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☾✧ ━━ Entre todos os presentes da vida, o maior de todos foi você ter voltado para o meu lado (Qiang Huang) ━━✧☽
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Universo: Faaliye (Quadrante 2)
Planeta: Azuma
País: Yeou
Data local: Sì, 11 Kankin de 1503 do novo reinado Qiang (prevernal)
Data Universo Homines (Planeta Terra - Brasil): Domingo, 28 de dezembro de 2014 (verão)
Estávamos em uma noite fria, parecia que o inverno naquele ano seria bem intenso. Eu e o Imperador estamos voltando para casa de um jantar especial.
— Então, está chegando o aniversário do seu reinado, não é? — perguntei olhando para a janela da carruagem.
O Imperador fez questão de me dar mais um dia de treinamento, além de exigir toda a sua guarda pessoal para o trabalho, o que certamente me incluía. Não tinha dúvidas de que ele fazia aquilo para me incomodar, mas qualquer treino era bem-vindo. Ele sabia de todos os comentários que fariam ao me verem acompanhada dele. Já virei até mesmo uma terrível monarca que estava ameaçando escravizar a todos se o Imperador não fizesse o que eu mandava segundo alguns cidadãos.
Os melhores vinhos foram servidos naquele dia no jantar e diversas donzelas fizeram o possível para tirarem a atenção dele de mim, e para o meu desagrado, não foi muito diferente pela parte dos homens.
— Você está planejando fazer alguma coisa para mim? — ele perguntou e eu nem precisei olhar para saber que ele virou aquele mesmo sorriso malicioso que sempre me dava quando estava planejando me irritar de alguma maneira.
— Ah, com certeza estou — sorri também, mas não me virei para ele — Mas ainda estou pensando nos detalhes.
Mesmo que eu não quisesse admitir, a tentação de presenteá-lo com algo que ele poderia gostar me veio à mente uma e outra vez, mas para isso eu precisaria ter dinheiro, talvez. Roubar não era muito a minha cara, se fosse, eu nunca teria passado o aperto que passei em alguns lugares... então como eu poderia presentear alguém que tinha tudo? "Pensamento errado, Ohime", balancei a cabeça tentando tirar isso a todo custo dos pensamentos. Mas pensando bem, e se eu aproveitasse? Ele era um cavalheiro no fim das contas, certo? Até onde ele aguentaria de fato?
Esse pensamento malicioso me rondou até ficar insuportável. Eu não era dali no fim das contas, as regras dali não se aplicavam a mim. Eu já não era chamada de cortesã? Então eu não via problemas nenhum em me aproveitar disso, no fim, eu não era nenhuma donzelinha pura e fazia muito tempo que eu não tinha nenhuma diversão.
— E então, Majestade — finalmente me virei para ele e dei meu melhor sorriso — Existe alguma coisa que um homem como você queira? Ou seja... você tem tudo o que quer, não é mesmo? Sendo um homem tão poderoso, existe algo que você queira que eu faça?
— Certamente há — ele me olhou com malícia e sua mão se estendeu em minha direção pegando uma única mecha do meu cabelo.
Seu sorriso malicioso estava ali e eu sentia sua diversão e excitação. Ele provavelmente também estava sentindo a minha. Com muito cuidado ele abaixou a cabeça e levou os lábios até a mecha. Mesmo tendo começado, era impossível respirar quando ele olhava para mim com aqueles olhos escuros. Ele estava perto, muito perto, mas queria seguir olhando-o. Queria seguir espelhando-o. Estávamos tão perto que apenas um movimento meu ou dele selaria a nossas bocas. Eu esperei para saber o que ele iria fazer. Havia chamas em seus olhos, mas eu sabia que ele não passaria daquilo, ele dificilmente passava e quando por um acaso acontecia, ele sempre deixava apenas o sabor do seu beijo comigo.
Como eu queria que ele seguisse... como eu queria que ele fosse de qualquer lugar, menos dali... puxei o ar para os pulmões e mantive meus olhos nos seus.
— Você se diverte, não é? — ele falou com um sorriso perfeito.
— Me divirto tanto quanto você — respondi, e como sempre enfatizei a palavra você.
Seu sorriso era perfeito em seu rosto e a euforia dentro dele fazia com que o frio na minha barriga se intensificasse.
— Infelizmente você não irá conseguir essa resposta de mim com tanta facilidade.
Eu não estava surpresa, ele não entregaria o jogo assim e isso alargou ainda mais o meu sorriso.
— Eu poderia desistir de te presentear então — falei sem perder a linha.
— Eu duvido — ele voltou para o lugar — você irá fazer isso, só para me mostrar que pode.
Ele estava certo, mas isso não me irritou.
— Você tem certeza? — perguntei ainda olhando-o.
Vê-lo já havia se tornado tão fácil quanto caminhar e não podia negar que devia isso a ele. Claro que ainda perdia o chão as vezes, claro que ainda me descontrolava, mas eu realmente poderia presenteá-lo pela ajuda.
— Eu admito que gosto de ver você correr por minha causa — ele respondeu. Talvez ele esperasse que eu me sentisse frustrada? Não, acho que não... ele sabia que tinha me atiçado fazendo aquilo.
— Que valente da sua parte admitir tal coisa — meu sorriso seguia intacto, mas deixei de vê-lo e encostei a cabeça virada para o teto da carruagem.
— E tenho certeza de que você já sabia isso sobre mim.
Às vezes eu tinha a sensação de que nunca conseguiria alcançá-lo nesses nossos jogos bobos e me perguntava o porquê eu seguia com aquilo, mas o prazer que eu estava sentindo naquele momento já era a minha resposta.
— Por que não olha para mim? — ele perguntou, com certeza ainda estava sorrindo.
— De jeito nenhum — eu fechei os olhos para não cair na tentação de ver seu rosto perfeito de novo — eu gostaria de um tempo para pensar, então não fale comigo até chegarmos em casa.
— Claro, como quiser senhorita — imaginei o sorriso divertido que ele estava dando e abri novamente os olhos, mas não me virei para ele, ao invés disso me virei novamente para a paisagem de fora da carruagem.
Será que eu conseguiria surpreendê-lo uma vez mais? Eu acho que consegui isso apenas uma vez, mas não queria seguir o mesmo caminho. Aquilo foi perigoso, eu expus os meus sentimentos de maneira delicada e arriscada, mas o que eu podia fazer para surpreendê-lo sem me colocar em risco novamente?
Estava tentando pensar com clareza, mas o vinho que bebi parecia estar trabalhando perfeitamente bem no meu corpo enquanto deixava as minhas pálpebras pesadas. Talvez eu soubesse o que fazer, mas minha consciência já instável pareceu começar a ceder ao sono.
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— Ohime — acordei com a mão do imperador mexendo devagar no meu ombro — Chegamos, então eu posso falar com você agora, certo?
Sem olhar para ele, virei meus olhos para o lado de fora, ainda sonolenta e vi que realmente estávamos na frente da minha casa. Com certeza eu adormeci, como sempre fazia quando estava com ele.
— Obrigada por me deixar dormir, rei mimado — falei ajeitando o corpo.
— Não por isso — ele respondeu tranquilamente — Apesar de você ter dormido durante o serviço e baixado a sua guarda na minha segurança, isso me deu a oportunidade de ver seu rosto adormecido. Mas é um pouco perigoso adormecer quando estamos sozinhos. Quem sabe o que eu poderia fazer.
Seu dedo indicador pousou suavemente nos meus lábios e eu senti a sua aproximação. Eu sabia que ele não passaria muito daquilo, mesmo assim o sentimento que se apoderou de mim era avassalador e me fez despertar completamente. A simples ideia de fazer alguma coisa com ele fez meu rosto esquentar e para piorar eu sabia que ele estava sem a faixa e sabia exatamente como eu me sentia.
— E por um acaso você fez alguma coisa agora? — perguntei já sabendo que não, mas alguma parte doentia minha queria escutar um "sim".
— Quem sabe... — sua resposta vaga e seu sorriso provocador foi tudo o que eu recebi quando pousei meus olhos rapidamente nele, mas ele desviou o nosso olhar e abriu a porta da carruagem me tirando a concentração.
