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☾✧ ━━ Minha promessa a você é como um elo inquebrável, uma garantia de que estarei ao seu lado, não importa o que o destino nos reserve (Bae) ━━ ✧☽
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Depois que a garota nos deixou eu olhei em direção a Ohime tentando definir meus sentimentos, apesar que de qualquer jeito eu não deixaria transparecer nada.
— Isso foi divertido, não foi? — falei ainda olhando para o lugar em que a garota havia estado.
— Foi mesmo? — Ohime falou parecendo furiosa — Então comece a se explicar.
Sua luz brilhava de maneira raivosa e desafiadora.
— Não tenho nada para explicar — dei de ombros — Essa foi a primeira vez que vi essa garota. Eu vim porque escutei um som estranho de gelo e quando eu cheguei, aí estavam vocês dois. Isso é tudo.
Seria bom saber um pouco mais sobre esse Espírito da Neve para ser sincero, pelo visto eu estava com um problema maior do que a Ohime e algumas mortes no meu reino e isso não era bom.
Escutei Bae gemer de dor. Ele seguia caído de joelhos. O gelo envolvia seu braço e se espalhava por toda a metade direita de seu corpo, eu não precisava nem tirar a faixa para saber que a dor que ele sentia era terrível.
— Droga, não — ela se ajoelhou perto dele parecendo desesperada — o gelo está se espalhando... droga, o que eu faço? Eu não posso usar meu dom, eu não tenho controle dele.
— Está tudo bem, boneca — ele falou em meio a dores e isso pareceu de algum jeito quebrar ela ao meio.
— Não — ela ficava entre abraçá-lo e se desesperar, mas sabia que não podia encostar nele naquele momento — Eu vou tentar só te aquecer.
— O gelo de um Espírito da Neve não pode ser derretido com tanta facilidade — falei ao ver o desespero dela — Ao contrário do gelo normal, simplesmente aplicar calor não será o suficiente para derretê-lo.
Minha explicação acabou aí, eu havia vivido tempo suficiente com um Espírito da Neve para saber muito mais do que isso, mas ela deveria saber também no fim das contas.
— O que vai acontecer se não conseguirmos derretê-lo? — sua voz saiu quase como um sussurro, já sabendo que seu "amigo", ou o que que quer que ele fosse, estava condenado.
— O gelo vai continuar a se espalhar pelo corpo dele. Com o tempo vai chegar ao coração. No fim você já sabe a resposta... temo que esse seja o fim dele.
— Não! — a palavra emergiu tão carregada de dor de seus lábios que me vi quase compelido a intervir, mas sabia que não era a hora. Ela estava visivelmente chocada, lutando para encontrar palavras. Demorou um pouco até que ela pudesse falar novamente e, quando o fez, não foi para pedir ajuda.
— Você só pode estar brincando — notei como sua luz começava a apagar pela dor imensa que ela sentia. Ela se preocupava tanto assim com ele?
— Não desta vez — disse, me contendo para não comprometer meus planos. De fato, o homem diante de nós estava condenado, essa era a dura realidade — infelizmente. Este homem, ou vampiro, ou sanguessuga, ou como preferir, encontrará seu fim em breve.
De repente, ao vê-la naquele estado, até mesmo manter um sorriso se tornou difícil, e não consegui manter nenhum vestígio de bom humor naquele momento.
— Você está certo... — seu corpo caiu na grama e tive a sensação de que ela havia começado a chorar.
"Droga, Ohime. Pensa um pouco... eu não quero ceder ao meu desejo de te ajudar sem você pedir."
— Não — o fio em sua voz seguia ali, mesmo quebrado — precisa ter algo que eu possa fazer. Eu o coloquei nisso e eu vou tirá-lo.
Conseguia escutar o gelo tomando mais uma parte de seu corpo. Se continuasse daquela maneira eu não seria capaz de esperar por ela. Ele gemeu de dor e vi como sua luz se arrastava para onde ele estava em uma tentativa inconsciente de ajudá-lo.
