A REDENÇÃO DE DARLENE
Darlene nunca pensou que o marido pudesse querer fodê-la novamente, mas naquela noite ele quis.
Carlos chegou bêbado em cada por volta da meia noite e isso não era novidade nenhuma. Ele era um bêbado sujo e fedorento, a pior espécie de ser humano que existia. Algo que chegava a ser pior que um monte de bosta.
Darlene assistia TV na sala.
Os momentos em que Carlos saia para encher a cara eram momentos de paz, os únicos em que ela podia assistir alguma coisa na TV com uma certa dose de tranquilidade.
Ele se aproximou e ficou olhando para ela. Darlene não disse nada, pois poderia levar um tapa ou coisa pior. Ao longo dos anos Darlene aprendera que não dizer nada era a melhor coisa a fazer.
Ele sentou-se, abriu o zíper da calça e colocou o pênis para fora.
Darlene olhou para a coisa, e a única coisa que conseguiu sentir foi nojo. Uma repulsa que lhe chegava a causar náusea.
- O que está fazendo? - Perguntou ela.
- Vem. Mete a boca.
Era uma ordem.
- Você está bêbado.
Ela arregalou os olhos e só então deu-se conta do que acabara de dizer. Mas agora já era tarde. Não havia mais o que fazer.
Carlos fechou a cara naquele arremedo de monstro que ela tanto conhecia. Mas agora ela não temia, ela apenas sentia ódio.
Aquilo a surpreendeu, porque de repente ela descobriu que não sentia nem um pingo de medo do marido.
O ódio era um sentimento incrível, a fazia forte. Mayara todo o medo que ela sentira na vida.
Darlene descobriu que amava sentir o ódio, o ódio seria sua libertação ela se apagaria àquele sentimento maravilhoso com unhas e dentes e finalmente seria livre.
- O que foi que você disse sua puta?!- Exclamou Carlos com indignação.
Seu rosto agora estava tomado de fúria assassina.
Mas Darlene não conseguia mais sentir medo, e aquilo a deixava eufórica, como se tivesse feito uso de alguma droga.
Ela respondeu, e mal podia acreditar mas palavras que estavam saindo de sua boca:
- Eu disse wu você está tão bêbado, sujo e fedorento que nenhuma mulher teria coragem de chupar a porra do seu pai de merda. Nem mesmo aquelas putas sujas e aidéticas que você anda comendo!
Darlene suspirou e sorriu. Era como se um peso enorme tivesse saído de sobre si. Ela sentia-se livre. Não era mais uma escrava. A escrava que durante longos anos aguentará calada as palavras que a vida lhe dera sem ter feito absolutamente nada para merece-las. Essa escrava, ela jamais voltaria a ser.
Por um momento não aconteceu nada. Carlos ficou ali olhando para ela indignado o pênis murcho para fora da calça. Darlene achava que ele estava ainda mais surpresa do que ela própria. Afinal, de onde vieram aquela coragem?
Darlene achava que a coragem estivera sempre dentro de si, mas adormecida. Só agora, após longos anos de sofrimento ela resolvera despertar. E uma coragem adormecida podia fazer muitas coisas ao despertar, podia mudar o mundo, e Darlene sentia (e isso foi bom para ela por alguns instantes) que seu mundo estava começando a mudar.
Então Carlos fechou os punhos, o rosto agora completamente tomado pela raiva.
- Vou jantar você, sua cadela suja!!!
Ela já tinha ouvido aquela ameaça antes, mas agora era diferente. Agora ela sentia que ele realmente faria aquilo.
Geralmente ela encolhia-se chorosa ante aquela ameaça, mas agora não, agora Darlene estava sob a influência do ódio, e o ódio lhe dava força, a força a fazia sentir-se livre, e ela viveria aquilo, nem que a coisa a conduzisse diretamente para a morte.
- Eu não estou suja, bêbado fedorento. - Disse ela. - Não estou suja porque já tomei banho. Mas você está. Está todo cagado. Me diga seu saco de merda: você esqueceu sua fralda?
Carlos deu um grito e partiu para cima dela.
Darlene não esperava que ele fosse tão rápido. Pensava que se ele estivesse morto seria mais lento, mas estava enganada.
Ele grudou seu pescoço e apertou, ao mesmo tempo fechou a mão e lhe deu cinco socos.
Darlene ouviu seu nariz se partir, cuspiu 3 dentes, engoliu sangue e engasgou.
- VOU MOER VOCÊ SUA CADELA!
Ele se preparou para bater novamente e Darlene sabia que ele não pararia até partir sua cabeça.
Num momentos de desperto, usou toda a sua força e usou o joelho no saco dele.
