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DO DIARIO DE JOSÉ AUGUSTO DA SILVA

29 DE OUTUBRO DE 1975.

Eu tomei a decisão depois do fatídico show. Iremos embora da cidade, pegarei minha mulher e partiremos. A vida nesse lugar tornou-se insuportável.

A coisa com Sônia aconteceu de novo, ela me traiu. Eu não a culpo,  as coisas acontecem com um propósito. Ela dormiu  com o padre. Eu senti vontade de matá-lo mas não porque ele fodeu a minha mulher, mas porque foi um covarde desgraçado e eu odeio a covardia.

Nunca senti raiva de Sônia, eu a amo, prometi cuidar dela desde a primeira vez que a encontrei, e farei isso enquanto viver...

...O show foi um desastre, tudo o que eu queria era entrete-los com a minha arte, mas eles disseram que era bruxaria. Eu digo que não.

Era a pedra, eles não entenderam que era a pedra.

Achei a pedra no mesmo lugar onde encontrei o livro. Estava dentro da maleta junto com os bonecos.

Estudei o livro à fundo, ele fala tudo sobre a pedra assim como fala tudo a respeito de Kaliban.

No começo eu mesmo fiquei surpreso. Era noite de lua cheia, eu tinha passado o dia dedicado ao estudo do conteúdo da maleta.

Os bonecos têm um pequeno orifício em seus peitos onde a  pedra se encaixa perfeitamente.

O livro fala algo à respeito da pedra. Não consegui entender direito porque a língua é desconhecida e a seção traduzida é obscura.

Segui as instruções das figuras e encaixei as pedras nos orifícios dos bonecos e nada aconteceu.

Fiquei desolado, deixei a coisa ali e saí voltando depois de algumas horas.

Ao entrar no escritório quase tive um colapso de susto e soltei um grito.

O escritório estava imerso na penumbra, mas a claridade da lua penetrava no ambiente através da janela e caía sobre os bonecos que estavam se mexendo.

Fiquei aturdido, meu coração palpitava. Fiquei alguns instantes encostado na porta à contemplar com espanto, mal podendo acreditar no que estava vendo, pensando que talvez estivesse ficando louco.

Os bonecos estavam se movendo e aquilo era real. Eu não estava louco.

Aproximei-me cautelosamente dos bonecos que me fitavam com aqueles olhos vermelhos e enormes. A pedra em seus peitos brilhava intensamente.

Então eu compreendi. Era a lua!

Era uma pedra mágica que fazia objetos se moverem sozinhos ao contato com a luz da lua. O livro a chamava pedra da lua.

Fiquei deslumbrado com a descoberta e passei a um exame mais detalhado da coisa.

Se eu estivesse certo, estava diante de uma descoberta que poderia mudar o mundo do ventríloquismo.

Estou falando de dinheiro. Eu seria um homem muito rico. Imaginem, bonecos que se movem sozinhos! Algo que até hoje nunca tinha sido visto no mundo da arte.

Trabalhei com afinco durante as semanas seguintes e consegui reproduzir diversas réplicas dos bonecos. O problema estava na pedra, na pedra da lua. Eu tinham apenas três pequenos fragmentos dela.

Isso me preocupou por alguns dias mas então achei uma possível solução. Fui examinar o local onde encontrara a maleta. Minha esperança era encontrar alguma coisa. Um fragmento de pedra ou quem sabe outra maleta contendo mais bonecos e mais pedras.

Não encontrei, mas não desisti. Estava seguro de que iria encontrar alguma coisa e assim aconteceu. Uma semana após iniciadas as escavações no meu quintal (escavei praticamente o terreno todo a ponto de minha mulher achar que eu estava ficando louco) encontrei um fragmento da pedra de tamanho considerável.

Com ele consegui equipar todos os bonecos. Esperei a lua certa (ela precisa estar no terceiro dia da fase cheia) e fiz o teste, e para meu contentamento, todos os bonecos se moveram.

Fiquei eufórico, eu era um homem rico. Todos iriam querer comprar meus bonecos. Decidi que após o espetáculo do dia 29 onde eu apresentaria 3 dos bonecos originais, os que eu achara na maleta, iria equipar todos os meus bonecos com a pedra. Devia haver mais daquele valioso minério enterrado por ali.

Precisava saber mais sobre a pedra e passei novamente ao estudo exaustivo do livro.

Então veio o show e aquilo aconteceu. O povo da cidade (aliás, nunca vi povo mais fanático e ao mesmo tempo mais decrépito que esse) me acusou de bruxaria, tudo porque meus bonecos se moveram diante dos olhos dele.

Tudo ia bem até aquela puta, aquele mulherzinha profana que se diz santa (acho que é Georgina o nome dela) se levantar e gritar:  bruxaria.

- É bruxaria! Ele invoca o poder do demônio para fazer essas criaturas diabólicas se moverem!

Então a coisa começou. Todos se juntavam àquela vaca e começaram a me acusar.

Tentei acalmar os ânimo, expliquei que não se tratava de bruxaria, era apenas a pedra, mas eles não entenderam, disseram que eu era bruxo, um adorador do demônio e coisas do tipo.

Eles me atiraram coisas e saíram, o teatro ficou vazio, e eu desolado, tendo como única companhia minhas maravilhosas criações.

Agora nada me segura a essa decrépita e infeliz cidade. Pegarei minha esposa e partirei. Levarei minha arte para outro lugar onde as pessoas tenham a mente aberta e a apreciem.

Mas não posso me esquecer do livro. Sinto que em suas páginas estão ocultos segredos infindos, segredos que podem mudar o universo.

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