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☾✧ ━━ O ciúme que eu sentia piscava dentro de mim como um lembrete da importância do rei mimado na minha vida, mas eu sabia que era importante equilibrá-lo, eu o amava e sabia que tinha que confiar nele (Ohime) ━━✧☽

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Universo: Faaliye (Quadrante 2)

Planeta: Azuma

País: Yeou

Data local: Wu, 1 Pí Ting de 1503 do novo reinado Qiang (inverno)

Data Universo Homines (Planeta Terra - Brasil): Segunda, 16 de fevereiro de 2015 (verão)


Embora fosse estação fria, o sol resolveu aparecer. Dentro de um dia eu iria com o Imperador para algum lugar. Na hora me pareceu uma boa ideia provocá-lo, eu sabia que ele não esperava que eu aceitasse e agora eu estava ansiosa e novamente querendo sumir.

Fui caminhando pelos jardins do palácio até me encontrar com o professor que me entregou um pacote para entregar para o Qiang. Tudo o que eu fazia ultimamente era servir de correspondente entre esses dois, mas eu prometi que eu seria prudente em troca da retirada da ordem do Professor, então ali estava, caminhando lentamente enquanto aproveitava o sol tímido que estava no céu.

Pensei novamente no pacote que eu estava levando. Encomendar aquele tipo de objeto não era típico do Imperador. Parecia algo feminino e fofo e tentei controlar o embrulho no estômago ao imaginar que talvez ele fosse dar aquilo de presente para alguma mulher. Novamente eu estava sendo ridícula a esse ponto, mas talvez o conselho tivesse enfim o convencido de que ele não poderia se casar comigo.

Fui caminhando perdida em pensamentos quando vi uma luz forte que parecia estar flutuando. Uma lanterna de papel? Não, era fogo-fátuo, nunca havia visto nenhum antes. Não me impressionava que eu pudesse vê-los através da faixa por serem o que são. Olhei mais fixamente na direção da luz e notei outras luzes azuis e laranjas que continuavam subindo, uma após a outra no crepúsculo. Sem me conter, abaixei a faixa e olhei o show a olho nu. A procissão balançava de forma encantadora à medida que avançava. Novamente senti algo estranho ao notar a direção das lanternas e tapei novamente os olhos. Quando cheguei na porta do palácio, me dirigi para a sala particular do Imperador.

— Majestade — Syaoran me anunciou assim que eu entrei pela porta — a senhorita Ohime chegou.

— Boa noite — falei e meu cumprimento, como sempre, parou por aí, sem reverências ou bajulações.

— Então você é a convidada repentina nessa sala? — ele falou sem se levantar — desculpe-me, mas um conjunto de roupas que eu fiz sob medida também acabou de chegar. Você se importa em esperar?

— De jeito nenhum — respondi com um sorriso — Por favor, não se apresse. Pode demorar a noite inteira se precisar. Se quiser eu deixo a encomenda com Syaoran e vou embora.

— Oras, está me expulsando da minha própria sala? — ele perguntou se divertindo com a resposta — mudei de ideia. Irei abrir os pacotes aqui. Tire a faixa senhorita e sente-se ao meu lado.

Mordi a língua para não responder, sempre que ele falava para tirar a faixa, eu sabia que não era um pedido. Apesar de abaixar a faixa e sentir instantaneamente o mal-estar se apoderando do meu corpo, mesmo que fosse com menor intensidade do que das primeiras vezes, eu não me sentei ao lado dele.

Olhei suas mãos ágeis abrindo uma caixa e vi sua roupa. Até eu podia dizer que as roupas que ele estava segurando eram da mais alta e fina qualidade.

— Este alfaiate realmente faz um trabalho impressionante, é uma pena que não queira deixar a cidade — ele falou claramente se divertindo como sempre fazia ao analisar as coisas. Ele podia ser um pouco provocador, mas sempre elogiava onde era merecido.

Enquanto o observava, lembrei-me da estranha visão que vi ao caminho dali. Todas as luzes que pareciam estar naquela direção não pareciam reais mais. Lembrei-me das contradições de se ver tal fenômeno em diversos universos. Presságio de morte? Poderia ser a sorte querendo que a seguisse?

— Parece pensativa, senhorita Ohime. Tenho a sensação de que deixou um fogo-fátuo a seguir — eu só poderia supor que ele havia terminado de verificar sua roupa, já que sua atenção estava completamente em mim.

Ele olhou para mim e os meus sentimentos se reviram, era sempre a mesma coisa, eu era sempre a adolescente apaixonada que me esquecia da prudência e deixava tanto os seus como os meus sentimentos se embrulharem e embaralharem. Seu sorriso era encantador e obviamente estava gostando da minha reação.

— Então aquelas luzes realmente eram fogos-fátuos! Nunca tinha visto um de verdade — exclamei.

— Os humanos daqui dizem que essas luzes significam um casamento importante. As luzes fazem a procissão para que o casamento ocorra.

— Uma procissão de casamento? — eu ri, aquilo me parecia absurdo — A quem devo felicitar então? Afinal, parecia que estavam vindo nessa direção. Ah, de acordo com a roupa nova, o presente em minhas mãos e seu bom humor, talvez eu deva felicitá-lo, não?

Apesar da pergunta com a voz relaxada e em um claro tom de brincadeira, eu senti como meus nervos me irritavam por estarem aflorando, mas tudo o que o Imperador fez foi sorrir mais abertamente, certamente sabendo o que eu estava sentindo. Ele por sua vez, apenas me espelhava tranquilidade naquele momento, o que me irritou ainda mais.

— Vejo que você está perspicaz hoje também. Assim como você suspeitava, eles realmente estavam vindo para cá.

Ele estava me dizendo que realmente alguém iria se casar ali? Estava dizendo que aquelas luzes realmente estavam em procissão para um casamento importante? Ele estava brincando comigo? Capaz que sim e eu entendia essa provocação em teoria, mas meus sentimentos não conseguiam processar a brincadeira dele, deixando-me paralisada. "Eu não vou cair nisso", repeti algumas vezes para mim mesma..., mas e se fosse verdade? E se o conselho o pressionou de alguma maneira e ele realmente tivesse que se casar e não tivesse escolha? Afinal esse era o plano até eu aparecer e obviamente o conselho não tinha me aceitado em momento nenhum, eu nem poderia me chamar de sua noiva apesar do seu pedido praticamente em público. Um reino não podia ir para frente sem herdeiros e para isso ele precisa de uma esposa. Podia não saber como ele fazia para seguir no trono, talvez usasse a manipulação da memória, mas obviamente ele precisava de uma mulher e eu sabia que podia ser difícil ir contra tantos nobres, mesmo sendo ele quem era. Se ele fosse se casar, então era uma ocasião feliz, certo? Eu devia me alegrar por ele. Eu devia acreditar? Mas se fosse isso, ele falaria comigo, não? Estava realmente confusa. Talvez ele soubesse que não existia um futuro possível comigo por conta da minha escolha. Eu não podia culpá-lo, sem dúvidas era aquilo.

Respirei e controlei o que eu sentia, se era jogo ou não, eu deveria responder.

— Felicidades então — minha voz saiu pior do que eu esperava.

— Hum — ele sorriu de canto — muito obrigado.

Irritada com isso, eu consegui voltar ao meu humor normal. Me recusava a desviar o olhar. Ele estava feliz e eu não sabia como interpretar aquilo, então fiz o que eu já deveria ter feito antes, eu ignorei por completo o que ele sentia.

— Felicite-a por minha parte — dei um sorriso típico meu quando estava nervosa, mas então uma xícara de chá foi colocada na minha frente com um suspiro pesado.

— Por favor, pare de provocá-la, Majestade — Syaoran resmungou de uma maneira cansada.

Eu sorri de maneira maliciosa, no fim era a primeira opção e me odiei por ter duvidado por um minuto sequer disso.

— Primeiro, foi ela quem tomou conclusões precipitadas e outra, Syaoran você poderia pelo menos deixar passar um pouco mais — ele pareceu um pouco chateado e eu sorri ainda mais com esse sentimento — estava gostoso espelhar o ciúmes dela.

— Oras — tomei um pouco do chá — agora quem está desfrutando sou eu. Sua chateação é realmente genuína. Deixe-me aproveitar um pouco mais.

Ele faz uma careta, mas não respondeu.

— Diga-me — resolvi tirar a minha dúvida — de onde eu venho, o fogo-fátuo é um presságio de morte... então me responda, alguma parte da sua fascinante história é real?

— A procissão de casamento está de fato chegando ao palácio — ele falou tranquilamente — e de fato é real que eles aparecem em casamentos importantes, mas não sou eu que vou me casar, a senhorita deveria saber disso, já que se fosse o meu casamento, seria obviamente o seu também, para isso é minha noiva.

