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☾✧ ━━ O tempo de luto é um período de sombras e silêncio, quando as memórias e a dor se entrelaçam, e o coração encontra sua própria maneira de cicatrizar. Eu queria dar esse tempo para ela... eu queria, mas não podia arriscar (Qiang Huang) ━━✧☽

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Eu estava triste, obvio que estava. Tinha perdido mais alguém e por mais doloroso que fosse eu sabia que aquele sentimento iria pouco a pouco ser substituído apenas pela saudade e eu teria que seguir vivendo.

O problema é que a cada perda que eu passava, era um buraco na minha alma que se abria, era um sentimento opressor que ameaçava me afundar em um poço cada vez mais fundo, em uma escuridão cada vez mais densa.

Assim que vi o Imperador entrar na arena de vidro, eu paralisei. Com o Zyon eu podia me segurar e ainda assim extravasar de alguma maneira o que eu estava sentindo, mas não sabia o que esperar do Imperador.

— Não — falei decidida a não lutar contra ele. Eu tinha diversos motivos para não querer aquilo. Será que eu seria capaz de simplesmente bater nele? Será que eu teria que me segurar? Será que ele se seguraria igual o Zyon? Eu não sabia o que esperar de um hansha, eu não sabia o que esperar de alguém tão controlado quanto ele.

— Tem tanto medo assim, senhorita? — ele falou em um tom que não me agradou. Ele não iria respeitar nem mesmo o meu luto? Senti a raiva começar a borbulhar junto com o sentimento terrível da perda.

— Você deve estar feliz agora, não é? — me sentei para que eu não avançasse sem controle nenhum para cima dele — você nem gostava dele.

— Você acha que eu estou feliz? — ele perguntou, mas eu não sabia dizer. Ele era indecifrável para mim. Nem mesmo sua luz me indicava o que ele estava de fato sentindo.

— Triste não está — dei de ombros, porque isso sim eu poderia ter certeza.

— E por que eu estaria triste? — ele se sentou na minha frente, não sabia se ele fazia isso para me irritar ou qual intenção oculta que ele tinha. Um Imperador não deveria se sentar na grama e ele já havia feito isso três vezes — ele era só um sanguessuga qualquer.

— Retira o que disse — se eu estava conseguindo me controlar até aquele momento, de repente senti a raiva sair por cada poro do meu corpo. Eu parecia um vulcão que a qualquer momento explodiria com aquelas simples palavras dele. O escutar falar aquilo do Bae pouco depois de sua morte estava difícil de engolir.

— Não — ele respondeu como se estivesse apenas recusando alguma coisa que lhe ofereceram.

— Retira agora o que disse — a raiva aumentou, aumentou tanto que me chegava a doer o estômago — ou vou deformar esse seu rosto bonito.

— Tenho uma proposta melhor — sua voz seguia controlada, sua luz continuava serena e ele parecia não enxergar ou não ligar para as minhas ameaças — me falaram que você não consegue controlar o que sente e eu nem precisei te conhecer bem para saber que era verdade. Tenho entendido que se você controlar o que sente, vai ser mais fácil manter seu ruah controlado e automaticamente não vai ameaçar todo o meu reino com terremotos ou outras coisas. Me deixa te ensinar a fazer isso.

— Ah, quanta amabilidade Majestade — sentia cada parte do meu corpo tremer, eu precisava desse tipo de ajuda desde o começo, então por que só agora ele tinha vindo? — uma vez perguntei o como o senhor controlava o que sentia e você apenas me ignorou. O que mudou para que queira me ajudar agora.

— Não quero ter de te mandar embora, só isso — ele respondia de maneira tão calma que me perguntei se era com essa facilidade que ele mentia ou se ele de fato estava falando a verdade — Quer saber como eu me sinto, aceite minhas três propostas para a luta.

— Depois da luta irá retirar o que disse? — eu insisti nisso, mas não porque faria alguma diferença ele retirar ou não... retirar uma frase dita apenas da boca para fora não faria com que a pessoa mudasse de ideia, mesmo assim eu não queria voltar atrás com aquilo.

— Se a senhorita ganhar sim.

— Quais as três condições?

— Primeiro: iremos lutar sem armas. Não quero morrer hoje.

— Então deveria repensar nessa questão — suspirei... não é que eu fosse invencível, mas me treinei a um ponto de nunca precisar de uma arma, era o básico para seguir fugindo sem problemas. A escolha dele foi terrivelmente equívoca.

