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✦Vinte e Cinco✦

FELINA

Mal posso acreditar em tudo que vêm acontecendo nos últimos dias.

O que eu achava ser impossível aconteceu, eu finalmente reencontrei meu tio. 

É aliviante saber que há outro parente meu por perto, um que se importe comigo pelo menos. Não sou mais única e sozinha no mundo, e eu não poderia estar mais feliz. Consigo voltar a reviver os bons momentos e pensar no passado sem tanta dor e peso, não preciso mas fugir das coisas que aconteceram, não preciso mais fugir de quem eu fui.

Óbvio que há feridas em mim que não se curaram, e nem sei se irão um dia. Nada nem ninguém vai poder preencher as lacunas que a falta do meu pai deixaram dentro de mim mas, agora, eu tenho novos motivos para recomeçar. Meu tio esteve sempre ao meu lado nos momentos bons e ruins da minha vida, e com ele de volta alguns pedaços quebrados do meu coração podem se reconstruir.

É um novo momento para mim, mas dessa vez, um momento bom.

Devo muito disso a Adora. De certa forma, sem ela, eu não teria re-encontrado meu tio.

Desde que a conheci, Adora virou meu mundo de cabeça para baixo, tudo mudou. Eu estava adormecida, apática, não sentia mais nada e estava mais sobrevivendo do que vivendo. Aí ela chegou, e em pouco tempo conseguiu fazer uma bagunça em mim, me fez sentir muitas coisas que há tempos eu não sentia. Me fez sentir raiva, orgulho, felicidade, tristeza, luxúria, paixão, entre tantas outras coisas. Senti fôlego de vida outra vez, me permiti sentir e me abrir sobre as coisas que guardava a muito tempo.

Adora tocou minha alma com os olhos muito antes de tocar o meu corpo com as mãos.

Mas, por mais que eu odeie ter que admitir, ela ainda chega a ser uma icógnita para mim. 

Pelo menos duas vezes na semana, ela sai a noite e volta depois de algumas horas. 

Não sei aonde ela vai, nem o que vai fazer. Mas estou determinada a descobrir.

Adora não tem juízo nenhum dentro daquela cabeça, e tenho certeza que ela está fazendo algo imbecil e irresponssável, porque é assim que ela é.

Mas, no momento, vou deixar isso para lá.

Tranco a porta do apartamento e saio, guardando as chaves no bolso da frente na minha calça. 

Vou encontrar meu tio hoje, ainda temos muitas coisas para conversar. Temos nos falado muito nos últimos dias mas, tem coisas que não podem ser conversadas por mensagens. Poucas coisas substituem o contato olho no olho.

A semana tem sido corrida na faculdade e, por mais que as coisas estejam bem, não consigo ter muita paz com Adora enfiando preocupações na minha cabeça todo dia. Preciso fugir da rotina um pouco e, nada melhor do que tomar um café com meu tio para por as ideias no lugar.

Apesar de ainda jovem, meu tio é um homem experiente nas malícias da vida. E conta ótimas piadas.

Não levam muito mais que dez minutos para que eu chegue até o café. Não é nenhum lugar chique, mas tem lá seu estilo e sofisticação. As luzes amareladas e as paredes de  tijolos dão um ar rústico ao lugar, fazendo meu corpo se aquecer. É como se eu estivesse em frente a uma lareira quentinha ouvindo histórias e tomando chocolate quente a noite toda, nas minhas lembranças mais distantes.

Avisto meu tio Chad sentado numa mesa em frente a uma das janelas, vou até ele.

— KitKat, finalmente.- ele diz levantando as mãos para o céu e eu reviro os olhos.

— Eu não demorei tanto assim, e você não acha que eu já estou meio velha pra esses apelidos?

— Pra mim? Nunca. - ele toma um gole do seu café. Não faço ideia de quantos cafés ele já bebeu, mas chuto que foram mais de dois. — Você está diferente e é uma adulta agora, mas nunca vai deixar de ser a minha menina.- o vejo sorrir.

— Isso é tão brega.- dou uma risada de volta, é bom ter essa sensação de leveza. Chamo um dos garçons até a minha mesa e peço um macchiato, acompanhado de uma coxinha de frango com catupiry. As daqui não são iguais as do Brasil, nem de longe, mas dão pro gasto. Eu ia para lá pelo menos uma vez por ano, já que minha avó morava lá. Era uma senhora teimosa e rabugenta, mas fazia ótimos bolinhos de chuva. Faleceu há alguns anos, no auge dos seus 89 anos de idade, deitada em uma rede na sacada de casa. Desde então, não voltei mais para lá, mas pretendo. Meu pai sofreu muito pela morte da mãe e meu tio sofreu pelo irmão, já que não sentia tanto assim o peso pela morte da mulher. Afinal, eram irmãos de mães diferentes, mas do mesmo pai. — Eu... posso te perguntar uma coisa?

— Tudo o que quiser.

— Onde esteve durante esses anos todos?- ele suspira ao ouvir minha pergunta e olha a xícara de porcelana entre suas mãos. Posso ver o vapor corar seu rosto.

— Eu não queria que você convivesse com um bêbado em casa, já estava sofrendo muito pela morte do Conrad e eu não queria ser um fardo que você tivesse que carregar então, achei melhor ir embora.- Chad não consegue olhar para o meu rosto, sei que sente vergonha por ter fugido e que seu ego está ferido por isso. — Em um dia qualquer eu estava bêbado, como sempre, vagando pelas ruas no fim da tarde. Minha visão estava embaçada e eu não conseguia enxergar nada direito, então não vi um carro se aproximando de mim enquanto eu atravessava a rua. Ele me atingiu em cheio, não lembro muita coisa depois disso. 

Pego em sua mão. Não sei muito o que dizer, não tenho ideia do que ele passou nesses anos todos e eu não o julgaria pelos erros que cometeu nesse tempo. 

— Eu não fazia ideia, porque não ligou pra cá?

— Eu não podia, tinha que enfrentar as coisas eu mesmo. - ele bebe outro gole de café. - Depois disso tudo, fui parar em uma clínica de reabilitação, fiquei lá por um ano e meio. Conheci muitas pessoas com vários tipos de histórias, aprendi muito, me curei. - ele suspira e sorri em seguida, parecendo grato pelo tempo que passou na clínica. — Ah, e também me apaixonei por uma enfermeira. - Não consigo evitar um riso alto. Não importa o quão mal ou doente meu tio esteja, sempre dá um jeito de se engraçar com algum rabo de saia por aí. — Mas, e você? O que tem feito?

— Ah, nada demais eu acho. Depois que a Sombria me expulsou de casa...

— Eu pensei que você tinha saído por conta própria. - Chad me interrompe, indignado. — Se eu vejo aquela, aquela, ugh, aquela meretriz do inferno eu esmago aquele pescoço de galinha dela. - não o julgo, já que compartilho do mesmo sentimento. Se eu tivesse que gastar meu réu primário com alguém, com certeza seria com a Sombria.

— Foi melhor assim, eu acho. Nesse tempo conheci a Adora e dividimos o apartamento já que estudamos na mesmo universidade e coisa e tal. - digo, despretenciosamente. O garçom chega com minha refeição e eu o agradeço, tomando um gole no meu macchiato. Por cima do copo, consigo ver o olhar malicioso do meu tio logo após que cito o nome de Adora na conversa, me fazendo quase engasgar com a bebida. 

— E essa Adora, como ela é? - ele aproxima mais a cadeira  e apoia os cotovelos sobre a mesa, repousando o queixo sobre os dedos de suas mãos entrelaçadas.

— Você já não conhece ela? - tento fugir, será que todos os tios e tias do mundo são sempre assim?

— Ela me parece ser uma grande pessoa, em todos os sentidos da palavra. - não consigo evitar uma risada. A altura de Adora sempre impressiona todo mundo, incluindo eu. — Mas, não a conheço como você, quero saber se ela é digna da minha sobrinha. - reviro os olhos, mais protetor que ele não existe.

— Ela é teimosa, nós duas somos, eu acho. Faz exercícios 5 vezes por semana e come mais do que qualquer pessoa que eu conheço. Torce para o chicago bulls, não vive sem nike no pé, gosta de ouvir R&B e é extremamente cabeça dura. - tento não ficar extremamente boiola ao descrevê-la, mas não consigo evitar.

— Eu gosto dela, e, pelo visto, você também.

— Não tenho como negar de qualquer jeito, mas sim, gosto. Talvez, seja mais do que só gostar...- Chad sorri. 

— Por Etéria, você está...

— Apaixonada? Estou.- ao ouvir essa frase, meu tio solta um grito de fangirl, chamando a atenção de algumas pessoas a nossa volta. Quase me escondo debaixo da mesa com vergonha, mal reencontrei esse homem e já estou pagando mico em público. — Precisa de tanto?

— Claro que sim, minha sobrinha favorita está apaixonada, temos que fazer algo sobre isso. - ele junta os indicadores em frente ao rosto, parecendo pensar em algo.

— Eu sou a sua única sobrinha e, fazer o que, exatamente? - dou uma mordida na minha coxinha enquanto o olho.

— Você já deu alguma coisa pra ela?

— Só a minha bucet-

— MENINA! eu quis dizer algum presente, Jesus Cristo. Não fui eu que te ensinei essas coisas. - ele coloca a mão sobre o peito, tombando o corpo para trás e encostando as costas na cadeira, fingindo supresa e indignação.