— Até a próxima vez — ele falou tranquilamente — Vou convidá-la para sair novamente em breve.
— De treinos para segurança pessoal e de segurança pessoal para encontros? — eu ri — poderia ao menos disfarçar.
— Acho que posso pedir as três coisas — ele sorriu.
— E aproveitando — me virei para ele uma última vez — para comemorar o aniversário da sua coroação, posso ir até o palácio?
— Para o palácio? — ele sentiu um início de ansiedade e isso me faz rir — Suponho que estaria tudo bem.
— Obrigada — falei apertando um pouco mais os olhos. Como ele conseguia manter o rosto tão sereno quando sentia tantas coisas ao mesmo tempo?
— Você está me agradecendo por isso? Então, de nada — ele riu do meu entusiasmo infantil, mas eu podia jurar que iria surpreendê-lo.
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Universo: Faaliye (Quadrante 2)
Planeta: Azuma
País: Yeou
Data local: Liù, 20 Kankin de 1503 do novo reinado Qiang (prevernal)
Data Universo Homines (Planeta Terra): Terça, 06 de janeiro de 2015 (verão)
E então o aniversário da coroação dele chegou. Eu estava no palácio, no salão. Estava tudo muito bem iluminado e eu sempre me maravilhava quando podia de fato olhar tudo aquilo, mas fechei rapidamente os olhos com a faixa, pois não queria espelhar as outras pessoas que estavam ali.
— Ohime. O que eu estou olhando? – o Imperador não parecia feliz e dei de ombros.
— E eu realmente preciso explicar isso? — falei cruzando os braços.
— Ah — ele colocou o dedo indicador perto do lábio inferior e seguiu — Deixe-me reformular a minha pergunta então: por que as pessoas que eu não me lembro de ter convidado também estão aqui?
— Simples, porque eu as convidei. Afinal, você não disse que não poderia também.
— Não seja um estraga prazeres, Majestade — Zyon riu enquanto virava mais uma taça de bebida — Quanto mais melhor, certo?
— E de fato você está gostando muito disso — o Imperador respondeu sério.
— Não tem nada para comer aqui? — o professor perguntou rindo.
— Ah, tem sim — falei sorrindo — só um segundo.
Saí rapidamente, chamei as pessoas que fizeram a comida e em seguida tudo foi colocado em cima de uma mesa, de maneira organizada e alinhada.
— Minha nossa — o Imperador suspirou. Eu sabia que ele só queria ficar sozinho naquele momento, mas eu precisava de mais gente ali para distraí-lo.
— Ele está satisfeito — Syaoran sussurrou ao meu lado — ele só tem uma maneira única de demonstrar.
Fiquei feliz com o silencioso voto de confiança que ele me deu, se ele estava dizendo aquilo, provavelmente ele estava certo, mesmo assim, aquilo era apenas uma maneira de distraí-lo.
— Obrigada por me ajudar com isso, Syaoran — agradeci sinceramente. Será que o Tales e o Khalil estavam indo bem?
— Não foi nenhum problema — ele respondeu — mas me fala, essa é realmente a sua ideia? Uma pequena comemoração no salão do palácio?
— Se eu precisar de ajuda com uma coisa a mais, você me ajudaria sem perguntar o motivo? — meu sorriso se alargou.
— Não posso prometer isso — ele respondeu. Ele era prudente e eu entendia aquilo.
— Não é nada difícil — sussurrei ao notar que o Imperador se aproximava de novo.
— E então, podemos começar a comer? — o professor praticamente puxou o Imperador para longe de mim de novo.
— Fique à vontade, professor — eu ri, mas o Imperador se desvencilhou da mão do professor e voltou para onde estávamos.
— Espera, Syaoran — ele estava com voz de poucos amigos e eu novamente tive vontade de rir, mas me segurei — O que é isso? Ei, professor, tire isso da mão dele. Ele não pode beber.
— Por que eu?
Acabei rindo ainda mais, mas estava começando a ficar ansiosa com a demora e quando eu estava prestes a ficar louca com a espera, Khalil apareceu. Eu tive que quebrar algumas barreiras para me aproximar deles, o que de fato não foi nada fácil.
— Mas essa ainda — o Imperador suspirou e senti seus olhos na minha direção quando Khalil praticamente me abraçou com força por trás.
— Khalil! — eu me desvencilhei — não faz isso.
— Está pronto — ele falou no meu ouvido e eu escutei o Imperador bufar.
— Vai funcionar? — perguntei baixo de maneira ansiosa.
— Estamos falando do Tales — ele riu — ele é um gênio. Com certeza vai funcionar.
— Tudo bem, hora de desmaiar — dei de ombros. Eu sabia que iria doer, mas o professor me garantiu que não ia ser muita coisa.
Khalil entendeu o recado, foi ao encontro do Imperador, o felicitou e depois esbarrou no Zyon.
— Khalil, está cego depois de agarrar a Ohime de novo? — Zyon falou alto chamando a atenção de Qiang. Zyon era bom no teatro, havia enganado muita gente e a encenação dele alterado pela bebida e bravo foi bem convincente. O professor falou alguma coisa rapidamente no ouvido de Syaoran e depois veio na minha direção.
Ele se aproximou e eu senti o coração disparar pelo medo, o Imperador parecia ocupado tentando mandar Zyon e Khalil calarem a boca e Syaoran, se tivesse aceitado, estaria fazendo o possível para ele não se virar na minha direção.
— Rainha Carmesim — o professor sussurrou — faça Ohime parecer desmaiada até chegarmos ao lado de fora.
Senti meu corpo dormente e minha pressão cair e escutei a voz do professor ao longe.
— Ei, Ohime... tudo bem? — e o silêncio caiu sobre a sala.
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— O que aconteceu? — novamente minha irritação se dissipou por completo quando vi o corpo mole da Ohime sendo sustentado pelo professor. Por que eu tinha a sensação de que ela estava cada vez mais fraca? Por que eu tinha a sensação de que estava sempre sendo sustentada por alguém?
— Eu não sei — ele falou tentando abanar o rosto dela — só vim perguntar se estava tudo bem e de repente ela disse que estava se sentindo sufocada e caiu. Vamos, me ajude a levá-la para o lado de fora, ela precisa de ar fresco.
Eu preferia levá-la para uma cama e deixá-la descansar. Não entendia a situação dela, e nem estava calor a ponto de alguém se sentir sufocado. Na verdade, estava bastante frio, mas acenei para o professor, ele devia saber o que estava fazendo e a luz dela me pareceu estranhamente mais fraca, mesmo que fosse pouca coisa.
— Syaoran, arrume alguma coisa para que ela possa se sentar lá fora — ordenei e ele saiu rapidamente.
O professor fez menção de levantá-la, mas desistiu.
— Eu... eu posso levá-la? Seria melhor se o senhor fizesse isso — do que ele estava falando? Eu e Ohime não tínhamos nada, por que ele estava me pedindo permissão para aquilo? E mesmo sabendo disso, eu novamente não falei nada e peguei a moça nos braços, não queria admitir que preferia que fosse assim em voz alta. Não queria admitir que quase senti o coração sair pela boca quando ele ameaçou a levantá-la.
Ela não pesava nada, tinha a impressão de que pesava menos que uma criança e para o meu desespero, ela aparentava estar realmente cada vez mais magra.
— Majestade? — um dos meus seguranças chegou rapidamente até mim enquanto eu a carregava pelos corredores.
— Pode descansar — falei rapidamente. Ele provavelmente estava confuso, mas não questionou.
Quando chegamos do lado de fora senti o frio gelado bater no rosto e tive que segurar o impulso de não a cobrir, mas antes que eu pudesse sequer reclamar, ela lentamente enlaçou meu pescoço. Ela estava tremendo e parecia um pouco fraca ainda, mas se esforçou para levar o rosto até perto do meu pescoço.
— Majestade — ela falou com a voz um pouco falha — isso realmente doeu, mas pelo menos o senhor saiu sem questionar.
— O que? — perguntei tentando entender do que ela estava falando.
— Pode me deixar no chão já — ela falou tranquilamente, mas ela de fato não parecia muito bem.
— A senhorita está bem? — perguntei baixo.