Me senti estúpida e nem fui capaz de contestar aquilo. Aquele mundo estava me engolindo com uma rapidez assustadora.

— Dada a posição do Imperador, muitos nobres que se casam vêm ao palácio para a aprovação dele, assim eles também podem prestar sua homenagem à ele. Haverá um banquete de casamento aqui esta noite — Syaoran resolveu elucidar melhor as informações.

— A senhorita sem dúvidas se lembra dele — o Imperador sorriu ao falar isso e o sentimento de triunfo e raiva era tão intenso que eu desviei o olhar instintivamente — hoje será realizada o casamento do Visconde Zaki e o que a senhorita está segurando é o presente de casamento para ela. É uma pena que ela ficará viúva antes mesmo da cerimônia...

— Irá matá-lo? — perguntei tomando mais um gole do chá.

— Quem sabe... — o imperador falou pensativo — não, talvez não... talvez eu deixe a cerimônia acontecer para que a jovem possa ficar com as posses dele e com o título também... o que você pensa a respeito, senhorita?

— É uma pena por ela, mas se o senhor o atacar agora, talvez o nosso inimigo antecipe seu ataque e tenho entendido que ainda não estamos preparados para isso.

— Tem toda razão, mas irei mantê-lo vigiado. Só me irrita o fato de não termos encontrado nem vestígios de An Shang — ele forçou o maxilar.

— Deixemos esse assunto por enquanto — falei para tentar acalmá-lo — Deixe-me te dar esse ponto, Majestade — falei entregando finalmente a encomenda — Eu pensei que já estava acostumada com as suas provocações, mas eu realmente perdi minha compostura desta vez. Eu não conseguia definir se o que o senhor falava era verdade ou não. Parabéns.

Seu sorriso foi tão satisfatório que me perguntei para onde foi toda a raiva que há pouco ele sentiu.

— Se vocês me derem licença, devo preparar algumas coisas para o banquete — Syaoran se inclinou para poder sair.

— Eu deveria me retirar também, enquanto ainda tenho alguma dignidade sobrando — falei me levantando.

— Por que não fica? — o Imperador me perguntou antes que eu saísse.

Eu engoli em seco, será que ele iria propor de eu participar desse banquete todo sem a faixa de novo? Com o visconde presente? Senti o mal-estar se instalar de maneira intensa dentro de mim novamente.

— Tudo bem — ele voltou a falar — não precisa responder, mas pelo menos beba o seu chá. Vou pedir para alguém te acompanhar até a sua suíte se assim você desejar, e pegue — ele me entregou um caixa com chocolates.

— Não precisa chamar ninguém, não é como se fosse muito longe meu quarto — falei ainda sem decidir se terminaria o chá ou não — Mas obrigada pelos chocolates.

— É minha maneira de me desculpar — seus olhos brilharam intensamente de alegria ao falar isso e eu esqueci momentaneamente de respirar — Afinal, parece que eu causei um grande pânico aqui.

— Você é muito convencido. Que bom que está feliz com isso — falei irritada.

— E eu estou feliz que a senhorita esteja aliviada agora, mesmo que não admita em voz alta.

Ele obviamente sabia daquilo e eu não precisava admitir nada, mas se ele esperava ouvir isso da minha boca, ele estava totalmente enganado.

— De qualquer maneira — ele praticamente me sentou de novo e me entregou a xícara, ele passou a mão pelo meu cabelo e eu senti um arrepio percorrer meu corpo — pode relaxar um pouco aí. No dia que eu estiver feliz com um casamento, será porque estarei com a esposa perfeita.

Ele me olhou detidamente e minha respiração praticamente parou, seu olhar era intenso, mas o verdadeiro significado de suas palavras parecia estar escondido atrás do seu sorriso calmo e provocador. Quando meus olhos pousaram nos seus, eu já não sabia qual dos dois corações estava mais acelerado e fui presa pelo pânico de não controlar nada do que eu sentia.

— Ei, Ohime - o Imperador me chamou notando que eu estava começando a me descontrolar, mas foi interrompido pelo guarda.

— Senhor, o Visconde e alguns de seus convidados deseja falar-lhe.

Eu não conseguia respirar, meus olhos foram do Imperador para o guarda. Dois novos sentimentos foram inseridos dentro de mim: cansaço e medo. O guarda a minha frente tinha medo, medo do Imperador? Eu não sabia dizer. Queria fechar os olhos, mas por que estava tão difícil?

— Agora não — o Imperador falou irritado.