— Eu tenho que fazer alguma coisa..., mas se eu fizer isso, posso machucá-lo.
Ela começava a sucumbir ao desespero. O pânico era evidente em sua luz enquanto observava o homem com quem convivera por três meses ser devorado por um gelo implacável. Gradualmente, seu ruah vermelho e negro se agitava, como se estivesse prestes a entrar em ebulição, e por um instante, o medo tomou conta de mim.
— Eu prometi a mim mesma — ouvi sua voz embargada pela dor — que nunca mais queria ver alguém que eu amo sofrer assim..., mas agora está tudo se repetindo. Bae, você foi o amigo que eu precisava, e agora, por minha causa, você está sofrendo.
— Se você continuar mordendo a boca — ele se esforçou para seguir falando apesar do frio terrível que sentia — você com certeza irá ficar sem uma em pouco tempo. Seremos amigos em qualquer circunstância, Ohime, mas deixa eu te falar algo se de repente não tivermos mais tempo... Quando isso tudo acabar, admite o que você sente para ele, você pode não lembrar, mas o sentimento ainda está aí e você sabe disso... está tão visível...
Assim que ele falou isso, ela pareceu despertar de alguma maneira e se virou para mim.
— Majestade... — diferente das outras vezes, não havia hostilidade em sua voz, não havia raiva, só havia alguém implorando de maneira silenciosamente e desesperada.
— Eu posso — falei finalmente chegando na parte que eu queria.
— Pode? — ela perguntou, buscando confirmar o que ouvira. Após tanto desespero e sofrimento, pela primeira vez, ergueu a cabeça um pouco mais ao se agarrar àquela tênue esperança — Você realmente pode fazer isso?
— Sim — respondi, encolhendo os ombros — meu fogo é capaz de derreter esse gelo sem ferir seu amigo. Tenho controle sobre quem ou o que minhas chamas podem afetar.
— Então... por favor.
— No entanto há um preço para isso — sorri de maneira triunfal, minha carta estava finalmente na mesa — Você só precisa cooperar comigo na realização de um certo objetivo meu. Resumindo, trabalhe para mim no que eu preciso.
— Então você vai me ajudar, mas só se eu te ajudar?
— Exatamente — permiti que meu sorriso se ampliasse. Obviamente, eu tinha meus motivos secretos para isso e, por mais que estivesse irritado com ele, jamais o deixaria morrer. No entanto, dado o temperamento que ela havia demonstrado, era certo que não me ajudaria se eu simplesmente pedisse. Aguardei sua resposta, mas a urgência me dominava e, sem resistir, estendi a mão em direção ao seu rosto, tocando a umidade das lágrimas que, sem dúvida, haviam encharcado sua venda — Somente você pode oferecer o tipo de ajuda que necessito.
Ela estava tão surpresa e atônita com meu pedido que, por um instante, pensei que permaneceria em silêncio, mas acabou murmurando uma frase mais para si mesma do que para mim.
— É impossível decifrar suas intenções; sua luz não revela nada além do que você escolhe mostrar, e isso é frustrante. Não entendo como você consegue fazer isso.
— Mantenha suas mãos imundas... — Bae tinha uma dificuldade imensa ao dizer cada palavra — mantenha suas mãos... longe dela.
O jovem em um último esforço, com a mão ainda livre do gelo, agarrou meu pulso, forçando a me afastar de Ohime. Como ele era capaz de sequer seguir se movendo?
— Posso ser grato pela sua ajuda — ele falou com a voz raivosa e seus olhos perfurantes. Era notável em sua voz e na tremedeira de suas mãos a dor intensa que ele sentia — Mesmo assim, eu não posso deixar você fazer nada com a Ohime.
— Olha só — sorri de maneira provocativa — Você está aguentando melhor do que eu esperava, se você ainda tem energia para se preocupar com os outros...
Eu estava surpreso, realmente estava. A essa altura ele não deveria ser capaz de pronunciar palavra nenhuma, mas ainda assim ele estava ali, lutando por ela.
De qualquer jeito, não era com ele que eu teria que tratar.
— Acho que você ouviu o que ele tem a dizer — a luz dela tinha uma mistura imensa de sentimentos e acabei me perguntando se ela aguentaria aquela pressão no fim das contas — Mas me fala, qual é a sua decisão?
Eu sabia qual seria a decisão dela, mas me doía ver o quão longe ela iria por ele. Pouco a pouco sua luz começou a ficar controlada, a ansiedade começou a baixar e ela virou o rosto na minha direção.
— Tudo bem, eu vou fazer o que você quiser — ela falou com a voz muito mais firme do que eu esperava e por um momento eu tive raiva, raiva que ela se submetesse assim por alguém que ela tinha passado apenas três meses.
— Ohime, não — Bae falou com a voz derrotada.
— Me desculpe, Bae, mas eu não quero que ninguém que eu amo se machuque novamente. Pode ter sido pouco tempo, mas foi real... foi real o que passamos e eu não vou deixar nada te acontecer. Então por favor, majestade — ela se virou novamente para mim — Ajude-o.
— Certo — falei por fim, por um lado eu me sentia mal de fazer isso com ela, mas acho que não o suficiente para me fazer voltar atrás e o sorriso satisfeito no meu rosto era o suficiente para qualquer um saber que eu não me arrependia — Nós temos um acordo, então.
Me agachei ao lado de um vampiro extremamente irritado, mas eu estava com um humor notavelmente melhor.
— O que você está... — ele começou com toda a raiva contida naquelas simples palavras, mas antes que ele seguisse lancei devagar uma pequena quantidade de chama e o gelo foi instantaneamente envolvido por elas. As chamas roxas pouco a pouco consumiram uma boa parte do gelo fazendo um show incrivelmente bonito aos olhos.
— Isso é incrível... — Ohime falou baixo, talvez tentando fazer com que eu não notasse a admiração em suas palavras. Acho que ela iria gostar muito mais se estivesse vendo aquilo sem a faixa.
Em poucos segundos o gelo desapareceu, evaporando no ar.
— O gelo sumiu... — Bae parecia extremamente incrédulo enquanto movia lentamente seus braços no ar.
— Funcionou... — Ohime falou aliviada enquanto se aproximava de Bae — Você está machucado?
— Não, eu estou bem — Bae respondeu e ao ouvir isso ela apenas o abraçou me fazendo desviar os olhos.
— Você está bem... — ela repetiu e ficou abraçada com ele um tempo, talvez até ter certeza de que ele realmente estivesse vivo — seu corpo parece até quente agora depois daquilo. O que seria algo até estranho. Obrigada, Majestade — ela falou com a voz calorosa e aliviada ao finalmente se virar para mim.
Eu pensei que ela fosse gritar, me xingar, falar de maneira fria, eu a havia manipulado... por que ela não havia gritado? Eu esperava tudo, menos aquilo. Senti como minhas barreiras eram rompidas, e tive dificuldade de me recompor. Para não trair o que eu estava sentindo, fui em direção ao vampiro, que estava finalmente fora de risco, tirei a venda e acenei com a mão levemente na frente da testa dele.
— Majestade? — Ohime falou comigo talvez entendendo o que eu estava fazendo.
— Ei — Bae reclamou também — o que você...? — mas antes que ele terminasse de falar, Ohime o segurou para que ele não caísse no chão.
— O que você fez? — ela parecia a beira das lágrimas de novo.
— A senhorita sabe o que eu fiz — dei de ombros — apenas apaguei a memória dele. Já tenho dor de cabeça o suficiente lidando com os problemas daqui. Só fiz ele esquecer do que aconteceu agora, não se preocupe que não apaguei suas memórias preciosas com ele.
Minhas palavras saíram mais duras do que eu esperava.
— Chega a ser assustador o tom superficial que você consegue falar as coisas — ela suspirou — é como se estivéssemos discutindo o que comemos no café da manhã ao invés de estarmos falando das memórias de alguém.
— Olha só quem fala, não é senhorita? Tenho entendido que você já fez isso antes. Além do mais, não se preocupe... pense nisso como um pagamento por você um dia ter roubado as minhas — a olhei e ela desviou a cabeça para o lado, talvez tentando tirar a minha própria luz de sua visão — Você parece descontente. Por que isso? Por favor, me diga.
— Por que você apagou a memória dele assim? Sem falar nada? Não me deu tempo de pensar, não deu tempo nem dele mesmo pensar em algo.
— A senhorita não me ouviu? Ele viu coisas que nunca deveria ter visto.
— Não podíamos ao menos ter discutido isso?
— E por que agora eu deveria discutir as coisas com você, senhorita? Eu não sabia que precisava da sua autorização para fazer o que acho melhor para o meu reino.
Eu seguia sorrindo, tinha que admitir que era divertido vê-la daquele jeito e estava esperando que ela retrucasse à altura como havia feito até então, mas ela foi interrompida por Bae que a chamou já quase acordado acabando assim com a minha diversão.
— Ohime...?
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Abri uma fenda levando Bae embora novamente, eu deveria ter feito isso muito antes. Eu tinha o colocado em um risco desnecessário e não queria que isso acontecesse de novo. Provavelmente aquela seria a última fenda que eu abria por um bom tempo.
— Não apague a minhas memórias de novo, Ohime — ele pediu no meio do salão de onde ele vivia. Eu sabia que logo os companheiros dele chegariam e preferi não demorar.
— Se eu não o fizer, você estará em risco.
— Qual risco? Não me carregaram até lá por saberem que te conheço? Gosto das lembranças que tenho com você, então eu vou voltar a te pedir, não apague as minhas memórias.
Pensei naquilo, depois de tudo, eu não queria negar esse último pedido a ele e acenei com a cabeça. Tirei uma das presilhas que prendiam o meu cabelo e estendi em sua direção.
— Acho difícil que voltemos a nos ver, mas quero acreditar que o faremos e quando isso acontecer, me devolva — falei e forcei um sorriso.
Ele se aproximou, pegou a presilha e levou seu rosto quase até encostar no meu.
— É bom que você apareça logo para que eu te devolva, Ohime — não tive tempo para responder, senti seus lábios frios contra os meus e retribuí o beijo, o nosso beijo de despedida.
De alguma maneira aquela despedida me pareceu triste, eu ainda tinha a sensação de que não o veria mais e aquilo me deixava deprimida.
— Posso te ver? — perguntei hesitante antes de ir embora. Eu o tinha visto um pouco durante a luta, mas queria poder de fato vê-lo daquela vez.
— Tem certeza de que quer me ver de verdade? — ele perguntou entre um beijo e outro — talvez doa um pouco.
— Tudo bem — respondi — eu realmente quero te ver.
Sem esperar, ele levou sua mão até o nó da minha faixa e o desfez. Levei um tempo até abrir os olhos de fato e vi um jovem muito bonito a minha frente e sorri.
— Eu sabia que você era bonito — falei antes de beijá-lo de novo — mas é realmente doloroso, estou impressionada em saber que você convive com essa dor dia após dia.
— Acredite, a sensação está fraca graças a você — ele sorriu e eu pude ver pequenas presas afiadas nos cantos de sua boca deixando um charme estranhamente cativante nele — Acho que é melhor você ir agora. O seu Imperador está te esperando.
Fiz uma careta ao lembrar de Qiang Huang. Depois de ter os ânimos acalmados, eu comecei a ficar furiosa com aquele maldito Imperador. Ele tinha que ser muito frio e egoísta para simplesmente ver alguém morrer só porque não ganharia nada em troca de salvá-lo. Eu o odiava.
— E então? — Bae me trouxe para a realidade de novo — Vai ficar aí parada igual dois de paus?
— Ele não é meu Imperador — resmunguei.