— Se eu falar que estou completamente bem eu vou mentir — ela riu — mas ainda assim valeu a pena.
— Do que você está falando? — estava confuso, realmente confuso.
— Se não vai me deixar no chão, me permita tirar a sua faixa — ela levou sua mão delicada e gelada até meu rosto e eu não a impedi de levantar minha faixa. Meu coração estava batendo tão forte que parecia que iria sair do peito e eu nem mesmo sabia o que estava acontecendo — Agora, olha para o céu.
Eu obedeci, simplesmente não tive outra reação a não ser essa e quando o olhei, o céu do meu reinado estava diferente. Havia luzes alaranjadas como o fogo e luzes roxas por toda a parte. Havia uma aurora boreal cortando o céu com um show de luzes intenso, mas aquilo era impossível, pois não existia aurora boreal naquele país, ou pelo menos eu nunca tinha presenciado uma. Ainda assim, aquilo não era tudo, as vezes algumas paisagens eram refletidas, paisagens e seres que eu nunca vi. Paisagens com construções de vidros gigantescas, navios luminosos e ruas completamente iluminadas. As vezes via seres com a pele esverdeada e outros com a pele azulada.
Olhei rapidamente ao meu redor ao notar pequenas partículas de gelo que refletia outras luzes e vi que Syaoran era o responsável por aquilo. Quando olhei para o outro lado vi Khalil ajudando em uma iluminação alaranjada oriunda do seu fogo.
— Se quer explicações, eu te dou — Ohime me tirou dos meus pensamentos — mas pode observar o presente enquanto isso — eu sorri de maneira sincera e voltei meus olhos para cima enquanto ela continuava falando — Syaoran e Khalil ficaram com a parte da iluminação. Obviamente nem toda a iluminação que você está vendo tem a ver com isso, uma boa parte tem a ver com o pequeno aparelho que Tales inventou — fiz uma careta ao escutar o nome dele, mas não podia negar que era incrível — O professor teve a participação no meu desmaio. Sinto muito ter te preocupado e Zyon está na cabeça de cada um deles agora, mostrando para você algumas memórias de alguns universos em que eles passaram. A maioria das coisas são lugares em que o professor passou. Seres que ele conheceu... olha ali — ela apontou para uma das imagens — aquela é cidade das fadas e logo ali você consegue ver um tritão com uma sereia... e bem ali — ela apontou para uma cidade onde o céu parecia tingido de sangue — Aquela é Himura, o lugar onde eu vivi.
Fiquei fascinado com todos os universos, mas era inegável a fascinação que eu sentia ao ver a famosa cidade do céu vermelho de novo. Tudo ali chamava a atenção, desde pequenos fragmentos de casas extremamente parecidas com as nossas, até seres que ultrapassavam os outros como fantasmas. Talvez realmente fossem fantasmas... Ohime pareceu tomar ar e levou novamente seu rosto até próximo do meu ouvido e só então eu notei que seguia com ela nos braços
— Espero que seu reinado seja próspero nos anos vindouros. Espero que o senhor continue sendo o Imperador que inspirou outros reis em outros universos. Espero que não se assuste ao saber a fama que o senhor tem até mesmo nos universos mais distantes e que possa continuar nos inspirando e espero que eu tenha conseguido te impressionar pelo menos um pouco... já que o senhor não pode ir para outros universos, então eu resolvi trazer os outros universos até o senhor.
Seria pouco dizer que estava impressionado, ouso dizer que estava até mesmo emocionado e agradeci por ela não ter levado seus olhos até mim em nenhum momento, porque eu sei que seria capaz de desabar se ela o fizesse.
— Me sinto cansada — ela abaixou a faixa novamente, se aconchegou no meu colo como se tentasse ficar mais confortável e senti seu corpo ficando um pouco mais mole — acho que mesmo quando o domínio é rápido, meu corpo me cobra bastante por isso.
Ela riu, encostou a cabeça no meu ombro e adormeceu rapidamente.
— Obrigado, Ohime — sussurrei quando notei sua respiração mais profunda — Obrigado pelo melhor presente que eu já recebi na vida.
Olhei para ela, o presente dela havia sido incrível, mas não era dele que eu estava falando.
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