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11. Fire Breather

Agora sim, um capítulo de verdade! Para quem está perdido, foram postados dois capítulos hoje (27/05). O 10.1 e o 11. Espero do fundo do coração que vocês gostem e tenham uma semana magnífica!  ❤


O som do salto fino no chão de mármore fazia com que todos virassem os pescoços para vê-la e continuavam assim mesmo quando sabiam exatamente quem era.

Seu cabelo loiro balançava de um lado para o outro a cada passo que ela dava, com o rosto tão sério quanto qualquer homem ou mulher engravatada que estivesse esperando pelo seu horário marcado. Aprendeu que suas feições infantis não eram tão levada a sério no mundo dos negócios, mas tudo mudava quando seu semblante estava fechado como um céu nublado.

— Bom dia, Berna — cumprimentou a secretária de meia idade com um pequeno sorriso, tirando o óculos para que pudesse olhar nos seus olhos. — Eu gostaria de falar com Benjamin Elliot.

— Ele está na sala dele, Mrs. Howard — Berna respondeu animada, indicando a sala do CEO com a cabeça para a mulher. — Você pode entrar.

Skylar agradeceu com um sorriso, colocando os óculos escuros na bolsa antes de andar em direção a sala do homem, olhando por cima do seu ombro todas as atenções em si antes que notassem que tinham sido pegos no flagra.

Tinha que começar a se acostumar com os olhares curiosos que receberia toda vez que fosse até aquele lugar, principalmente porque se negava a andar com um segurança a tiracolo como sua agente tinha sugerido mil vezes. Gostava da liberdade que tinha, mesmo que um simples passeio na Times Square sempre fosse interrompido por alguns pedidos de foto.

Quando entrou na sala, Ben estava com o celular no ouvido e a outra mão no rosto, sentindo a barba rala que tinha esquecido de retirar pela manhã. Levantou o dedo indicador em direção a mulher assim que a viu, balbuciando meia dúzias de palavras para que pudesse desligar a ligação.

Tirando pelo dia que se conheceram, em quatro semanas ela nunca tinha visto ele trabalhando antes. Notou que ele ficava ainda mais bonito com o semblante sério, uma ruguinha entre as sobrancelhas e a atenção na tela do computador a sua frente. Ainda não se passavam das sete da manhã, mas ela sabia que ele já estava ali há um bom tempo.

Desconfiava que não havia ninguém tão dedicado ao trabalho como Ben era.

— O que eu posso fazer por você, Skylar Howard? — ele murmurou com um pequeno sorriso no rosto, empurrando a cadeira de rodinhas para trás e se levantando dela assim que colocou o celular na mesa. — O que te traz aqui?

Deu a volta na sua mesa, encostando-se nela ao mesmo tempo que escondeu as duas mãos nos bolsos da calça social, sustentando uma leve inclinação nos lábios que podia ser considerado um sorriso.

Ou uma provocação, que fosse.

— Você sabe exatamente o que pode fazer por mim — respondeu, andando calmamente ao seu encontro, posicionando-se entre as pernas dele.

Ben arqueou as sobrancelhas, deixando uma risada escapar dos seus lábios antes que Sky pressionasse os seus próprios nos dele. Abraçou a cintura da loira com uma das mãos, sentindo o gosto de morango ou tutti-frutti, ainda não sabia distinguir, do batom que ela usava em sua boca.

Mas era bom.

Bom o suficiente para ele querer repetir isso mais vezes pela manhã ou em qualquer outro horário.

— Bom dia, Ben — Sky murmurou baixinho, apoiando as mãos em seus ombros. — As pessoas vão começar a estranhar minha presença aqui.

Eu estou estranhando sua presença aqui — ele tinha um pequeno sorriso nos lábios enquanto acariciava a cintura dela por cima do vestido que usava. — Achei que você tinha um evento hoje.

Tenho, no tempo presente — Sky o corrigiu, apontando para o teto da sala de Ben. — Uma entrevista, alguns andares para cima. Achei que seria uma boa ideia passar aqui para te ver antes.

Hm, foi realmente uma boa ideia passar aqui.

Sky sorriu ao ouvir o pesado sotaque inglês na voz de Benjamin, presente mesmo depois de anos vivendo nos Estados Unidos. Diferente dela, que era nascida e criada em Nova Iorque, Ben tinha nascido em Manchester, assim como seu irmão mais velho e seu pai. Se mudaram pouco tempo depois do seu aniversário de um ano, quando o seu avô, John Marlowe, requisitou a presença de James na América, para que ele pudesse aprender como a rede de hotéis com seu sobrenome funcionava.

Anos depois, James assumia o comando de todos os hotéis e resorts da companhia, se tornando o CEO mais poderoso da América com apenas trinta e cinco anos. Ben tinha oito na época, sendo retirado dos braços da mãe por uma fatalidade do destino e sendo deixado de lado pelo pai que se afundou em trabalho.

Era o que Sky sabia sobre ele, depois de quatro semanas de encontros casuais com Benjamin. Resolveram chamar assim porque nenhum dos dois estava com cabeça para rotular de qualquer outra forma, lotados com suas próprias agendas e preocupados em se esguiar de fotógrafos na saída dos restaurantes.

— Qual é o seu trabalho de hoje? — Ben perguntou curioso, passando a língua rapidamente pelos lábios. — Não conheço metade dos negócios desse edifício.

— É um morning show — Sky explicou, apertando os lábios em uma linha. — Vou fazer uma pequena aparição, eles querem uma entrevista sobre o blog e sobre minha nova edição como capa da VOGUE. Não é uma grande coisa...

Benjamin deu risada, colocando uma mecha do cabelo dela atrás da orelha, negando.

— Você só pode estar brincando, Skylar... Não é uma grande coisa? — ele questionou, sorrindo lateralmente. — É uma grande coisa. Não rebaixe suas conquistas.

Ela sorriu com a fala dele, assentindo. Tinha esse pequeno-grande defeito de sempre achar que as coisas que fazia não eram boas o suficiente, colocando defeitos até em sua sombra e Ben tinha percebido isso sem muita dificuldade.

— Qual é o canal?

— Você quer assistir? — ela não escondeu a surpresa, vendo-o assentir com as sobrancelhas franzidas. — Canal oito, mas você pode assistir pela live do Instagram também, acho que é mais fácil.

Ben juntou as sobrancelhas em confusão, apertando os lábios em uma fina linha.

— Você não sabe o que uma live do Instagram, sabe? — Sky o questionou com uma das sobrancelhas arqueadas, rindo quando o viu negar. — Você definitivamente está no século errado, Benjamin.

— Nós temos uma equipe para cuidar das redes sociais da empresa e eu não consigo passar mais de dez minutos no Instagram — ele confessou, dando de ombros. — Desculpe por desapontar meus cinquenta e pouco seguidores no Instagram, mas eu não faço ideia do que uma live seja.

Sky sorriu, tirando o próprio celular de dentro da bolsa que usava, abrindo o aplicativo e explicando para Ben que era um vídeo ao vivo que acontecia dentro da rede social. Entrou em uma aleatória, só para mostrar para ele como funcionava, fazendo-o arquear as sobrancelhas em surpresa.

Havia algo que ainda não tinham inventado na internet?

— O problema geralmente só é transmitido na televisão, mas eles querem testar uma transmissão pelo Instagram para ver se há uma grande audiência ou qualquer coisa assim.

— E é por causa disso que eles chamaram a garota de ouro da internet — Ben brincou, vendo-a rolar os olhos e empurrar levemente seu ombro.

Não gostava do apelido e Ben sempre utilizava desde que o descobrira, lendo uma das centenas de matérias que tinham sido publicadas sobre ela no último mês.

— Eu odeio esse apelido e por favor, Benjamin Elliot, eu não atravessei Nova Iorque para falar de trabalho — Sky o interrompeu, abraçando-o pelo pescoço. — Eu vim para falar de coisas bem mais interessantes que o meu trabalho. Ou não falar. Isso, melhor não falar.

— Não faço ideia do que você...

Antes que ele pudesse terminar sua frase com uma pitada de ironia, Sky juntou seus lábios, sentindo as mãos de Benjamin apertarem sua cintura com mais força. O homem subiu uma delas para seus cabelos, enroscando seus dedos nos fios dourados e fazendo-a desejar que eles não estivessem em um ambiente de trabalho.

Eles se viram com uma certa frequência nas últimas quatro semanas, mas isso não queria dizer que ele não sentia falta da sua voz, ou dos seus lábios, sempre que se despediam ou ele precisava fazer uma viagem de última hora pela empresa.

Havia uma coisa sobre Benjamin Elliot Marlowe que Sky ainda não tinha aprendido, mas teria noção em breve. Ele era do tipo que se apegava, acostumado demais com rotinas para que as pessoas saíssem da sua vida de uma hora para outra. Quatro semanas e meia, ou mais de um mês, era tempo suficiente para que ele a incluísse em sua vida.

Até porque, comprovadamente, só demorava vinte e um dias para seu cérebro se acostumar com um hábito. Tinham praticamente quase o dobro da quantidade de dias juntos e ele culparia seu cérebro e a neurologia se fosse preciso explicar como eles tinham acontecido.

Não se passava das sete da manhã e eles tinham energia para correr a NYC Half, com seus 21 km de extensão. Ou...

— Ben, você não me passou a...

Theo estava de cabeça baixa quando empurrou a porta da sala, mas levantou assim que percebeu a movimentação desesperada com direito a um barulho alto assim que o porta retrato que ficava em cima da mesa de Ben se espatifou no chão.

Sky se dividia entre arrumar o vestido, alternar o olhar entre os dois homens e ao vidro espalhado pelo chão. Benjamin empurrou levemente a mulher mais para sua esquerda, juntando com seu sapato social os cacos maiores, apenas para que ela, ou ele, não se machucassem.

— Eu sinto muito, deveria ter batido — Theo parecia completamente sem graça em um primeiro momento, mas se esforçava para segurar a risada que queria sair dos seus lábios. — Não sabia que você estava com alguém.

As bochechas de Sky não estavam apenas rosadas pelo blush, mas completamente vermelhas assim como o resto do seu rosto. Não sabia se olhava para Ben, que tinha a boca suja pelo batom rosa dela ou se encarava Theo, sabendo que se os lábios do homem estavam daquele jeito, os seus deveriam estar mil vezes pior.

— Tudo bem — Ben negou com a cabeça, pigarreando em seguida. — Sky, esse é Theo, meu sócio e amigo de muitos anos. Theo, essa é Sky.

— É um prazer finalmente conhecê-la — Theo andou até a mulher, apertando sua mão e oferecendo-a um sorriso simpático. — E deixe-me dizer que você é ainda mais bonita pessoalmente.

Benjamin levantou as sobrancelhas em surpresa, rolando os olhos com um pequeno sorriso nos lábios. Aquilo era a cara de Theodore Carter.

E sim, Sky era bem mais bonita pessoalmente, ele tinha que concordar.

— O prazer é todo meu — a loira sorriu de volta, arrumando excessivamente os cabelos. — E obrigada. Uh, Ben, eu acho que preciso ir.

Ela checou rapidamente o horário na tela do seu celular, jogando-o na bolsa e direcionando um sorriso sem graça para Theo, que ainda olhava os dois da porta.

— Foi realmente um prazer.

Sky estava confusa com qual deveria ser seu movimento seguinte, por isso passou os próximos dez segundos olhando para o rosto de Ben sem saber o que fazer. Pensou em apenas se virar e ir embora quando ele delicadamente a puxou pela mão e juntou seus lábios em um selinho.

Seu coração ficou inquieto com a atitude de Benjamin, mas tirou um sorriso enorme dos seus lábios assim que eles se separaram. Imaginou que ele fingiria que era uma reunião de negócios na frente de qualquer pessoa, mas percebeu Ben completamente a vontade na frente de Theo.

— Boa sorte com a entrevista — ele murmurou baixinho, olhando fixamente para os olhos dela. — E ah, seu batom está...

— Eu sei, seu rosto também está borrado — Sky sussurrou de volta, sorrindo em seguida. — Obrigada, Ben.

Ele sorriu, escondendo as duas mãos no bolso quando ela se virou, oferecendo um último cumprimento a Theo antes de sair da sala, passando as costas da mão pela boca para tentar tirar o resto de batom que ainda estava ali.

— Eu realmente não imaginava que ela estivesse aqui — Theo se explicou, levantando as mãos em rendição. — E sua boca está rosa.

Benjamin riu, passando o polegar pelo lábio inferior antes de dar a volta na sua mesa e pegar uma caixa de lenços na segunda gaveta.

— Tudo bem — murmurou, dando de ombros. — Estamos saindo há algumas semanas, mas tentando deixar tudo isso fora das câmeras por enquanto.

Não tinha motivos para esconder Skylar, ou o que eles estavam tendo, de Theo. Só não tinha contado ainda para o amigo por falta de oportunidade, já que o último mês estava sendo um com mais viagens e reuniões do que os outros.

Geralmente, ele e Theo nunca ficavam na mesma equipe de organização de um evento. Os dois confiavam um no outro de olhos fechados, então preferiam se dividir para que pudessem ter maior qualidade em tudo o que produziam, o que dava muito certo, porém diminuía o tempo que passavam juntos.

Poucas eram às vezes que se juntavam na mesma equipe, mas geralmente quando isso acontecia era porque o evento demandava perfeição. Theo Carter e Benjamin Elliot reunidos? Sempre era sinônimo de sucesso. Eles, e os principais jornais em circulação da cidade, sabiam disso.

— Então está sério, uh? — Theo perguntou, arqueando uma sobrancelha em direção a Ben. — Você e a garota de ouro.

— Ela odeia esse apelido — Ben o alertou, sorrindo de seguida. — É o que parece.

— Devo esperar te ver no próximo episódio de Keeping Up with Sky Howard?

— Faça alguma coisa significante e volte ao trabalho, Theodore. Você ainda me deve um pouco de respeito — brincou com um sorriso no rosto, vendo o amigo rir antes de sair da sala.

E deixá-lo sozinho com a lembrança dos lábios da mulher nos seus e seu perfume preso em suas roupas.

Malditos vinte e um dias que os deixaram mal acostumado.

♦♦♦♦♦

Quando Benjamin clicou no perfil que Sky Howard tinha postado na sua última foto do Instagram, ele não sabia exatamente o que estava fazendo.

Tinha passado o resto da manhã, depois da visita dela, atendendo chamadas, refazendo planejamentos e checando orçamentos. Mas estava tão disperso que jurava que Theo se ofereceria para comprar sua parte da empresa se ele errasse mais um número em uma das tabelas.

Fez exatamente como Sky o ensinou anteriormente, abrindo a live do Instagram do programa matinal do canal oito. Na tela, um pouco turva em um primeiro momento pelo sua internet mas que logo se regularizara, conseguia ver a loira sentada em um sofá junto com uma mulher de cabelos escuros que ficavam um pouco acima do seu ombro.

Sky escuta a mulher falar com atenção, assentindo algumas vezes em confirmação.

— Então me diga, Sky, por que você acha que você é a blogueira que mais reune seguidores nos dias de hoje? — a entrevistadora completou a pergunta, olhando para ela.

— Chelsea, eu acho que as pessoas que me acompanham responderiam melhor do que eu, mas... — ela pensou por um instante, cruzando as pernas e colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha. — Acredito que seja uma junção de coisas. O blog está sempre atualizado com o conteúdo diversificado. Não faz sentido algum eu postar apenas fotos de uma bolsa que custa dois mil doláres e esquecer das lojas de departamento onde a maioria das pessoas vão para suas compras hoje em dia — explicou, olhando diretamente para a entrevistadora. — O que eu faço hoje é mesclar o conteúdo, trazendo itens das passarelas das Fashion Weeks, mas também das vitrines das lojas populares. Está indo tudo bem dessa forma até agora.

Ela era boa na frente das câmeras, Ben percebeu, quase como se tivesse sido criada na frente delas. Não pestanejava em nenhuma das suas respostas, sendo decidida e clara em qualquer um dos tópicos que surgiam.

Conseguiu, naqueles poucos minutos em que a assistiu, perceber porque ela era a queridinha da mídia no momento. Sky tinha o carisma que precisava de frente às câmeras, nítido nas brincadeiras espontâneas com a entrevistadora e os sorrisos sinceros, e também tinha a inteligência que tinha levado seu blog a ser o mais visitado da América do Norte.

Não havia dúvidas do motivo dela ser a maior.

— E como você controla o ColorfulSky? Sabemos que você tem uma grande equipe que te ajuda com o blog como você sempre mostra no Instagram, mas como essa divisão de tarefas funciona?

— Eu tenho uma equipe de designers, fotógrafos, marketing e alguns editores, mas todos os posts são da minha autoria — Sky respondeu, vendo a entrevistadora arquear as sobrancelhas em surpresa. — Já me sugeriram trinta vezes para dividir um pouco as tarefas e os posts, mas eu não sinto confortável dessa maneira. Prefiro atualizar o site quatro ou cinco vezes por semana com meu conteúdo do que passar isso para outra pessoa. Afinal, é ColorfulSky por Sky Howard.

— Isso é uma indireta para outro site do momento? — Chelsea brincou, fazendo a mulher rir enquanto negava com a cabeça.

— De jeito maneira — esclareceu, rindo. — Cada um gerencia o seu blog da forma que acha melhor. E se eu for bem sincera com você, não me recordo a última vez que abri outro blog de moda. Alguns chamam isso de nariz empinado, eu digo que é falta de tempo e necessidade de pelo menos cinco horas de sono diárias.

— E qual é o seu próximo passo, Sky? Quais são os projetos futuros de Skylar Howard?

Ela abriu um enorme sorriso antes de responder, parecendo animada com a pergunta.

Well, eu sempre tenho muitos projetos em mente, para falar a verdade. Mas no momento eu voltei a desenhar e isso é o que me deixa muito empolgada no momento — Sky falou e se não fosse pela má qualidade do vídeo, Ben iria ver como seus olhos brilhavam. — O que poucas pessoas sabem é que eu me formei em moda pela Parsons e costumava desenhar muito no começo do blog. As coisas mudaram e eu larguei esse projeto de lado por um tempo, mas ele voltou com tudo nos últimos quatro meses e eu pretendo levar isso para a frente.

Não quis acrescentar que tinha comprado um caderno de rascunhos e um conjunto de lápis coloridos por insistência da sua psicóloga Wes, depois do fatídico término com Tom e seu pior momento de exaustão mental.

Garotas de capa de revistas não precisavam de psicólogo. Não eram isso que costumavam dizer?

— Isso é muito bom, tenho certeza que ficamos todos muito felizes com essa notícia — Chelsea falou, sorrindo para a câmera. — E sobre sua vida particular, Sky? O que você nos conta?

Ela olhou desconfortavelmente para a apresentadora, desviando o olhar para a lente que estava apontada em sua direção em seguida. Tinha escutado aquela pergunta muitas outras vezes quando frequentava outros talk-show, mas pela primeira vez sentiu-se encurralada.

Antes era fácil demais.

Ela falava que estava feliz, mencionava o nome de Tom e respondia algumas perguntas sobre ele, que sempre surgiam. Todos os apresentadores sempre direcionavam-a grunhidos de fofura e todos que estavam no estúdio desejavam estar no seu lugar. Porque ele era Tom Farvee e obviamente ele era perfeito com seu corpo escultural, seu sorriso de um milhão de dólares que estava no seu seguro de vida (era o que diziam) e seus gesto apaixonados para a blogueira, que envolviam buquês enormes de flores e diamantes de dois dígitos.

Tom Farvee seria perfeito se não fosse por um pequeno detalhe. Não era, nem de muito longe, perfeito.

Não era perfeito quando, enquanto escrevia juras de amor nas suas legendas no Instagram, não escutava quando a namorada chegava cansada do trabalho e só queria um consolo. Não era perfeito quando praticamente rosnava para qualquer um que chegasse perto de Skylar, em um ciúmes doentio que ele julgava sempre ser motivado por ela. Não era nem um pouco perfeito quando levara uma mulher para a casa dos dois.

Mas ele era perfeito para a internet. E era isso que bastava.

— Minha vida particular vai bem — limitou-se a responder, recuperando o sorriso que tinha sumido dos seus lábios. — É difícil conciliar trabalho e todo o resto quando você tem grandes projetos, mas sempre tem uma saída.

— E essa saída tem um nome?

Ela teve que sorrir, dando de ombros enquanto pensava em qualquer coisa para responder.

No último mês, tinham associado seu nome três vezes com o de Benjamin:

1. Quando uma foto dos dois conversando na festa de inauguração saiu na GossipNY, a maior revista de fofoca da cidade. Não fazia ideia quem ou como tinham conseguido aquilo, mas estava na capa na semana seguinte;

2. Quando ela começou a seguir Ben no Instagram e, pouco tempo depois, acabaram descobrindo que ele também tinha começado a seguir ela. No século XXI isso significava que os dois estavam tendo algo que a mídia não sabia ainda;

3. Pela publicação de uma revista de fofocas falida, sem fotos ou qualquer prova concreta que realmente algo estava acontecendo entre os dois. Só uma 'fonte próxima dos dois' e informações exageradas como mencionando que Ben tinha comprado um apartamento no mesmo prédio que ela, em Manhattan. Não fazia ideia de onde tinham tirado a última parte (ou a primeira, já que eles estavam sendo discretos). Na dúvida, tinha sido apenas para vender edições (e funcionado, já que estava esgotada nas bancas).

Ainda não tinham conversado sobre isso novamente, mas Skylar podia imaginar que Benjamin não queria seu nome publicado e por isso preferiu por escondê-lo.

Seria seu pequeno segredo, um que ela não queria divulgar pelo mundo por enquanto.

Yoga, que eu voltei a praticar depois de alguns meses longe. E claro, eu tenho passado mais tempo em Nova Iorque com meus amigos no último mês, isso também influencia em mim.

Alguns andares abaixo, no mesmo prédio, Benjamin sorriu lateralmente com a resposta que ela dera. Clicou no ícone do coração, vendo um se formar no canto da tela do seu celular junto com outros milhares que apareciam e desapareciam por segundo.

Foi o seu grande erro. Ou ele tinha sido um pouco antes, quando clicou para assistir a entrevista no perfil do programa matinal, sem saber que poderia ser descoberto por isso.

"Oh, oi Benjamin Marlowe!"
"Ben Marlowe entrou no chat!!!!!!!!!"
"Só eu que vi Benjamin Marlowe entrar no chat?"
"Benjamin e Sky estão juntos?"
"BEN NÓS SABEMOS QUE VOCÊ ESTÁ AI"
"Awww, Ben Marlowe está assistindo ao vídeo! Eles são tão fofos! #Benky"
"Hello Benjamin!"
"Benjamin Marlowe é o Marlowe mais bonito #welldoneSky"

Não entendeu de primeira como funcionava, mas sabia que de alguma forma sua presença tinha sido anunciada no vídeo. Em um segundo os elogios, críticas e tudo mais que escreviam sobre Skylar se tornaram sobre Benjamin, com um excesso de emojis enquanto o número de pessoas que estavam vendo o vídeo aumentava consideravelmente.

Não sabia se seria anunciado novamente, mas fechou o aplicativo do Instagram e precisou desativar suas notificações quando seu celular praticamente travou devido ao número de solicitações para segui-lo no aplicativo. Algumas (muitas) vezes ainda se esquecia de como o mundo o via como um Marlowe e que gostariam de acompanhar sua vida como acompanhavam as Kardashians.

Suspirou pesadamente, apertando suas têmporas assim que se deu conta no que viria a seguir.

E lá iriam os dois para a quarta capa de revista de fofoca.

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