Capítulo 15 - O primeiro erro 하늘
Acordo sentindo o calor de outro corpo junto ao meu, os cabelos macios e louros sob meu peito nu. Suspiro lentamente, como se qualquer deslize pudesse afastar definitivamente a figura frágil que dorme nua e se aconchega em meu corpo. Ontem foi… Simplesmente incrível. Não sei como ela vai agir a partir de agora, mas estava ansioso por mais, não iria me cansar de repetir esta atividade quantas vezes fosse possível.
— Bom dia, Jeong. — o par de olhos me encara e se envolve nos lençóis macios, escondendo o corpo que observei sem pressa na noite anterior. — Droga, preciso fazer a minha skincare.
— Bom dia, Campbell — cruzo os braços atrás da cabeça e a observo, sentindo os lençóis rapidamente esfriarem sem a proximidade dela. — Sua skin o quê? Ah, aquelas paradas de blogueira, saquei…
— Skincare, sabichão. — ela revira os olhos e busca a lingerie no chão, vestindo-a e retornando para a cama, cruzando as pernas e parecendo meio frustrada. — Droga, ficou no meu quarto. Muito longe, todo mundo vai ver meus poros enormes e minha pele feia.
— Qual é o seu problema? — reviro os olhos e tento não me intrometer na aparência dela, mas convenhamos, Camille está exagerando… — Se a sua pele está ruim, imagine a minha.
— Podemos dar um jeito nisso rapidinho. Que tal um dia de beleza ao lado de Camille Campbell? Meus seguidores amavam esse quadro — ela sorri e se aproxima — Vamos, vamos… Eu faço o que quiser em troca.
— Ei, espera aí, quer encher minha cara de cremes de cheiro e ingredientes duvidosos? Nada disso, nem vem — escuto a última parte e fico pensativo — Camille, nunca diga isso para um homem, nossa imaginação vai longe.
— Ok, macho alfa — ela gargalha e sai da cama, colocando a roupa para retornar ao quarto e fazer essa tal skincare. — Pense nisso, sua pele vai ficar igual a pêssego macio e suculento. Um dia da beleza com Camille Campbell e em troca, posso fazer algo que você sugerir.
— Ok, vou pensar nessa sua proposta, mas saiba que eu odeio passar cremes no meu rosto. — levanto da cama e deixo o lençol de lado, indo buscar as minhas roupas, caminhando pelado pelo quarto.
— Haneul, você não pode simplesmente... — ela foca o olhar em minhas partes íntimas e parece meio incomodada, talvez… — Não pode sair sem roupa por aí, nem no seu quarto…
— Por quê? — me aproximo, sorrindo convencido por ver as bochechas dela vermelhas, deixando nossos corpos próximos. — Você não quer que ninguém me veja sem roupa, Camille Campbell? Lembra quando foi no meu quarto pela primeira vez?
— Sim, lembro sim… — ela murmura, desviando o olhar do meu, com a respiração irregular. — Você sempre acorda assim? Escovar os dentes não é seu primeiro passo ao acordar? — gargalho e pego na mão dela, colocando no local antes desejado.
— Está me perguntando se eu me masturbo antes de escovar os dentes, Camille? Que mente suja a sua. Claro que não! Há vários motivos para uma ereção, a bexiga cheia também pode ser uma delas, senhorita.
— Entendi — diz olhando nos meus olhos e movimento sua mão ao redor do meu pau, ok, estou ficando animado demais com esse contato. — Bem, preciso fazer minha skincare e escovar os dentes, sabe?
— Ok, ok. Sei sim, senhorita Campbell. — a loira afasta as mãos do meu corpo e se vira de costas para mim, recolhendo alguns acessórios, inclusive as temidas pulseiras. — O que você quer, Haneul Jeong? Uma transformação por Camille em troca de quê?
— Hum, deixe-me pensar, querida. — entrelaço meus braços ao redor dela, juntando seu corpo ao meu e pegando-a de surpresa. Não queria que Camille se afastasse tão rápido como da outra vez e sendo bem honesto, quero usar bastante essa sala. — Pede para alguém conseguir uns jet skis e uns coletes bacanas para darmos um passeio, vai? Sei que você pode fazer isso.
— Vou ver o que posso fazer, Haneul. Mas em troca, vai me deixar tirar essas suas cutículas horrendas. — ela gargalha e eu me afasto, começando a vestir a roupa.
— Claro, pode fazer o que quiser. Eu sou todo seu, princesa. — visto a cueca e a bermuda, jogando a camiseta por cima do ombro e levando os calçados na mão. — Vou sair na frente, para que não fique ainda mais óbvio que transamos, apesar de ser impossível. Te encontro já.
Depois de voltarmos para a rotina normal como pessoas cheirosas, higienizadas e alimentadas, vamos até a sala e eu ajudo Camille a levar uma maleta rosa para nosso espaço de beleza improvisado.
— Ainda não sabemos quanto tempo vamos ficar e você já arrumou as malas? — brinco, resmungando e arrastando tudo a maleta pela sala. — O que tanto você guarda aqui? Minha nossa!
— Tudo que eu preciso diariamente, Haneul. Uns cremes para o dia, outros para tarde e os da noite. Acredite, é difícil ser eu. Vamos logo com isso, os anabolizantes não servem para dar força?