— Sei disso, o professor me falou que a senhorita é muito mais letal sem uma arma, mas me deixa terminar de falar os 3.

— Tudo bem, adiante.

— Segundo: se eu ganhar, a senhorita irá treinar comigo todos os dias e terá que fazer aquilo que eu disser para que melhore.

— Isso não se aplica a nossa luta, os termos precisam estar ligados as lutas — acho que ele não tinha entendido as 3 condições, mas treinar mais não me parecia uma má ideia — tem certeza de que quer manter esse segundo? E se eu ganhar?

— Se a senhorita ganhar, peça o que quiser. Se estiver dentro do meu alcance fazê-lo, eu farei — ele pareceu fazer um gesto qualquer com a mão. Ele era louco por propor algo assim, ou ele tinha certeza de que ganharia e eu estava torcendo para que ele fosse apenas louco.

— Tudo bem, e a terceira condição?

— Essa luta ocorrerá de olhos abertos. Sem faixas e sem fechar os olhos. O máximo de tempo para manter os olhos fechados será de 3 segundos.

— Quê? — se eu havia achado tudo normal até aquele momento, logo depois da terceira condição aquilo foi por água abaixo, estava óbvio o motivo de ele ter escolhido lutar sem armas. Meu coração batia como louco, aquilo era loucura.

— Isso mesmo. Tudo o que a senhorita sentir, eu irei sentir e vice-versa. Lembra quando te expliquei o que acontecia quando se colocava um espelho na frente do outro? Iremos sentir tudo, mas de uma maneira muito mais potente. Tire a venda para que a senhorita saiba o quão feliz eu estou com a morte do seu amigo e me deixa sentir o quão triste a senhorita está.

— Eu não consigo — eu suspirei tentando controlar a respiração e um corpo já descontrolado pelos tremores. Eu estava morrendo de medo.

— Se dá por vencida sem começar a luta então? — ele cruzou os braços esperando por uma resposta — me deixa te treinar Ohime. Me deixa te ensinar a controlar isso.

— Eu não disse que não aceitaria — na verdade era exatamente o que eu havia dito, mas o tom desafiador que ele usava me fazia sentir incapaz de simplesmente admitir.

— Toma o seu tempo, mas acho que o Zyon não vai aguentar manter seu poder selado aqui dentro por muito tempo.

— Tudo bem — respondi quase em um sussurro — irei lutar contra o senhor.

Primeiro eu olhei para baixo, torcendo para ser engolida pela terra para simplesmente não lutar. Eu ainda estava triste, mas de repente, extravasar o que eu sentia já não me parecia tão tentador. Respirei fundo e assim que eu tirei a faixa, senti a luz do sol penetrar pelos meus olhos, mas não tive coragem de me virar para o Imperador.

— Olha para mim Ohime — sua fala não era carregada de malícia, não era carregada de arrogância, mas era firme, como se ele estivesse falando com um súdito e não comigo.

Assim que voltei meus olhos para ele, a explosão de sentimentos dentro de mim foi insuportável, mas não havia resquícios de qualquer felicidade nele, muito pelo contrário, a tristeza que me invadiu parecia tão intensa que quase me fez entrar em colapso. Era doloroso e era sufocante e quanto mais tempo eu o olhava, mais intenso tudo isso ficava. Senti as gotas de suor se formando na minha testa e encurvei o corpo na tentativa de parar com aquilo. O Imperador não havia movido um músculo, era como se ele não sentisse nada.

— A senhorita ainda pode desistir — ele falou calmamente — é só aceitar que eu te treine. O que há de errado com isso afinal de contas? Acha que vou mandar você fazer coisas absurdas? Você não me conhece, Ohime.

— Nem você a mim — falei e o ataquei, tentando dissimular toda a dor emocional que eu sentia.

Assim que meu pé ia chegar ao seu rosto, ele me bloqueou com o braço. A dor que eu senti no braço foi instantânea, mas ele nem recuou. Tentando me recuperar, levei os punhos até sua costela o que o fez se dobrar, mas pouca coisa. Em compensação, eu caí com a própria dor.

— Primeira lição — ele me levantou pelo cabelo — antes de tentar achar o ponto fraco do seu oponente, descubra os seus próprios, não se esqueça que você está espelhando tudo, então os seus pontos fracos também serão atingidos com os seus golpes. Nós precisamos ter os nossos pontos fracos muito claros na cabeça, principalmente quando estamos de olhos abertos.

Ataquei de novo, ele se defendia com rapidez, e eu atacava com rapidez. Nossa luta era equilibrada, mas ele parecia mais um professor com sua discípula do que um desafiador com o desafiado.

