar. Apesar da tendência que ela tinha para a violência, ela captou minha mensagem rapidamente.

Ao escutar a minha promessa, Nifir entregou a criança e virou as costas e esse foi o seu erro fatal. Ao invés de Lissa correr até a sua filha, Lissa me soltou e com um dos vetores de luz que parecia sair do seu corpo, ela atravessou o corpo da divindade.

— Vocês deram a sua palavra — ela falou segurando a dor e a respiração.

— Ah, não — eu falei respirando fundo — eu disse que nem eu e nem meus súditos te atacaríamos. Ela não é minha súdita. A senhora deveria saber disso, já que a ideia de roubar a filha dela foi sua.

O redemoinho negro no interior de Lissa aumentou. Lissa não falou uma única palavra, apenas derrubou a mulher de barriga para cima no chão, atravessou suas duas mãos e foi tirando pedaço por pedaço do corpo da mulher.

Kat, que seguia caída no chão gritou finalmente e chorou alto, fazendo Zyon ir em seu socorro. Ele a pegou no colo e fez com que ela cobrisse o rosto em seu ombro e deixou seus passos irem até Lissa. Assim que Zyon tapou seu olho e a puxou para um abraço, fazendo com que ela ficasse oculta em seu ombro também, ela pareceu se acalmar.

— Está tudo bem — ele sussurrou para a filha — já acabou. Você irá para a casa agora.

Lissa havia matado Kitsunes sem pensar duas vezes, eu deveria julgá-la e sabia disso. Zyon confiava no rei de Lissa e o rei já havia mandado ajuda outras vezes até mim, além de receber meus refugiados. Obviamente minha paz com a aldeia das Kitsunes havia acabado, mas a minha escolha era óbvia, eu escolheria estar ao lado dos civis que fugiram, dos humanos que sem dúvidas precisavam de seu Imperador e daqueles que eu sabia que confiavam em mim.

— Zyon — o chamei com a voz mais firme. Eu confiava em Ohime e confiava que ela sobreviveria até eu encontrá-la e naquele momento, eu tinha que ser o Imperador.

— Majestade, por favor... — ele soltou Lissa e Kat e se ajoelhou na minha frente — escute o meu apelo, por favor...

Eu o parei com a mão, eu sabia que ele iria rogar por sua filha.

— Leve Lissandra para casa junto com a sua filha — falei firme e ele me olhou, eu não o via diretamente, mas podia notar a sua surpresa — ela assassinou Kitsunes dentro do meu reino e havia Kitsunes inocentes no meio que foram mortas apenas por expressarem uma opinião comum aqui nessa vila. Isso é um crime grave e fere o tratado de paz que eu levo séculos mantendo. Garanta que o rei Kai saiba da história inteira e que ele tome as providências que ele achar adequada.

Zyon estava quebrado e cansado, mas o alívio percorreu seu corpo.

— Obrigado, Majestade — ele levou o rosto até o chão.

— Syaoran — o chamei. Meu conselheiro pessoal também já havia retomado a sua postura fria e inquebrável novamente — você irá com o Zyon. Gostaria que oficializasse um tratado com o rei. Deixe-o saber o quanto sentimos pelo ocorrido com a pequena Kat e que estamos prontos a nos retratar desse erro e tendo em vista que a menina está a salvo e apesar da ofensa causada contra inocentes, não estou inclinado a inimizades com alguém que abriu as portas para o meu povo.

— Sim, senhor — Syaoran falou e se aproximou de Zyon, oferecendo a mão para ajudá-lo a se levantar.

— Eu quero ajudar a encontrar Ohime — Lissa falou com a voz ainda apagada.

— Não — falei de maneira categórica — a senhorita irá voltar para a casa. A senhorita é muito instável e não posso correr o risco de colocar aqueles que estão ao seu redor em perigo. A mancha negra que toma conta do seu ruah cada vez que você se enfurece ou quando não tem controle da situação pode tomá-la a qualquer momento se participar dessa guerra. Devo admitir que foi sábio da sua parte ficar no meio dos seres humanos, porque apesar da crueldade que eles podem chegar a ter, você consegue ocultar essa sua mancha interior por conseguir o controle da situação.

— Mas eu quero ajudar — ela insistiu e só então eu lembrei que ela era nova até mesmo para um ser humano. Jovem e imprudente.

— E eu declino a sua ajuda — voltei a falar — vá para casa. Já está me ajudando muito ao receber e cuidar do meu povo. Deixe que dessa guerra nós cuidamos.

— Mas a Ohime se entregou para salvar a minha filha — ela gritou.

— Então seja inteligente e não desperdice isso — falei me virando para ela — cuide dessa criança. Vocês estão perdendo tempo aqui. Zyon e Syaoran, já podem ir.

Zyon pegou no braço da sua filha que ainda parecia indignada. Lissa parecia ter muitas facetas para ser sincero, seu humor era inconstante e difícil de controlar, mesmo que estivesse feliz agora, em segundos ela podia explodir em raiva, tê-la por perto era certamente arriscado e era um risco que eu não poderia ter naquele momento.

— Syaoran, irei voltar para a capital após ver como as coisas aqui ficaram, volte para o palácio assim que resolverem as coisas com o rei Kai.

— Como pretende encontrá-la, Majestade? — Syaoran perguntou o que possivelmente todos queriam saber.

— Quando você voltar, nós conversaremos — falei e os deixei. Eu tinha pressa para saber de Húlí.

━━━━━━✧❂✧━━━━━━

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro