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✦Sete✦

FELINA

— Ela sabe onde você está? – Scorpia e Entrapta me perguntam. Fiquei o dia inteiro offline, sem dar notícias, com medo de alguma mensagem aparecer de novo. Não respondi as mensagens de Scorpia nem de Entrapta desde ontem.

Se eu pudesse definir o meu estado agora, eu diria que estou puta com o universo, mas não acho justo descontar todas as desgraças da minha vida em cima das minhas amigas. Amigas. É bem estranho dizer isso. Por mais que eu tenha esse meu jeito meio difícil, elas não me largaram, nem desistiram de mim.

Pela primeira vez em muito tempo eu não me senti abandonada.

Mas eu prefiro a morte do que deixar elas saberem disso e ficarem todas melosas e blá-blá-blá. Tudo tem limite.

Então, aqui estamos nós. De algum jeito que eu não sei qual foi, elas descobriram meu endereço e decidiram invadir o meu apartamento.

Por que eu sinto que Adora está envolvida nisso?

Claro que está, ela sempre dá um jeito de se intrometer em tudo.

Pensei em me fingir de morta, mas não ia dar certo.

Não gosto de falar dos meus problemas e detesto envolver os outros nos meus rolos, mas vou precisar de apoio, por mais que eu odeie ter que admitir isso.

— Não, eu estou longe de casa. Eu só exclui o número, não achei que ela fosse correr atrás de mim de novo, essa louca que me colocou pra fora.

— Certo, então precisamos sair agora e comprar outro chip pra você. – Entrapta conclui. — Mas você tem alguma ideia do porquê ela teria te mandado uma mensagem do nada?

Não sei se devo contar, é tudo um pouco mais sério do que parece, e não sei se estou disposta a envolvê-las nisso.

É um pouco de loucura dizer, mas nos últimos 3 anos acho que minha mãe ter me expulsado de casa foi a melhor coisa que me aconteceu. Não aguentava mais ser tratada como um caixa eletrônico.

Ela só não me abandonou antes porque precisava de mim, sem mim ela ficaria sem nada, estaria completamente arruinada. Mas Sombria perdeu o controle e os luxos que ostentava com o dinheiro da minha herança quando eu fiz dezoito anos.

Ela implorou para que eu não tirasse aquilo dela, é claro. Mas eu já tinha perdido tudo, e desde que meu pai morreu minha vida foi regrada a abusos físicos e psicológicos por parte dela.

Eu perdi a pessoa que eu mais amava no mundo.

Se eu perdi tudo, então ela iria perder também.

Ainda tenho a cicatriz de quando ela empurrou a minha cabeça na parede.

Eu poderia fingir que não sabia a razão de ela querer que eu volte, de ela ter me enviado mensagens depois de 3 meses que me colocou para fora.

Mas eu sei porque, e sei muito bem. Por isso tenho medo do que pode acontecer, por isso tenho medo de ela me entregar.

— Ela é louca, por enquanto isso é tudo que vocês tem que saber. – elas acenam positivamente com a cabeça.

— Tudo bem, gata selvagem, agora vamos logo comprar o seu chip. – Scorpia diz animada, como se estivéssemos indo dar um passeio na Disney.

Agradeço por elas não terem perguntado nada envolvendo chamar a polícia ou coisas do tipo.

Peguei qualquer tênis que estava jogado no chão do quarto e o coloquei, logo me levantando da cama  e saindo do apartamento.

Enquanto andávamos, Scorpia e Entrapta conversavam animadamente sobre alguma coisa que eu estava distraída demais para dar atenção. Espero que fique tudo bem agora, e que eu possa continuar vivendo a minha vida em paz.

Andamos cerca de 10 minutos até um pequeno centro comercial. Havia todo tipo de loja que se pudesse imaginar, e todo tipo de pessoas também.
Entramos em uma loja de celular, na qual haviam vários chips de várias operadoras diferentes. Deixei que Entrapta escolhesse um, afinal ela é toda detalhista com isso de formatos de chip, quanto de Internet consome por sei lá quanto tempo, enfim, essas coisas de nerd que só ela sabia.

Enquanto ela ficava nerdando olhando os chips eu olhava as outras coisas da loja. Nada me chamou a atenção, até eu ver um headphone vermelho. Virei a caixa do avesso, me assustando um pouco com o preço que vi.

— Achei um ideal. – Entrapta me cutuca, me dando o pequeno cartão que tinha um chip grudado. Não via nenhuma diferença dele para os outros, mas se a Entrapta fala então eu acredito.

Deixo o chip e os fones de ouvido no balcão, logo pagando tudo e indo embora com uma sacola nos braços.

Respiro aliviada. Quero minha segunda chance, quero recomeçar a minha vida em paz.

Preciso dessa segunda chance.

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Esse filme realmente é péssimo. – Scorpia diz enquanto assistimos pânico no lago 2.

— Que fique claro aqui que eu sempre fui contra. – Eu estava sentada em cima de uma almofada no chão, com um balde de pipoca entre as pernas. — Adora vai me matar quando ver esse chão.

— Aquela garota da festa? Ela parece legal, vocês duas são bem amigas né? Ela até sabe onde você mora. – Entrapta se empolga.

— Quando você estava bêbada na festa só sabia chamar por ela. – Scorpia ri.

— Ela mora aqui. – digo sem muito ânimo, uma hora ou outra elas iriam descobrir. — Espera... Eu chamei por ela?– entro em um pânico interno.

— Muitas vezes. – minhas duas amigas se olham e sorriem quando percebem minha cara. — Você, por um acaso, sente algo por ela? – Entrapta pergunta, maliciosa.

— Tá maluca, garota? – respondo rápido e elas me olham em silêncio, me encarando por mais ou menos 5 minutos. — Olha, talvez, muito talvez, eu goste um pouco dela. Mas se vocês contarem isso pra alguém eu juro que corto as suas línguas fora.

E falando no diabo, ouço a maçaneta rodar e a porta da sala se abrir.

— Felina, você tá em cas- Ah, oi gente. – Adora sorri quando nos vê, colocando a sacola que carregava em cima do balcão. Melog sai do tapete e vai em direção a ela, se esfregando em suas pernas enquanto ronrona. Confesso que não pude evitar um sorriso. — Não pensei que vocês estariam aqui ainda.

— A gata aqui precisava de uma dose extra de coisas gays. – Scorpia me abraça de lado e eu reviro os olhos. — E obrigada por ter passado o endereço.

— Estou aqui pra isso. – Adora pisca em resposta.

Elas conversam por alguns minutos, e no meio dessa conversa acabo descobrindo que Scorpia tem uma namoradinha chamada Perfuma, que por acaso faz parte do grupinho da Adora. Descubro também que foi esse o motivo para minha colega de apartamento ter ido para aquela festa.

Bom, isso explica muita coisa.

Mas não sei como me sentir sabendo que chamei por Adora o tempo todo quando estava bêbada.

Mas é claro que chamei, o que eu esperava?

Já posso imaginar as coisas que eu disse, mas Adora é lerda demais e não deve ter achado grande coisa. Agradeço a tudo que é mais sagrado por isso.

A vejo gargalhar de uma piada sem graça de Scorpia, ela perde um pouco o ar, colocando as mãos sobre o peito.
A olho demais, mas não consigo deixar de olhá-la. Não consigo não reparar em como seu corpo se contrai quando ela dirige, por estar sempre estressada demais ao volante. Não posso deixar de admitir que ela fica linda de rabo de cavalo, por mais que eu sempre tire sarro dela por isso. Não consigo não dizer o quanto me estressa o fato de ela ser absolutamente incrível em todos os esportes que pratica.

Reparo o quanto ela é boba.
O quanto ela é forte.
E nas covinhas que aparecem quando ela ri.

Talvez, mas só talvez, eu definitivamente goste dela.

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Salve cachorros do mangue, cês tão bem? Espero que tenham gostado desse capítulo.
Não revisei muito direito então me perdoem por qualquer erro.

Queria dizer que HAO tá quase chegando em 4k e eu tô muito feliz MEU DEUS OBRIGADA AAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAA.

Amo vocês caraio na moral.

Deixo como presente essa fanart que representa muito as catradora nessa fanfic




Por hoje é só.

Me segue no Twitter também faz favor aí @DaddaWho tbm.

É nois.

Catradora is canon.

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