— Você tem boas técnicas, Ohime — ele falou sem nenhum tom de cansaço na voz — me venceria fácil se controlasse o que sente. A senhorita mesmo se dobra a cada golpe que me dá. Está se segurando porque não quer sentir dor.

— E você só está se defendendo — me sentia frustrada e irritada, por que ele não atacava?

— E adianta se frustrar? — ele falou sem me atacar novamente — está bem. Irei te atacar, mas antes disso permita-me te dar 5 regras de ouro. 1: Conheça os seus inimigos, caso não dê tempo de conhecê-los antes, conheça-os durante a luta. Se a senhorita atacar as cegas, irá se cansar e dará a vantagem para eles. Use as ferramentas e estilos certos desde o início contra cada um. 2: Conheça os seus pontos fracos, se defenda e não os acerte em seus inimigos caso esteja com os olhos abertos. Esses são os principais pontos a serem defendidos do seu corpo.

— E por que eu lutaria de olhos abertos? Posso simplesmente mantê-los fechados.

— Em termos pode, realmente — ele respondeu se defendendo de novo. Eu não estava ali para receber aulas e me irritava a falação dele — Se você souber lutar tanto de olhos abertos como fechados, sua vantagem aumenta muito. Me responda uma coisa, a senhorita sabe o porquê vemos o ruah dos outros?

— Por causa da nossa maldição — respondi rapidamente.

— Errado. Nossa maldição apenas nos torna espelhos. Vemos o ruah dos outros por conta da nossa adaptação. Nosso ruah se adaptou a nos dar essa vantagem. Sem o seu ruah, você não veria nada. Use as suas vantagens, aprenda a usar cada uma delas. Embora o seu ruah seja importante em uma luta, a sua técnica também é importante e a senhorita sabe disso. O professor me falou que você aprendeu várias técnicas de luta, por quê?

— Se uma não funcionar, a outra funciona — falei em um ataque aéreo que o jogou para longe e no momento que suas costas bateram no chão, eu caí sentindo o ar faltar no meu pulmão. Ele obviamente havia treinado aquilo durante muitos e muitos anos. Ele tinha total vantagem sobre mim apenas por saber controlar o que sentia, tanto fisicamente, como emocionalmente.

— Exatamente — ele respondeu se levantando — esgote as suas possibilidades. Se você não puder lutar de olhos fechados, terá que saber lutar de olhos abertos.

Parecia mais fácil falar do que fazer, mas ele estava certo.

— 3 — ele seguiu — saiba a hora de chamar atenção e a hora de se ocultar, saiba quando chegar sem ser notado. Saber chegar sem que te notem é algo importante e isso eu sei que eu não preciso te ensinar. Um mestre em fugas sabe a importância de se manter oculto na hora certa. 4 – Fique de olho nos seus amigos, você não está sozinha e não lutará sozinha, nunca separe o seu grupo a não ser que seja extremamente necessário. Mesmo assim existe um parâmetro, não adianta você querer proteger todos, proteja apenas quem está ao seu alcance e o mesmo farão com a senhorita. Essa é uma regra básica em qualquer luta que envolva um grupo grande.

— E se quem estiver do outro lado estiver em perigo — falei já sem raiva nenhuma contra ele, era obvio que ele estava tentando me ajudar e os inúmeros golpes que eu dei estavam começando a fazer efeito. Apenas a tristeza pela minha perda estava ficando — Se alguém longe estiver em perigo, o que eu faço?

— Nada — sua resposta foi pragmática — se o grupo estiver em sincronia, haverá alguém mais próximo para lhe cobrir as costas e mesmo assim, as perdas podem ser inevitáveis. Em uma guerra as pessoas morrem. A senhorita entrou em uma, tenha isso em mente. 5: Se adapte ao seu inimigo. Se estivermos perdendo, talvez repensar em uma nova tática seja essencial e muitas vezes é a diferença entre ganhar ou perder. Por isso normalmente existe um líder nesses grupos. Alguém precisa pensar em novas táticas de maneira rápida e objetiva e precisa passar isso para os demais sem perder nenhuma vantagem. Se prepare, pois irei atacar.

Assim que ele me informou isso, ele me atacou usando vários golpes diretos, em diversas partes estratégicas do corpo me fazendo cair em poucos segundos completamente paralisada pela dor e formigamento. Tentei me levantar, mas ele foi mais rápido e me imobilizou com rapidez.

