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Camélias (Sua pele é feita para poesia)

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Novembro

— Noona, se eu fosse outra pessoa, você ainda iria me amar? 

Foi como um lapso temporal. Fechei meus olhos por meio segundo, enquanto sentia seus dedos brincarem com meus fios de cabelo soltos no travesseiro, quando a pergunta surgiu sem nenhum motivo, embora soubesse que aquele silêncio que nos devorava só aparecia quando Jungkook afundava nos próprios pensamentos e emergia fragmentado, depois de encontrar cada um dos seus medos, o lado obscuro e silencioso que se sobressaía com muito mais facilidade que os lados brilhantes e facilmente encantadores diante das câmeras, Jeon apenas dominava a arte do disfarce, mas não para mim.

— O que quer dizer com ser outra pessoa? 

— Digo, se eu não fosse quem sou agora, um artista... — 

Nossas mãos se tocam por alguns segundos, enquanto puxo os fiapos de seu moletom que escapam nas mangas, a variações de luzes da TV refletem no seu rosto contornando sombras, os olhos entreabertos pesam, mas sei que ele está olhando na minha direção. Está frio em Tóquio, o outono está se despedindo com chuvas que lavam a cidade, se misturando ao cinza escuro habitual dos fins de tarde, enquanto os pontos luminosos de prédios e postes acendem aqui e ali. A pergunta dele me trava. Sei exatamente o que dizer, mas as palavras, ansiosas para serem dele, se embaralham dentro de mim, tornando tudo vazio e confuso demais para o que ele merece ouvir, e permaneço em silêncio por alguns minutos contornando seu rosto com as pontas de meus dedos: suas sobrancelhas, cílios, pálpebras, deslizando pelo formato do seu nariz e pela boca bonita, ele permanece de olhos fechados, e beija as pontas de meus dedos por último.

Será que ao menos imagina que meu amor floresce só para ele?

Todo o jardim de palavras, o florilégio construído ao longo de nossos dias poderiam virar antologia com o nome dele em epígrafe, a poesia do que fomos, os sonetos dos nossos lábios, as métricas para nossos pés descalços dançando ao som de música alguma, a mimese de tanto amor que fiz questão de eternizar como tatuagem em cada palavra sussurrada na pele dele. Tudo ainda parecia tão pouco perto do que meu coração sentia.

— Vem cá, quero tentar uma coisa... — 

Cochicho, enquanto me sento ao seu lado e busco meu diário largado no criado-mudo, as canetas estão entre as páginas como marcadores improvisados de um texto pela metade, sei exatamente a continuação daquelas palavras, fora do papel. Deslizo as mãos até a faixa seu moletom, puxando-o para fora do corpo, as luzes vindas da TV ligada num episódio qualquer de Friends iluminam a pele bonita e livre de qualquer tecido, criando pontos multicoloridos pelos ombros, peito e barriga.

— O que tá fazendo, Noonim? 

— Amando cada parte sua... 

Respondo, beijando de leve a ponta de seu nariz. Ele sorri. Seus olhos acompanham meus movimentos enquanto pego uma das canetas e deslizo a mão pelas suas costas nuas.

A quantidade infinita de pintinhas espalhadas pela pele dourada parecem respingos de tinta numa obra de arte, meus dedos memorizam cada uma delas cuidadosamente, e traço com a caneta uma por uma, pontos de ligação entre estrelas cartografadas em um mapa celestial, mapeando a constelação na pele dele, mesmo que ela brilhe apenas para o meu Céu naquela noite.

— Você sabia que as pintinhas são únicas de cada pessoa? Elas podem até ser parecidas com outras, mas nunca serão iguais, assim como as estrelas...— 

Jeon sorri, a caneta desliza pelo seu ombro traçando linhas sinuosas, mãos sem habilidade alguma para a arte de desenhar, mas faço nascer um Sol do lado esquerdo do seu peito, eu sei que aquela é sua fonte de calor, o coração.

As linhas sozinhas encontram outras estrelas, quase entrelaçando suas mãos, pela nuca, orelhas, dedos e palmas, beijadas uma por uma, com a devoção de uma guardiã.

— Sua pele foi a poesia mais bonita que eu já li, Jungkook... — 

A linha encontra a estrela mais bonita do Céu dele, abaixo do lábio inferior, num traço único. A mais brilhante da constelação inteira. Seus olhos brilham tão bonitos, cheios de pureza, do tipo que só ele tem.

— ...e eu amaria qualquer versão sua, bastaria ser você. 

Suas mãos cercam meus pulsos, puxando-me para ele, para perto dele. Nossos lábios se tocam como se fosse a primeira vez, quentes, cheios de sentimentos que conhecemos bem e que adoramos compartilhar. Lembro que alguém uma vez me disse que histórias de amor precisam de grandes atos, diálogos marcantes, cenas de tirar o fôlego, e por muito tempo pensei que o amor também fosse isso. Mas eu o amo nos pequenos detalhes. O amo quando sorri pela manhã, assistindo-o comer pizza gelada nas madrugadas preguiçosas, no silêncio das horas quando tenho apenas o seu calor, na despedida de volta à rotina ou quando retorna para os meus braços. O amo quando o tenho dentro de mim, na minha pele, na minha boca. O amo quando o vejo brilhar lá fora, quando ouço seu nome ecoar no meio de uma multidão. Isso para mim é amor. Não um objeto de culto e devoção, mas o mais próximo da realidade que eu posso estar, com um toque da reserva de sonho que me mantém viva. Essa é nossa história, eu não quero que ela tenha uma única vírgula diferente.

— 사랑해...¹ — ele sussurra...

Fecho os olhos quando Jeon abre um à um, os botões de meu pijama, com a mesma velocidade que as gotas de chuva deslizam pelo vidro, quando sua língua desliza na minha pele arrepiada pelo seu toque, e os suspiros dele se misturam com as risadas do programa de TV em volume baixo, então o mundo é posto em mudo, não parece existir mais nada lá fora.

Minhas unhas encontram apoio nas suas costas, minha boca, devota dele, sussurra amor em seus ouvidos, adornando de beijos suas orelhas, e as linhas traçadas em sua pele, são timbradas na minha, feito tatuagem. Meus dedos se perdem nos cabelos castanhos dele quando sua boca me devora. Delicado, até quando é voraz.  Doce, sutil, sereno, um estado de excitação constante, confinados num território particular, vedado aos demais, o mais perto da felicidade que eu poderia experimentar.

Não sei que nome você daria a isto, não me importo, eu chamo de amor. 





¹ Tradução: Eu te amo.

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