— Foi você que me deu minhas primeiras camisinhas. - cruzo os braços e o olho com uma das sobrancelhas arqueadas, ele ri pelo nariz.

— Tá certo, meu passado me condena. - ele se dá por vencido e eu dou uma risada. Senti falta dessas nossas conversas nem noção e da intimidade que temos, sem tabus e coisas desnecessárias. — Mas, algum presente ou sei lá? Você gostou do presente que ela te deu?

— Acho que gostar é pouco pra descrever o que eu senti, foi o melhor presente que eu já ganhei. - mal percebo que fiquei com a maior cara de besta falando sobre isso, de novo. — Mas, nunca dei nenhum presente pra ela, não consigo pensar em algo que ela queira...- penso um pouco e uma luz ilumina meus pensamentos. — Na verdade, um dia desses ela ficou uns 10 minutos parada olhando um tenis numa vitrine.

— Perfeito, ela me disse que vocês discutiram bastante nas últimas semanas quando foi comprar seu presente então, nada melhor do que você retribuir isso.

— Até que você tem razão. - definitivamente não é uma má ideia, afinal, eu também não fui muito razoável com ela, então meio que estou devendo. Além disso, nada pagaria a cara que Adora vai fazer quando ganhar esse tênis. Olho as horas no meu celular. — Temos que ir, vai ver o tênis já foi comprado ou sei lá.

'Bora.- Chad dá um último gole em seu café e eu dou uma última mordida na minha coxinha, deixamos o dinheiro certinho em cima da mesa e saímos do estabelecimento.

Andamos um pouco pelo pequeno centro comercial. Olho em volta prestando atenção e tentando reconhecer o tênis que Adora encarou na vitrine.

Depois de 20 minutos procurando e quase desistindo de achar a porra do tênis, achamos ele parado lindamente numa vitrine de uma loja de calçados de marca. Mas, chegando na frente da loja, esqueço um detalhe importante.

Não sei quanto Adora calça, tudo que eu sei é que ela tem um pé grande.

Pego o celular no meu bolso e mando uma mensagem para Scorpia, a namorada dela ou os amigos dela devem saber o tamanho daquele pé enorme. 

Principalmente o garoto das flechas, ele é muito detalhista com as pessoas.


Viadona                                                                                                                                                                                  O amigo da Adora que usa cropped todo dia disse pra Perfuma que ela calça 40


Santa Etéria, esse é um pé de prancha.

Meu tio e eu entramos na loja e ficamos parados, esperando algum funcionário vir até nós.

Ficamos lá por um tempo esperando uma das atendentes trazer o caralho do tênis que, aliás, é o último tamanho 40 da loja. A moça me olha com cara de deboche, provavelmente pensando que eu vou parcelar em 12 vezes sem juros.

— Acho que esse tamanho é meio grande para a senhorita, não?- ela me pergunta enquanto olho o tênis fora da caixa, avaliando se não tem nenhum defeito ou algo do tipo.

— Não é pra mim.- respondo meio seca. — Vou levar esse par.- a atendente acena positivamente com a cabeça e me guia até o caixa.

— Vai parcelar em quantas vezes?- ela me olha  de cima a baixo, me avaliando enquanto seguro o cartão em minhas mãos.

— Débito.

— Perdão?- ela parece surpresa. De vez em quando gosto de esfregar o meu dinheiro na cara das pessoas.

— Quer que eu soletre?- entrego o cartão a ela, que se surpreende mas uma vez ao perceber que eu não estou blefando. Agradeço e pego a sacola em minhas mãos, saindo do estabelecimento. — Vaca.

Meu tio concorda com a cabeça enquanto rimos da situação.

Decido não ir para casa ainda. Provavelmente Adora ainda não chegou do trabalho e ainda tenho o dia inteiro pra passar com meu tio, rindo e falando merda por aí.

Acho que hoje é o inicio de um novo começo, uma nova vida para mim.

A partir desse momento, tudo vai começar a mudar.



                                                         ━━━━━━◇◆◇━━━━━━


Salve cachorros do mangue, suave?

Sei que o capítulo tá meio ruim, mas é o que temos pra hoje. Bem simplezinho e soft, Chad é um ícone eu diria e to amando escrever a relação dele com a Felina.

Eu to sem celular no momento, então os capítulos vão demorar um pouco pra sair pq não gosto muito de escrever pelo pc, me perdoem se tiver algum erro.

Hoje não teremos fanart pq to sem celular, mas se deus quiser semana que vem já estaremos de volta para a normalidade.

Ah, e quero dizer também que to vendendo quadros de MDF sob encomenda e posters de vários temas, tipo she-ra, the owl house, avatar e etc. Se alguém aqui tiver interesse, só ir na minha lojinha (o link tá na minha bio), o frete tá de graça pra todo BR.

Enfim, até o próximo capítulo.

Bebam água.

Catradora is canon.



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