Eu estava caída, meu braço torcido para trás e ele praticamente em cima de mim. Eu não conseguia me mover mesmo que quisesse.

— O formigamento irá embora em breve — ele começou — apenas acertei alguns pontos para te fazer parar, não foi nenhum golpe que vá te prejudicar.

Desviei os olhos e fiquei olhando para frente. Minha humilhação praticamente se juntou a minha tristeza e me fez fechar os olhos, eu já não tinha motivos para mantê-los abertos. Após tantos anos de treino, ele havia me derrotado em poucos segundos quando se colocou sério.

— Quer chorar a morte do seu amigo, chore. Não ignore o seu luto. É a melhor maneira de aliviar a dor. Segurar o que você está sentindo só vai fazer com que fique pior — ele falava baixo — chore, mas não se prenda nisso. Lembre-se que você não está sozinha, então não passe por essa merda de maneira isolada, se isolar pode ser pior. Ele tinha uma guerra para lutar, mas não esquece que você tem uma aqui também. Seu amigo foi um bom homem, ele cobriu as costas daquela moça, provavelmente ele sabia que ela faria a diferença naquela guerra muito mais do que ele. Talvez ela fosse a chave para a vitória deles e ele proporcionou isso. Voltar a sua vida normalmente não significa esquecê-lo, significa apenas que você seguiu vivendo. Todos aqui perdemos alguém. Ninguém com tantos anos de vida passou de maneira imune a isso. Lembra do que ela te disse? Disse que os últimos pensamentos dele foram para você e que ele queria que você vencesse, vivesse e fosse feliz. Faça isso.

Assim que ele falou isso, eu fui incapaz de conter o choro, chorei e chorei e simplesmente não conseguia parar mais. Ele me soltou, deixou minha faixa ao meu lado e antes de sair adicionou:

— Eu te dou 3 dias — sua voz estava firme e dura — sei que parece pouca coisa, mas não podemos arriscar mais do que isso. Na noite do quarto dia eu quero você no palácio logo após o café da tarde. Vá preparada.

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Voltei para casa com a carruagem que o Imperador mandou. A volta foi silenciosa e carregada com uma tristeza impossível de ignorar. Cheguei, me despedi brevemente de todos e fui direto para o quarto, apaguei as luzes e tentei dormir um pouco.

Khalil, Tales e o Professor se retiram para os seus próprios quartos. O silêncio da casa era denso e nem mesmo a senhora Meihui ousou quebrá-lo ao nos ver chegar.

Estava exausta, mas não conseguia dormir. Eu me sentia quente e pesada. Era como se eu tivesse pegado um terrível resfriado. Me lembrei novamente do Bae e dos meus últimos momentos com ele, me lembrei nitidamente da sensação que eu tive de que seria a última vez que o veria e senti um arrepio percorrer meu corpo. Tinha a sensação de que ficaria presa nesse sentimento para sempre, mas sabia que não seria assim.

A vontade de fugir voltou de maneira intensa, eu era boa nisso, talvez fugir continuasse sendo a melhor opção. Sem conhecer ninguém, sem me prender a ninguém e sem sofrer a perda de ninguém.

Repassei minhas opções pela cabeça, se eu fizesse aquilo jamais saberia a verdade sobre o meu irmão, jamais poderia ajudar o Imperador com os problemas recentes ou o seu selo e continuaria sendo sempre a fugitiva que causou o apocalipse, a morte e o sofrimento de muita gente. Eu não queria aquilo.

Talvez saber que meu irmão lutou por mim tenha me feito mudar, porque eu queria viver de um jeito que ele se orgulhasse. Não, na verdade não era a ele que eu queria orgulhar, o que eu queria era viver de um jeito que o Bae se orgulhasse e fugir não podia ser uma opção.

Pensei nos inimigos que acumulei ao longo da vida e estremeci. Quanto mais considerava as implicações de não fugir, mais assustadora a tarefa parecia.

Eu sempre soube que essa situação teria que acabar alguma hora, mas naquele momento, não me sentia preparada, principalmente depois de tantas descobertas.

Não imaginava que teria que tentar lembrar de coisas que propositalmente eu apaguei da memória. Não imaginava que teria essa sede de fazê-lo pelo bem de um Imperador que eu tampouco conseguia me lembrar.

Meus pensamentos se agitaram como ondas escuras, possivelmente estava com febre. Quando tentei lembrar das coisas que eu fiz há tanto tempo, senti como se eu e meu eu do passado fossemos pessoas completamente diferentes.      

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