— Ei, eu sou todo natural! Gostoso pra caramba! — resmungo e deixo a maleta perto do sofá, me jogando nele.
Estamos sem roupa, opa, espera aí... Estamos apenas de roupão e roupas de praia. Ela de biquíni, eu de sunga, Camille definitivamente transformou hoje em um dia de SPA.
— Então, Jeong. Deixe-me analisar sua pele. Fique à vontade, não me veja como a sua nova paixão, sou apenas sua esteticista. — Camille mexe numa bolsa e senta ao meu lado, trazendo um cheirinho de bala em seus cabelos.
— Nova paixão? Essa é a forma que você encontrou pra dizer que está apaixonada por mim? Seja mais discreta, princesa. — aperto a bunda dela com a mão livre e Camille fica estranha, talvez surpresa. Afasto minha mão no mesmo instante e permaneço quieto com os truques dela.
— Sua pele está um pouco oleosa, deve ser esse protetor que você passa no rosto. Alguns cravinhos no cantinho do nariz e pelinhos da sobrancelha fora do lugar. Eu vou cuidar de você, Haneul Jeong. — ela sorri e traz um creme com nomes em francês, franzi o cenho meio desconfiado.
— Olha lá, hein? O que você estiver pensando em fazer com o meu rosto... Eu vou pedir indenização depois que sairmos dessa ilha. — sorrio e ela para de mexer no pote, parecendo congelar e desviando o olhar para pegar mais produtos. — Ei, relaxa, eu estou brincando. Por que você está tão tensa? Por causa de ontem? É por saber que estamos sendo monitorados na ilha, né?
— Digamos que sim... Agora fica quieto, você não pode mexer o rosto ou vai estragar essa máscara removedora de cravos. — ordena e eu obedeço, mas confesso que estou louco para tocá-la novamente. — Vou colocar uma fatia de abacate nos seus olhos e deixar sua pele descansando. Ajuda nas olheiras e faz você fica paradinho. Mas os meus abacates são artificiais, tenho um produtinho neles.
— Tudo bem, não precisa explicar. Eu não vou conseguir diferenciar nada mesmo. Você pode fazer minha sobrancelha? Eu sou muito ruim nisso, acho que é a minha única vaidade, depois dos dentes e da depilação. Mas acho que você já percebeu... — sorrio de olhos fechados e encosto a cabeça na almofada macia do sofá.
Hoje estava um clima agradável e fresco, mas não quisemos ir à praia ou fazer nada do tipo. Acho que por hoje, eu serei o boneco de teste dela.
— Não gosto quando você diz essas coisas com tanta naturalidade, quer dizer... É meio embaraçoso, me deixa estranha. — sua voz soa baixo e tento acariciar a bochecha da loira e sorrio minimamente sem estragar a máscara.
— Me desculpa, preciso controlar a minha boca suja. Mas eu nem disse nada de mais, você é muito tímida ou eu que sou muito safado? — ela demora a responder mas escuto sua risada no meu ouvido.
— Não é isso, é que todas as vezes que você fala algo assim, eu sinto algo quente. Uma vontade de transar, sabe? — Camille se afasta, mas não antes de morder a minha orelha e lamber o meu pescoço. Tudo bem devagar e gostoso.
— Entendi... — solto o suspiro que a onda de excitação repentina prendeu e sorrio ao constatar: só podemos falar de safadeza naquela salinha, é isso? Eu vou tentar me controlar, mas quando faz esse tipo de coisa safada, é impossível não ficar de pau duro, Campbell.
— Haneul! Pare de falar essas coisas ou não vou conseguir me concentrar na limpeza de pele. Controle o seu... Pau... Você é muito safado sim. — a loira sorri e sinto ela puxar os pelinhos indesejáveis na minha sobrancelha com o acessório de metal.
— Certo, já que você pediu com jeitinho. — mordo o lábio e fico quieto, mas quieto o bastante para cair num soninho no sofá.
Acordo com Camille tirando minhas cutículas e passando mais um creme verde no meu rosto. A conversa está fluindo melhor do que antes, não me sinto preso com uma estranha, mas quem sabe, uma pessoa potencialmente tolerável.
— Haneul, o que você faria se descobrisse que virou uma celebridade da noite para o dia? — incerta, vejo a influencer morder o lábio e parecer insegura. Não demoro para a entregar a resposta.
— Isso jamais aconteceria. Estou longe de qualquer holofote e pretendo ficar assim para o resto da minha vida. É mais seguro para a Yuna e para a Moon. Vocês, celebridades, se expõem demais. Não é o tipo de vida que eu gostaria de levar, sabe? Prefiro que minha vida não se torne a rotina para os outros. Tentar agradar todo mundo ao mesmo tempo, não faz bem.
— Olha, Haneul... — ela faz uma longa pausa e seus olhos azuis me encaram por um tempo incalculável. — Eu preciso te contar uma coisa... Sobre a ilha, é que...
— Camille! Haneul! — um grito nos surpreende, a mesma funcionária bonita e jovem que encontrei nos corredores, aparece para nós. — Vocês precisam me acompanhar agora, é urgente.
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