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03 - AS CRIANÇAS.

📍GREEN HOUSE, SEUL.
🕐 17:30.

ELA ANDAVA COM A mão na bainha da espada, enquanto tentava se concentrar em seus sentidos, e na aura de tudo ao redor, até que chegaram no apartamento do senhor, e encontraram ele sentado em frente a uma mesa, ele encarou os dois de cima a baixo.

── sou Han Du-sik, e vocês?

── sou Kim Su jin. -ela se curvou. ── Cha Hyun soo.

── nossa, que fala mansa garoto. -ele comentou em relação a Hyun soo. ── como podemos salvar aquelas crianças? -ele foi direto ao ponto. ── como oras? indo até lá, ou quer que eu vá? -disse em sarcasmo, saindo da mesa revelando sua incapacidade de andar. ── entenderam? -ele sorriu. ── eu costumava ser uma lenda. Sabiam que dá pra construir um tanque apenas se tiver um projeto? -Su jin sorriu mas não falou nada, Hyun soo também não.

── isso significa que posso transformar seu bastão em alguma coisa bem útil. Vai me dá isso ai. -ele pediu, e Hyun soo entregou, com a ponta da faca virada pro rosto do senhor, lentamente Su jin virou o bastão pro outro lado sorrindo forçado.

[ . . . ]

── tá feito. -disse chamando a atenção dos dois que olhavam as fotos do senhor na prateleira. Ele apertou um botão no bastão, que começou a soltar uns pequenos raios e faíscas e luz. ── eles continuam andando com as cabeças cortadas mas com isso aqui, não.

── com isso, eu consigo matá-los?

── não, não consegue.

── como você sabe?

── eu só sei, evite encontrá-los, e se encontrar corra bastante pela sua vida. -ele concluiu sério. ── e reza pra não te pegarem.

── então, por favor nos empreste 'esse canhão. -ele pediu. ── não, ele não é estável por tanto só vai poder atirar algumas vezes. O primeiro tiro eu já dei, dou o segundo se entrarem o último é... pra mim, poderei ir em paz. -ele sorriu, por alguns segundos a Kim sentiu muita pena pelo senhor, mas entendeu o lado dele, se ela pudesse morrer faria o mesmo.

── obrigada senhor. -ela se curvou, ele apenas sorriu.

[ . . . ]

Os dois andaram em passos rápidos pelo corredor tentando abrir as portas. Su jin sentia a aura de um monstro se aproximando, ela puxou a manga de Hyun soo, como um alerta e os dois correram a procura de um esconderijo, até que encontraram um elevador quebrado pelo que parece.

Su jin tampou a boca e o nariz com a palma da mão ao sentir o cheiro de podre do elevador, que vinha de uma caixa de peixes. Os dois se abaixaram ao lado da porta, Su jin tirou sua espada da bainha se preparando. O monstro, o mesmo do apartamento esticou seu braço em direção a caixa de peixes, por conta das moscas que zumbiam, assim que ele furou a caixa o fedor se intensificou ainda mais e Su jin fechou os olhos sentindo enjôo.

Hyun soo se levantou enfiando a faca no peito do monstro, eletrocutando-o fazendo com que ele se afaste grunhindo de dor e os dois correram pelos corredores, fazendo com que seus sapatos façam barulho, o monstro esticou seu braço na direção dos dois acertando a prateleira cheia de bolas, fazendo muito barulho, como se tivesse uma ideia Hyun soo pegou duas bolinhas e jogou no outro corredor deixando o monstro confuso com os barulhos, aproveitando a situação Hyun soo fincou seu bastão na cabeça do monstro eletrocutando-o novamente, estava saindo fumaça da boca e da cabeça exposta do monstro que havia "fritado" por assim dizer.

Sem esperar muito, assim que o monstro caiu eles correram dali atrás do apartamento das crianças.

[ . . . ]

── moço, moça. -chamou o menininho. ── vocês podem salvar o papai? por favor, ele caiu da janela. -suplicou com os olhos brilhantes pelas lágrimas. ── eu sei disso. -respondeu Hyun soo. ── não tem como alguém sobreviver a uma queda do décimo segundo andar, desculpe. -com isso as crianças começaram a chorar, Su jin se sentiu triste por elas e soltou um sorriso reconfortante. ── não se preocupem seu papai está em um lugar melhor agora. -ela esfregou sua mão no ombro da garotinha.

── tem um senhor com bastante comida, vocês estão com fome não é? -os dois balançaram a cabeça positivamente. ── vocês não vão ficar aqui sozinhos vão? -balançaram de forma negativa. ── vamos ter que sair ao corredor onde os monstros estão, estão prontos? -silêncio.