Sentia como finas linhas pareciam desenhar no meu corpo e algo fosse simplesmente se romper. Pela expressão de Qiang, as linhas estavam bem visíveis também e isso me fez instintivamente olhar para as mãos. Diversas linhas com a cor do meu ruah pareciam me riscar, como se eu fosse quebrar a qualquer minuto.

— Meu ruah... estou sentindo meu ruah agitado... a Rainha quer sair — falei presa em um total pânico.

— Ohime, respira e se acalma — a voz dele saía baixa, mas firme — Sai daqui — ele provavelmente falou para o guarda que sem dúvidas seguia parado na porta.

— Sim, senhor — antes do guarda sair o Visconde entrou na sala com uma mulher pálida e magra.

Olhei os dois, precisava respirar, meu corpo doía muito enquanto mais sentimentos eram inseridos. Os olhos do Visconde pousaram em mim e eu senti o suor escorrer pelo canto do rosto... um novo sentimento: um desejo doentio. Olhei para o lado, para a moça que o acompanhava: tristeza profunda.

Precisava levar mais ar para os pulmões, mas não conseguia. Tudo queimava.

— Ei, Ohime — o Imperador parecia distante — respira.

Ele segurava meu ombro e eu olhei para ele, outros sentimentos: preocupação, medo e desespero. Sua mão pousou no meu rosto, mas antes que eu conseguisse me controlar, eu senti como meu corpo ficava mole e o alívio tomou conta de mim, que bom, eu apenas perderia a consciência de novo.

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— Eu deixei claro que não era para entrar, Visconde — minha irritação estava além do normal, coloquei novamente a minha faixa e coloquei a faixa no rosto dela.

— Majestade, qual o problema? Precisa de ajuda? Sempre tive curiosidade sobre a faixa — o Visconde pareci querer me irritar e minha vontade de matá-lo estava crescendo de uma maneira exponencial, se não fosse a certeza de que realmente haveria um ataque se eu o matasse, eu sem dúvidas já o teria feito.

— Cuide dos seus assuntos Visconde, e saia imediatamente.

— Já vejo que está ocupado — o tom que ele usou me irritou ainda mais.

— Visconde — Syaoran entrou com sua voz moderada — é desrespeitoso perguntar tal coisa ao Imperador. Ele usa a faixa por conta de uma doença e o senhor sabe.

— A moça também? Que curioso — ele deu dois passos em direção a ela — é da sua família então? Soube que é uma doença hereditária. Mas não poderia ser, já que estão noivos, não é?

Me coloquei na frente dele de uma maneira que ele deixasse de vê-la. Ele sem dúvidas queria apenas me provocar e eu teria que me acalmar.

— Syaoran — o chamei, mas não saí da frente do Visconde — Leve a senhorita Ohime em segurança para os seus aposentos e se certifique de redobrar a segurança. Encontre o Professor e traga-o imediatamente para vê-la e relate o ocorrido. Irei pessoalmente acompanhar a organização desse casamento.

Syaoran não precisava perguntar nada para saber que meu bom humor sumiu completamente.

— Como queira, Majestade — mesmo assim, ele parecia hesitante em pegar Ohime no colo para levá-la e certamente ela não parecia que iria acordar.

— Leve-a — ordenei novamente e ele obedeceu. Confiava em Syaoran, então confiava que ele seria prudente com ela.

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— Chegou o momento — Katriel falou feliz para Nifir que esperava pacientemente ele acabar de ver o que o visconde havia visto — Ela está fraca, ela não irá aguentar muito tempo sem se descontrolar, minha matéria prima está finalmente pronta.

— Irei buscar nossa moeda de troca então — Nifir falou de maneira tediosa — após esse seu show patético, não se esqueça que Ohime é minha.

— Sim, sim — ele sorriu de maneira ainda mais aberta — Não precisarei da casca da matéria prima, faça o que quiser após eu usá-la. Certifique-se de que nossa moeda de troca seja a suficientemente valiosa para ela. Xue Hua e Aiko — ele as chamou — como está a nossa convidada?

As duas olham para a jovem An Shang amarrada e despida na cama, com um olhar amedrontado e choroso.

— Ela é patética, ela jamais será tão valiosa quanto um espírito da neve — Xue Hua fala irritada — para que precisamos dela afinal?

— Tudo a seu tempo Xue Hua, não quer se livrar do seu irmão? É isso que faremos. Por enquanto eu preciso que tragam o visconde de volta, digam a ele que An Shang é um presente e que os serviços dele não serão mais necessários e depois, juntem seus seguidores e mantenham os amigos de Ohime longe dela quando ela seguir o Imperador. Espero que tenham seguidores o suficiente para isso, aproveitem a ajuda das divindades, não aceitarei falhas.

— Sim senhor — as duas falam em uníssono, sentindo finalmente como estavam próximas de seus objetivos.

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Universo: Faaliye (Quadrante 2)

Planeta: Azuma

País: Yeou

Data local: Liù, 2 Pí Ting de 1503 do novo reinado Qiang (inverno)

Data Universo Homines (Planeta Terra - Brasil): Terça, 17 de fevereiro de 2015 (verão)


Acordei no meu quarto. Tinha o estômago embrulhado e sentia rapidamente a bile subindo e baixando pela minha garganta, mas não vomitei.

— Senhorita? — era a voz de Syaoran — Como está se sentindo?

— Eu não sei bem — admiti.

— Peço desculpas pelo que aconteceu ontem — ele falou sinceramente.

Me senti frustrada, não havia nem visto a noite passar direito.

— Do que você está falando? — me sentei e senti uma vertigem repentina.

— Se o Imperador não a tivesse provocado, talvez tivesse aguentado tudo melhor — ele suspirou — eu não sei o quão difícil isso é para a senhorita, mas sei como foi para ele. A senhorita está pálida.

— Está tudo bem — me forcei a não me deitar de novo — fui eu que tirei conclusões precipitadas em primeiro lugar.

— Faz sentido que essa seja sua primeira suposição após o que ele falou. Ohime, sei que vocês estão passando por situações difíceis e é difícil manter uma relação assim, mas entenda os costumes daqui, por favor... não deveria estar nem te falando isso, mas ele te ama.

— Estou frustrada por ter caído na provocação dele, mas também estou feliz em saber que ele estava mentindo. Não diga isso a ele. Ele definitivamente iria rir se soubesse que eu disse algo assim.

— Entendido — ele soltou uma pequena risada e eu me surpreendi rindo com ele também, rimos porque éramos duas pessoas que compartilhavam frequentemente os caprichos do nosso monarca — Te vejo fraca, acho que será melhor que a senhorita fique aqui e descanse.

— Sinto muito — a risada sumiu dos meus lábios — há algum motivo específico para que tenham que visitar essa aldeia agora?

— Iremos para a vila das Kitsunes — ele respondeu — O Imperador sempre é convidado para um festival que ocorre apenas uma vez a cada 5 anos. É uma maneira dele reafirmar sua aliança com a vila. Além disso, colocaremos a vila sob alerta também.

— Um festival parece divertido — respondi com um pequeno sorriso, tentando ignorar o mal-estar que aquilo havia me dado.

— Eu espero que seja só isso mesmo — ele pareceu preocupado e tenso — Este festival é mais parecido a uma cerimônia sagrada em que os habitantes rezam pela prosperidade da aldeia. Dada a sua importância, o Imperador é convidado para tomar frente na direção do festival. É a maneira como a aliança é reafirmada, as Kitsunes voltarão a jurar lealdade a ele por mais 5 anos e o ele oferecerá sua proteção. Isso sem dúvidas decidirá o lado das Kitsunes na guerra que se aproxima...

— Acha que pode ser uma emboscada? Ou acha que não vai dar certo dessa vez?

— Com tudo o que tem acontecido, está difícil manter a positividade para ser sincero.

— Entendo, é uma coisa bem importante então. É um festival difícil de preparar?

— O sucesso deste festival, desde os preparativos até os eventos do dia em si, tudo depende dele.

— Mas ele é o Imperador — eu certamente não entendia de política, mas aquilo me parecia demais.

— Pode não ser incerto dizer que este é um teste de sua capacidade de continuar liderando-os como rei. Usar da força para algo assim seria expor as Kitsunes e certamente teríamos uma rebelião em mãos.

— O que significa que ele absolutamente não pode falhar, então.

A explicação sóbria de Syaoran mostrou o quão sério era aquela viagem para eles. Fiquei pensando que o Imperador era capaz de conhecer todo o seu reino sem nem aproveitar sua estadia nos lugares que passava. Tinha certeza de que ele ficaria bem, afinal era do rei milenar que estávamos falando, mesmo assim de repente, ele me pareceu ter uma vida terrivelmente solitária.

— Aguardo o retorno de vocês à capital, torcendo pelo sucesso do nosso Imperador.

— E eu espero que a senhorita esteja melhor ao nosso retorno — ele se despediu e saiu do quarto.

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