— Você ao menos ouviu o que eu disse depois disso? — ele cruzou os braços ao me perguntar isso.
— Desculpa... — respondi envergonhada e ele riu alto.
— Mas te vale voltar para me devolver isso — ele pacientemente colocou um colar no meu pescoço em formato de gota e dentro da gota tinha um líquido vermelho — Assim, de alguma maneira, eu vou estar sempre com você, boneca.
Eu me virei novamente para ele e tentei não chorar, ele me fitou por um tempo e eu tive vontade de fechar novamente os olhos... ele estava tão triste quanto eu. Despedidas não são fáceis, principalmente quando se tem algum carinho pela pessoa.
— Ei, não chora — ele me abraçou, o que só dificultou minha tentativa vã de segurar as lágrimas — Isso não é uma despedida eterna... eu espero que você volte logo. Talvez para me convidar para um casamento ou algo assim?
— Você é muito engraçado — tentei fazer uma cara feia, mas me senti incapaz... A tristeza dele e a minha se tornaram insuportáveis, e após observar seu rosto mais uma vez, finalmente fechei os olhos.
Deixar aquela situação foi complicado; não que eu estivesse apaixonada por ele, mas ele me ajudou bastante e realmente era uma boa companhia. A paixão não estava presente, porém o afeto era indiscutivelmente intenso e genuíno.
Cheguei nos grandes portões do complexo de palácios de Qiang Huang com um notável mau humor, esperava não encontrá-lo mais naquela noite, eu não sei o que eu seria capaz de fazer se o visse.
— Você demorou — o Príncipe Corvo falou ao me ver chegar — estava começando a ficar preocupado. O Imperador chegou tem pouco tempo parecendo bem-humorado.
— Que bom para ele — falei de maneira ríspida.
— É, parece que o seu humor está o completo oposto do dele — ele suspirou — vamos indo.
Segui em silêncio pelo caminho inteiro até chegarmos a uma pousada, cujo estilo tipicamente oriental e o ambiente indicavam ser um local de alto custo. Teria apreciado explorar a pousada, mas, ainda irritada, optei por ir diretamente para o quarto. Contudo, o sono me escapava. Me virei de um lado para o outro na cama, cobri o rosto com as cobertas, mas em vão; o dia havia sido repleto de informações novas e surpreendentes.
Tentei forçar os olhos em uma tentativa frustrada de fazer com que as imagens da garota Espírito da Neve e de Bae quase todo congelado sumissem da minha mente, mas não conseguia. Se o Imperador não tivesse aparecido, eu certamente haveria perdido mais alguém e esse pensamento fez com que um calafrio percorresse o meu corpo.
Quando o Príncipe Corvo me perguntou o que eu queria fazer, eu disse que queria proteger aqueles que amava e que se eu tivesse que ir para a guerra para conseguir, então eu o faria. Ele certamente gostou de ouvir aquilo e eu realmente quis dizer aquelas palavras. Meus sentimentos não haviam mudado, mas quando o Espírito da Neve me atacou eu quase liberei meu dom, eu não sabia o que fazer para impedi-la sem usá-lo. Como lutaria sem usar o meu dom contra alguém na qual eu não podia nem me aproximar sem ter o corpo congelado? Quem sabe o que poderia ter acontecido se o Imperador não estivesse ali naquela hora?
Abri os olhos já praticamente desistindo de dormir e olhei novamente a faixa do Imperador próximo a cama me perguntando se eu realmente o havia amado tanto a ponto de sacrificar parte da minha história e essência para protegê-lo. Tive medo de descobrir que isso pudesse ser verdade realmente. Será que eu era capaz de encarar tudo aquilo de novo? Será que eu seria suficientemente corajosa para isso? Estiquei a mão e segurei sua faixa com força procurando uma resposta antes de escutar de longe o som de sinos dissonantes na minha cabeça. Esses sons apareciam somente quando ele estava perto e eu não sabia o motivo ainda. Talvez ele não estivesse tão longe naquele momento também...
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