── quantos anos vocês tem? -ela sorriu novamente. ── eu tenho nove e meu irmão tem seis anos. -disse a irmã do garoto. ── são ótimas idades pra se lutar contra monstros. -Hyun soo tentou aliviar a situação, Su min balançou a cabeça concordando.

── não se preocupem, vamos proteger vocês. -Su jin disse sorrindo enquanto apertava o ombro da garotinha e do irmão dela.

[ . . . ]

Antes que os dois pudessem cruzar o corredor, Hyun soo voltou pra trás com a mão no peito enquanto seu nariz sangrava de forma descontrolada.

── saiam de perto de mim. -disse com dificuldade, Su min arregalou seus olhos. ── vão!

Ela segurou nas mãos das crianças e levou elas correndo até as escadas.

── por favor, esperem aqui, não se movam e não saiam daqui em hipótese alguma, eu já volto. -ela falou apressada, correndo atrás do Hyun soo, que quando ela voltou sorria com seus olhos pretos com a boca suja de sangue. ── Hyun soo, não. -de repente um monstro enorme de olhos pretos, musculoso e veias saltando de seu corpo, começou a quebrar a parede, um pedaço grande caiu em cima de Hyun soo, desmaiado.

── Hyun soo caramba, acorda. -ela chacoalha o garoto. ── acorda, você não vai morrer. Acorda! -ela puxou o garoto, pegou seus braços e começou a puxa-lo com toda sua força o tirando dos escombros tentando acorda-lo. ── proteína.

Seu olhar intercalava entre o monstro e o garoto, o monstro entrou e ficou encarando Su jin, esticando sua mão pra tentar pegá-la, mas não conseguia, Su jin ficou confusa quando viu Hyun soo segurando o monstro pelas pernas.

── corre! -ele gritou sorrindo de forma estranha. ── vai, corre!

Ela não ouviu o que ele disse, seus olhos ficaram brancos, ela pulou alto em cima do pescoço do monstro girando-o, quebrando ele, mas mesmo assim o monstro continuava de pé, ele puxou ela pela perna e jogou ela na parede, e chutou Hyun soo pro mesmo lugar.

De repente Ji Su e Jae heon apareceram, o último cortando o braço do monstro com sua espada, os dois carregaram Hyun soo e Su jin até um apartamento qualquer, eles se sentaram ofegantes, os olhos de Hyun soo voltaram ao normal e ele encarou Su jin que ainda tinha seus olhos esbranquiçados.

── Su jin. -ele murmurou o nome dela baixo preocupado, encarando seus olhos que lentamente voltaram ao normal. ── e as crianças?! -ele perguntou alarmado se lembrando dos pequenos. ── pra onde você levou elas?

── eu levei elas até a escada, mandei esperarem.

── temos que ir. -ele ia se levantar quando a Ji Su apontou o taco de metal pro rosto dele. ── tá infectado? Seu nariz tava sangrando. -ela acusou. ── Ji Su, foi você que quis resgatá-los. -ele apontou. ── e se eles forem monstros?

── tenho certeza que esmagar a cabeça deles não é a vontade de Deus agora. -ele defendeu os dois.

── nos ajudem. Nos ajudem por favor. -Hyun soo implorou pros dois presentes ali.

[ . . . ]

── eu acho que tenho que avisá-los logo, eles não estão infectados. -avisa Hyun soo aos dois que andavam cautelosos pelo corredor, Su jin estava tentando se concentrar tentando sentir alguma coisa. ── não tem nenhum monstro, vamos seguir em frente.

De repente muitas pancadas, um tremor e poeira começaram a cair.

── droga, as crianças. -Su jin correu na frente subindo as escadas, encontrando o monstro cego desmaiado em um buraco na parede, ferido. Subindo mais um pouco encontraram o monstro musculoso socando alguém que Su jin não conseguiu indentificar no momento, mas ela se preocupou ao ver as crianças á uma distância pequena do monstro.

── crianças corram! venham rápido! -ela gritou, e as crianças obedeceram. Quando o monstro tinha se virado pra eles.

── como a gente mata essa coisa? -antes que pudessem agir, uma mulher infectada pulou nas costas do monstro, era a mesma que Ji Su e Su jin viram naquela hora com o carrinho de bebê, agora esmagado. Ji Su atingiu a perna do monstro com seu taco, ele grunhiu de dor, Ji Su e Jae heon começaram a atacar o monstro.

── vão pro quarto 1408! -Su jin sentiu Hyun soo pegar sua mão e começar a correr de volta pro apartamento do senhor.

[ . . . ]




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