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41°

MORRENDO.

Uma palavra com oito letras que carrega consigo uma verdade inevitável que passei as duas últimas semanas tentando esquecer. Tenho esse hábito de esconder a verdade de mim mesma, por isso, mesmo sabendo que minha mãe está doente, mesmo ela ter escrito naquela carta que tinha pouco tempo de vida, eu não quis acreditar até que visse.

E eu estou vendo, neste exato momento, a mulher que passei os últimos dez anos da minha vida, pensando, sonhando... Dentro daquele quarto está a esperança que nutri por anos. Eu queria fugir, mas não apenas para me livrar do Jason. Não, eu queria também encontrar a minha mãe.

E eu a encontrei. Do outro lado do continente, eu a encontrei. Há apenas algumas horas de avião, agora estou de pé, sem saber o que fazer. Passei dias e dias imaginando como seria reencontrá-la, mas agora não lembro nem como mexer as pernas.

Aqui está tudo o que sei: ela não está apenas doente, está com câncer. Um maldito câncer que já estava avançado demais para fazer alguma coisa quando ela descobriu, há três anos. Três anos e ela tem vivido com isso e com as palavras horríveis de Jason sobre eu odiá-la. O que ela deve ter passado, sozinha...

— Você pode ir. — a enfermeira diz para mim. Pisco algumas vezes e anuo.

Dou passos lentos até o quarto, sem saber o que fazer e outro tipo de preocupação toma conta de mim. E se ela não me reconhecer? Será que ela ainda lembra do meu rosto?

Abro a porta do quarto, revelando uma mulher deitada na cama. Seu rosto está pálido e os lábios sem cor. O cabelo está sem brilho, mas... Mas é ela. Meredith Allen, minha mãe.

Minha mãe abre os olhos e eu fico imóvel. Seus olhos azuis se encontram com os meus e ela sorri. Seu braço se ergue no ar e ela me estende a mão.

— Minha estrelinha. — sua voz é fraca ao me chamar pelo meu apelido de criança.

Não percebo que estou chorando até minha visão ficar um pouco embaçada. Caminho até ela sentindo cada parte do meu corpo tremer.

— Mamãe... — seguro sua mão. Ela está fria contra a minha, mas não importa.

— Minha estrelinha, você veio... — ela também está chorando e nós duas sorrimos. Com os dedos trêmulos, eu enxugo seu rosto.

— Eu queria ter vindo antes... Eu... Sinto muito... — culpa está transbordando em mim. Se eu tivesse vindo antes...

— Você está aqui agora — minha mãe sorri e agora ela quem enxuga minhas lágrimas. — Não chore, está bem? Eu não tenho muito tempo.

Começo a balançar a cabeça. A ideia de que temos tão pouco tempo...

— Você está tão linda, minha estrelinha — ela sussurra. Apesar da situação, fico vermelha. Se não fosse pelos nossos olhos, seríamos idênticas. — Sente-se, vamos conversar um pouco. Você deve querer saber por onde andei todo esse tempo.

— Isso não é importante agora. — coloco a cadeira mais próximo que consigo da cama e volto a segurar sua mão.

— Eu vou ser rápida, também quero saber sobre você.

Então ela contou. Contou que depois de ir embora, viajou pelo mundo, realizando seu sonho. Ela diz que em nenhum momento deixou de pensar em mim, que queria que eu visse as maravilhas que o mundo tem a oferecer.

O jeito como seus olhos brilharam com cada palavra... Eu entendi. Ela me amava, sim, nunca duvidei disso em nenhum momento, mas agora eu entendo o que a levou a fazer isso. Não foi apenas a frustração de ficar presa a um homem, foi a paixão pela liberdade. Ela foi livre todos esses anos, realizou seu sonho... Viu o mundo.

Eu não a culpo por querer isso.

— Eu escrevi para você todos os dias — diz ela. — Tenho vários diários de todos os anos que viajei pelo mundo.

— Eu irei adorar ler. — sorrio para minha mãe e aperto sua mão.

— Eu pensei em você todos os dias. Queria tê-la levado comigo, mas o Jey... Ele não nos deixaria em paz... Você não merecia viver fugindo e eu não poderia lhe dar tudo o que tem hoje...

— Seu amor bastaria para mim. — sussurro sem conseguir conter as lágrimas.

— Você me perdoa? — os olhos azuis escuros dela são como súplicas e mesmo não tendo o que perdoar, sei que ela precisa disso para ficar em paz.

— Sim, claro. Eu perdoo você — beijo sua mão e ela sorri. — E também quero que saiba que eu nunca a odiei. Foi tudo invenção...

— Isso não importa mais, minha estrelinha. Você está aqui agora — ela repete, apertando minha mão para dar ênfase. Eu anuo. — Quero saber sobre você... O que tem feito? Tem namorado ou namorada? — sua voz fica mais animada e eu quase suspiro de felicidade.

— Hã... Bom... Não exatamente — fico vermelha ao pensar em Damon — É um garoto... Mas nós brigamos. — não ouso contar que estou noiva.

— Ele não é bom para você? — nunca pensei que fosse conversar com ela sobre isso. Ou sobre qualquer outra coisa.

— Sim. Sim, ele é... Mas somos diferentes. E há outras coisas entre Damon e eu...

— Damon? Bonito nome, já gostei dele.

— Ele vai se gabar quando eu contar sobre isso. — dou risada. Se ele ainda quiser olhar na minha cara depois de tudo o que eu disse.

— Você o ama? — minha mãe sorri gentilmente, enquanto me encara com expectativa.

— Sim... Eu amo aquele idiota.

Nós duas damos risada e percebo que, apesar de tudo o que tem acontecido, de minha mãe estar em uma cama de hospital, eu estou feliz por estar com ela.

— Mamãe... Você... Você amou mesmo o papai? — a palavra papai parece estranha agora.

— Seu pai não era assim, querida... Jason era um bom homem quando nos casamos. Mas... Essa vida mudou ele, sabe?

— Ah, eu sei — digo sem pensar. Não quero contar a ela tudo o que vem acontecendo. Não vou aborrecê-la com isso. — Mas... Conte-me sobre o último lugar que visitou.

Por um momento me permiti pensar que ela não estava doente e morrendo. Mas essa ilusão acabou quando ela começou a tossir, sangue manchando seus lábios e sua mão.

Falei que ia chamar a enfermeira, mas ela não quis, disse que era normal. Relutante, continuei no meu lugar, apenas limpando sua mão e seus lábios.

Meu tio veio momentos depois. Disse aos dois que ia ao banheiro, mesmo eles insistindo que não precisava. Não queria ouvir os dois irmãos se despedindo.

Não vi Jason em lugar algum e fiquei aliviada com isso. Tudo que menos preciso agora é discutir com ele caso a ofendesse.

Quando volto ao quarto, Robert está saindo, seus olhos estão vermelhos.

— Quanto tempo ela tem? — pergunto baixinho, sentindo uma dor no peito.

— Pouco tempo... Talvez... — meu tio desvia do meu olhar e balança a cabeça. — Talvez não passe de hoje.

— Certo. — engulo em seco e anuo. Não há nada que possamos fazer. Não é algo fácil como doar um órgão. Claro que isso não é fácil, mas eu faria de bom grado se isso curasse o que ela tem.

— Ouça — meu tio aperta meu ombro e sorri. — Você fez muito vindo aqui. Sabe o que ela acabou de dizer? Que morreria feliz se você estivesse com ela. Então não pense no que poderia ter feito ou no tempo que perderam, apenas segure a mão dela e não a deixe sozinha. Isso é mais do que ela podia esperar.

Faço que sim, não confiando na minha própria voz quando lágrimas borram minha visão. Robert me abraça e beija meu cabelo antes que eu entre.

Enxugando meu rosto, sento-me na cadeira e seguro a mão da minha mãe.

— Ah, querida, não chore...

— Eu te amo, mamãe — começo dizer, as lágrimas rolando sem parar — Não importa o que Jason tenha dito, eu sempre amei você e você sempre estará comigo. Eu entendo o que precisou fazer e preciso... Preciso que saiba que eu não a culpo... — balanço a cabeça. — Você é minha maior inspiração... Eu quero ser tão corajosa quanto você. Quero conhecer todos esses lugares... Quero ser livre como você foi, mãe... E quero que você tenha a certeza de que sua filha a ama. Certo? Eu te amo, mãe. Nunca vou deixar de amá-la.

Minha mãe sorri enquanto chora. Apesar da dor, uma pontada de alívio se acende quando sei que ela tem a mim para enfrentar isso. Que vou estar com ela no seu último suspiro e que não vou soltar sua mão.

*Tô com tanta dó da Elle💔*

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