Ela sentiu as bolas estourando. Carlos ficou branco e emitiu um abafado ahhh.
O golpe não derrubou Carlos, mas deu tempo a ela para sair de debaixo dele.
Saiu cambaleando em direção à cozinha. O rosto destruído por causa dos socos, os olhos ofuscados por conta do sangue.
- SUA CADELA!!!- Bradou Carlos atrás dela. - VOU MATAR VOCÊ!! VOU MATAR VOCÊ!!!
Ele se levantou e saiu cambaleando atrás dela.
Darlene entrou na cozinha e mirou a porta, mas tropeçou e caiu batendo a cara no chão. Ela gemeu, uma dor lancinante a envolveu e ela começou a chorar.
Fez força para se levantar e derrubou a cadeira.
A faca.
O pensamento a atingiu como uma flechada.
Fez um esforçou descomunal para se levantar, e meio desnorteada começou a tatear a pia à procura de uma faca.
- VOCÊ ESTÁ AÍ, SUA CADELA! - Disse a voz do monstro atrás dela. - VOU ARRANCAR SUA PELE, SUA FILHA DA PUTA!
Darlene arrancou uma gaveta do gabinete e atirou sobre ele com tudo o que estava dentro.
Abriu outra gaveta e encontrou as facas. Pegou uma delas.
Carlos a atacou furiosamente.
Darlene levou mais um murro na cara e foi atirada contra a parede. Ela caiu sentada, a faca a poucos centímetros de sua mão.
Carlos chutou sua cara com força.
Darlene ia morrer. Ela tinha certeza. Precisava fazer alguma coisa ou morreria. Tinha que ao menos tentar.
- VOU PICAR VOCÊ, SUA PUTA!
Carlos começou a procurar uma faca.
Darlene cuspiu sangue e viu a faca. Segurou o cabo com toda a força que ainda conseguia ter e ficou em pé.
Deu dois passos e enfiou a taça até ao cabo nas costas de Carlos.
Ele gemeu e colocou a mão nas costas. Atingiu Darlene com mais um soco e ela caiu no chão.
Carlos começou a cambalear espatifando as coisas da cozinha.
- AAAAI! SUA... SUA PUTA!!!! NÃO... NÃO PODE!...
Ele tropeçou a mesa e caiu de costas no chão. A faca entrou ainda mais em suas costas e varou no peito.
Carlos gemeu e soltou sangue pela boca.
- ME... MERDA...
Exausta, Darlene sorriu ficando em pé.
- ISSO SEU MERDA! MORRE, SEU PORCO FEDORENTO! MORRE!
Ela começou a chutá-lo.
- VEM ME MATAR, SEU TRASTE DE MERDA! VEM ME MATAR!
Carlos segurou seu pé e começou a gemer.
Darlene gritou.
- MERDA!
Ela olhou para o fogão, viu uma frigideira de ferro e se armou com ela.
- MORRE, SEU FILHO DA PUTA!!
Darlene começou a golpear a cara dele com a frigideira, e quando parou, o rosto de Carlos não passava de uma máscara disforme.
Ela jogou a frigideira, encostou-se na parede e ali ficou completamente exausta.
E agora? O que vinha depois?
Provavelmente ela seria presa, acusada pela morte do marido, seu pobre marido, morto com requintes de crueldade.
Ela olhou para a faca caída no chão. Poderia haver uma saída, uma fuga definitiva em direção à liberdade.
Darlene pegou a faca e olhou para o pulso. A coragem não veio. Ela jogou a faca. Fez força para se levantar e saiu cambaleando pela noite, chorando em estado de desespero.
Caminhou até a fonte Santo Estevão, uma das três fontes de água potável que havia na cidade, sentou-se em um dos bancos e ali chorou sob a rubra luz da lua. Chorou suas mágoas, chorou pelo fato de estar viva.
Mas sentia-se morta. De que lhe valia a vida? Nada mais era do que um saco de merda que ela era obrigada a comer.
Ela estava cansada da vida.
Darlene ouviu u. Ruído e olhou para a fonte.
A água havia parado, o que saia da fonte era um líquido escuro e viscoso.
Ela enxugou as lágrimas, sentindo pela primeira vez a dor no rosto destruído.
Centenas de pontos vermelhos apareceram diante de seus olhos.
Darlene estava confusa.
Ela se levantou, pronta para sair e deu de fará com uma criatura horrível, não parecida com nada que ela já tinha visto em toda a sua vida.
Logo apareceram outras criaturas.
Darlene se afastou e viu que estava cercada.
Olhou à sua volta e de repente caiu de joelhos. Era a sua tão esperada redenção e ela está a feliz, pela primeira vez ela estava feliz.
Darlene abriu os braços. As criaturas a atacaram.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro