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32°

A escola foi horrível. Maximilian não olhou na minha cara e nem eu na dele. Suas palavras ainda estão aqui, me lembrando o quanto eu sou egoísta e horrível. Sim, talvez Kendall seja mesmo melhor do que eu. Ela com certeza não magoou seu melhor amigo e namorado. E depois para completar, fez o mesmo com seu irmão.

Eu sou uma vadia egoísta.

Estou no escritório de advocacia do meu pai agora, fazendo cópias e servindo café. Geralmente eu gosto de fazer isso e às vezes meu pai até deixa eu assistir alguma reunião, mas hoje eu só queria ir para casa e me enfiar debaixo das cobertas.

Estou desconcentrada e quase nunca me desconcentro. Tudo bem que para servir café e mexer em uma impressora não precisa estar tão alerta, mas além da questão Kendall, ainda tem o Sebastian. Horas atrás eu estava com ele, fazendo amor e queria dar tudo a ele, cada parte minha. Mas então meu irmão disse aquilo: "Sebastian não é quem você pensa". O que ele quis dizer com isso? Será que estive errada sobre Sebastian esse tempo todo? Estava tão perdida em meu próprio mundo, sendo egoísta, e não percebi o que estava bem debaixo do meu nariz?

Suspiro alto, pegando os últimos papéis impressos e indo entregar ao meu pai. Não bato na porta, está aberta.

— As cópias dos documentos que pediu... — Deixo em cima da mesa dele, uma pilha perfeita.

— Obrigado. — Meu pai não me olha. De todos, ele sempre me deu mais espaço, me ajudou a superar a claustrofobia... Mas vê-lo se recusar a olhar para mim é como um tapa na minha cara.

— Está chateado comigo, não é? — minha voz vacila.

— Por que eu estaria? — Seus olhos permanecem nos papéis.

— Me desculpe, pai. Eu não queria deixar vocês preocupados...

— Mas deixou, Madelaine. — Valentin, meu pai, suspira e finalmente me encara. A decepção é nítida. — Somos ótimos pais para você e seu irmão, não somos?

— Sim. — Meu pai quase nunca me dá bronca. Talvez porque eu nunca faço algo que mereça e agora ouvindo...

— Não impedimos vocês de saírem e terem suas próprias vidas e relacionamentos. Mas sua mãe está certa, você está abusando disso. Nós confiamos em você, Madelaine, e o que está fazendo com essa confiança? — Abaixo os olhos, incapaz de ver a decepção crescente. — Sei que tem seus problemas e que não vai contar para nós, mas ainda somos seus pais e se nossa filha começa a passar noites fora de casa, nós ficamos preocupados.

— Foram só três vezes...

— Eu não acabei.

— Desculpe.

— Não quero que seja uma filha perfeita. Ou seu irmão seja um filho perfeito, queremos apenas que vocês não esqueçam que somos pais de vocês e nos preocupamos muito com o que acontece nas suas vidas. Então não faça mais isso, está bem? Pode sair com seus amigos e ir para festinhas, mas avise. Não deixe sua mãe daquele jeito de novo.

— Não vou fazer mais. Prometo... Desculpe de novo. — Eu só sei pedir desculpas, mas o que mais posso fazer quando ele está certo?

— Peça desculpas a sua mãe. Ela está em casa agora. Por que não conversa com ela?

— Tudo bem — consigo repetir quando um nó se forma em minha garganta.

— Pode usar meu carro. — Meu pai fica de pé e me entrega a chave do carro. — Não fique chateada. Só queremos o melhor para vocês.

— Eu sei... Tchau, pai. — Dou as costas a ele antes que veja meus olhos marejados.

Acabei de levar uma bronca do meu pai. Eu o decepcionei e ele me deu uma bronca, como pais normais fazem quando seus filhos os decepcionam. Mas eu nunca o havia decepcionado ou a minha mãe. E não sei como lidar com isso agora, além das lágrimas que escorrem por minhas bochechas. Mimada e sensível, com certeza.

Pego minha mochila e vou para o elevador que está quase fechando, mas uma garota segura as portas para mim. Incapaz de falar, apenas aceno em agradecimento para ela.

Cruzo os braços e fecho os olhos. Estou dentro de um elevador e não é hora de lamentar o quanto eu me tornei uma pessoa decepcionante. Não trouxe meus fones, então consigo ouvir o elevador descendo. Consigo sentir a parede de metal atrás de mim e mesmo de olhos fechados consigo perceber o quanto o espaço é pequeno demais.

Concentre na sua respiração.

Concentre na sua respiração.

Mas eu paro de respirar por um segundo quando o elevador para bruscamente e abro os olhos, vendo as luzes apagarem.

~•~

Está tudo escuro e silencioso... Bom, estava silencioso, até eu perceber o que aconteceu. Estou presa dentro de um elevador. Estou presa dentro de uma caixa de metal minúscula que parece não ter oxigênio nesse momento.

— Mas que droga! — Tinha esquecido que não estava sozinha, até essa garota falar. Ótimo, tem duas pessoas presas em um elevador. O oxigênio vai acabar e não vamos conseguir respirar.

Eu não estou conseguindo respirar. Posso ouvir meus batimentos cardíacos rugindo em meus ouvidos. Consigo sentir meu coração bater tão forte que dói e minhas mãos estão tremendo tanto que acho que vão estilhaçar.

Estou presa em um elevador.

Eu não consigo respirar.

Estou presa em uma caixa de metal.

Eu não consigo respirar.

Estou prestes a morrer.

Eu não consigo respirar...

— Seu celular tem sinal? — Ouço a garota perguntar, mas a voz dela é distante, como se nós duas não estivéssemos presas em um elevador e... E eu não consigo respirar.

Isso não deveria estar acontecendo. Eu tinha superado. Quantas vezes entrei nesse elevador nos últimos dois anos? Você estava sempre de fones... Sim, mas... Eu não consigo respirar.

— Você ainda está aí? — Uma luz forte atinge meu rosto quando a estranha vira o celular na minha direção. — Você está bem?

— Preciso... Sair... — Me lanço contra a porta de metal, esmurrando furiosamente. — SOCORRO! — eu grito várias vezes, mas não obtenho resposta.

— Ei, se acalma, está bem? Daqui a pouco...

— Não... Eu preciso sair... Agora... — Continuo batendo meus punhos na porta de metal. — Por favor, por favor, por favor!

— Tem pânico de elevador?

As portas não abrem e meus punhos estão doendo. Me afasto da porta, até chegar na parede também de metal. Encaro a pequena distância. É uma possibilidade.

Todo ar está sendo sugado de mim e minha respiração fica cada vez mais alta, assim como a sensação de que estou prestes a morrer. Preciso ir para casa. Preciso sair daqui e ir pedir desculpas a minha mãe. Então...

— O que você... Oh meu Deus! — a garota exclama quando meu ombro se choca contra a porta. Não abre, mas uma dor lançante me envolve.

— Eu preciso sair... — sussurro, chorando, mal ligando para a dor. Eu preciso mesmo sair ou vou morrer aqui.  Está quente e sufocante. Eu estou sufocando.

Estou sufocando. Estou sufocando.
Estou sufocando. Estou sufocando.
Estou sufocando. Estou sufocando.
Estou sufocando. Estou sufocando.
Estou sufocando. Estou sufocando.
Estou sufocando. Estou sufocando.
Estou sufocando. Estou sufocando.
Estou sufocando. Estou sufocando.
Estou sufocando. Estou sufocando.
Estou sufocando. Estou sufocando.
Estou sufocando. Estou sufocando.
Estou sufocando. Estou sufocando.
Estou sufocando. Estou sufocando.
Estou sufocando. Estou sufocando.

— Madelaine, precisa ficar calma. — Ela sabe meu nome? Como? Isso não importa.

— Você não entende... Eu não consigo... Não tem ar... — Caio de joelhos, buscando por ar, mas não tem. Meu peito está doendo...

— Tudo bem... Vamos fazer assim, olhe para mim — A estranha se ajoelha a minha frente e olho para ela, mesmo minha visão estando borrada. — Está vendo? Eu consigo respirar, você também consegue. Vamos inspirar, contar até três e expirar. Está bem?

Quero dizer a ela que não consigo segurar a respiração, mas preciso tentar.

— Vamos lá... Inspirar... — Nós inspiramos. Ela provavelmente conta mentalmente até três. — Expirar... Viu? É fácil... Vamos fazer de novo.

Nós repetimos isso de novo e de novo e de novo, até que eu consiga respirar com mais facilidade.

— Vê? Você está respirando. — A estranha sorri e eu percebo pela pouca iluminação vinda do seu celular... Ela não é uma estranha.

— Déborah? — eu sussurro, sem acreditar. Ela está diferente de dez anos atrás, quando tínhamos sete anos de idade e ela usava Maria Chiquinha no cabelo castanho claro.

— Sim... Sim, sou eu. Déborah. — O sorriso dela ainda é igual, apesar de não usar mais aparelho colorido.

— Você está diferen...

Nós ficamos de pé quando as luzes se acendem e o elevador começa a descer. Não descer...

Estamos despencando.



~•~
GEnTe, eu amo um drama e não podia perder essa oportunidade, mas confesso que deu dó da Made 💔

Queria dizer também que a Déborah é uma homenagem para DehhSousa que está sempre me ajudando com dúvidas loucas de escritora e sempre surta comigo. Obrigada, amg. Vc faz parte disso ♥️

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2bjs môres ♥

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