O abraço dela é tão bom. Quentinho, carregando de saudade. Marina me apertou, deixando claro que sabia da minha existência.

Ela se afastou, segurando meu rosto com as duas mãos.

_ Eu pensei que nunca iria te ver de novo!_ Ela disse._ Onde estava, por onde andou todos esses anos?!

André coçou a garganta.

_ Oi, vocês devem ser os familiares da Hanna._ Marina cumprimentou meus amigos.

_ Mari, esses são meus amigos. Clara, Luana, Bruna, Lara, Catarina e André._ Eu os apresentei.

_ Amigos? Onde está sua família?

Acho que meu rosto mudou completamente, por que Marina me pediu desculpas rapidamente.

_ Desculpa, eu... Não sabia... V-vamos entrar, e sentar, para... Você me explicar melhor._ Ela nos conduziu mais para dentro do galpão.

Mesmo ela estando sendo carinhosa comigo, os outros que viviam ali com Marina, ainda seguravam as armas contra os meus amigos. 

_ Bem vindos ao Galpão. Esse lugar está totalmente equipado para o apocalipse._ Marina tia feita uma retardada ao meu lado. Não que eu não estivesse feliz ao vêla, mas a reação de Marina era muito mais animada do que eu pensei._ Temos uma salinha de socialização, alojamentos, cozinha, banheiros com água encanada, vinda do poço, que é tratada e pronta para usar.

_ Nossa, como vocês acharam tudo isso?_ André perguntou, desconfiado.

_ Não achamos, meus pais construíram, especialmente para esse apocalipse._ Marina disse._ Sabe, meus pais são jornalistas, e estavam sabendo da bomba a muito tempo antes do resto do mundo. Demoliram nossa antiga casa e construíram isso aqui.

_ Uma aposta bem dada._ Um dos acompanhantes de Marina se manifestou.

_ Desculpem, nem apresentei meus amigos. Felipe, Ketllyn, Andressa, Veronica e Mauro. O Mauro não é bem um amigo, é meu namorado._ Marina deu um abraço no cara musculoso, com um rifle, protegendo-a ao seu lado.

_ Seus pais..._ Começei.

_ Eles estão aqui, quer conhece-los? Mãe! Pai!_ Ela gritou para algum lugar.

_ Que foi Marina? Temos um jantar Lara fazer aqui!_ Uma vós feminina gritou de volta.

_ Sério mãe, vem cá!_ Marina gritou de novo.

_ Hunft...

Uma mulher de meia idade atravessou a porta da salinha.

_ Espero que seja importante Marin... Minha nossa senhora! Essa é...

_ Sim mãe, é a Hanna!_ Marina sorriu.

_ Ô meus Deus! Querida, é tão bom vêla de novo._ A mulher segurou minhas mãos. Ela tinha mais ou menos cinquenta anos, seus cabelos castanhos começavam a ficar grisalhos, e sua pele a enrugar um pouco._ Meu nome é Raquel.

_ O-oi._ Olhei para os meus amigos, que pareciam tão abismados quanto eu.

_ Gabriel! Venha ver isso querido!_ Raquel gritou, é um homem apareceu do mesmo lugar que ela. Eles pareciam ter a mesma idade.

_ Mas o que foi Raquel?_ O homem me olhou. Seu rosto mudou totalmente, passando para surpresa._ É quem eu penso que é?

_ Sim! É a Hanna pai!_ Marina olhou para o pai.

_ Meu Deus! Como essa garota está grande! Eu a conheci com um aninho de idade!_ Gabriel falava como um avô reencontrando seu neto.

_ Para!_ Eu gritei. Estava ficando cansada de me excluírem dos fatos._ Eu não sei quem são vocês! Vim aqui por causa da minha irmã!

_ Como assim não sabe quem somos? Fábio e Rebecca não lhe contaram?_ Raquel me perguntou. Seu rosto estava deformado, como se tivesse um ponto de interrogação na cabeça.

_ Não. Nunca me contaram que eu era adotada, ou que tinha uma irmã._ Comecei.

_ Então... Como foi que veio parar aqui?_ Gabriel perguntou-me.

_ É uma longa história...._ Eu olhei para Lara e Catarina.

_ Nos conte a sua história Hanna._ Marina disse.

_ Eu morava no Rio de Janeiro até meus doze anos. Então meus pais se mudaram para São Paulo, e na nossa viagem, um caminhão com carreta, que carregava toras de madeira, tombou em cima do carro da minha família._ O rosto de todos naquela sala mudaram, com exceção do da Lara e da Catarina. Elas já conheciam essa história._ Eu fui a única que sobrevivi, mas fiquei internada durante dois meses e depois fui mandada para um orfanato. Fugi de lá um ano e meio depois, junto com Lara, que estava passando por problemas familiares graves. Logo depois conhecemos a Catarina, e depois de alguns anos morando na rua, esse apocalipse aconteceu. Ajudamos a Bruna, e suas irmãs a sobreviver. Bolamos um plano, que incluía achar a cura para esse vírus que acabou com a vida de muita gente, e também, passar por todo o litoral brasileiro. Decidimos parar na minha antiga casa no Rio, que por algum motivo nunca foi vendida. Naquela casa, encontrei documentos sobre a adoção, e descobri sobre você. Minha primeira reação foi tentar encontra-la, então, viemos até a Paraíba, e encontramos seu endereço completo no registro. Por isso estamos aqui.

_ E você atravessou metade do país a pé?!_ Raquel estava com uma cara...

_ Não, viemos de carro._ André respondeu Raquel, com um sorriso forçado.

_ Quantos anos você tem garoto?_ Gabriel o pai de Marina, olhou para André desconfiado.

_ 19.

_ Você tem carteira?

_ Estamos no apocalipse! A polícia virou zumbi, e não há quase ninguém não infectado nas ruas!_ Ele rebateu. Estava sentindo uma treta chegando...

_ É PRECISO RESPEITAR AS LEIS GAROTO! O QUE SERIA DA NOSSA SOCIEDADE SEM ELAS?_ Gabriel deu um grito tão alto que estourou os tímpanos de todos.

_ Pai, ele tem razão!_ Marina repreendeu o pai._ As leis são suspensas na guerra

Gabriel olhou para a filha, suas sobrancelhas chegaram perto do cabelo. 

_ Como você sabe disso Marina?_ Ele perguntou indignado.

_ Aula de história do 2 colegial._ Ela respondeu rapidamente.

_ Ah bom... Mesmo assim, isso não é certo garoto...

_ André._ Ele interrompeu.

_ André, obrigada._ Senti que André ganhou uns pontos com Gabriel, mas foram bem poucos.

_ Eu deveria apresentar meus amigos também._ Marina sorriu._ Essa é a Vanessa, Felipe, Agnes e Nando, eles também estão aqui a um tempo.

_ Oi._ Eles dissera em coro.

_ Agora que estamos todos apresentados, e você já contou como chegou aqui._ Raquel disse._ Que tal um strogonoff?

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Hello pipocas! Td bem com vcs? 

Minha nossa, eu postei o bônus de 200 visualizações no domingo passado, e esse domingo já preciso postar outro! Vcs são realmente incríveis.

Like e comente.Espero que gostem. Tia Jujuba. ;-)